Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oie gente? Adivinha quem quer se matar depois da primeira rodada do ENEM e não quer fazer a segunda parte da prova? �/ �/ SIMMMM! EU MESMA! Que prova de bosta né gente? Me falem o que acharam da prova nos comentários, vou responder todos.
Bom, eu trouce mais um capítulo para vocês. Beijinhos :*



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– Eu não acredito que você está se pegando com Thomas! – Elaine gritou

– Não grita! – pulei em cima dela tampando sua boca e olhando ao redor

– Putz! Quem diria né? – ela riu depois que me afastei

– O caso é que eu tenho certeza que ou ele apostou que me teria nas mãos, ou perdeu uma aposta... ou quer ver se até eu caio na ladainha dele – falei – E eu quero aprontar com ele.

– Tipo? – perguntou – Mas eu acho que você está errada.

– Não to nada – falei cortante – Vou tortura-lo. Ele não vai aguentar ficar comigo.

– Porque? Tipo, não sou lésbica e gosto de banana, mas se fosse eu iria investir em você – ela disse e eu engasguei com o pedaço de melancia que comia

– Você ouve o que diz? – pergunto rindo – E, eu sou antipática, bruta e muito antipática! Mudando de assunto, que porra é que tá acontecendo entre você e Yan?!

– Bem, você lembra do carinha das mensagens anônimas?

– Sim, continue.

– É ele.

Parei. Isso era brincadeira né? Olhei para ela e depois para Yan que olhava para ela, então ele notou meu olhar e corou desviando o olhar. Meu Deus, meu irmão estava afim da minha melhor amiga? “Oi mundo? Pode fazer sentido agora Ok?” olhei novamente para Elaine.

– Não acredito nisso! – falei para ela sorrindo – Você vai ser minha cunhada?

– Não exagera – ela encolheu os ombros olhando para Yan e sorrindo – Até agora só ficamos.

– Só ficaram?! – gritei e ela arregalou os olhos fazendo ‘shiii’ para mim

– Você tá louca?! Para de gritar, sua doente! – jogou em mim um copo de plástico vazio

Comecei a rir desesperadamente.

– Você tá ficando com o Yan e eu sou a doente – falei rindo que nem uma louca

– Olha lá, o Carter chegou – ela disse e eu parei de rir – Já pode ir lá se agarrar com ele.

– Touché – eu disse tomando meu café

Começamos a falar besteiras até que Yan subiu em uma mesa, sim tinha tanta gente que tiveram que subir na mesa. Ele usava bermuda cinza e uma blusa regata preta que destacava seus músculos. Notei que ao seu lado estava Thomas, e que Williane tentava a todo custo chamar sua atenção.

– Pessoal é o seguinte: Vai ter o pessoal que vai tocar violão, os que vão caçar e o pessoal da trilha – ele disse – Se quiserem procurem o grupo.

Meu irmão ajudou tanto. Revirei meus olhos quando vi Elaine soltar um pequeno suspiro quando ele deu um sorriso de lado para ela. Notei em como os dois estavam loucos um pelo outro e quem diria né?! Como esse mundo dá voltas!

– Vai fazer algo? – perguntei

– Eu... vou – falou corando

– Vão ficar? – perguntei depois de olhar ao redor

Ela sorriu como resposta. Eu sorri pela sua felicidade.

– Sim – ela disse e olhou para trás de mim – Não quero dizer nada, mas o Thomas não para de te olhar. Sorri e finge que está rindo da minha piada.

– O que? – fiz uma careta

– Era para rir, burra – ela disse e eu gargalhei

– Assim tá bom? – perguntei rindo – Só não sei onde isso vai levar.

– É que ele não para de te olhar – falou e eu revirei meus olhos

– Não viaja ok? – disse – Vou fazer trilha, tchau.

Sai do refeitório e fui no meu chalé e coloquei um short com tênis e uma blusa qualquer, e logo depois fui em busca do grupo da trilha. Eram apenas três pessoas, Willy, Jennifer e George.

– Oi, Liz – diz George passando o braço por cima do meu ombro – Sabia que você ia vim.

– Legal, G. – falei e tirei seu braço de cima dos meus ombros

– Esqueci um repelente lá no deposito – falou Jenni – Pode buscar para mim, Liz?

Assenti e fui até o deposito pegando o repelente, mas quando ia saindo alguém me puxa para si. Eu ia bater em quer que seja o louco que decidiu me agarrar, porém aquele cheiro de terra molhada e hortelã me deixou seu reação. Olhei bestificada para Thomas.

– Quer, me, matar, de, susto? – perguntei lhe batendo a cada palavra

– Não – ele disse – Você é muito nova, temos que nos divertir primeiro.

Então encostou seus lábios aos meus e sorriu durante aquele longo selinho. Só que ele não pode começar uma coisa e não terminar. Me agarrei ao seu pescoço aprofundando o beijo, porque seus beijos deveriam estar entre as drogas mais perigosas do mundo. E meu Deus... eu estava ficando viciada.

Thomas correspondia na mesma intensidade que eu, o que era estranho, já que até no começo do ano nós mal podíamos nos ver que já estávamos brigando e agora... bem, não estamos brigando. Eu me afastei quando me vi totalmente sem ar.

Thomas continuou me abraçando pela cintura.

– Eu tenho que ir – falei

– Já falei para não fugir de mim, Liz – ele riu

– Não estou fugindo de nada – falei ofendida de mentira – O pessoal da trilha está me esperando.

Ele me abraçou mais uma vez de jeito possessivo, como se não quisesse que eu saísse de lá. E por um momento me deixei iludir, porque eu realmente não queria sair daquele abraço, porém me afastei e lhe dei um selinho. Ele me olhou sorrindo e sorri de volta.

– Não demora ok – falou – Ás 20 horas naquela pedra.

Sorri e sai correndo para o pessoal da trilha. Não conseguia tirar um sorriso bobo do rosto, então antes de chegar perto do pessoal e respirei fundo tentando alguma forma fazer parar de sorrir. Lembrei da minha tia que foi morta em um assalto, mas quando certos olhos verdes apareciam viam muitos sorrisos bobos por toda a estrada.

Ele é galinha.

Aproveitador.

Gosta de humilhar.

Não se importa com ninguém.

Brinca com os sentimentos dos outros.

É o maior babaca.

Fiz uma listinha mental para me lembrar do porque deveria tirar sorriso idiota do meu rosto e deu certo. Eu gostava de caminhar pelo meio do mato, o que ninguém nunca entendeu, já que eu também não vivia sem um celular.

– Ouvi dizer que você anda ficando com o Thomas – disse Jennifer deixando os meninos irem na frente

– O-o que? – perguntei ficando vermelha

– Na verdade, eu sei – ela disse – Só quero te avisar que ele não presta nada Liz, provavelmente só vai se aproveitar de você.

– Jennifer... eu sei me cuidar muito bem, isso está em primeiro lugar e em segundo – eu ia falar que isso não interessava ela, mas ela riu

– Só estou te avisando, Liz – disse para mim – Já cai na ladainha dele.

Então ela correu para alcançar os meninos. Fiquei com isso na cabeça, mas que isso tudo era um joguinho eu sabia desde o começo. Não tinha outra razão para ele querer ficar comigo. Quando voltamos para os chalés já era de noite, ou seja, passamos realmente o dia no mato e não me arrependia.

Fui para meu chalé e tomei um bom banho, então simplesmente me toquei das horas que eram. 20h em ponto. Fiquei tentada a dizer que estava muito cansada e pude ir, mas decidi colocar um short de linho preto e uma blusa branca de mangas.

Fui com meu caderno de desenho. Demorei mais dez minutos até chegar na pedra e o vi jogando pedrinhas na água. Fui calmamente e me sentei do seu lado, ele me olhou e sorriu. Mas não disse nada, apenas continuou jogando pedrinhas na água.

Peguei meu caderno e comecei a desenhar, deixei minha mente viajar alguns milênios, então quando vi no que os rabiscos se tornavam fiquei meio vermelha. Thomas estava do meu lado, apenas observando.

– Ficou legal – ele disse – Eu realmente fico bem de smolking e você fica linda em um vestido bufante.

– Não fico não – neguei e ri

O desenho parecia muito com o momento agora, mas ao mesmo tempo parecia algo muito antigo. Esse seria um Thomas do século XIX em um smolking superchique e eu sentada sobre as próprias pernas em um vestido bastante bufante. Nós dois riamos e Thomas ainda jogava pedrinhas no lago.

Ele olhou para mim com um sorriso de lado e aproximou seu rosto do meu e seus lábios roçaram nos meus, abri levemente meus lábios querendo um beijo de verdade, porém ele se afastou sorrindo.

– Seu covarde – falei fazendo careta – Não comece algo que não vá terminar direito, Carter.

Ele riu de jeito gostoso e passou os braços pela minha cintura me puxando para si.

– É um jeito de saber se quer mesmo – ele me disse no ouvido – Você parece muito indiferente e não consigo te ler.

– Por enquanto a única coisa que tem que saber é – falei lhe olhando dentro dos olhos e me aproximando – Que quero ser beijada por você.

Ele sorriu para mim e me beijou e por um momento esqueci de tudo ao meu redor. Era estranho essa sensação, como também era estranho aquela coisa que havia se criado no meu estômago. Nem parecia que eu já tinha namorado, porque tudo isso era muito novo e me assustava muito.

Eu me afastei e me apoiei nele começando outro desenho.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam?



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