A Ascensão dos Gêmeos — Laços de Sangue (HIATUS) escrita por Jean Carlo


Capítulo 2
Capítulo 1 — Gêmeos


Notas iniciais do capítulo

Aqui vamos começar de fato a história dos gêmeos! Espero que gostem e deixem seus comentários



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/645780/chapter/2

Gêmeos

Por séculos, algumas famílias são responsáveis por todas as pessoas de uma cidade do interior. Seu número de habitantes é pequeno, não chegando a dez mil pessoas. As ruas com pouco movimento de carros, apesar de muitas pessoas os terem, todos gostam de ir trabalhar de bicicleta ou andando.Tinham também um parque repleto de pinheiros e palmeiras imperiais, no centro dele há uma fonte circular.

Em Ironwood tem uma grande quantidade de ferro em seu solo e no ar, onde as pessoas que moram na cidade tem que utilizar anéis de proteção, no entanto, os bruxos não precisam deste tipo de proteção. Apenas as pessoas sem magia, pois aqueles que ficam expostos por muito tempo ao ferro, acabam contraindo uma doença mortal.

A Ferrugem ou Ferrugem Maldita é uma doença que ataca todos os orgãos do organismo humano, provocando várias manchas de sangue. De início faz as pessoas infectadas perderem os sentidos, algumas vezes pelo dia, mas depois em seu estado grave leva a morte, o seu tempo de atuação é bem rápido, não levando mais que dois dias desde a contaminação.

Os fundadores e os primeiros moradores aprenderam a utilizar do minério em vários métodos, e o maior de todos é fazer de todo o solo um grande condutor de magia natural. Tornando a barreira imponente. Por causa dessa mesma barreira a cidade toda acaba ficando fora da dimensão normal dos humanos, onde pode ser acessada em qualquer lugar do mundo e assim não tendo uma nacionalidade própria.

Todos começam a acordar em Ironwood para suas rotinas matinais, e alguns carros começam circulam pelas ruas, que ainda têm acessas, os postes de iluminação pública. Uma ou duas pessoas perambulavam nas vielas. Na família dos Malcons acontecia o mesmo.

— Não quero ir para escola hoje — resmungou uma menina saindo do quarto e seguindo pelo corredor.

— Sarah, hoje é o primeiro dia de aula e você já repetiu o ano passado. — comentou sua mãe colocando um copo de café em seus lábios. — Não quero que deixe os estudos para praticar sua magia! — exclamou ainda com copo próximo a boca.

— Tudo bem, dona Cassandra — disse a menina com um olhar de reprovação, se sentando a mesa. — O Jeff também repetiu e a senhora não falou nada para ele!

Enquanto Sarah terminava de falar, um homem entrou pela porta da cozinha, colocando um molho de chaves em cima da bancada.

— Isso mesmo, minha querida! Pode tratar de estudar mais esse ano — argumentou o homem, que se sentou à mesa, onde já estava a menina. — Quero ver a senhorita tirando dez em todas as mateiras.

— Estão se esquecendo de uma coisa! — advertiu Sarah com uma voz pesada. — Final do ano faço dezoito anos de idade, e o Jeff também.

Cassandra repousou sua xícara sobre a bancada próxima. Seu pai olhou por cima do ombro, lançando um olhar fixo para sua esposa.

— Você está se referindo a “Fusão”? — perguntou o homem, voltando o olhar. — Não se preocupe! Sua irmã vai conseguir se fundir com o irmão dela e não será preciso se fundir com o Jeff.

— Ouvi meu nome? — perguntou um menino entrando.

Um jovem loiro entrou pela cozinha, logo todos notaram o azul de seus olhos.

— Sobre o que estavam falando de mim? — perguntou novamente o menino, enquanto se sentava.

— Nada não! — exclamou Sarah. — Na verdade! O papai falou que a Mei vai conseguir se fundir com o Druh. Coisa que acho pouco provável! Ele agora está preso na “Dimensão do Medo", aquela dimensão feita exclusivamente e sob medida...

— Chega — advertiu Cassandra. — Isso não é coisa de se falar na hora do café da manhã!

Por alguns instantes, um silêncio caiu sobre a cozinha, mas que fora cortado quando Cassandra pediu:

— Belkior, pode passar o pão para mim?­— pediu a mulher, ainda estando no mesmo local.

— Sim.— respondeu o homem, entregando o alimento.

Depois, continuaram tomando café sobre um silêncio gritante, todos em seus próprios pensamentos. Cassandra com um olhar distante, Belkior o pai, apresentava uma face de sofrimento. Quando terminou de comer, Sarah levantou e foi para seu quarto. Na parede do lado direito continha vários desenhos e folhas colados, em algumas dessas folhas o que estava escrito era em outra língua. Embaixo da sua pequena cama, ainda desarrumada, do lado esquerdo,existia um guarda-roupa azul-escuro de três portas de correr, na frente sua pequena mesa cheia de cadernos, livros, papéis e outras coisas que estavam sendo expostas a luz do sol que entrava pela janela, logo acima da mesa.

Tirou o pijama revelando uma pele clara como a do irmão. Depois que estava só de calcinha ficou na frente do espelho, que se encontrava atrás da porta do quarto.

Sou mesmo idêntica ao meu irmão, mas é claro que sou! Somos gêmeos, o mesmo cabelo loiro, minha pele um pouco mais pálida, olhos azuis como mar... Somos parecidos quase em tudo, a não ser que sou menina. — pensou Sarah.

Colocou uma camiseta verde limão, um jeans azul-escuro. Começou a pentear seus cabelos por uns cinco minutos, só que não adiantando em nada.

— Todo o santo dia é a mesma coisa — disse Sarah colocando a escova em cima da cama, ainda bagunçada. — Não vou perder essa guerra para você.

Colocando sua mão direita em cima da cabeça, disse:

— Laevibus(Liso)

Seus cabelos levantaram para o alto como se tivessem tomado um choque, mas quando voltaram ao seu devido local estavam lisos, como se tivesse sido feitos com algo quente.

— Sarah, se quiser carona para escola, ande logo! — exclamou sua mãe abrindo a porta.

— Dessa vez quem ganhou foi eu — falou a menina se sentindo vitoriosa.— Estou indo, mãe.

Saindo do seu quarto, que fica no final do corredor e o mesmo levava até a porta da entrada, deu passos largos e firmes até onde estava sua mãe.

— Vamos? — perguntou Cassandra.

— Fazer o que, pelo visto não tenho escolha — rebateu Sarah.

Quando as duas já estavam pelo lado de fora da casa, escutaram uma voz alta e firme vinda de dentro da casa.

— Nunc enimstation.

— Pelo visto seu pai já foi para a delegacia — falou a mulher, indo para o carro. — Lembro que disse que a viatura dele ficou lá, pois teria que arrumar alguma coisa que não me recordo.

— Não era mais fácil ir junto com a gente ou andando? — disse Sarah, enquanto se dirigia para o carro de sua mãe, sendo um Ford Fusion, onde ninguém podia ver quem estava dentro do carro, por causa da película no vidro. — E pelo visto o meu querido irmão vai usar o portal de novo!

As duas saíram com o carro pelas ruas da cidade,naquele dia caía uma garoa fina e contínua. Passaram em frente a uma padaria, onde um senhor de mais de cinquenta anos estava saindo.

Sarah gostava de admirar sua mãe, de ver os traços do seu rosto, sua pele num tom marrom-claro, o rosto meio oval, cabelos castanhos e os olhos da mesma tonalidade. Cassandra estava com uma camisa social de mangas longas inteiramente branca, uma calça social na cor verde, quase prata. Depois de oito minutos andando pelas ruas, chegaram à escola.

— Vou indo na frente, já que você, como a diretora da escola, tem que entrar por outro lugar — disse Sarah saindo do carro, com sua mochila verde clara e depois fechando a porta.

Foi se afastando do carro e indo na direção as duas portas do colégio que estavam abertas, subiu três lances de escadas, passou por um grupo de meninas, que estavam comentando sobre maquiagem ou meninos. Por ser a filha da diretora, algumas pessoas já a conheciam, e ela foi serpenteando pelos corredores, quando virou para entrar em outro, escutou.

— Sarah, me espere — chamava um menino vindo do fundo, onde era a entrada para a escola.

— Anda logo, Isaac — disse a menina se encostando à parede gélida do corredor.

O menino tinha um corpo magro, cabelos negros, olhos escuros e usava um óculo. Estava com uma camisa laranja e uma jaquete por cima, a calça era marrom.

— Está pronta para mais um ano? — perguntou o menino, enquanto chegava perto. — Nós três repetimos.

— Quatro. Não se esqueçam de mim — disse Jeff se juntando a eles.

Os três ficaram se olhando por alguns minutos, quando uma menina saiu da sala que ficava no fundo do corredor.

— Os três patetas vão ficar aí? — perguntou

— Nossa, Evy, você já está dentro da sala de aula? — perguntou Isaac, ainda distante da jovem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Creio que deixei muito detalhes neste capítulo, no entanto. Vão por mim! Não quase nada, mas prestem atenção, já que irão precisar deles mais para frente