Três Almas escrita por Lunally


Capítulo 31
30° Capítulo




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Chegamos à sala do almoço e July e Helio estavam lá, mas Túlio e Carlos também. Aquilo me fez arrepiar o corpo todo.

— Eles nos acharam. — disse Helio serio. Ele parecia estar um pouco irritado.

— Não fiquem tristes garotos. — disse Carlos, ele era muito gentil e calmo, ele gostava de nos, dava para sentir — Vamos voltar. Vocês têm obrigações.

Túlio me olhava com uma expressão fuzilante, ele não gostou da minha fuga — Imperadora dos dragões Lunally Dragnell! — quando ele disse isso eu senti uma culpa estranha — Suas atitudes não condizem com seu cargo.

— Fomos nos que obrigamos ela a vir! — disse July tentando me defender, ela era uma amor de pessoa — Não culpe ela.

— Perdão. – eu disse e todos menos o Túlio ficaram surpresos — Eu acho que fui irresponsável, mas foi um dia produtivo, eu descobri coisas sobre mim. Eu tenho selos no corpo que não conheço.

— Entendo. – Túlio estava serio, mas fez uma expressão de incomodo com a minha fala. Ele escondia algo de mim ou não sabia dos selos também?

Voltamos para o castelo preto dos onedara’s. Felipe, Paulo, Julio e margarida estavam lá nos esperando. Helio foi embora para casa, ele não era bem vindo aqui.

— Que bela imperadora seu povo tem. — disse Julio irritado.

—Chega de ataques verbais. — gritou Paulo, ele estava muito mal humorado. Eu abri a boca para explicar — Não diga nada, só vai almoçar, para depois treinarmos.

— Não. — eu falei e Paulo ficou bravo, mas não atreveu me responder — Quero reunir meus conselheiros, faça uma conferencia de vídeo pela internet com Oliver e Vânia. Quero falar com os antigos também, Finn, Roberto, Roxane e Benezeu. Assim que fizer o que eu estou mandando — falei com uma expressão desafiadora — Eu irei abrir um portal para falar com os outros.

— Sim. — respondeu Paulo. — Você está muito rebelde! — ele comentou.

— Acalme-se, eu não vou chegar ao nível de rebeldia de Dhiren. — eu sorri, e a expressão de Paulo melhorou.

— Precisa de ajuda em algo? — perguntou Hatori – Suponho que vai falar sobre os selos.

— Exato! — falei para ele.

— Eu vou almoçar e ir para meu quarto — disse July triste, ela não pode despedir-se de Helio direito — Se precisarem, estou aqui.

— July. — falei com a voz branda e com ternura — Depois você quer conversar? Desabafar?

— Eu adoraria, não tenho muitas amigas meninas – disse July com os olhos avermelhados. Eu não podia conversar agora, tinha que conversar com os dragões.

Sentei em bancos que trouxeram, estamos no jardim do castelo ainda, Estava eu, Hatori, Carlos, Margarida, Felipe e Julio sentados. Paulo e Túlio fizeram contato com os dragões que estavam na terra. Eu abri o portal.

“Sou Meterom, me chame hoje quando a lua estiver no topo do céu” - eu escutei essa voz e fiquei incomodada, Hatori percebeu e olhou para mim. Eu fiz um aceno com a cabeça indicando que eu estava bem.

— Filha! Nossa olha só! Resolveu visitar os pais. — disse Helias, que estava bem aonde eu abri o portal, na sala dos imperadores, Daniel veio correndo, ele sentiu o portal e foi ver se o pai tinha abrindo, quando me viu, sentiu-se aliviada, Lisa estava com ele — Laila! – gritou Helias.

— Você está bem?  — perguntou Daniel que atravessou o portal e abraçou-me.

— Estou e você? — eu perguntei sorrindo.

— Estou bem. – eu senti que Daniel queria falar algo para mim, porem não era o momento certo. Mamãe chegou, encheu-me de beijos e abraços e sentou-se. O portal ainda estava aberto, eu não queria ficar, abrindo e fechando para Dirhen desconfiar, mais do que desconfia.

— Diga. — falou Lisa que me cumprimentou e sentou-se.

— Cadê a Roxane e o Benezeu? — perguntou sentindo a falta destes.

— Esqueceu luna? — disse minha mãe — Vai começar os festivais de primavera.

— Nossa! Vocês devem estar ocupadíssimos! — lembrei-me que todos os festivais eles tinham que fazer mil coisas, eu sempre tinha roupas para experimentar.

— Achei que iríamos falar de algo relevante — disse Felipe.

—Que humano ridículo. – disse Helias, ele não dava bem com humanos, exceto eu, mas eu era diferente.

— O que? — Felipe se levantou e foi em direção ao portal.

— PARE! — gritamos todos os imperadores juntos (eu, Helias e Daniel)

— É crime um humano entrar sem ser convidado em Drakenyard! — eu disse colocando-me em frente ao Felipe, apontei o dedo para cadeira – Sente-se agora!

— Você não tem poder nenhum para me mandar! — disse Felipe.

— Já chega. — Hatori, pois a mão no ombro de Felipe. Meu pai estava em pé atrás de mim.

— Tenha ética! — disse margarida — Vamos conversar civilizadamente. — Felipe se acalmou e sentou-se.

— Luna! –—disse Finn pela tela do computador — Achamos algo sobre os preminger’s.

Eu virei imediatamente. Cheguei perto da tela —  O que achou?

— Eu não sei como dizer isso, mas... Sinto muito? – Finn olhou confuso para Roberto que estava com ele — Sua mãe, a biológica, morreu, Sara.

Eu continue a observar, eu não senti nada com essa afirmação, eu nem sabia o que sentir, esperei ele falar mais.

— Achamos uns preminger’s e eles estão fugindo de Gai, concordaram em nos dizer algumas coisas se déssemos dinheiro para eles. Parece que Sara não tinha mais utilidade, a única filha dela que deu certo, foi você, luna.  Então Gai, seu pai... — Roberto e Finn estavam com um pouco de dificuldade para me contar as coisas, mas eu entendia o porquê. — A descartou. Está fazendo experiências com outras mulheres, as engravidando, por métodos indutivos, para ver se acha alguém melhor, para fazer o ser perfeito.

— E o que tem isso? — falou Paulo que estava do meu lado agora.

—Os preminger’s estão se dividindo, ou seja, vão dedurar uns aos outros para conseguirem dinheiro.

— Como eles estão se sustentando? O mercado negro deles está tento baixas de acordo com os dados que li do ultimo relatório que vocês fizeram. – perguntou Tulio.

— Então. — Finn parecia nervoso.

— Quer conversar só com os dragões Finn? — eu perguntei achando que tinha coisas que ele não poderia dizer aos humanos.

— Não necessita. — disse Finn vendo minha preocupação — Os preminger’s já são ricos, muito ricos, mas parece que a parte que não fugiu se apoiou em algo, tem alguém ajudando eles, em troca de alguns favores.

— O Gai faz experimentos para alguém — diz Roberto — Então ele mantém a fortuna dele. Os que estão com ele estão bem. Os que brigaram com ele pela morte de Sara, pois ela era influente, morreu de jeito estranho. Eles os que brigaram com Gai, estão sem rumo. Sem dinheiro e sem opções.

— Temos que capturar eles. — disse Carlos, eu estava com medo.

— Fizemos isso, mais ou menos. — disse Finn — Nos os deixamos irem, pois se não fosse assim não teríamos as informações, mas estamos monitorando cada passo deles.

— Entendo. — eu disse para Finn e Roberto. -— Como a sara morreu?

Finn arregalou os olhos, ele parecia muito relutante ao contar para mim as coisas. Ele tinha medo que isso me afetasse emocionalmente?

— Ela foi... Foi explodida... Gai disse que ela fez experimentos e não soube controlar, mas boa parte não acreditou... — disse Finn.

— Não tenha receio de me contar nada. — eu disse sorrindo — Está vendo aqueles ali? — apontei para Helias e Laila — Eles são meus pais.

— Sinto muito imperatriz. — disse Finn. Eu gostava dele, era um bom dragão. — Estamos monitorando os preminger’s refugiados, bem, em breve vamos capturá-los.

— O que vocês descobriram? — me virei para tela do Oliver e da Vânia

— Infelizmente nada. — disse Oliver envergonhado.

— Dhiren sabe se esconder. — disse Vânia.

— Tudo bem. Eu vou falar o que eu queria agora. — sentei-me e virei para meus conselheiros.

Os humanos nada falavam só observavam.

— Eu tenho um selo Preminger! O Hatori sabe abrir ele.  — falei sem delongas.

— Sabíamos disso já! — disse Helias — Mas não quero que você tire esse selo.

— Não vamos mexer com isso Lunally — disse minha mãe. Eu estranhei o tom dela, ela me chamava de “filha”, “querida”, “amor”, coisas assim, não Lunally.

— Vocês sabem o que poderia ter nesse selo? — perguntei seria.

— Coisas ruins. — meu pai disse me encarando — experiências feitas em você dolorosas, coisas que não são necessárias.

— Informações do Oni’s. — eu disse e olhei para Túlio — São mesmo desnecessárias?

Túlio ficou tenso, ele olhou para Helias, mas sabia que tinha devoção somente a mim agora. Ele não pode mentir, eu saberia se ele mentisse. — Tudo que é desconhecido é necessário para o entendimento. — disse Túlio e olhou com uma expressão calma, mas com preocupação. — Mas para obter a clarividência é necessário um pouco de dor.

— Não vamos abrir o selo. — disse Hatori — Eu não quero que você se machuque. – a expressão do onedara era de preocupação.

— Se você não abrir Roxane irá. — Eu disse — Tem tantas coisas que vocês não me contam — olho para os dragões — Acho que vou começar a punir vocês por cada segredo que eu descobrir. – eu podia estar sendo rígida, mas estávamos em guerra, ou quase, então eu tinha que ter conhecimento de tudo quando fosse lutar, não tinha espaço para omissão.

— Vamos conversar sozinhos. — disse Paulo — Os dragões e o Hatori, pois ele pode abrir o selo. Roxane também, mas com um pouco de dificuldade.

— EU — falei firme – Imperadora de Drakenyard deixo Hatori passar pelo portal, para a sala de reuniões.

— Acho que eu deveria participar disse também. —disse Felipe.

Eu passei pelo portal com os que eram permitidos e nem respondi o homem.


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