Meu Psicopata de Estimação escrita por Felipe Araújo


Capítulo 16
Violência Gratuita


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos! Hoje foi bom escrever, gostei mesmo e acho que esse capítulo é o meu favorito, acho que fui bonzinho de mais, poderia ser mais macabro. Entretanto quero guardar a furia do nosso querido Ed para o final. Não sei quanto tempo vai durar a fic, pode ser que dure mais 5 capítulos, ou 10 quem sabe. Ainda não sei, mas quero agradecer de coração por tudo mesmo. Sem vocês nada teria sentido, e Edgar nem Ester não existiriam, obrigado. Dedico esse capítulo para todos os meus leitores. FANTASMAS OU PRESENTES ♥ Obrigadoooooooo



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O portão automático abre, e a grande caminhonete é estacionada na garagem da maior casa da rua. Senhor Felix e Senhora Matilde descem do carro, apressados para entrar em casa. Sam não falara nada, apreensiva segue seu caminho, enquanto os velhos vão conversando. Parecem aflitos, pois os empregados estavam afastados do trabalho pelo ocorrido dos dias anteriores. Os assassinatos ainda não haviam sido esclarecidos, o que faz o clima explodir dentro do casarão. Samantha não consegue esconder o que sente ao entrar novamente ali onde seus amigos foram mutilados pela lâmina afiada do demônio. Começa a enjoar e lava as mãos para o estômago, corre para seu quarto sem olhar para trás. Seus pais se acomodam, Matilde joga o casaco sobre o sofá e deita relaxada em seu estofado de couro Belga. Felix vai direto para o escritório, indaga andando sem parar.

— Matilde, seja paciente com Samantha, ela ainda está abalada.

— Tudo bem meu amor, só quero beber um copo do Whisky do mais caro que temos e relaxar. A viagem foi conturbada, depois esse acidente horrível, quero apenas descansar. Amanhã falamos com ela.

— Como queira, estarei em frente a lareira lendo. — Senhor Felix entra em seu aconchegante escritório, onde um enorme acento de couro negro o aguarda. Parecendo confortável em sua poltrona ele abre uma gaveta e pega uma caixa com os melhores charutos que tinha, prepara um acendendo o mesmo. Traga algumas vezes até conseguir obter uma vasta fumaça branca. Sobre a mesa de seu escritório uma garrafa de Whisky doze anos, um copo e algumas pedras de gelo. Levou o líquido até os lábios, dando um gole e olhando o bigode grisalho e volumoso. Começa a ler um livro qualquer para passar o tempo e esvaziar a mente de tanta coisa ruim que o assola.

De costas para duas telas com imagens das câmeras de segurança, o velhaco não percebe o movimento sorrateiro de um homem de sobretudo preto que rasga a capota marítima da caçamba do veículo saindo do esconderijo, adentrando a casa.

Felix fuma despreocupado degustando sua bebida. O homem ainda tem certo incomodo de lembrar que uma tragédia ocorreu ali em sua residência, e pensa seriamente em deixar a cidade como sua filha deseja o quanto antes. Talvez não entenda a magnitude da tragédia vivenciada por sua filha, entretanto uma coisa é certa: Sam precisa de ajuda.

— Vou ver se está tudo bem. — Ele fecha o livro, coloca o charuto em um cinzeiro e “mata” a dose da bebida. Porem antes de virar a poltrona de couro, um apertão em sua cabeça faz o velho homem se desestabilizar. Félix tenta levantar e evitar o inevitável. Edgar com sua faca afiada passa apenas uma vez no pescoço do pai de Samantha, abrindo um terrível corte que destrói sua artéria principal degolando-o.

O patriarca tenta se mover, mas caído no chão se afoga com seu próprio sangue, uma poça é criada com seu líquido viscoso e o corpo já sem vida derrama sangue pelo carpete caro tingindo tudo com o que sobrou do dono da casa. Edgar limpa a faca com a camisa de sua vítima e calado vira de costas, saindo do escritório.

Logo ao lado a senhora da casa escuta uma bela música antiga, um tanto que agitada... Dançante. Ela anda de um lado a outro da enorme sala de estar, vestindo um vestido longo negro que ainda não havia retirado. Com um copo na mão e um sorriso discreto, ela dança tímida, tentando descarregar toda negatividade do corpo. Sua inteira personalidade lembra da filha que antes do trauma levava a vida sem preocupações. Muito bem maquiada a Senhora Matilde com seus cabelos grisalhos longos paira de um canto a outro do aveludado tapete. De olhos fechados despercebe quem olha para ela sentado ao piano.

— Charles Mingus – Moanin, uma bela música para dançar. — A voz rouca do visitante faz a mulher gritar e se assustar. Parando de se mover a senhora com os olhos extremamente arregalados e trêmulos vocifera.

— Quem é você? O que faz na minha casa?

— Que modos de tratar uma visita é essa senhora? — A música acaba, e Edgar senta ao piano. - acredita que faz muitos anos que não toco piano? — Os dedos coberto pela luvas e ensanguentados deslisam sobre as teclas do piano, fazendo uma música energética e impactante pairar sobre os ouvidos. Matilde em estado de choque com a imagem do mascarado a sua frente, dá dois passos para trás em direção a bancada onde seu celular se encontra, porém quando Edgar percebe a movimentação, em um segundo ele levanta e lança com muita força sua enorme faca em direção da mulher, fazendo a lâmina cravar na mão que ia em direção ao telefone móvel. Matilde uiva de dor, quando presencia a faca atravessada em sua mão e seu sangue escorrendo por toda sua pele.

— Socorro! Felix, Sam!

Os gritos de socorro não seriam suficiente. Seu marido está morto, e Sam ouvia música no último volume em seu fone de ouvido. Matilde está a merce do psicopata sorridente por detrás da máscara de ferro suja de sangue seco. Edgar caminha até ela, que tenta tirar a mão da faca, mas sente muita dor.

— Eu disse que deveria tratar melhor sua visita. — Edgar levanta a perna e chuta violentamente o rosto da senhora, que cai no chão cuspindo não só sangue, mas os dentes também. Ela chora de dor e temendo ser morta implora por sua vida.

— Não me mate, eu tenho dinheiro, posso pagar o que quiser. Faça tudo que quiser comigo, mas não me mate. — Matilde vira de barriga para cima e mesmo com a boca estourada tenta sorrir levantando um pouco se vestido. Ela tenta doar seu corpo para não morrer, mas Edgar torce o lábio mesmo ela não vendo sua expressão ele a muda, e chegando bem perto da mulher ele sussurra em seu ouvido.

— Tão porca e suja quanto a sua filha, vagabunda! — Matilde não consegue dizer uma palavra, Edgar retira a faca cravada na mão dela e com extrema ferocidade defere dezenas de facadas pelo corpo da mulher. O metal da faca entra no rosto, coxas, barriga, jorra sangue, destrói tecidos da pele e levanta entranhas que pulam das feridas. A violência é tamanha, que o rosto da mulher fica irreconhecível. — Apesar de seu corpo não me excitar, fiquei com uma potente ereção depois de sentir suas tripas em minha faca.

Edgar larga o que resta da mãe de Sam e segue para o andar de cima, deixando seus passos marcados de sangue pelo piso de porcelanato espelhado.

No andar de cima, Samantha deitada em sua cama não escuta nenhum barulho, por escutar uma música altíssima em seu fone. Tenta tirar tudo de sua cabeça, esvaziar seus devaneios mais perturbadores. Esquecer do que presenciou, porém seria impossível, a cada piscadela via o sangue de Érica ou Vitor pingar sobre o piso. Agoniada com as lembranças a menina agarra um travesseiro de penas para tentar fazer o objeto confortá-la, mas é inútil, suas lágrimas molham o travesseiro.

Sam respira fundo e fecha os olhos. Por um segundo adormece e desliga-se do mundo sombrio que a cerca, mas antes de sonhar seu subconsciente é resgatado para o mundo real. Edgar está sobre seu corpo, tapando sua boca para ela não gritar. O fone de ouvido escapa de suas orelhas, e as lágrimas também. Tenta de todas as formas se soltar, se rebate na cama, tenta morder a mão do maníaco, mas a única coisa que consegue e observar aterrorizada os olhos do assassino através da máscara cor de prata suja do sangue de seus pais. Edgar tira a máscara revelando sua face desprovida de sentimentos, os remedios que Ester aplicava em seu corpo fizeram os sentimentos do homem sumirem assim como sua sanidade, o que via em sua frente não é mais humano, não é mais uma garota de vinte e um anos, e sim, um pedaço de carne, um objetivo imposto por sua amada. Ele tem que matá-la. Com uma voz rouca ele declara.

– Ester mandou eu ser mais malvado com você. - Sam frange a testa.

— Ester? — Pensa alto, e consegue se soltar, ela tenta de todas as formas chegar até a porta de seu quarto, mas é agarrada pelas pernas. Sam está apenas de calcinha e sutiã.

— E tenho absolutamente certeza que vai gostar do que vou fazer, ainda não sei se é malvado o suficiente.

— Não me mate, pai? Mãe? — Ela berra.

— Seus pais não podem ouvir, estão mortinhos. — Ela chora ainda mais alto. Edgar pula sobre as costas da menina pressionando o corpo dele no dela. Sorrindo ele pega a faca e rasga a parte detrás do sutiã e da parte de baixo, deixando a garota nua.

— O que vai fazer, socorro!

—Vou enfiar meu pau na sua boceta suja! — Ele retira a calça até os joelhos, revelando seu membro ereto.

Sam não consegue se mover pelo peso do corpo de Edgar. O mesmo esfrega seu pênis pela coxa dela, enquanto com um braço segura a faca entre a cabeça e o pescoço de sua vítima. Se Samantha não ceder será decapitada, então ela para de se mover e cai de barriga no chão gelado. Edgar chupa a orelha de Sam que chora sem parar, suas lágrimas caem misturando-se com sua saliva.

O psicopata parece explodir de desejo pelo corpo da garota. Mas não satisfeito com a situação ele pega a faca e desliza sobre a pele das costas de Samantha, fazendo o sangue escorrer. A garota berra de dor e desespero, Edgar retira as luvas e a camisa, molhando a palma de suas mãos com o sangue do corte, esfrega o líquido em seu rosto. Ed ainda com as mãos sujas de sangue passa elas por sua barriga magra e para quando encontra seu pênis que sujo com o sangue de Samantha é empurrado violentamente dentro da intimidade da jovem, ela urra de dor. O demônio começa a movimentar sua cintura, mas muito rapidamente “bombando” Sam chora em desespero.

Ainda com a faca, ele passa a lâmina suavemente sobre as costas da menina, que baba em questão da dor e dormência que sente. Edgar tem mais prazer quando vê o sangue e o choro. Pressiona com mais violência seu pênis na garota, agarrando o tapete do chão e quase o rasgando em nome de seu pânico. Edgar vira ela de barriga para cima, Sam tenta não olhar para o rosto dele, mas ele a ameça.

Enquanto era abusada Sam lembra de momentos de sua vida. Como gostava de fazer sexo com diferentes garotos e até mesmo, garotas. Como o sexo para ela era a coisa mais comum que alguém poderia fazer. Ela gostava de fazer, necessitava... Mas sentir Edgar dentro dela, é a pior coisa que sentiu. Não tinha prazer, tinha dor, não existia a delicia que o sexo a proporcionava. Apenas medo, apenas destruição...

— Por favor!

— Me implore para parar. — Ereto o pênis sai da vagina de Sam, Edgar mira no rosto da menina e movimentando seu membro, ele arfa em uma excitação máxima, despejando seu líquido em todo o rosto da garota.

— Me solte.

— Engula. — Ele enfia a força o pênis na boca de Sam, que ao senti-lo em sua linguá, faz o que deve. Morde o pênis de Edgar com toda força que consegue, fazendo o homem pular com a dor. Ela consegue levantar. Mas ao fazer isso seu destino é traçado.

— Alguém me... — A faca atravessa o pescoço da jovem, ela cai no mesmo instante. Nervoso com o que Sam fizera com ele, Edgar não está satisfeito. Atinge com facadas as costas nuas da menina, que geme por alguns instantes, mas devido tantos ferimentos perde a vida. Edgar para, olha para o corpo esticado, violentado e estripado.

— Droga, Ester vai ficar brava, ela queria essa aqui viva, não vou falar para ela que fodi com essa, se não ela vai ficar com ciúmes.

Como se nada tivesse acontecido, o maníaco levanta. Pega sua arma branca, limpa no corpo de Samantha e sai assobiando pela janela. Despreocupado com o massacre que acabou de cometer.

**

Lucas fuma um cigarro preocupado se o plano dele daria certo. Anne junto com ele no fundo de sua casa compartilha do nervosismo. O plano consiste em Anne e Mathias entrarem dentro da casa de Ester, enquanto Clara e Lucas distraem a garota misteriosa. Se tudo desse certo, seria hoje que Ester cairia de seu império indestrutivo de mentiras.

Anne veste uma calça jeans desbotada, com uma camisa colada de manga cumprida. Seu cabelo amarado em um coque frouxo, faz Lucas observá-la com outros olhos.

— Você tá bonita hoje Anne!

— Bonita, eu?

— Sim!

— Mas lucas, estou vestida com uma roupa velha e sem graça. — Ele sorri de canto.

— É isso que me encanta, simplicidade. — Ambos sentam no balanço velho do quintal, ela retira uma mecha de seu cabelo que caia em sua face e arfa.

— Pena que você gosta da Ester...

— Como disse? — Ele se faz de desentendido.

– É... Nada. — Anne cora.

— Olhe para mim. — Ela olha, e Lucas completa, — não sei o que viu em mim, mesmo eu sendo esse idiota, ficou do meu lado. E está disposta a me ajudar, porque?

— Não sei, só sei que tenho essa vontade de te ajudar. — Ela abaixa a cabeça, e neste instante Lucas leva sua mão no queixo da menina, levantando sua face.

— Deveria ter olhado para você antes de Ester. — Sem esperar, os dois saltam um no outro. Anne beija desesperadamente o rapaz, o beijo é carnal e intenso. Porem não muito demorado quando uma voz faz os dois se desgrudarem.

— São oito horas da noite, vamos começar? — Mathias e Clara os interrompem.

— Tudo bem. — Lucas fala, enquanto Anne tenta desviar a vergonha pela cena flagrada. Clara sorri discretamente, mesmo não fazendo isso há dias.

Anne e Mathias se escondem dentro do carro do delegado que está estacionado do outro lado da calçada, enquanto Clara e Lucas entram dentro da casa. Ester manda uma mensagem para Lucas, avisando para ele sair que ela já estava chegando. Torcendo o lábio Lucas suspira, mesmo com medo e soando, quer entender o que se passa com Ester. Desde o começo ele quer, porém agora é um desejo mais forte, um desejo de desvendar as mentiras que a menina mais linda que ele conheceu construiu.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Até o próximo...