Frase do capítulo:

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

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P.Helena — O prêmio tão esperado pelos alunos é... — Fez suspense o que aborreceu os alunos.— Uma viagem para Orlando! — Gritou.

Todos ficaram em silêncio como se não estivessem acreditando no que a própria diretora falava.

Carmen — Isso é sério mesmo??—Perguntou inocentemente.

Val — Que pergunta Carmen, é claro que a P.Helena está brincando! — Disse a sapeca que estava sendo abraçada por Paulo.

P.Helena — Está enganada Valéria, não estou brincando, é verdade. Já está tudo pago, inclusive o hotel. Vocês irão para lá, ficar mais ou menos uma semana. E tem mais, já está tudo pago para vocês irem para a Disney. O parque Magic Kingdom e o parque aquático Typhoon Lagoon... — Enquanto ela falava os alunos ficavam de boca aberta, era a primeira vez que estava valendo a pena ganhar uma coisa na escola.— Vou explicar o que tem nesses dois parques: O Magic Kingdom é o símbolo da Disney e de Orlando. Este foi o primeiro parque da cidade, tem como centro o castelo da Cinderela e traz em cada canto tudo o que conhecemos como a magia criada pela Disney. Os personagens mais conhecidos, as atrações mais tradicionais, as comidas mais famosas, as paradas e os shows de fogos mais imperdíveis do mundo estão todos reunidos ali.
As montanhas russas (são 5 no total) recebem visitantes de todas as idades. Podem conhecer e tirar foto com as princesas, incluindo as sensações, Anna e Elsa do Frozen. É lá também que você pode ir do clima de faroeste para uma área futurística, passando pela terra da Fantasia, tudo no mesmo dia. E o Typhoon é o parque aquático grandão e popular da Disney. A piscina de ondas é gigante e de tempos em tempos solta um tsunami muito divertido que vai arrastando todo mundo para a praia. Tem várias atrações em que vocês podem ir tobogã abaixo. Além disso, tem também experiências diferentes como um mergulho com tubarões de verdade (mas dóceis!) e uma espécie de montanha russa aquática. 

René — Amanhã esperamos a assinatura dos seus pais nesse papel, permitindo irem para essa viagem! Agora peço que todos vão para suas devidas salas porque haverá aula. — Todos começaram a reclamar, mesmo assim saindo em direção a sala.

Jaime — Meu, não to acreditando que nós vamos realmente para a Disney. — Os outros concordaram.

Paulo — Eu vou aprontar muito lá! — Cochichou rindo.

Depois de um tempo conversando sobre a viagem, todos foram para a aula ansiosos para acabar a aula, e ligar para falar com os pais.

Rafael — Você já sabe o que tem que fazer né? — Falou sentado na última cadeira da sala ao lado de Yasmin.

Yasmin — É claro que sei! — Disse convicta.

Enquanto isso, em uma das cadeiras da sala, Val estava pensativa, sem nem se quer prestar atenção na aula da professora de inglês.

Jaime — Lia, o que aconteceu??  Você está muito branca! — Perguntou preocupado com a amiga.

Val — Eu to bem Jaime, obrigada pela preocupação.

Jaime — Não, tem alguma coisa. Você sabe que pode confiar em mim né? O que aconteceu? — Perguntou se aproximando da amiga disfarçadamente para a professora não ver e colocando a mão sobre a mão de Val. Nessa altura Paulo e Carmen estavam atentos observando a cena, obviamente com ciúmes.

Val — Na verdade, é uma coisa estranha que estou sentindo, é como se algo fosse acontecer. — Falou fechando os olhos.

Jaime — Pode ser nervosismo por causa da viagem! —  Disse tentando acalmar a menina.

Val — Mas antes de saber dessa viagem, eu já estava com essa sensação.

Jaime — Olha, você sabe que para o que precisar estarei aqui, sei que você tem namorado e tudo... — Falou sorrindo junto com Val. — Mas sou seu melhor amigo, e só quero o seu bem. Se alguém mecher com você, estará mechendo comigo, e ai já viu né? — Falou batendo as mãos fazendo Val rir.

Val — Obrigada Jaime pela sua amizade, realmente eu sou uma menina de sorte. — Disse abraçando o amigo.

Na mesma hora, Paulo olhou para seu caderno sorrindo maliciosamente, e de repente jogou o caderno com toda a força em sua mesa, o que fez um barulho enorme, com a intenção de separar Jaime e Valéria, o que acabou dando certo pois os dois se separaram assustados assim como os outros alunos que começaram a encara-lo.

P.Silvia — Eu posso saber por que você fez isso Paulo?

Paulo — Saber?... Por que fiz isso? — A professora assentiu respondendo a pergunta boba de Paulo. — Não professora, você não iria querer saber! — Disse debochado todo atrapalhado o que fez a turma rir.

P.Silvia — Pois bem, já que não quer contar, venha aqui na frente e diga em inglês o que eu estava falando.

Paulo — Ah, sendo assim eu conto por que bati na mesa. — Disse fazendo um barulho com a garganta, tentando se preparar para contar alguma mentira.

P.Silvia — Não precisa mais, apenas fale em inglês o que eu estava explicando.

Paulo engoliu seco e se levantou de sua cadeira indo para a frente da turma. Olhou em cada rosto de seus amigos, realmente eles estavam se divertindo com a situação.

Paulo — Ah professora isso não é justo tinha um monte de gente conversando e...

P.silvia — Agora Paulo! — Gritou impaciente interrompendo o garoto.

Paulo — É... You were explaining ... Eh ... About the degree of fellowship, no, no, comparative degree and super grade ... Super ... supervertido, no... (Você estava explicando... Eh... Sobre o grau do conpanherismo, não, não, é grau comparativo e o grau super... Super... supervertido, não...) — Tentava falar o certo enquanto alguns da turma faziam gestos com as mãos e com a boca para ele entender, a professora revirava os olhos ao ver aquilo.

Alicia — Cara, é superlativo! — Gritou estressada por ele não ter entendido ainda a palavra, o mesmo revidou dando a língua.

P.Silvia — Já deu pra entender que você não tava prestando atenção né? Você vai, obviamente, ter meia hora de aula minha, hoje a noite, por não ter prestado atenção. —A turma toda começou a rir e Paulo pelo contrário começou a bufar de raiva.

Daniel — Olha no que dá quando se age por impulso, ou melhor, por ciúmes. — Riu olhando para Paulo e dirigindo seus olhos a Val, pois sabia muito bem porque o amigo tinha feito aquilo.

Passada as horas, era exatamente 19 hrs da noite, todos estavam livres da aula, quer dizer, quase todos. Eles estavam reunidos no refeitório jantando em uma mesa e discutindo sobre a viagem que fariam no dia seguinte.

Davi — Todos já pediram autorização para os pais?

Carmen — Eu já! — Os outros falaram a mesma coisa.

Majo — Ta parecendo que aquela Alice não vai. — Disse alegre e aliviada.

Alice — Quem disse que não?
— Chegou acabando com a alegria de majo.

De qualquer forma, os alunos não entendiam o que tinha acontecido com a garota, agora ela vive por ai vestida apenas de preto, bem diferente de antes, que era bem arrumada.

Jorge — Já arrumaram suas malas?? — Perguntou mudando de assunto, todos assentiram.

Val — To doida pra ir logo e me livrar daqui!

Daniel — Concordo plenamente!

Pov Valéria

Marce — Val posso falar com você? — Perguntou esperançosa em minha frente, respondi que sim.

Deixamos os outros lá e fomos em direção ao quarto de Marce que agora é o mesmo que o meu, pois como tinha uma cama sobrando ela acabou se mudando, porque antes estava em um quarto com garotas de outra classe.

— Pode dizer agora? — Perguntei meio que grossa, porque estou começando a pensar que a algo com o Paulo. — O que aconteceu? O Paulo...

Marce — Calma... Não é nada sobre o Paulo! — Me interrompeu.

Fiquei aliviada pois já estava começando a achar que tinha acontecido alguma coisa com o Paulo. Nunca se sabe né.

— Então, é sobre o que? — Ela meio que ta enrolando pra falar e isso meio que ta me deixando sem paciência.

Marce — É sobre mim... — Falou com a cabeça baixa.

Nossa a Marce está mesmo bem triste. Conheço ela o bastante para perceber isso, pois ela vive sorrindo e isso não ta acontecendo agora.

Marce — É porque to apaixonada pelo Jorge e não sei se ele gosta de mim realmente, na verdade tenho medo de falar e me arrepender. To te dizendo isso, porque nos últimos dias nós nos aproximamos muito. Te pedir um conselho seria demais??

— Claro que não Marce, vou te ajudar. Na verdade isso não é novidade para mim porque dá pra perceber que gosta do Jorge.

Marce — Mas como vai me ajudar?? — Perguntou curiosa.

— Fácil, só vou começar uma conversa com ele, indo diretamente para esse assunto, ele vai acabar dizendo para mim.

Marce — E se não for eu?? — Disse preocupada.

— Marce, não pense assim, vamos focar ok? — ela assentiu.

Passado um tempo me troquei, coloquei um short cós alto rasgado azul escuro e uma blusa curta branca e em exatamente 22:00 hrs, fui procurar o Jorge, quero resolver isso antes da viagem.
Olhei no jardim, no refeitório, na sala de estar, na sala de jogos, no armazém, nos quartos da galera e fui encontrar o retardado perto da fonte andando de smart.
Me sentei na barra da fonte peguei meu celular para disfarçar, coloquei os fones, fechei os olhos e fiquei um tempinho até ele dá a volta e perceber que estou ali.

Jorge — Val? Nem tinha visto você ai! — Falou sorrindo simpático.

— Percebi! — Falei sarcástica.— Sabe, eu tava pensando aqui, nesses últimos tempos você mudou tanto!—
Eu realmente pensei sobre isso, o Jorge mudou demais, ele é completamente outra pessoa.

Jorge — E isso tudo graças a Marcelina, ela que me aguentou e me fez mudar! — Ele falou sorrindo.

— É, eu me lembro muito bem. Você vivia sozinho, nem era mais amigo da mary porque ela tinha mudado e você ainda não queria nos aceitar. Ai ela, bondosa e doce como sempre, começou a falar com você, mesmo todos nós dizendo que você não iria mudar! — Ele balançou a cabeça positivamente, ta na cara que ele gosta dela. — Olha Jorge, vamos ser sinceros, você gosta da Marce né? — Perguntei direta.

Jorge — Claro que gosto, ela me aju...

— Não nesse sentido, e sim diferente, algo a mais que amiga... — Interrompi ele.

Jorge — Não, não. — Falou tendo um pouquinho de dificuldade.

— Todos sabem que é ruim mentir para Valéria Ferreira porque ela sempre acaba descobrindo. — Falei com a voz engraçada fazendo ele rir.

Jorge — Ta, olha... Eu não vou dizer que gosto e que não gosto dela porque... Eu acho que sinto algo quando chego perto dela mais pode ser porque ela me ajudou. Não quero confundir as coisas!

— Hum, entendi! O que você sente exatamente quando ta perto dela e quando tem algum menino dando encima dela? — Perguntei extremamente curiosa, é assim que vou tirar a dúvida.

Jorge — Quando chego perto dela, sinto uma coisa diferente, uma coisa que não sinto perto das outras garotas. Mesmo estando triste, quando chego perto dela me sinto feliz. Se algum menino chega perto dela me sinto muito incomodado e...

— Ta, ta, ta... Já entendi! Como você pode ser tão idiota? Tá na cara que você ta apaixonado por ela! — Falei sincera. — Sabe qual o seu problema Jorge? — Ele nega com a cabeça. — Além de você se sentir inseguro, você tem medo que seus pais não aceitem a Marce, ela é rica, mas para seus pais ela não chega a sua altura.

Jorge — Não, nada haver. Não me importo mais com isso! — Disse tolmente nervoso.

— Sei disso, mesmo assim, você se prende aos seus pais. — Ele nega com a cabeça. — Não precisa disfarçar e mentir. Uns 2 meses atrás ouvi sem querer você e sua mãe conversando quando estava passando, e tudo que ela falou, para mim ficou muito claro! — Falei e ele mudou seu rosto de nervoso para triste e desanimado.

~~ Flashbacks on ~~

2 meses atrás

— Como prometido, vou cuidar do rabito hoje pra você. — falei em meio a conversa no celular.

— Sério?? Vlw Val, to te devendo uma! — Falou Mário na outra linha.

— Ta me devendo mesmo, não esquece... Bom agora tenho que desligar, depois que comprar um sorvete chego ai! — Falei desligando a ligação e chegando na sorveteria do seu Chico.

Um espaço bem arrumado e colorido, com várias mesas e cadeiras, um balcão com partes de vidro, deixando assim, aparecer todas as delícias do lugar.
É uma das sorveterias mais lotadas da cidade, também, com os sorvetes maravilhosos que tem.

— Seu Chico, o de sempre por favor! — Pedi em frente ao balcão, o mesmo assenti sorrindo.

Minutos depois ele aparece com o meu pedido dentro de uma caixinha de plástico, coloca dentro de um pequeno saco e estende no balcão, eu dou o dinheiro e saio dali.
Andando até a casa do Mário, começo a ouvir uma conversa que me chamou a atenção, com vozes muito conhecidas. Eu tenho a sensação de que estou perto, e ando até ver quem realmente era... O Jorge e sua mãe! O que será que eles estão discutindo... Ah, a quem estou enganando? Vou ouvir.

Regina (coloquei esse porque não sei qual era o nome) — Filho, não vai me dizer que está querendo ficar que nem aqueles meninos desinteressados... — Falou fazendo caretas.

Jorge — Mãe, eles são legais, eu achava que não eram, e que não tinham futuro, mas eu que não ia ter se não mudasse. E outra, nós somos todos iguais, só muda que tem uns que tem mais dinheiro e condições que outros. — Fez gestos com a mão.

Regina — Ah, não acredito que você ta falando isso Jorge Cavalhieri. Foi aquela menina que colocou isso na sua cabeça? A Marcelina? Só podia ser, a irmã daquele pestinha! Você tem que se ligar na sua futura namorada Jorge, a Eliza! Ela sim, tem classe, educação e...

Jorge — Eu não vou namorar Eliza nenhuma, só gosto dela como amiga, quero namorar pelo amor isso sim. To começando a duvidar que você se casou com o papai por amor mãe! — Interrompeu a mãe totalmente irritado e indignado com o que sua mãe estava falando.

Regina — Me respeita sou sua mãe, se você não namorar a Eliza, não namora nenhuma outra garota, sem que seja da nossa classe e da nossa altura. Vamos! — Gritou e saiu na frente sendo seguida por Jorge.

~~ Flashback off ~~

— Se você continuar assim, e não confrontar seus pais, você vai perder a Marce, ela é uma garota incrível, meiga, amiga, enfim, linda, tem muitos garotos por ai atrás dela. E do jeito que as coisas acontecem rápido demais, sugiro a você que se decida logo! — Disse e sai dali, para ele pensar sobre o que realmente ele quer, se ele gostar da Marce de verdade, ele vai falar com ela e com os pais também.

Pov autora

No caminho do quarto Val acaba se encontrando com Paulo. No corredor das meninas.

Val — Ta fazendo que aqui peralta? Sabe que é proibido...—  Disse chrgando perto do garoto.

Paulo — E desde quando você se importa com as regras esquentadinha? — Falou arqueando as sombrancelhas. —  Eu só vim pra falar com você, é sobre a viagem. Não vou poder ir com vocês!

Val —  Por que? Seus pais não deixaram? O que você aprontou em, e sem mim?

Paulo — Calma, eu não aprontei nada... Ainda! —  Disse sorrindo de lado. — É porque vai ter uma reunião e meu pai auer que eu participe já que sou o filho mais velho. —  Disse inconformado.

Val —Entendi! Então você não vai, ta ficando responsável ein... — Zombou.

Paulo — Mas é claro que vou, não perderia nem sequer um minuto para ficar junto da minha esquentadinha.— Disse segurando levemente o queixo de Valéria. — Depois da reunião, vou em um jatinho e encontro vocês lá.

Os dois se despedem, afinal no outro dia já iria acontecer a viagem, o que os dois não sabiam, é que nessa viagem tudo iria mudar e que pela frente viria uma tempestade na qual eles teriam que passar...