Três Almas escrita por Lunally


Capítulo 32
31° Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Está sem revisão, sorry♥



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Estávamos sentados na sala de reuniões do meu castelo em Drakenyard. Dava para ver a decorações da cidade pelas grandes janelas do castelo. O reino estava lindo. Hatori admirava a beleza e comentou sobre os poucos moveis que tinha no local “é uma beleza curiosa. Combina com você”. O comentário me fez corar.

—Bem, vamos abrir quando? – perguntei para meus conselheiros e amigos. Meu pai encarava Hatori. O motivo? Ora, era a criança das sete espadas do dragão. Mamãe também encarava o garoto, mas com outro olhar, um olhar constrangedor de “vocês combinam juntos”. Daniel o fuzilava com o olhar de “sai de perto da minha irmã”.

— Não sabemos o que pode acontecer com você – disse Lisa – Temos que tomar providencia antes.

“insensível, sua mãe morreu e nem sentiu nada” – era a voz de Lucy.

“minha mãe é a Laila” pensei para responde - lá. Fiquei com a expressão normal, não queria que ninguém percebesse.

“por isso meterom gosta tanto de você” disse Lucy.

—Meterom? – eu falei surpresa.

—O que? – disse Paulo e Helias. Todos, menos Hatori que não sabia o significado do nome, me olharam surpresos.

—Nada.

—Você está bem? – perguntou Daniel.

—Estou, continue com a conversa.

—Vamos fazer isso depois do festival. – disse Helias.

Chegamos a um acordo e levamos Hatori para terra. Eu iria dormir em drakenyard.   – Paulo! Quero falar com você!

—Claro. – disse Paulo sorrindo –Faz tempo que não conversamos – ele colocou as mãos em volta dos meus ombros – Vou te ensinar como conquistar um cara, você e Hatori logo vão namorar!

—O-o que? – eu tirei as mãos dele sobre mim – Não é isso pervertido! Quero falar sobre os oni’s! – falei baixo essa ultima parte.

Paulo me puxou para fora do castelo, caminhamos para casa dele. Estava de noite, eu tinha que me apressar. Meterom queria falar comigo meia noite.

—Decidi falarmos a sós, eu sei que você não deve esconder nada de seus conselheiros, mas vamos ver o que quer me dizer primeiro. – disse Paulo um pouco tenso.

—Paulo eu queria falar com você sozinha também, pois sei que você é de confiança e não dirá nada sem minha permissão! – falei seria – Meus oni’s estão falando comigo, e respondendo um pouco. Meterom quer me ver!

—Ver? Como assim? – Paulo pareceu confuso.

—Ele me pediu para chamar ele meia noite! – eu falei ansiosa.

—Vai chamar?

—Claro!

—Me conte detalhes! – Paulo sentou no sofá e eu também. Contei para ele como foi as conversar, que foram poucas e curtas.

Esperamos meia noite. Paulo me deu uns energéticos se não eu iria dormir, apesar de estar agitada eu estava cansada pelo dia que tive.

A lua criou um estranho brilho preto. E eu pensei “meterom”.

Tudo ficou preto e montanhas e um chão apareceram em toda aquela escuridão. Tinha um monte de “luna’s” uma com cada armadura minha. E claro tinha três luna’s especias, as oni’s.

—Fico feliz que me chamou. – disse Meterom – Eu comecei a achar você interessante. – aquela expressão arrepiou meu corpo. Foi exatamente o que Helias me disse quando me conheceu.

—Diga logo o que quer! – olhei para os lados, Paulo não veio comigo. Esse lugar era meu complexo de magia.

—Você conhece a deusa fênix. – disse Meterom – Vamos fazer um acordo?

—Estou ouvindo.

—Eu vou cooperar com você, mas quero um favor em troca.

—Não vou te dar minha alma.

Tudo sumiu. Tudo ficou branco. Só tinha eu e meterom no lugar. Ele estava diferente, não era mais uma “luna”. Tinha grandes cabelos roxos e olhos azuis como os meus. Era incrivelmente bonito e trajava roupas pretas de alto nível, como se um rei.

—Não quero sua alma. Eu quero uma para mim. A deusa pode me dar uma. – disse meterom me olhando como se me implorasse isso.

—Eu não posso fazer a deusa te dar uma alma. – falei sincera com ele.

—A armadura da fênix. – meterom sorriu – pode dar ou tirar uma vida. Dê-me uma vida.

—Não. Só irei usar essa armadura quando a situação for realmente necessária.

—Vou deixar você pensar.

—Só se eu derrotar os Preminger’s e Dhiren eu poderia fazer isso para você.

—Eu não esperava menos. – meterom chegou perto de mim – Vou ajudar você com tudo isso. E depois você me da uma alma.

—Certo.

—Sua mão. – meterom estendeu a dele e eu coloquei a minha sobre a dele. Um símbolo brando surgiu. E sumiu – Um símbolo de promessa. Se não me der uma alma quando todos seus inimigos estiverem derrotados, irá pagar com 10 almas dos mais próximos de você.

—Eu irei cumprir minha promessa. – tirei a mão de cima da dele e fechei os olhos.

Eu estava no meu quarto em Drakenyard. Abri os olhos e vi Laila deitado na cama comigo. Eu notei que lá fora do castelo tinha uma agitação. Era por causa dos festivais.

—Mãe? – eu olhei para ela que estava dormindo e comecei a chorar em soluços. Era como se eu tivesse vendido a alma deles para meterom! Eu era mesmo um monstro sem coração.

Minha mãe acordou assustada – O que foi luna? – ela perguntava e me abraçava. Eu chorava entre soluços. Olhei com os olhos caindo lagrimas para minha mãe. A mãe que a deusa me deu. A mãe que me ama. A mãe que eu escolhi ter.

—Mãe. Eu juro! Vou acabar com os nossos inimigos!

—Amor, mamãe tem certeza que vamos ter sucesso no final. – Laila beijou minha testa  –Porque está chorando?

—Eu quero ir para o festival. – eu encerrei o assusto. Eu não falaria para ninguém sobre o meu acordo com Meterom. E eu estava com saudades dos dragões, eu realmente queria ir para o festival.

—Já preparei até seu vestido! – mamãe sorriu.

—-----*-*---------

—Cecília! – eu gritei ao ver aquela ruiva que eu sentia saudades.

—LUNALLY! – minha amiga me abraçou forte e rodopiou-me no ar. Riamos como duas crianças – Como pode sumir assim? Sabe como estou triste pela sua falta?

—Desculpe-me. Eu estou treinando muito esses dias. Você sabe. Hoje eu irei dar um aviso para a população de Drakenyard.

—Luna. Precisamos conversar! – disse Daniel junto com meu pai.

—Ok. – abracei Cecília e fui com eles. Estávamos na cidade o festival começou somente com musicas, danças, e lojas iniciais. A noite era o grande show e meu aviso.

Fomos para o templo (igreja da floresta. Onde meus pais casaram) para conversarmos. Fomos para parte de trás da igreja. Eu nunca fui lá antes. Era toda de madeira clara, o lugar era iluminado, cheio de agrados para deusa. E, claro, tinha uma grande estatua de ouro em forma de fênix.

—Lisa, quer dizer? – perguntou minha mãe para sua nora.

—Olá luna. – Lise me abraçou – Vou dizer então. – Todos meus conselheiros, exceto Oliver, Vânia e túlio estavam comigo.

—Nos vamos escolher quatro humanos para vir aqui, logo após você dar o aviso! – disse Lisa – Mas um tem que ser a criança das sete espadas do dragão. – eu confirmei com a cabeça. Pois se Hatori estivesse do nosso lado, sendo o um humano e o escolhido, poderia facilitar a aceitação dos dragões com os humanos.

—E eu sugiro, que você escolhe lideres para vir até aqui. – disse Daniel.

—Quatro? – eu perguntei para mim mesma – Hatori, Carlos, July e Margarida. Dois puros, e um de cada unidade. – falei.

—Bem pensado. – disse Laila sorrindo.

—E quem vai busca-lós? – perguntei confusa.

—Vânia, Oliver e Túlio vão trazer eles. – disse Helias – Finn e Roberto vão voltar para o festival também. – Helias estava sério – Agora, vou perguntar pela ultima vez! Vamos mesmo revelar os humanos aos dragões, pois...

—Vamos! – eu disse antes que ele prosseguisse – É o melhor modo para lutarmos. Nosso governo deve ser transparente para a população.

—Está decidido. – falou Daniel – Todos aos seus lugares agora.

Os humanos chegariam à noite. Eu fui para uns dos meus lugares favoritos no castelo. Voltei para lá, para ver Kalaram. Como sempre estava lá, aquele grande e poderoso esqueleto.

—Olá! – disse para Kalaram. “um dia ele me responde” pensei

Sentei-me no chão apoiada a pata dele, eu estava com o vestido dourado que mamãe mandou fazer, mas acho que não sujaria, pois o todo o reino era muito limpo. Meu pai fez grandes melhorias no reino enquanto governava, melhorou a estética do lugar.

“Meterom?” – perguntei pelo oni que fiz o acordo.

Nada.

—Ahhhh... – suspirei, achei que ele iria me responder mesmo.

“você já viu bem o meu altar?” – uma voz feminina respondeu. Era a deusa.

—Deusa? – falei alto – Altar? – sai correndo do castelo. Tinha algo no altar, a deusa disse. Tinha! Cheguei ao altar, porque não usei minha armadura de coelho para correr? Sou tão burra, me esqueci disso.

Lá estava o altar, como era festival tinha muita gente, alguns me falavam “oi” e perguntavam por que vim correndo. Respondia que estava ansiosa.

O altar estava do mesmo jeito. Suspenso por pedras, com alguns enfeites, mas estava igual. O que tinha ali que a deusa queria que eu visse? Estava quase na hora no desfile do festival. Eu fui então pra terra. Abri o portal sem que ninguém visse.

Cheguei ao meu quarto do castelo Onedara. Eu sai dele e andei pelos corredores a procura de alguém. Vi Felipe discutindo com Carlos e Erik.

—Porque você e margarida? – perguntou Felipe – Ela deveria ter me colocado para ir ao mundo dos dragões!

—Minha mãe e o tio Carlos tem mais intimidade com ela! – disse Erik – Você só briga com ela! Como quer ser escolhido.

—Não estamos aqui para ser amigos, estamos para lutar pela mesma causa! – disse Felipe brabo.

—Acalme-se jovem – disse Carlos apoiando os braços em sua barriga saliente –Outra oportunidade você poderá ir.

—Não acha suspeito? – disse Felipe – Eles levarem o Hatori? Talvez eles queiram as espadas de volta.

—Achei suspeito também. – disse Erik.

—Não vamos ser precipitados. – disse Carlos que enrugou a cara e fez uma expressão assustadora. Nunca pensei que Carlos ficaria daquele jeito, deu-me medo - Eu vou julgar as ações dos dragões. Eu sou o Onedara mais velho e vigente de liderança. Se você ousar fazer algo sem minha permissão – ele colocou o dedo na frente do nariz de Felipe –Eu irei acertar as contas com você desta vez. Eu não vou perdoar de novo.

—Eu sinto muito. – disse Felipe, o que me deixou surpresa. Erik sentou-se e estava assustado também – Eu só quero o bem para nossa família. Sofremos tantos na Grande guerra. Que eu tenho receio de acreditar nos dragões.

Olhei para o lado e me dei conta que o Hatori estava lá. Ele colocou a mão na boca simbolizando para eu ficar quieta e piscou o olho. Voltamos a prestar atenção na conversa.

—Eu entendo, mas temos uma prova de que eles podem estar com boas intenções: Lunally. – disse Carlos. Ele veio na direção em que eu e Hatori estávamos escondidos, nos viu passou pela porta e sorriu para nos. Felipe e Erik foram para o outro lado.

Meu corpo estremeceu. Carlos era mais forte do que eu pensava. Se me lembro bem, a magia era de fogo. A maioria dos Onedara’s tinha magia de fogo, ou derivações elementares.

—Essa foi por pouco. – disse Hatori – Carlos não nos repreendeu. Deve ser sorte. – ele sorriu.

—Não queremos suas espadas. – eu disse com um olhar triste e preocupado.

—Não vamos falar disse agora. – Hatori pegou minha mão e me fez rodar – Está linda nesta roupa.

—Obrigada. – sorri e lembrei-me de algo – Você notou algo de diferente no altar da deusa fênix do seu mundo?

—Do meu mundo? Luna, você também é humana. – disse Hatori – Não notei nada. Por quê?

—A Deusa me falou para ver melhor. – falei olhando para baixo e vendo que ainda segurava a mão de Hatori.

—Talvez, deva olhar em outro sentido. – disse Hatori franzindo o cenho. Ele estava pensando sobre a frase.

—Hatori. – cheguei perto dele – Eu acho que já sei  que tem no meu selo preminger.

—O que? – Hatori disse baixo.

—Segredos sobre meus pais. Os biológicos. – eu pensei nisso nesse momento, minha mãe morreu, ou seja, ela tinha sabia que um dia iria ser descartada. E colocou esse selo em mim – O selo ficou fraco, de uma semana para cá, não é?

—Sim. Mas ainda é forte. – respondeu Hatori  -Está pensando que é por causa de Lara?

—Estou. – soltei a mão dele.

—Preciso de sua ajuda. – falou Hatori.

—Em que?

—Já falou com Finn e Roberto? – perguntou Hatori com uma expressão preocupada.

—Não, eles estão no castelo de Drakenyard. Vão para o festival. Depois ele vão vim buscar vocês.

—Os Scarlet’s... – Hatori parou de falar e me analisou – Eles sabem quando vão capturar os Peminger’s refugiados.

—Não sei. – falei pensando sobre o assunto, tinha se esquecido disso – Provavelmente depois do festival.

—Entendo. Vejo-te depois. – Hatori saiu.

Eu voltei para Drakenyard. Achei muito suspeito o que Hatori disse. Ele sabe de algo e não confiou em mim para dizer. Mas não era hora de pensar nisso, fui para a festival novamente, para me preparar.

—Luna! – Paulo me gritou – E ai? Como foi a conversa? Você desmaiou e eu levei você para o castelo, falei que estava cansada, pois nos treinamos. Seu pai não acreditou muito, mas não questionou. – disse Paulo gesticulando com mão.

—Bem, meterom não disse nada. Eu só vi escuridão e desmaiei. Acho que queriam testar minha força. –menti para Paulo.

—Entendo. Suspeito. Não aconteceu mais nada? – Paulo me encarou, sabia que eu omiti ou menti algo.

—Não, só isso. Vamos para o templo?

O templo ficava atrás do altar, que ficava na floresta do nascimento. Onde era realizado o festival!

Chegamos lá e estavam todos os meus conselheiros, bebendo e comendo.

—Olá. – eu disse e sorri.


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