Exchanged. escrita por shondabia


Capítulo 8
8.


Notas iniciais do capítulo

QUEM É VIVO SMP APARECE SIMMMMMMMMMMMMMMMMM
Gente, me perdoem pela demora mas eu volteeeeeeeeeei e agr é pra ficar! Espero que gostem desse capítulo, estava um pouco enferrujada na escrita mas agora está tudo certo srnfnfaeija beijos e nos vemos lá embaixo



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SEGUNDA-FEIRA

 

 

 

A semana de integração durava cinco dias. Eram cinco dias nos quais o colégio inteiro se dividia em duplas, não importando a qual classe cada aluno pertencia. Eu, infelizmente, havia ficado com a pessoa que eu menos queria naquele momento: Regina Mills, a intercambista.

Além de passar tempo com Regina em casa eu seria obrigada a passar os dias com ela, aprendendo mais sobre a sua personalidade. Como a situação entre nós estava tensa, já no primeiro dia eu surgi com um plano mirabolante.

— É o seguinte – digo com ela dentro do carro. Henry já havia pulado fora e estava misturado aos seus amigos. - Eu não quero passar o dia com você e você não quer passar o dia comigo, certo? - Não dou tempo para ela responder e continuo a falar. - Então, quando tivermos que ficar juntas na hora do almoço e do intervalo, podemos marcar de nos escondermos onde você quiser e você pode encontrar com seu namorado, enquanto eu fico com Ingrid.

Regina me encara com seus olhos de avelã e eu a encaro de volta, tentando decifrar o que se passava naquela mente. No fundo, no fundo, eu estava morrendo de vontade de passar mais tempo com ela, de tentar fazer com que ela abrisse a cabeça e percebesse que o tal do Robin não prestava para nada.

Com um sorriso frouxo de lado eu recebo a minha resposta.

— Se você quer assim…

— Você quer também, não é?

— É, quero… acho que pode ser.

— Então… nos vemos na saída? - Observo ela dar de ombros, como se dissesse que tanto fazia. Parte de mim queria que ela saísse e corresse para os braços do namorado, outra parte queria que ela ficasse ali dentro comigo conversando banalidades.

O sinal toca e nos tira de nosso silêncio constrangedor.

— Eu tenho que ir, aula…

— Hum, okay…

— Nos vemos então…

— Ah, claro.

E, com um sorriso triste, a morena pulou do meu carro e saiu correndo em direção ao colégio.

Eu não tinha aula no primeiro horário, a professora já havia nos avisado que, especialmente naquela semana, faltaria. Eu não tinha aula no primeiro horário, mas precisava daquele momento sozinha, precisava aperfeiçoar meu plano, afinal, eu não seria a primeira nem a única a querer burlar a semana de integração.

 

 

TERÇA-FEIRA:

 

— Emma? - Minha mãe aparece na porta do quarto. - Acordada?

Tiro os fones de ouvido e olho para ela.

— Entra.

— Como você está? - Ela caminha em minha direção e senta na beira da cama. - Como está a semana de integração com a Regina?

— Eu estou bem… - Minha voz vacila. - A semana está tranquila, favorável.

— Posso confiar? - Ela sorri, me encorajando a falar.

— Pode sim.

— Não, não posso. - Seu semblante muda. - Eu te conheço, Emma Swan, e sei quando você está mentindo.

— Está tudo bem, mãe. Estou falando sério.

— Emma, eu vou fingir que acredito. - Ela se aproxima mais de mim e acaricia meu rosto. - Fique bem, okay? Eu quero que você e Regina se deem bem, você sabe disso.

— Sei, eu sei. - Finjo um bocejo. - Eu estou com sono, quero dormir.

— Ah, tudo bem. - Ela sorri forçadamente, mas seu sorriso não chega aos olhos. - Boa noite, meu amor.

— Boa noite, mãe.

Vejo Mary se levantar e andar em direção ao lugar de onde veio.

— Te amo.

— Eu também. - Respondo, mas sei que ela não ouve. Já estava no quarto de Henry conversando com ele.

 

 

 

 

QUARTA-FEIRA

 

— Emma, você não passou um dia sequer com Regina. - Ingrid diz, deitada em meu colo. Estávamos nas arquibancadas vendo o treino dos garotos.

— Eu sei disso, fiquei com você. - Sorrio para ela.

— Não me venha com sorrisos, você sabe que está errada. - A loira se levanta do meu colo e fica de frente para mim. - Quero ver como vai ser na hora de escrever o texto.

— Eu peço a ela para escrever algo sobre ela e eu escrevo algo sobre mim, fim. - Levanto as mãos, como se fosse algo óbvio.

— Isso está errado e você sabe disso, pelo amor de Deus, Emma. - Minha namorada revira os olhos e eu contenho a vontade de rir. - são apenas cinco dias. - Ela mostra nos dedos. Tomo sua mão na minha e mordo a palma.

— Errado é ela namorar com aquele ridículo, animal, tosco, troglodita…

— Acalme-se. - Diz, rindo. - já sabemos que você odeia ele, não precisa bradar para os quatro cantos não.

— É que… - fecho os punhos e semicerro os olhos. - Argh!

— Você se preocupa demais com ela, Emma. Deixa Regina ser feliz, ela é humana também.

— Eu me preocupo com ela, apenas isso. Preocupação.

Era apenas isso mesmo? Meu subconsciente me martela.

— Pois você tem uma namorada para se preocupar, e não está se preocupando com ela.

— Eu me preocupo sim, boba. - coloco as mãos uma de cada lado de seu rosto e a puxo para um beijo rápido. - Ciumenta. - sussurro.

— Do jeito que você está agindo, parece que a ciumenta é você.

Eu não iria dar o braço a torcer, mas parte de mim sabia que ela tinha razão.

 

 

 

QUINTA-FEIRA

 

 

— Emma, Regina! - Ouço minha mãe gritar do corredor. Saio do quarto e encontro Regina tão atordoada quanto eu.

— O que será…

— Rápido vocês duas.

Trocamos um olhar preocupado e descemos as escadas correndo.

— Mãe, o que…

— Mary?

— Ah, pelo menos isso vocês fizeram juntas. - Diz, num tom sarcástico. - Fico feliz de saber que, se eu estivesse morrendo, vocês duas se preocupariam.

Minha mente trabalha rápido e em menos de um segundo eu já sei o que estava acontecendo: Mary Margareth havia descoberto que nós dua não estávamos passando a semana de integração juntas.

— Merda, ela descobriu. - Sussurro para Regina, que olha para mim assustada.

— Como?

Antes que eu pudesse responder, minha mãe nos interrompe.

— Vocês duas se acham mais inteligentes do que todo o colégio, não é mesmo? - Pergunta. - Onde já se viu, duas adolescentes tentando burlar logo a famosa semana de interação. - Mary cruza os braços sobre o peito. - Onde você estava com a cabeça, hein, Emma? E você, Regina? Achei que vocês duas tivessem um pouco mais de juízo.

— Mas como a senhora descobriu? - Regina pergunta.

— O colégio descobriu e me ligou para contar, e vocês sabem que as medidas para quem quebra a semana de integração são bem rígidas.

Reviro os olhos com aquilo, pois já sabia como as coisas funcionavam. Os alunos que quebravam as regras da semana eram obrigados a ficar num tipo de detenção, depois do horário escolar. Era, simplesmente, horrível.

— Eu não vou ficar de detenção.

— Detenção? - A intercambista pergunta assustada. - Eles podem me deportar por eu ficar de detenção.

Deportar? Isso significaria que ela teria que voltar para casa, certo? Arregalo os olhos para minha mãe com essa possibilidade e ela suspira pesadamente.

— Você não será deportada, Regina. - diz. - Eu conversei com eles, disse que a culpa era de Emma…

— Minha? - interrompo minha mãe.

— Sim, sua, agora me deixe falar. - Ela se vira para a intercambista e continua. - Disse que, como vocês moravam na mesma casa, colocaria as duas para passarem o final de semana inteiro juntas, o que quer dizer: nada de festas e nada de Ingrid.

— Isso é injusto. - digo.

— Injusto? Se quisesse um final de semana com a sua namorada, pensasse nas consequências. Eu, sinceramente, não entendo vocês duas. As duas se deram tão bem no início, agora ficam aí se odiando.

— Eu não odeio ela. - Regina se pronuncia. - Nunca odiei.

— Ótimo, eu também não te odeio. - respondo. - Problema resolvido?

— Não, o problema não foi resolvido. - Mary diz. - Vocês duas, um final de semana sem sair de casa. Se virem decidindo o que vão fazer, eu apenas quero que, no domingo, às oito horas, as duas tenham escrito uma linda redação sobre o que aprenderam uma com a outra. Entendidas?

Eu resmungo e vejo que, do meu lado, Regina estava revirando os olhos.

— Acho que não ouvi direito, estamos entendidas? - Minha mãe repete a pergunta.

Respondemos um “sim” em uníssono e, sem trocarmos mais palavras, subimos cada uma para o seu quarto.

Seria um longo final de semana.

 

 

SEXTA-FEIRA

 

 

Eu levei certo tempo para me acostumar com a possibilidade de estar apaixonada pela intercambista. Claro, por certo tempo eu sou obrigada a dizer: umas duas horas. Duas horas que eu passei na sala de boxe, apenas eu, um saco de areia e o rock sofrido de Radiohead. Duas horas nas quais eu me forcei a aceitar que talvez, apenas talvez, meu incomodo pelo namoro de Regina com Robin fosse ciume.

A cada soco que eu dava eu me perguntava como eu havia me deixado chegar naquela posição. Eu tinha namorada, uma namorada que gostava muito de mim e que me fazia muito bem. Eu não deveria estar ali, gastando meu tempo, meus músculos, meu suor, por alguém que, honestamente, não moveria uma palha por mim.

“Mas, Emma, Regina não pediu para você gostar dela.” E daí? Ela continua sendo a culpada. Ela é daquelas que é impossível não se apaixonar, ela sabe disso. Ela é tão forte, e desinibida e, ainda assim, tão frágil. É, definitivamente a culpa é dela.

Enxuguei o suor que caía pela minha testa e olhei ao meu redor, estava sozinha. Visto a regata que descansava num banco e, antes mesmo que eu pudesse desconectar o meu celular da caixinha de som, vejo minha namorada entrar saltitando pela porta.

Sorrio enquanto ela se aproxima de mim.

— Você não cansa de dar murro nesse saco não? - Pergunta, antes de selar seus lábios rapidamente nos meus.

— Você não cansa de chutar bolas não? - retruco.

— Não, não canso. - Seu rosto se contorce numa careta. Ingrid se recosta num dos armários enquanto eu junto minhas coisas na mochila. - Emma…

— Não comece, por favor.

— Você sabe que eu vou falar sobre isso. - Diz, num tom duro. - E você não vai fugir.

Respiro fundo e passo as mãos pelos cabelos molhados de suor.

— Ingrid, não.

— Emma, deixe de ser criança.

— Eu não sou criança, merda. - Dou um murro num dos armários e ela se assusta. Olho em seus olhos e vejo o que ela sentia naquele momento: medo. Fecho os olhos e, puxando o ar pelo nariz, me aproximo dela. Passo a mão pelo seu rosto delicado. - Me desculpa.

— Não é a mim que você deve desculpas e você sabe disso. - Ingrid desvia do meu toque.

— Regina estava de acordo com isso. - digo.

— Estava? - Ela arqueia as sobrancelhas. - Ela estava de acordo ou você induziu ela a fazer isso?

— Ela poderia muito bem dizer que não queria, se fosse necessário eu seguiria as regras, eu passaria a semana com ela.

— Mas não passou. - Seu tom de voz é ríspido. - Eu às vezes queria saber o porque de você se importar tanto com ela, o motivo de você se preocupar tanto com o respirar dela.

— Eu apenas não confio naquele Robin, tenho esse direito, não é mesmo?

— Emma, o cara estava bêbado naquele dia… nós duas sabemos que medo do Robin não é problema aqui.

Coloco uma perna de cada lado do banco e me sento. Ingrid continuava encostada no armário olhando para mim. Ela queria uma resposta. Ela precisava de uma resposta.

— E qual é o problema, então?

— Me diga, Emma. Seja sincera comigo.

— Eu não sei. – Dou de ombros. - Eu não sei o que falar, dizer… Sinceramente, eu não sei.

— Você pode fingir que não sabe, então eu vou te dizer: Você gosta dela.

Abaixo minha cabeça entre minhas mãos enquanto as lágrimas desciam pelo meu rosto.

Eu gostava dela.

Eu não queria gostar dela, mas gostava.

Era errado, era complicado, era impossível, mas eu gostava dela. Eu gostava de Regina, a aluna intercambista que passaria um ano na minha casa.

O silêncio imperou por alguns segundos, antes que Ingrid o quebrasse. Não olho para cima, apenas ouço sua voz embargada.

— Obrigada pela sua sinceridade.

Naquele momento a maior sinceridade tinha que ser comigo, e minha mente gritava com todas as letras:

Eu gostava de Regina.


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Notas finais do capítulo

Capitulo n mt grande, mas vida q segue kajdnfkjan espero q tenham gostado, e espero q vcs n abandonem a fic pq ela n foi abandonada por mim, beijo enorme!



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