Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins
Notas iniciais do capítulo
Esse ficou pequeno, por isso vou postar no fim do dia mais um capitulo! Lá pelas 18h pessoal, beijos!!
Eu sai para a educação física, esse ano já tinha começado mal. As Vacas da Escola, Rebeca e Williane tinham sabotado meu uniforme, eu queria faze-las engolirem todo aquele tecido cortado e sujo de estrume. Eu tinha apenas mais um, mas bem, aqui é Londres, e está no inverno. Inverno.
Estava congelando, e tinha apenas mais um uniforme, como disse antes. E eu odiava ele com todo meu ser, pois era um short muito curto e uma blusa de alças muito colada. Me vesti reclamando para Elaine, essa que ria da situação.
– Desculpa, meu outro uniforme está sujo – ela disse me analisando – Malhou nas férias?
– Correr nas férias vale como malhação? – perguntei
– Sim – ela deu ombros e nós saímos do vestiário e fomos em direção do ginásio
Algumas meninas riam de mim e outras me olhavam surpresas. Minha boca estava ficando roxa por causa do frio. Chegamos ao ginásio e eu quase me ajoelhei agradecendo por ter aquecedor. Meu irmão Yuri franziu as sobrancelhas e veio até mim.
– Por que está vestida assim? – perguntou me olhando e depois ao redor – Tem muitos caras olhando sua bunda.
– Yuri! – o repreendi – Não é minha culpa, culpe a vadia da sua namorada.
Ele respirou fundo e puxou um casaco de um garoto qualquer que passava por nós e me cobriu com ele. Agradeci quando notei que o garoto dono do casaco pelo menos tomava banho por sentir um cheiro forte de sabonete.
– Não chame Rebeca de vadia – ele disse baixo – E desde quando usa essas palavras?!
– Falo a verdade, e isso não é do seu interesse Yuri – eu digo fazendo um biquinho – Melhor sair de perto de mim antes que seja infectado.
– Você é impossível – reclamou
Yuri saiu de perto de mim e notei Thomas me observando ao longe, e como resposta muito adulta mostrei o dedo médio e ele me devolveu com um beijinho. Elaine que tinha se afastado voltou para meu lado e sentamos nas arquibancadas.
– Droga, me sinto muito criança – Elaine disse
– Tá pirando? – perguntei – Você tem mais corpo que eu!
– Mentira sua – ela rebateu – Todos estão mais adultos e desenvolvidos e eu ainda com cara e corpo de Ensino Fundamental. Até o Thomas está mais bonito.
Meus olhos instantaneamente foram para o garoto meio pálido que jogava uma bola para a cesta. Seu cabelo estava grudando na sua testa, desviei os olhos rapidamente e tossi.
– Claramente você precisa de óculos, Elaine – eu disse a olhando
– Eu acho que você deve ter uma baita queda por ele – ela disse se virando para frente com um sorriso no rosto – Não vejo por que tanta implicância.
– Agora você provou que está usando drogas – eu ri, e quando olhei para os lados notei Thomas mais um vez me encarando
Depois disso o dia passou rapidamente e como ainda estava com raiva dos meus irmãos, fui para casa à pé. Yan que estava dirigindo, diminuiu a velocidade e me acompanhou.
– Entra Liz – gritou
– Não – eu disse – Pensei que iriam crescer.
– Não é nossa culpa – Yuri disse
Parei de andar ao mesmo tempo que Yan freou.
– Claro que a culpa é de vocês – eu disse encarando os dois – Afinal, qual o seu problema cerebral Yuri? Quer saber, fiquem com suas vidinhas e eu fico com a minha e me deixem em paz.
– Sou seu irmão – Yan disse
– Jura? – perguntei irônica
– E eu vou sempre cuidar de você gordinha – ele terminou
E para melhorar, adivinha o que aconteceu? Começou a chover. Porque não né? Minha roupa agora estava totalmente molhada e colando ao meu corpo. Continuei andando sem olhar para meus irmãos que andavam numa velocidade muito baixa. Então outro carro se juntou ao deles.
– Qual é o problema dela agora? – perguntou Thomas me olhando com curiosidade com seus olhos verdes
– Está com ódio de nós e não quer entrar no carro – Yan respondeu
Ignorei os três até perceber que Thomas tinha parado seu carro e corria na minha direção. Ele me pegou no colo como se não fosse nada, serio, que garoto irritante.
– Você é um homem morto, Thomas – falei quando ele me jogou no banco de traz do carro dos meus irmãos
– Se fosse por você nunca teria nascido mesmo né – ele riu – Se já tá no inferno, porque não abraçar o diabo?
Revirei meus olhos e Yan acelera o carro. Chegamos em casa em menos de 2 minutos. Sai do carro e fui direto para meu quarto, tomei um banho e coloquei um pijama e fui na direção da cozinha. Fiz panquecas porque não tinha nada pronto e comecei a estudar no sofá.
– Ainda com raiva de nós? – perguntou Yuri
– Ah – eu disse de boca cheia – Não só com você, com Yan, com a Rebeca e com mais ainda do Thomas.
– Desculpa – ele corou – E o Thomas está vindo para cá.
– Que? – berrei de boca cheia
– Deixa de ser nojenta – ele resmungou – Já era para ele estar aqui, só que ele entrou na chuva por você.
No mesmo momento a campainha tocou. Bufei e levei tudo para meu quarto, já não bastava tê-lo que suporta-lo na escola? Agora na minha casa também?! Acho um abuso.
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