Exchanged. escrita por shondabia


Capítulo 4
4.


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRO DE TUDO: MANDS, MUITOOOOOOOOOOOOOO OBRIGADA PELA RECOMENDAÇÃO! Fiquei bem chorosa, serio hahaha fico feliz q vc goste de Exchanged da msm forma q eu gosto de escrevê-la.
Mil perdões pela demora!! Prometo q n vou demorar de novo hahaha aproveitem.



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Meu colégio tinha uma política horrível que forçava cada aluno a fazer, pelo menos, uma atividade extraclasse. A de meu irmão era o judô. A minha? Coral.

Deixa eu explicar o motivo de eu ter escolhido essa atividade para gente velha. É de conhecimento geral que eu não existo. Na verdade, as pessoas nem sabem que eu não existo porque eu não existo mesmo. O coral, por não ter quase ninguém, não se apresentava, não competia e malmente ensaiava.

O coral praticamente não existia. Assim como eu.

Antes que vocês tirem conclusões precipitadas, Regina não entrou para o coral. Ela cantava ainda pior do que eu, o que era compreensível, afinal, ninguém nasce perfeito. Então, Emma, já que essa é a história de como Regina Mills mudou a sua vida, por que você está falando sobre esse coral?

Porque Regina mudou isso também.

A sexta-feira finalmente tinha chegado. A intercambista dormiu comigo todos os dias da semana e estávamos desenvolvendo algum tipo de amizade, mesmo que fôssemos completamente diferentes uma da outra. Nós fazíamos quase tudo no colégio juntas, atraindo alguns olhares indesejados para ela e, consequentemente, para mim.

Como não tínhamos todas as aulas juntas, ela tinha feito outros amigos também. Amigos dos quais eu queria distância, pois faziam parte de um grupo nojento de pessoas que se achavam melhores do que as outras devido à sua popularidade. Ela não era assim, claro que não era, mas eu ficava com vergonha de falar com ela nas vezes que ela estava acompanhada por esse grupinho.

Sexta-feira era dia de ensaio. Durante toda a semana eu tentei coagir Regina a se juntar a mim naquela atividade, mas, em 2 minutos cantando uma música, eu percebi que aquilo não era para ela. Meus ensaios se resumiam em ficar sentada na sala do coral mexendo no celular enquanto os outros esquecidos que nem eu faziam coisas do tipo tirar meleca do nariz, ou enfiar lápis nos ouvidos. No fundo, eu tinha pena deles, pois eu, ao menos, não existia. Eles ainda sofriam bullying... Também, o que se esperar de pessoas de quase 18 anos que jogavam RPG?

O dia passa e eu tenho que levar a intercambista na secretaria para decidir a sua atividade extracurricular. Na lista estão variadas atividades, como esportes, artes ou culinária. Com um sorriso afirmativo no rosto, ela escolhe culinária.

– Regina, o que você tem a ver com culinária? – pergunto, assim que saímos da sala da secretaria.

– Emma, minha família é uma das maiores produtoras de maçãs do Brasil. – responde. – Acho que não tem uma receita envolvendo maçã que eu não conheça.

– Tá, e sem ser com maçã, você sabe cozinhar alguma coisa?

Ela trinca os dentes e arregala os olhos, eu dou risada com sua expressão.

– Lasanha e... – pensa um pouco. – lasanha.

– Quase uma masterchef... – provoco. – Okay, vamos achar a sala de culinária e depois eu tenho que me mandar para o coral.

– Como você consegue participar de algo como aquilo, se você nem sabe cantar?

– Falou a menina que vai tomar aula de culinária e só sabe fazer lasanha. – Ela solta uma risada fofa.

– Ah, exagerada... Eu também sei fazer o suco de maçã para acompanhar. – É a minha vez de rir.

Andamos mais um pouco e eu a deixo na porta da sala de culinária, indo, logo em seguida, para o meu ensaio nem um pouco produtivo no coral. Sento-me numa das cadeiras e observo enquanto o professor falava coisas que eu não entendia, tipo fermatta, crescendo, piano e outras técnicas lá.

Minha mente viaja para outros lugares, pensando das mais variadas coisas, menos na aula chata que se decorria na minha frente. O sinal da tarde bate e anuncia que a aula já havia acabado, significando que eu estava livre para ir para casa.

Regina me esperava encostada no carro, sorrindo ao me ver.

– Vamos? – Pergunto, destravando o veículo.

– Vamos. – responde.

Entramos no carro e eu percebo, ao longo do caminho, que a intercambista está tensa.

– Como foi a aula? – Tento quebrar o gelo.

– Foi normal... – Diz. – Olha, vou falar logo, nós fomos chamadas para uma festa.

Arqueio as sobrancelhas.

– Nós? Esqueceu que eu não existo?

– Ok, eu fui convidada. – dá ênfase no “eu” – Mas eu disse que só iria se você pudesse ir também. Você iria comigo?

– Ah, Regina... – Mantenho meus olhos na pista. – Eu não sou muito de festa, você sabe.

– Eu não sei não, eu te conheci essa semana. – Seu tom de voz me arranca uma risada leve.

– Você sabe o suficiente para saber que eu não sou convidada para essas coisas.

– Mas agora você foi.

– Eu vou pensar, pode ser? - Aproveito que o sinal está fechado e olho para ela. – E outra, mesmo que eu queira ir, depende se meus pais vão deixar.

– Se eu conseguir te convencer a ir, com certeza eu convenço eles.

Solto uma risada e volto a prestar atenção no trânsito, certa de que iria conseguir negar o convite dela.

Ledo engano.

Estou deitada na cama quando a porta abre, revelando apenas a cabeça de Regina.

– Decidiu?

– Eu não vou não, estou com um pouco de dor de cabeça. – Tento mentir.

Ela abre a porta por completo, revelando suas roupas. Uma minissaia azul escura, uma meia calça preta por baixo da saia e uma blusa de frio de gola alta. Nos pés uma bota de salto alto. Regina coloca as mãos nos bolsos da saia.

– Eu já estou pronta, você tem uns 20 minutos para se arrumar.

Levanto uma sobrancelha.

– Quem te disse que eu ia?

– Ninguém. – Sorri. – Na verdade, sua mãe disse que você adoraria ir para algum lugar, tendo em vista que você fica presa nesse quarto todas as noites.

– Minha mãe não disse isso.

– Quer ir perguntar a ela? – sua resposta é no mesmo tom que o meu.

Acabo me dando por vencida e levanto, à contragosto, para me arrumar. Tomo um banho rápido e lavo os cabelos com pressa, pois a morena já me esperava impaciente.

– Vocês brasileiros parecem que não sabem esperar. – Termino de calçar minha bota. Eu tinha escolhido, para aquela noite, uma blusa quadriculada preta e vermelha, um colete preto e uma calça jeans.

– Eu te esperei por mais de 20 minutos, sendo que 20 minutos foi o limite. – diz, com seu ar superior.

– Ok, ok. – Levanto as mãos em sinal de rendição. – Agora eu estou pronta. Vamos?

Ela sorri, vitoriosa.

– Agora sim.

Descemos juntas, Regina claramente mais animada do que eu. Antes de sair, confirmo com minha mãe que ela tinha dado permissão, e a mesma praticamente chora de emoção ao me ver saindo de casa numa sexta-feira a noite.

– Não bebam, não fumem e não cheirem, viu, meninas? – alerta.

– Eu vou tomar conta dela. – Garante a morena ao meu lado.

– Divirtam-se. – diz. – Emma, avise ao seu pai que vocês estão saindo.

– Pai! – grito. Ele aparece na cozinha. – Estamos saindo. Beijos, te amo. – Sorrio falsamente e saio de casa com Regina em meu encalço.

Destravo o carro e entramos em silêncio. Em seu celular, ela me mostra o endereço de onde seria a tal festa.

– Essa é a casa de quem? – Pergunto.

– Acho que do Robin.

– Do Robin? – faço minha melhor cara de nojo. – Você está brincando comigo, não é?

– Não... Qual o problema dele?

– Todos. – digo. – Aquele cara é bizarro.

– Oh, comigo ele é um fofo.

– Isso é porque ele tem segundas, terceiras e quartas intenções com você.- Meu tom de voz sai irritado.

– Isso é ciúme?

– Claro que não. – Não soo muito convincente. – É que aquele cara é furada, um ridículo e, e, e...

– Já entendi. – Sorri para mim. – Prometo que vou ficar longe dele. Além de tudo, intercambistas não podem namorar.

Chegamos na festa e eu estaciono junto aos outros carros, enquanto ela explica a política do intercâmbio. Não podia namorar, nem beber e nem usar drogas, se fizesse um dos três era mandado de volta para o país de origem.

Entramos na casa já lotada de pessoas e, instantaneamente, sinto dor de cabeça devido à música.

– Regina e... – grita alguém que eu não conheço, que me olha nos olhos tentando me reconhecer.

– Emma. – Responde ela, cruzando nossos braços. – É minha irmã do intercâmbio.

– Ahh, sim. – Eu finjo um sorriso, querendo, com todas as minhas forças, voltar para casa. – Sintam-se à vontade, as bebidas estão lá fora no cooler.

Saímos andando em direção ao local onde as bebidas estariam e Regina é cumprimentada por quase todas as pessoas, o que me deixa abismada, afinal ela estava ali a apenas uma semana, sendo que eu, que passei a vida inteira naquele colégio era desconhecida para todos.

O cooler está disposto no chão, reconheço garrafas de cerveja, vodca, refrigerante e whisky. Regina se abaixa, pega uma de cerveja e estende para mim.

– Não. – Recuso. – Lembra que minha mãe pediu para não bebermos?

– Só uma garrafa não vai matar ninguém. – Ela oferece mais uma vez e eu continuo na negativa. - Aposto que você nunca bebeu.

– Se eu nunca saio de casa, é óbvio que eu nunca bebi. – Explico. – E você também não vai beber, lembre do que minha mãe disse.

– Deixa de ser chata. – Ela arranca a tampinha e toma um gole. – Nem é tão forte assim, lá no meu país tem uma dessas que a gente chama de capeta azul.

– E você bebe esse negócio?

– Emma, uma vez ou outra não mata ninguém.

– Não mata, mas deixa as pessoas nesse estado deplorável. – puxo sua mão e a viro, mostrando Ruby vomitando atrás dela. A menina termina de vomitar, limpa a boca e sai cambaleando para pegar mais bebida.

– Eu te prometo que não vou ficar assim. – Ela dá outra golada, dessa vez eu reviro os olhos com a sua teimosia.

– Eu não vou pagar de sua mãe. Estou sentada lá fora, você tem vários amigos aqui, quando quiser ir embora é só me chamar que nós vamos. – Dou as costas a ela e saio andando em passos largos.

– Emma. – Me grita, mas eu a ignoro. – Emma!

Ela desiste de me chamar e volta para dentro da casa, provavelmente para encontrar com seus amiguinhos do colégio. Sento no meio-fio da entrada da casa e tiro o celular do bolso, indo jogar Angry Birds.

A raiva que eu estava de Regina naquele momento era imensurável. Ela me arrastou para aquela festa para não ficar sozinha e, no fim das contas, quem acabou sozinha fui eu. Faço as contas de quantos episódios de série eu poderia assistir naquela noite e amaldiçoo ela mentalmente por ter feito com que eu perdesse tempo.

Sinto uma presença do meu lado e vejo Ingrid, a Rainha de Gelo que tinha sido derrotada pela intercambista. Ela segura um copo vermelho nas mãos e eu balanço a cabeça em negação, repudiando a bebida que provavelmente estava contida ali.

– Está tudo bem? – Pergunto.

– Emma, não é? – Indaga. Fico surpresa que ela saiba o meu nome.

– Sim.

– Você é a irmã da intercambista. – Diz a última palavra com certo nojo. Eu me limito a sorrir.

– Isso. – Fazemos uma pausa longa e eu bloqueio o celular, guardando-o novamente no bolso. – Está tudo bem com você? – Refaço a pergunta. Pela primeira vez naquele momento, ela olha para mim.

– Está sim... Eu só bebi um pouco e fiquei tonta.

– Eu não sei pra quê vocês bebem. – Digo e ela solta uma risada.- Está rindo de quê?

– Você fala ‘vocês’ como se não fosse uma adolescente.

– Eu sou uma adolescente. Apenas sou responsável, coisa que quem bebe não é.

– Ah, Emma. – Seu tom é doce. – Todo adolescente tem o seu lado irresponsável, faz parte da coisa boa de ser adolescente.

– Ser adolescente não é bom.

– Você paga contas?

– Eu? Eu não. – respondo.

– Você tem que trabalhar?

– Não, mas...

– Sua família depende de você para colocar comida na mesa?

– Não.

– Então, ser adolescente é bom. – Ela sorri.

– É, você tem razão. – Seu sorriso se alarga quando eu digo isso. – Só não vale dizer que ser adolescente é fácil, pois aí eu serei obrigada a discordar.

– É, fácil não é mesmo... Mas, no final das contas, eu gosto de ser adolescente. Temos as festas, os amigos...

– Eu não tenho amigos. – digo.

– Impossível. Todo mundo tem amigos.

– Eu não tenho.

– E a intercambista? - Percebo que ela evita, a todo custo, falar o nome de Regina. – Ela não é sua amiga?

– É, mas...

– Foi ela que te trouxe, não foi?

– Está mais para “arrastou” – faço aspas com as mãos. – Eu não queria estar aqui.

– Ela te trouxe e te largou sozinha?

Faço que sim com a cabeça.

– Boa amiga essa que você arranjou, viu.

– Ah, ela é legal. – digo. – Eu é que não gosto de festas.

– Olhe pelo lado bom, se você não tivesse vindo, nós não estaríamos tendo essa conversa e você não teria acabado de ganhar uma nova amiga.

– Uau, a Rainha de Gelo está se auto intitulando minha amiga. – Ela sorri.

– Odeio que me chamem de Rainha de Gelo.

– Mas todo mundo te chama assim.

– Eu sei, isso não faz com que eu ame, apenas faz com que eu ignore.

– Você nem é tão chata quanto parece.

Ela sorri de lado e dá um encontrão no meu ombro.

– Vou aceitar isso como um elogio, Emma.

Passamos boa parte da noite conversando sobre as coisas mais banais e aleatórias possíveis. Ela me conta coisas sobre sua vida, como, por exemplo, o fato de seus pais a pressionarem bastante para que ela seja destaque em absolutamente tudo. Ingrid conta, também, que chora assistindo Rei Leão, que gosta de dançar sozinha em seu quarto e que é alérgica a amendoim.

Percebo, naquele tempo em que passamos conversando, que Ingrid é uma ótima pessoa, definitivamente diferente de tudo aquilo que os outros pensavam. Ela não era uma garota insensível buscando ser o centro das atenções, ela tinha medos, anseios, sonhos, assim como qualquer adolescente que frequentava aquela escola.

– Emma, o Capitão América é melhor. – ela diz, tentando me convencer que o capitão América era o vingador mais poderoso.

– Ele é só um cara que tomou suplemento, definitivamente o mais chato de todos. – Ela não tem tempo de me responder, pois ouvimos gritos de “me solta”.

Trocamos um olhar cúmplice e eu reconheço aquela voz: Regina. Eu levanto rapidamente e ela me segue correndo, tentando descobrir o motivo da brasileira pedir tanto por socorro.

A cena que eu encontro me dá náuseas. Regina estava encostada numa árvore tentando, sem sucesso, se desvencilhar de Robin, que a agarrava e tentava beijá-la à força.

– Que porra está acontecendo aqui? – Pergunto.

– Não vê que está atrapalhando? – Diz ele, em seu tom petulante de sempre.

– Eu acho que ela não quer nada com você, solta a garota. – Minha respiração está pesada. Tento, ao máximo, manter o controle.

– Quem tem que dizer isso é ela. – Ele investe mais uma vez e Regina tenta o empurrar. Não dou tempo para ele fazer mais coisas, eu e Ingrid, juntas, puxamos ele para longe da morena que ainda estava assustada e eu o derrubo no chão, usando um dos golpes de judô que o meu irmão havia me ensinado.

O covarde estava obviamente bêbado, e cai no chão me levando consigo. Caio por cima dele, sentada em sua barriga. Ele tenta me socar, mas sou mais rápida e desvio.

– Robin, para com isso. – Pede Regina com certo desespero.

Mais uma vez ele tenta me socar sem sucesso. Aproveito para empurrar o seu nariz para cima com a palma da minha mão, fazendo com que o mesmo quebrasse.

– Fique longe dela. – digo. – Da próxima vez não é só o nariz que eu vou quebrar.

A aquela altura, varias pessoas rodeavam nós dois, esperando uma briga de verdade. Levanto de cima dele e puxo Regina pelo braço, tento achar Ingrid mas é em vão, ela já havia se misturado com a multidão.

Saio andando com ela e um corredor se abre para que nós possamos passar. Suas roupas estão amassadas e sujas de lascas de madeira.

Antes de destravar o carro, a viro de frente para mim. Seu rosto está coberto de lágrimas.

– Me desculpa, Emma. – Tenta falar e cai no choro. Acabo ignorando minha raiva e me compadeço, ela estava realmente assustada. A puxo para mim e a abraço com força.

– Shh, já está tudo bem. – suas lágrimas molhavam meu colete e ela tremia. – Eu te salvei, viu?

Ela solta uma risada fraca.

– Você agora é minha salvadora.

– Isso. – digo. – Agora vamos, e nós duas entraremos em casa bem silenciosamente para que meus pais não desconfiem de nada.

– Me desculpa por hoje. – diz, mais uma vez, depois que nos separamos.

– Eu te desculpo por ter me feito bater no cara, mas ainda estou pensando sobre você ter me largado lá.

Ela ri mais forte dessa vez e balança a cabeça. Entramos no carro e, silenciosamente, vamos para casa.

– Emma? – Regina me chama. Já havíamos chegado em casa e, silenciosamente, tomamos banho e trocamos de roupa para dormir.

– Oi. – Mantenho os olhos fechados, eu estava quase caindo no sono.

– Desde quando você sabe lutar?

– Sei lá. – Abro os olhos dessa vez e me sento na cama. Ligo o abajur que ficava do meu lado e ela liga o seu também. – Acho que, pelo fato de eu ter um irmão campeão nacional de judô eu tive que aprender alguma coisa.

– Mas o judô só ensina a derrubar, não é? – ela contrai os lábios. – Você não apenas derrubou o Robin, como também desviou de dois murros dele e ainda quebrou o nariz do cara?

– Eu quebrei o nariz de Robin Hood? – Ela faz que sim com a cabeça e eu comemoro internamente.- Eu juro que não lembro disso.

– Você quebrou, e ainda disse que quebraria outras coisas. Eu, particularmente, fiquei bem assustada.

– Eu já posso morrer feliz.

– Você me salvou, Emma... – Ela faz uma pausa. – Eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido lá.

– Eu faria isso por qualquer pessoa, Regina. – Sorrio de lado.

– Mas você fez por mim. Eu tenho o direito de te agradecer por isso, e, principalmente por guardar segredo sobre o que aconteceu hoje para seus pais.

– Amigas guardam segredos, não guardam?

Ela se joga na cama de costas para o colchão e encara o teto. Faço o mesmo que ela.

– Eu acho que você deveria entrar para o clube da luta.

– Eu? – Forço uma risada. – Que piada.

– Sério, como atividade extra... E aí você vai ficar malhada e forte que nem o Henry.

– Você tá bêbada ainda, só pode. – desligo o abajur. – Vai dormir, vai. Boa noite.

– Boa noite, salvadora. – Ela se vira de costas para mim e eu continuo encarando o teto.

Na segunda-feira da semana seguinte eu entrava determinada na secretária.

– O que a senhora deseja? – Pergunta a velhinha que coordenava a lista de matrícula para as atividades extras.

– Eu quero mudar minha atividade extracurricular.

– Qual seu nome?

– Emma Swan.

Ela digita algo no computador e minha ficha aparece lá.

– Quer sair do coral, certo?

– Isso. – Balanço a cabeça.

– E quer ir para qual?

Respiro fundo, faço uma pausa e, com toda a determinação do mundo, respondo:

– Clube da luta.


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Notas finais do capítulo

1) Gostaram? hahahahah
2) Duvidas, sugestões, qualquer coisa, vão lá no meu tt @aboutswen ou peçam pra entrar no grupo das minhas fics (71 84879104), eu mando teasers e respondo perguntas la uhauahauh
3) Galera, to pensando em escrever uma fic Swen envolvendo aquele lance de book rosa e talz (uma pegada meio verdades secretas), o q vcs acham?
No mais é isso, vejo vcs no proximo!



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