Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oie Gente, tudo bem?
Eu sei, eu sei, eu demorei pakas.
Mas assim, eu tentei postar esse capitulo 4 vezes antes dessa.
E eu sei... isso não é desculpa para a demora, mas foi sufoco!
Bem, não vou enrolar vcs. Espero que gostem!!



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THOMAS

Acordei e vi Yuri e Yan jogados em suas camas e suspirei. Eles vão me matar quando descobrirem, pensei comigo mesmo. Acabei que levantei e fui tomar um banho, realmente, realmente precisava tirar aquela garota da minha mente. Porém quando lembrava dela encostada em mim nos desenhando um sorriso veio ao meu rosto.

Que droga, isso não podia estar acontecendo. Mil vezes droga por gostar disso estar acontecendo. Me arrumei, e sai para tomar café. Não tinha muita gente acordada a essa hora, haviam poucas pessoas tomando café a essa hora. Só que lá estava ela. Sentada em uma mesa sozinha.

Elizabeth estava sem óculos, era estranho vê-la sem óculos, porém continuava linda. Peguei um prato com um pouco da comida e sentei do seu lado, e como ela não tinha percebido minha presença entrar na cantina deu um pequeno pulo no banco em que estava sentada. Ela virou seus olhos avelã para mim me repreendendo.

– Quer me matar, Imbecil? – perguntou rude, apenas sorri de lado

– Ainda temos muito o que viver – falei e ela corou, senti vontade de beija-la, mas a cantina já começava a encher de pessoas – Não cora, assim vou querer te agarrar na frente de todos.

– Com vergonha, Carter? – perguntou com um sorriso zombeiro, queria saber o que se passava naquela cabecinha

– Jamais – eu ri – Mas aposto que você ia ficar como um pimentão.

– Você é muito idiota – ela disse sorrindo e balançando a cabeça, eu sei que ela estava me xingando, mas quando ela falava sorrindo soava como um elogio aos meus ouvidos

– Liz, você não sabe o efeito do seu sorriso em mim – falei no seu ouvido e ela me olhou como se duvidasse

Eu não estava mentindo. Seu sorriso deveria ser a oitava maravilha do mundo, quase podendo curar o câncer, pode-se assim dizer. Elizabeth continuava me olhando, eu sabia que ela duvidava muito de mim. Até eu mesmo iria desconfiar de mim, mas isso no fundo me magoava.

Porque diabos eu fui me apaixonar logo por essa garota?!

Mas então ela sorriu depois de um tempo, talvez depois de ver que eu estava falando sério. Liz bateu seu ombro no meu rindo, suas bochechas estavam rosas de um jeito que eu tinha vontade de morder. Por Deus, alguém me bate! Essa garota fez algo muito poderoso comigo. Desde de quando eu tenho esses pensamentos?!

– Para Thomas – ela disse

– O que é que tem? – perguntei

– Têm que a vadia da Williane está me olhando feio – ela disse, parecia estar me testando

– Foda-se – eu disse – Nunca tive algo com ela.

– Teve sim – rebateu e depois pareceu se arrepender

– Não – eu afirmei – Nunca tive nada com ninguém.

Liz me olhou.

– É justamente por isso que me pergunto o que quer comigo – ela diz baixo com as bochechas vermelhas

Não pude me conter e me aproximei mais ainda dela. Será que ela não ia perceber que eu gostava dela de um jeito diferente das outras? Peguei sua mão sentindo sua pele macia, apertei de leve, tentando chamar sua atenção para mim, já que agora ela não parecia querer me olhar.

– Liz... eu – eu ia dizer que gostava dela, mas adivinha quem decidiu aparecer? Aquela amiga intrometida dela

– Desculpa, acho que estou atrapalhando – ela disse e levantou

– Não – Liz diz soltando minha mão

– Sim – respondi ao mesmo tempo

Elaine, acho que esse era seu nome, olhou para Liz e logo depois para mim, voltando para Liz. Ela sorriu mostrando covinhas fofinhas e dentes perfeitos, com certeza era uma garota bonita, mas não tinha aquela coisa que me atraia tanto como na Liz.

– Depois você me conta – disse piscando para Liz e saiu, sentando do lado do Yan, este que sorriu para ela

– Espera, o que está acontecendo entre seu irmão e sua amiga? – perguntei olhando divertido para Yan

– Ao que parece, eles estão ficando – Liz disse mordendo a maçã

– Como a gente? – perguntei sorrindo maroto

Ela tossiu meio engasgada com o que comia, depois me olhou vermelha.

– Você que me agarra – ela disse sorrindo de lado e me olhando me provocando

– Ah é – eu disse irônico – E você sempre me afasta, nem corresponde.

Ela riu. Seu sorriso era tão bonito, eu queria tanto beija-la... Droga, Thomas, se controle por favor! Respirei fundo e olhei nos seus olhos avelãs.

– Me encontra naquela mesma pedra em quinze minutos – falei e levantei indo embora

Fui para meu chalé e escovei os dentes, logo depois indo para a mesma pedra que temos ficado desde então. Era um bom lugar porque era meio escondido pelas árvores. Não demorou muito para mim ver sua silhueta.

Peguei sua cintura a girando e a colocando contra a árvore mais próxima. Ela me olhou assustada e depois começou a rir, colocando uma mão no seu peito. O som da sua risada era música para meus ouvidos.

– Não me mata de susto – falou no meu ouvido

– Eu estava pra ficar louco – falei, sua voz meio rouca

– Porque? – perguntou se fazendo de inocente

Não lhe respondi. Na verdade abracei sua cintura mais fortemente e lhe beijei. Eu estava ficando viciado, era uma sensação totalmente nova e Meu Deus, era ótimo. O mundo parecia dissolver ao nosso redor e só ficávamos nos dois ali. Tínhamos todo o tempo do mundo.

Suas mãos brincavam com meus cabelos, ou então suas unhas me arranhavam de um jeito que quase me fazia gemer em seus lábios. Talvez por essa razão estava ficando viciado nela, era tudo tão maravilhoso. Ela se afastou ofegante e sorriu.

Seus lábios voltaram aos meus me dando a sensação que estava indo para o céu e voltando. Ela tinha um gosto de menta, talvez tenha escovado os dentes antes de vim. Não que seu hálito seja ruim, na verdade seu hálito é sempre ótimo.

– Eu estou apaixonado por você, Liz – escapou a confissão dos meus lábios

Senti seu corpo ficar tenso e ela me olhar. Seu olhar foi como facadas, parecia magoada e até mesmo... triste? Não entendi, tentei lhe beijar novamente, mas ela virou o rosto.

– Eu estou falando sério, Elizabeth – falei lendo suas expressões

– Eu sei que não, Thomas – ela disse meio triste – Então era isso? Você queria que eu me apaixonasse por você para depois o que? Ia me humilhar?

Um tiro doeria menos. Eu sabia que no passado eu era um pouco galinha. Ok, eu era galinha... Meu Deus, eu não prestava nada. Mas... as outras não tinham mais efeito em mim, porque era o rosto da Liz que aparecia em minha mente toda vez que fechava os olhos.

– Não, Liz – falei e tentei me aproximar dela, porém essa só se afastou mais – Eu realmente gosto de você, caramba! É tão difícil acreditar?

– Sim! – ela disse com cara de choro, ah não, pelo amor de Deus, não chore. Não me diga que essas lagrimas são por minha causa.

– Liz, eu... eu estou apaixonado por você – falei novamente – E isso é novo para mim... E caralho! É assustador também!

Agora ela me observava com atenção. Aproveitei sua distração e joguei meus braços ao seu redor, ficando meio encurvado pela sua altura, mas não importava, seu corpo parecia ser feito para mim. E, sim, eu sei como isso soou possessivo.

– Desde quando? – perguntou num sussurro

– Não faço ideia – falei – Mas te ver com Jean foi uma tortura.

Ela riu.

– Sabia que você tinha algo muito contra – ela disse e eu passei meu nariz por sua bochecha

– Você acredita em mim agora? – perguntei sem solta-la

– Eu... não sei – ela disse e me olhou, abaixei meus olhos sem poder olha-la

Me surpreendi quando senti seus lábios contra os meus em um selinho demorado. Sorri um pouco com a surpresa. A puxei para mim, tentando de alguma forma deixa-la mais perto de mim o possível.

– Eu vou te fazer acreditar – falei

– Porque? – perguntou me pegando de surpresa

– Porque é verdadeiro – respondi simplesmente

Ela me beijou novamente. Agora eu pensava em um jeito de tenta-la acreditar em minhas palavras. Suguei seu lábio mais uma vez, mais uma vez com a sensação que mais nada existia a não ser nós dois. Ela me afastou e sorriu. Ah, se essa garota soubesse como esse sorriso fode comigo.

– Vai, se não o Yan ou Yuri vão desconfiar – disse passando as mãos no cabelo e na roupa

– E daí? – perguntei me encostando na árvore lhe observando

– Eles vão te dar um tiro se descobrirem que você vive me agarrando – ela disse sorrindo

– Ah, só eu aqui que agarro os outros – eu disse irônico e ela riu

– Sim – Liz diz com cara de inocente – Só você. Tchau, tenho que ir.

Ela começou a sair e eu tossi alto chamando sua atenção.

– Somos ficantes quase assumidos – repliquei – Venha cá me dá um beijo de despedida, mulher.

Ela riu e me deu apenas um selinho saindo correndo em seguida. Fui para meu chalé para ver os gêmeos deitados cada um em sua cama. Eles me olharam divertidos.

– Onde estava Thom? – Yuri perguntou

– Hum... por aí – respondi, eles não ia aceitar bem se eu dissesse que estava agarrando sua irmã mais nova

– “Por aí” – Yan disse rindo de mim

– Você está com cheiro feminino, cara – Yuri disse rindo, eu como um tonto cheirei minha camisa sentindo o cheiro da Liz, eu corei um pouco e eles me olharam como se eu fosse um Alien ou coisa pior

– Você... corou? – Yan perguntou e riu alto – Nossa criança está crescendo, Yuri!

– Se fode, Yan – falei e joguei uma almofada nele

– Quem é a garota? – perguntou Yuri interessado, fudeu

– Hum... uma hora você vai saber – falei

– Ih, todo cheio de mistério – falou Yan – Quero conhecer a garota que fez magia negra para te conquistar.

Sorri.

– É que ela têm uma família – eu disse e Yuri explodiu em uma gargalhada

– Ah, jura? – perguntou irônico

– Se fode, Yuri – falei – A família dela não vai aceitar muito bem. Digamos que eles sabem do meu histórico e não iam ficar muito felizes com a noticia.

– Que pena, cara – Yan disse

Concordei com a cabeça e comecei a jogar uma bolinha para cima em uma distração. Eles continuaram conversando animadamente, e minha cabeça ficava viajando na sensação dos beijos de Liz me proporcionava. a manhã passou horrivelmente lenta e de tarde voltaríamos para a cidade.

Caminhei até cantina para o almoço então vi Liz conversando animadamente com um garoto ruivo. Sua amiga estava lá e parecia entediada com a conversa dos dois, então como sou um calculista frio olhei para Yan.

– Vamos sentar com sua namorada? – perguntei e ele corou

– N-não namoramos – ele disse

– Ainda – eu disse e pegamos a comida – Vamos logo.

Sentei do lado da Liz, e Yan do lado da amiga dela, Elaine. Liz me olhou e sorriu, quando viu meu olhar meio sem expressão seu sorriso se desfez devagar. Ela olhou para o garoto ruivo e limpou a garganta. A amiga dela parecia interessada no que aconteceria a seguir.

– Ah, Thom, esse é Seth – ela disse vermelha – Seth, esse é Thomas.

– Olá – ele sorriu para mim e estendeu a mão

Seth? – perguntei apertando sua mão por educação

– Meus amigos fizeram a comparação por ser ruivo com o deus Egípcio, que dizia ser seus filhos todos ruivos – ele disse sorrindo – Era isso que explicava para Liz, parece que ela gosta muito de mitologia, tanto grega quanto egípcia.

– Hum, interessante – falei e comecei a comer

Depois disso Liz não conversou muito com o garoto, que por outro lado tentava puxar assunto com tudo. E tudo mesmo. O cara chegou a dizer que a banana era vista por uns cientistas como uma erva não fruta. Toda vez que eu olhava para Liz ela sorria, e então um sorriso involuntário tinha que aparecer no meu.

O almoço acabou e ainda sentado peguei a mão da Liz em baixo da mesa a apertando, então levantei junto com Yan.

– Temos que arrumar nossas coisas – Yan disse e mandou um olhar feio para Seth, e um selinho na Elaine – Tchau amor, nos vemos depois.

– Começa a namorar e esquece a irmã – Liz reclama – Bonito hein.

Minha vontade era fazer o mesmo que Yan fez com Elaine em Liz, porém me contive. Yan se despediu do pessoal e nós fomos embora para arrumar nossas coisas, mas eu não queria sair do lada de Elizabeth, não quando aquele Seth estava do seu lado.


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Notas finais do capítulo

Só avisando que só postarei se receber 5 comentários.
Posso adiantar se receber alguma recomendação



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