Love One Shots escrita por deanoluthor


Capítulo 9
09 - Arrow - Nyssa & Laurel - Ready to Love


Notas iniciais do capítulo

09/Arrow - Nyssa + Laurel
O que dizer desse shipp lindo. Queria tanto que tivesse sido canon, mas como não foi resolvi escrever sobre elas, afinal de contas sempre temos as fanfictions.



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Laurel e Nyssa trocavam golpes em ritmo sincronizado. A loira aprendeu muito nos dias que passou treinando com a assassina, e já mostrava melhora no combate corporal. Laurel acertou alguns golpes, deixando a treinadora impressionada.

— Muito bem Laurel, vejo que suas habilidades aumentaram bastante.

— Valeu, você é uma boa professora.

— De nada, mas não se anime. Ainda há muito a aprender.

De fato, ainda havia muito que Laurel devia saber. Durante suas lutas contra os criminosos na rua, por diversas vezes era atingida. Nada grave, mas teria de aprender a desviar se realmente fosse assumir o posto de vigilante, não podia se dar ao luxo de se machucar frequentemente.

Laurel se sentia bem ao treinar com Nyssa, estava aprendendo golpes novos e táticas ágeis, diferentes tipos de artes márcias. Agradecia por ter a morena ali, depois que Grant foi embora ela não havia treinado com mais ninguém. Já era hora de retomar a ação.

Era bom ter companhia, depois que Sara se foi ela não tinha alguém que realmente pudesse chamar de amiga, até Nyssa aparecer. Alguém que conhecia Sara tão bem quanto ela, a deixava feliz. Pelas duas semanas que passaram juntas, haviam criado um forte laço em pouco tempo. Sabiam que podiam confiar uma na outra.

— Feche mais os punhos na hora de bater. - Nyssa a orientava enquanto Laurel socava em um saco de bater.

— Ok, mais alguma dica professorinha? - Laurel perguntou divertida.

— Sim. Não me chame assim, por favor.

Laurel sorriu. Era engraçado tirar onda com a assassina, o modo como ela falava, como se realmente estivesse irritada. E o sotaque, no começo era um pouco estranho, mas ao conviver alguns dias havia se acostumado. Laurel adorava aquele sotaque.

Nyssa se permitiu sorrir também. Ela sentia tão bem estando ao lado de Laurel, ela a lembrava tanto Sara. Depois de tanta dor e luto pela sua falecida amante, Nyssa finalmente podia se permitir soltar-se. Era estranho, isso só acontecia quando estava ao lado da advogada. Mais uma coisa que a lembrava a irmã, a risada. Assim como a ex-canário, Laurel era a única que a fazia sorrir, era a única que podia lhe alegrar.

Observando a aluna treinar, analisava meticulosamente sua postura. O modo como gingava e os cabelos que balançavam, os músculos se contraindo toda vez que ela golpeava. Observou o corpo sarado da loira, não negava, ela certamente tinha um corpo esbelto, e a assassina as vezes se pegava a admirando. Sentia uma faísca, bem pequena, mas que insistia em querer se acender dentro de si.

Estava sentindo algo pela a advogada, porém queria lutar para não sentir. Ela amou a sua irmã, ainda a amava, porque doía. A dor era o que a mantinha firme. Não poderia fazer nada que desonrasse a memória de Sara.

— Acho que está bom por hoje. - Laurel falou se livrando das luvas e pegando uma garrafinha de agua levando-a a boca.

O corpo suado e cansado, sua respiração acelerada fazendo o peito subir e descer. Mais uma vez Nyssa se pegou observando.

— Tudo bem.

— Eu vou pra casa agora, quer me acompanhar? Conversar, o que acha? – Laurel ofereceu.

— Ah, não sei. – Nyssa hesitou coçando a nunca.

— Isso me parece como um sim.

— OK, eu posso te acompanhar se quiser.

— Tudo bem. E vou trocar de roupa.

Laurel saiu e foi ao vestiário se trocar, em poucos minutos já estava de volta.

Xx

As duas caminhavam pensativas. A casa da advogada não era longe da academia, então podia ir andando.

Pensativas, ambas em seu próprio dilema. Laurel pensava em sua vida inteira e em como chegara ali. Tudo o que havia vivido até o momento, as razoes que a levaram a vestir a jaqueta preta e assumir o posto de Black Canary. Enquanto Nyssa pensava em Sara e em como aquela cidade a lembrava, em como sentia sua falta. Estar perto de Laurel somente aumentava isso.

Nyssa sabia que não era bom se pegar tendo sentimentos por Laurel enquanto tinha pensamentos por sua irmã falecida. Não queria deixar isso a consumir, se pensasse demais acabaria enlouquecendo, ou fazendo uma besteira. O melhor seria pôr para fora enquanto tinha a chance de fazê-lo.

— Você anda bastante distraída. – A voz de Laurel a fez despertar.

— Só estava pensando.

— Sobre?

— Laurel tem algo que precisa saber. – A assassina procurava olhar para qualquer canto, não queria olhar a vigilante quando confessasse.

— O que? – Laurel se preocupou com a amiga, algo parecia incomoda-la – Pode me contar Nyssa. – Pôs a mão carinhosamente sob os ombros da amiga.

Nyssa encontrou os olhos verdes e sentiu aquecida com o carinho que saiam deles. Laurel tinha os olhos tão doces e inocentes. Respirou profundamente buscando coragem, a mesma que usara para tirar tantas vidas.

Laurel continuava com as mãos em seu ombro, se não fosse isso, Nyssa podia jurar que iria cair.

— Eu sei que não devia, mas. – Nyssa vacilava enquanto as palavras saiam da boca por si só – Eu, e-eu. Acho que gosto de você, mais do que deveria. – As mãos da advogada deslizaram pelos braços largos da assassina e era como se toda a esperança de Nyssa estivessem naquele contato confortante.

Nyssa sentiu-se vulnerável, insegura enquanto estudava a reação da outra esperando que alguma resposta saísse daqueles lábios, agora pálidos, provavelmente em choque. Sim, era uma confissão chocante.

Laurel piscou algumas vezes, a boca abria e fechava como se as palavras lutassem para sair, e por um breve momento elas não vieram. Nyssa lhe confessara que sentia algo, Laurel não sabia como reagir. Por tempo demais esteve sozinha, sem amor, não sabia mais como era ter alguém que gostasse, não sabia mais o que era amar.

Nyssa já parecia arrependida do que lhe contara. Laurel não queria vê-la daquela maneira, era sua amiga e fora tão brava e honesta de ter lhe confessado seus sentimentos. Mas Laurel não tinha certeza, ela sentia algo pela assassina, algo forte, uma conexão que nunca tivera antes com ninguém, mas não tinha certeza se partilhava do mesmo sentimento que Nyssa. Talvez partilhasse, não saberia se não tentasse descobrir. Laurel resolveu deixar o talvez de lado e pular no desconhecido. Afinal, que mal poderia fazer?

Aproximou-se da morena que estranhou a velocidade com que a mais baixa viera. Laurel olhou dentro dos olhos negros, para que estes tivessem total clareza do que estava preste a fazer.

Nyssa já sentia a respiração quente batendo em seu rosto, os olhos vacilantes que oscilavam entre o rosto e os lábios. Estava tudo tão calmo que dava até pra ouvir o coração da advogada batendo acelerado.

Em frente ao prédio onde morava, já era tarde e ninguém era visto nas ruas, uma calmaria um tanto incomum em Starling City. A cena parecia improvável, impossível, mas Laurel não ligava pra isso, havia feito tantas coisas impossíveis em tão pouco tempo que nem estava mais contando. Então essa seria somente mais uma delas.

E sem avisos, Nyssa a sentiu tomar-lhe os lábios. A mais baixa inclinou-se pra frente, os pés já estavam um pouco elevados no chão, queria alcançar a assassina. O toque quente e sombrio que vinham dos lábios de Nyssa eram inebriantes. Laurel sentia-se tomada pela sensação quente que lhe correra, até havia esquecido como era beijar alguém, quebrar esta abstinência com Nyssa foi uma ótima ideia porque se perdera completamente naquela boca fria e ao mesmo tempo doce.

Não sabiam quanto tempo havia se passado pois só se separaram quando o ar se fez necessário. Com as respirações falhas, uma fitava a outra com um misto de prazer e curiosidade.

A resposta que Laurel tanto procurava ela obterá. Ela gostava de Nyssa, talvez não tanto quanto a assassina gostasse dela, mas isso poderia ser trabalhado.

Nyssa tinha um sorriso de orelha a orelha, por um segundo achou que seria rejeitada. Mas, não pode negar a surpresa e a alegria que lhe tomara conta quando Laurel a beijou.

— Eu tomarei isso como uma resposta. Acho que posso supor que o sentimento é reciproco?

Laurel sorriu enquanto assentia. Nyssa suspirou bobamente, sentindo o peito queimar. Seria aquela a sensação de estar se apaixonando novamente?

— Você quer entrar? – Laurel perguntou oferecendo a mão para a outra.

Nyssa não respondeu apenas segurou a mão da Canário e as duas subiram. E Nyssa seguia segurando firme na mão de Laurel, como se não quisesse desprender-se dali tão cedo.


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Notas finais do capítulo

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