Quanto mais próximo da tal ilha o peregrino ficava mais forte a tempestade se tornava, vários marinheiros estavam no deck tirando a água que inundava o navio, era óbvil que aquela tempestade não era comum, por algum motivo ficava mais intensa a cada minuto, Caspian e Nêssa estavam no escritório junto deles também estava o capitão Drinian que tentava de todas as formas alertar sobre os perigos de navegar naquelas águas, eles estavam navegando a quatorze dias, e sem nenhum sinal da bendita estrela nem de terra firme.

–Ótimo, estamos presos aqui com meias porções diárias, água e comida para duas semanas no máximo, essa é a última chance de voltarmos majestade.-Disse o capitão fitando caspian enquanto o navio balançava de um lado para o outro e altos trovôes eram escutados, Caspian olhou para Nêssa que estava sentada ao seu lado intediada brincando com uma mecha de cabelo, a enrolando em seu dedo.-Ninguém garante que vamos avistar a estrela azul tão cedo ou pelo menos não nesta tempestade, é uma agulha no palheiro este lugar chamado Ramandu, passaremos direto por ele até cairmos na beira do mundo.
–Quanta positividade a sua hein.- Nêssa falou ainda mexendo no cabelo.
–Só estou avisando que os homens estão nervosos.-Respondeu o sério capitão.- Estamos navegando num mar estranho de um tipo que eu nunca vi na vida.
–Então quem sabe capitão esteja sugerindo que abandonemos a missão depois de vir de tão longe.-Disse Caspian se levantando e caminhando até a mesa onde ficou de frente para o incrédulo capitão.
–Vou voltar ao meu posto.-Drinian se deu por vencido e abandonou a sala.
–Eu até compreendo a irritação dele, mas agora não é hora de desistir.-Nêssa falou.
–O pior é que ainda não tivemos nem sinal da ilha.
–Caspian, vai dar tudo certo.- Disse Nêssa se aproximando do amado e pegando sua mão.
–Eu sei que vai, estamos juntos.- Caspian sorriu e abraçou ela, dando um beijo no topo de sua cabeça.

Na manhã seguinte a tempestade finalmente parou e terra firme foi avistada, e sem demora Caspian desceu acompanhado de Nêssa e mais alguns homens, a ilha como todas as outras estava deserta.

–Os fidalgos não pararam aqui alteza, não tem o menor sinal de vida.-Disse Ripchip.
–Tem razão, assim que chegarmos a praia leve seus homens em busca de água e comida, Nêssa e eu vamos procurar pistas.-Disse Caspian remando o bote rumo a praia.

Assim que desembarcaram na ilha, Caspian e Nêssa sairam pelo lugar, o rei avistou uma caverna e se aproximou.
–Veja não somos os primeiros nesta ilha.
–Um dos sete?-Perguntou ela se aproximando.
–Pode ser, oque será que tem lá?
–Vamos descubrir.- Os dois adentraram a caverna tomando o máximo de cuidado, pois não sabiam oque encontrariam ali, Nêssa avistou um lago a sua frente, normalmnete acharia estranho encontrar um lago dentro de uma caverna, porém estava em nárnia e ali nada era impossivel, notou que hávia uma estátua dourada imersa na água.
–Oque é aquilo?-Perguntou Caspian parando ao lado dela.
–Eu sei lá, parece ser uma estátua de ouro.- Então por curiosidade pegou um galho e imergiu na água e para a sua surpresa o galho virou ouro diante dos seus olhos.-Meu deus!- Caspian olhou boquiaberto para ela.
–Ele deve ter caido lá dentro.-Disse se referindo a estátua de ouro no interior do lago.
–Pobre homem.-Respondeu ela.- Ou.... -Apontou para o escudo que estava ao lado dele e para a espada também submersa.
–O brasão de Lorde Restimar.-Concluiu Caspian.
–E a espada.
–Precisamos dela.
–É toda sua.-Disse Nêssa rindo, Caspian entendeu a brincadeira e sorriu também.
–Primeiro as damas.
–Engraçadinho.-Disse ela estreitando os olhos, Caspian desembanhou sua espada e a colocou na água enganchando sua lâmina na espada submersa e a trouxe para si.- A espada não virou ouro.
–Ambas as espadas são mágicas.-Explicou ele.
–Eu conheço muitas pessoas que matariam por uma gota dessa água.-Comentou a garota, lembrando da ambição que existia no seu mundo.
–Vamos, temos que sair daqui.

Assim que sairam da caverna caminharam pelo lugar voltando para o bote, quando algo chamou a atenção de Caspian, perto de um precipicio.

–Nêssa olha!- Ele apontou para o fundo de um barranco onde háviam coisas brilhantes que a garota identificou serem ouro.
–Oque, não vejo nada.-Disse ela.
–A outra espada.-Disse ele olhando para baixo tentando pensar em um jeito de descer.
–Uau, você tem uma visão de águia.
–Fique aqui.-Disse ele prendendo a corda em uma pedra e se preparando para descer.
–Nem pensar eu vou junto.
–Tudo bem ,mas cuidado.-Advertiu ele.

Lá em baixo eles andaram por entre objetos de ouro, aquele lugar realmente deslumbraria qualquer um, porém tudo tem um preço.

–Que horror!- Disse Nêssa ao ver um esqueleto perto da onde estavam.
–É lorde Octasiano.- Disse Caspian se aproximando, enquanto a moça pegava a reluzente espada.

Eles resolveram acampar naquela ilha mesmo, pois hávia escurecido e pela manhã seguiriam viajem, Nêssa estava sentada em uma pedra olhando as estrelas, quando ouviu passos se aproximarem, nem precisou olhar para saber que era ele, Caspian, sentou-se ao lado dela e ollhou também para o céu.

–Saudade de casa?-Perguntou ele temendo do fundo da alma a resposta.
–Tenho medo.
–De quê?
–De ter que voltar pra lá.- Confessou ela fazendo Caspian a olhar.
–Quer ficar?
–Oque eu te disse outro dia era verdade, já não me sinto mais em casa quando estou lá, mas quem decide isso é Aslam, se ele decidir que eu devo voltar a Londres, nada poderemos fazer.
–Ficar longe de você por mais três anos..... não sei se suportaria.
–Ou talvez desta vez, fiquemos longe pra sempre.
–Prefiro acreditar que Aslam te deixará ficar aqui.... comigo, poderemos enfim nos casar e você será minha rainha.
–Eu jamais se quer imaginei conhecer um rei, quem dira ser uma rainha.-Riu ela timida, e Caspian novamente viu a sua doce e meiga Nêssa, que hávia se transformado em uma mulher corajosa e aventureira.-Lembra do meu baile?
–Lembro, seria bom fazer outro assim que voltassemos a Cair Paravel, o último foi o seu.
–Oquê o último baile do castelo foi o meu?- Caspian afirmou com a cabeça.- Três anos sem bailes, oque esteve fazendo majestade?-Perguntou divertida.
–Ocupadissimo.-Disse ele soltando um longo suspiro.- E além disso não teria graça uma festa sem você.......tentou me ensinar uma dança maluca na festa.-Riu ele lembrando da dança que Nêssa tentou ensinar a ele e aos antigos reis durante a festa de seu aniversário, ela gargalhou.
–Dance ou balada, é uma dança muito comum no meu mundo, e uma das mais fáceis de aprender, mas espera só agente voltar ao castelo, eu vou te ensinar a lambada.-Riu alto.
–Lambada?- Caspian fez uma careta.
–É uma dança pribida.-Sussurrou ela como se fosse um segredo.
–Proibida porquê?
–Ela ficou proibida a cinqüenta anos atrás, por ser considerada uma dança muito sensual.- Caspian ficou pensando que se era proibida e Nêssa queria o ensinar.... não pode deixar de imaginar os dois fazendo uma dança sensual juntos, passou as mãos pelos cabelos, não podia ter aquele tipo de pensamento, ele era um rei, deveria ser sério e não ficar fantasiando com Nêssa sempre que estavam perto.- Você vai gostar.-Disse ela mordendo o lábio inferior e piscando para ele.
–Ok, então estamos combinados, assim que voltarmos para o castelo e tudo isso acabar você vai me ensinar a ….. como é mesmo o nome?
–Lambada.
–Sim, a lambada.
Sorrindo da idéia maluca que a garota teve e pior a qual ele concordou os dois se recolheram, pois com sorte pela manhã avistariam a estrela azul, e assim a noite se passou e logo amanheceu, Nêssa se revirou pois não estava acostumada a dormir no chão, abriu os olhos algumas vezes até se acostumar com a claridade, porém uma claridade diferente chamou sua atenção, era pequena e se movia no céu e o mais importante, era azul.
–Galera, pessoal acordem! Caspian!- Disse ela começando a sacudir ele.
–Humm, Nêssa oque houve?-Caspian perguntou abrindo os olhos ainda pequenos de sono.
–A estrela azul!- Apontou ela para o pontinho de luz no céu.