A Ascensão dos Gêmeos — Laços de Sangue (HIATUS) escrita por Jean Carlo


Capítulo 9
Capítulo 8 — Magia Arcaica


Notas iniciais do capítulo

Pessoal mil perdões pela demorar a postar o capítulo



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Magia Arcaica

O tique-taque do relógio, que se encontrava em cima dos três armários de metal. O homem que estava atrás da Vick tinha uma roupa incrivelmente branca, olhos castanhos-mel, cabelos levemente liso, onde se podia notar uma quantidade de creme para pentear. A secretária seguiu até a cadeira que fica em frente à mesa do xerife,puxou-a com a mão esquerda e se sentou. Alaric ficou parado no meio da porta, onde metade do corpo ficava para fora da sala e a outra no corredor.

— Não vai mesmo entrar? — pergunta o homem, de trás da mesa.

— Sim, vou —responde. — Mas, creio que essa conversar é particular!

— Não se preocupe! — Vick respondeu. — Sei guardar segredo.

— Não importa se guarda ou não guarda, mas quero você fora dessa sala agora — Alaric ordenou, com uma voz firme e nervosa.

— Por favor, Vick — pediu Belkior. — Deixe-nos as sós.

— Mas e seu o senhor quiser algo? — perguntou a mulher.

— Nossa! Você é realmente insistente — resmungou o homem de branco.

— Estou indo para o meu balcão —falou a mulher, levantado e depois passando por Alaric.

— Amigo — perguntou Alaric, — onde foi que você arrumou essa figura?

— Bem, faz algumas semanas que ela chegou à cidade! Como estava procurando emprego e a senhora Cristian se aposentou, acabei contratando-a — o homem respondeu, arrumando-se na cadeira de couro. — O bom que não precisei procurar ninguém, pois foi a Vick que veio atrás de mim.

— E você confia tanto nela assim? —perguntou novamente Alaric, depois fechou a porta e seguiu até a cadeira. — Tenha cuidado, com as pessoas que você coloca aqui dentro, não sabemos de onde veio, no que trabalhou ou para quem trabalha.

— Como sempre preocupado com a segurança dos amigos! — exclamou Belkior, enquanto alongava o pescoço. — Para sua informação a senhorita Vick tem um ótimo currículo, formada em Administração, tendo um único emprego desde quando se formou da faculdade.

— Tá... Tá... Tá... — resmungou Alaric. — Vamos tratar do nosso verdadeiro assunto.

— Deixa-me adivinhar? Veio falar dos arquivos? — pergunto o xerife, sem demostrar qualquer interesse. — Para você ter saído do seu consultório e ter vindo até aqui pessoalmente. Só pode ser isso!

— Exatamente! — exclamou o homem. — Você sabe que tenho muitos pacientes e não posso ficar perdendo meu tempo aqui.

— Arrogante como sempre — comentou Belkior. — Até quando vai ter essa pose de metido e chato?

— Vou ser assim pelo tempo que bem entender, pois você não tem nada aver com a minha vida — Alaric falou com uma voz afiada.

— Tá, mas o que os arquivos? — perguntou o xerife.

Depois que o responsável pela segurança da cidade falou, um pequeno silêncio se formou na sala, o ar-condicionado estava ligado, onde deixou a temperatura bem agravável, mas não o suficiente, pois a tensão entre os dois começou a aumentar.

— Bem, um arquivo foi roubado — por fim, Alaric falou.

— O quê?! — resmungou o xerife em tom de voz alterado. — Mas como isso foi acontecer?

— Ainda estamos fazendo uma análise completa na sala dos arquivos — responde o médico. — Ah! Alguma coisa ou alguém está abrindo pequenas fendas entre as dimensões.

— Espere um momento! — Belkior pediu, enquanto batia com as duas mãos sobre a mesa. — Qual arquivo foi roupado?

— Para ser mais exato? O Livro D — respondeu o homem de branco. — Não sabemos como uma pessoa conseguiu passar pelos encantos que protegiam o caminho até esse livro, mas uma coisa tenha certeza! Foi uma pessoa que conhecia o caminho.

— Está querendo dizendo que foi uma pessoa conhecida? — perguntou o xerife.

— Isso mesmo! — respondeu o médico. — Só quem conhecia muito bem o local, poderia chegar lá. Já que a segurança é gigantesca. Quem quer que seja já foi até a sala.

— Quem sabia dessa sala? — perguntou novamente o policial.

— Você, eu, sua mulher e seus dois filhos — respondeu Alaric, com o rosto começando perder a calma. — Por que a pergunta?

— Entendi! — exclamou Belkior. — Vou falar com a minha família, sobre esse assunto.

A autoridade se levantou da cadeira, depois seguiu até a janela que ficava atrás de onde estava sentado, esticou a mão esquerda e colocou sobre o vidro liso e transparente.

— Você está bem? — perguntou o médico. — O que o Magistrado fez com você...

— Não quero falar sobre este assunto! — disse Belkior, ainda olhando pela janela. — Sabe que não podemos comentar nada do que acontece dentro daquela sala!

— Estamos em sérios apuros! — exclamou Alaric não ligando para as palavras do amigo. — Aquele livro tem os feitiços mais poderosos da cidade.

— Sim, sei disso — afirmou o homem deixando a janela e voltando para o lugar de antes. — Vamos ter que mudar de tática, pois acho que com certeza alguém quer ter o controle dos demônios.

— O que você quer dizer com isso? — perguntou o médico.

— O livro pode dar o poder para qualquer pessoa controlar os demônios, sendo assim logo os ataques à cidade e as pessoas vão começar — respondeu o xerife, estando de frente para o amigo. — Vamos ter que usar “magia arcaica”.

— Estava pensando na mesma coisa, é a única magia que pode parar o que está no livro, é aquilo que veio antes — Alaric falou. — Vou falar para os outros bruxos sobre isso.

— Espere! — chamou Belkior. — Não sabemos em quem confiar!

O homem de branco saiu da sala e nem prestou a atenção no que o amigo tinha falado.

Casa dos Malcon

Assim que o Jeff saiu pela porta de entrada, ficou um silêncio absoluto, mas isso não incomodou Sarah, ainda emseu quarto terminando de arrumar as coisas que estavam fora do lugar.

— Por fim, terminei — disse para si mesma.— O que vou fazer agora? — perguntou em voz alta. — Já sei!

Dirigiu até seu guarda-roupa e abriu a porta de espelho, depois retirou de dentro um livro grosso e antigo.

Se não posso sair de casa, vou treinar mais minha magia, pensou Sarah.

Afastou do móvel e depois sentou no chão, colocando o objeto que estava em suas mãos, nas pernas. Era de um tom vermelho escuro, quase vinho, suas bordas todas alaranjadas, escrito na capa: Malcon.

— Vamos ver — disse a menina, enquanto abria o livro e passava folha por folha. — Vou usar esse daqui!

A página que parou tinha a cor de pergaminho, um amarelo envelhecido, suas letras em uma escrita antiga.

— Esse livro tem as magias mais antigas da nossa família. Essa é capaz de permitir que a pessoa veja tudo num raio de vinte e cinco metros quadrados, mesmo estando com feitiços de disfarce ou algo parecido — falou, enquanto passava a mão sobre a página.

Fechou os olhos, controlou a respiração, onde começou a soltar lentamente e depois inspirando suavemente.

Visiguia Total (Visão total) — pronunciou a menina, ainda de olhos fechados.

Por alguns instantes a mesma continuou do mesmo jeito, mas depois abriu os olhos num ritmo muito lento, depois de um tempo ambos estavam abertos por completo, mas uma película fina e meio esbranquiçada tinha se formado.

Quando olhou para frente, conseguiu ver as casas do outro lado da rua, mesmo estando dentro do quarto, virando o rosto para a esquerda, onde notou a escola ao lado leste da cidade, por fim, olhou para direita na direção a praça central da cidade, mas quando focou sua visão na fonte, notou que tinha algo errado, uma fumaça negra e avermelhada estava saindo da fonte e pequenos seres de poucas estaturas estavam se formando.


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Notas finais do capítulo

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