Casada com Edward Cullen escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! LEIAM, pois é importante. A leitora Titi me perguntou sobre quantos capítulos a fic ainda tem, então... Faltam poucos capítulos para o final ): sim, é verdade. Masss. Tenho outra notícia e espero que vocês fiquem feliz: há uma segunda temporada! OBAAAAA!!! Agora vamos ao post...



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Capítulo doze

Pov Bella.

— Você é Isabella Swan–Cullen?

O homem parecia mais que impaciente. Ele perguntou duas vezes depois dessa, e então deu de ombros. Soltou um riso malicioso e eu cedi, dei passagem para que ele entrasse com tantos vasos de flores, que lotaram minha sala em segundos. Eu nunca tinha visto tanta variedade. Formas e cores. E cheiros diferentes. Desde as mais brutas, para as mais delicadas. Dezenas.

— Quem diabos mandou isso? — Eu perguntei confusa quando o que parecia ser os últimos vasos entrarem.

Violetas. Orquídeas violetas. Minhas preferidas.

O entregador me deixou um grande envelope dourado nas mãos e seguiu viagem para a saída.

Renée fechou a porta e me encarou ansiosa.

“Esperando que tenha um bom dia. E.C”

Era tudo que dizia no cartão. As inicias dele. Aquilo era um sonho mais esquisito do mundo. As coisas que ele havia dito na noite anterior e agora todas essas flores decorando minha sala. O que Edward estava querendo? Ele conseguiu desestabilizar minha emoção – se é que isso ainda é possível.

Eu entreguei o cartão para Renée que estava mais do que ansiosa para ler.

— Você tem um ex-marido te cortejando? — Ela perguntou tensa — Isso continua melhorando. Vejo mais dez milhões num futuro próximo.

Era tudo que ela via em mim? Sério? Eu suspirei.

— Eu vou me casar com o James, esqueça o Cullen — Disse.

Eu voltei para o quarto como uma criança mimada, sentindo extremamente a falta de Alice. Eu nunca tinha ficado tão distante dela, mas também sabia que não a procuraria e a ignoraria se ela fizesse. Não querendo atrapalhar sua vida. Mesmo que eu precisasse da minha melhor amiga para desabafar as merdas que caiam sobre mim, cada vez mais pesadas.

Ela não precisa se importar comigo, decidi. Ela tinha sua própria família agora. Ela seria mãe. E eu esperava profundamente que nada saísse errado nessa maternidade. Que Jasper jamais descubra o que diabos sua esposa aprontou antes do casamento, e sobre aquele filho no ventre dela. Eu nunca a ignoraria se isso viesse à tona, daria a ela meu consolo e lhe diria como eu sabia que os sacrifícios que a gente faz na vida não tem retorno, mas, como ela me disse uma vez: eu nasci pronta. E ela também nasceu.

Mais um mês passou voando por mim. Eu já não sabia de Edward, havia lido no Times sobre sua empresa e sobre como ele estava expandido seus negócios na Inglaterra. E que Tânia estava junto nessa viagem de negócios. Ainda chegavam flores pela manhã, com a mesma frase, todos os dias. E meu celular tocava de maneira exagerada com um número desconhecido ali, que soube que seria dele. Mas eu bloqueei uma vez que James descobriu quem era meu admirador secreto. Ele praticamente me proibiu de respirar o mesmo ar que Edward.

Tive notícias de Molly, que teve contrações e passou a madrugada em um hospital. Não sabia como ela estava fazendo agora para levar a diante a última parte do se plano, não seria como nas novelas, não há como forjar um parto prematuro. Mas eu sabia que ela era esperta o suficiente para fazer Jasper acreditar no que quisesse. Sei que tudo que ela viveu ficou para trás, inclusive aquele namoradinho de uns oito meses atrás mais ou menos? Talvez.

Confesso que tenho perdido a noção do tempo. Talvez com a quantidade de tempo que passo fazendo absolutamente nada. Porém, agora James e Renée me deram uma tarefa: casamento. E faculdade.

James queria que fosse o evento do ano, queria tudo que não havia tido no meu casamento anterior e eu já estava achando apelativo demais. Me deixava enjoada que ele mencionasse meu ex em tudo. Eu não deveria estar me sentindo feliz e realizada por casar de verdade? Não deveria ser tudo pequeno e simples, por que há amor? Deveria. Mas James está tão enciumado que torna tudo desagradável e patético.

As coisas pioraram na semana passada, quando o assunto da faculdade surgiu e James achou melhor que eu aceitasse a bolsa fora de Washington, no fundo eu sabia que ele queria me afastar de Edward definitivamente.

— Você está pronta? — Ouço minha mãe resmungar.

E eu estou. Nós estamos prontas para o baile de caridade anual. Todo ano novo pessoas se reúnem e doam quantidades exorbitantes para crianças carentes.

James nos levaria e nessa noite estaríamos sentados com sua família.

— Nós devemos ir — Disse.

Eu exibi meu habitual vestido preto. Havia virado hábito.

Eu encontrei James na garagem e ele sorriu tão animado a me ver.

— Linda! — E eu sorri de volta.

— Obrigada. Encontraremos seus pais lá?

Minha mãe se uniu com a de James e nós entramos na limusine que ele trouxera consigo. Eu sabia que flashes estavam nos seguindo. Eles finalmente nos descobriram e coloram em nós como chicletes sem açúcar. Gosmento e azedo. Difícil de engolir.

Na chegada, meus pais não sorriram ou pousaram para câmeras. Charlie não era o cara que adorava um show, eles só passaram direto, enquanto James e eu paramos para dar um sorriso a mais ao público.

Eu simplesmente amei a luz da arvore de natal centralizada no salão. E eu amei a sensação de paz que eu senti quando entrei.

POV TÂNIA.

Meses terríveis tem me acompanhado. Quando acho que conseguirei me livrar de Isabella, descubro que era melhor com ela por perto. Quando eles estavam juntos. Ao menos eu sempre tinha um prazer em vê-la sofrer. Em contorce-la as tripas enquanto fodia seu marido bem de baixo do seu nariz.

Edward fica constantemente irritado agora. Se Isabella é adicionada na conversa ele fica fora de si. Eu não posso deixar de mencionar, que ela está presente na nossa cama também. Ele chama por ela na hora ‘H’. Qualquer outra mulher decente o deixaria, mas eu? Bom... Apesar do sentimento, mulheres como eu não pensam com o coração. Edward é o melhor partido da cidade. Dinheiro, luxo, fama e prazer. Eu tenho tudo isso nesse homem. Não importa quem ele chama na hora de gozar, se sou eu que o faço chegar lá.

Estamos nessa festa horrível agora. Com seus amigos. E eu queria minha vida de volta. Aquela vida que eu tinha quando ele estava junto com a mortinha. Eu podia sair com minhas amigas, e ser de Edward quando ele estivesse disponível na madrugada. Era saudável assim. Eu mantinha as coisas bem assim. Ele já havia sido muito mais legal, antes dessa coisa toda de casamento. Antes do seu maldito pai morrer e colocar um empecilho para que ele recebesse a herança. Você pode não acreditar, mas Edward já foi o cara que saia só para beber e conquistar alguma mulher fácil na balada. Ele já tinha sido esse cara vazio, que tem horror de ser agora. Ele já tinha saído só pelo prazer. E ele já tinha me levado para cama, com outras duas mulheres, e nós fizemos aquilo valer a pena. Era esse homem que eu queria de volta.

Sentada em uma mesa afasta da pista de dança, eu lembrava do último mês na Inglaterra. Edward e eu brigamos todos os dias, nossa relação chafurdando na lama. Mas ainda assim, algum orgulho idiota dizia que eu tinha que leva-lo até o altar. Depois eu até podia me livrar dele, arranco uma boa pensão. Eu estava pensando em envolver filhos no negócio, se envolvia mais dinheiro.

Nosso sexo. Nossa sincronização e o encaixe, eu sinto que está em algum lugar entre o Edward do passado e esse novo homem, que é tão calado e misterioso. Ele nunca havia estado em outro planeta quando estava comigo. Ele nunca havia pensando em outra coisa enquanto fodíamos em hotéis caros pela cidade. E eu sabia que algo estava mais do que errado quando analisei sua fatura do cartão de crédito. Ele estava gastando alguns milhares de dólares para enviar flores a ela. E um dia, como quem não queria nada, verifiquei sua caixa de saída. Com mensagens de apelos banais para ela. Mas sua entrada estava vazia.

Ele está apaixonado por ela. Kate, minha melhor amiga, disse. É claro que isso demorou realmente a vir com força total sobre mim. E percebi que estava mesmo ficando perigoso todo o jogo. Eu pensava na possibilidade de um término repentino. E meu nervosismo aumentava. Sabia que hoje era a ocasião perfeita para tirá-la do meu caminho. Eu via ela adentrar o salão de braços dados com o pedaço de mal caminho do pequeno James Hunter. Se ele pudesse ser tão bom quanto seu pai na cama, eu queria experimentar.

— Tânia? — Ouvi a voz longínqua de Edward — Está no mundo da lua?

Ele deu de ombros quando eu não respondi, e voltou-se para Jasper, retomando o assunto que haviam parado. Eu continuei a fitar a mortinha de longe. Ela se sentou em uma grande mesa, com a família Hunter e seus pais. Eu vi quando Aro me encarou, o grande homem do poder. Eu soltei um sorriso malicioso para ele, que abaixou sua cabeça e voltou seus olhos para sua esposa. Mas eu sabia que ele queria muito olhar de volta. Apesar de não termos acabado bem, sabia que ele sentia muitas saudades de mim. Como qualquer homem que me teve sente.

Eu franzi meu cenho e deixei que meu ódio transparecesse. Ela não direcionou os olhos em mim nem ao menos uma vez. Como se eu não fosse nada. Eu era alguém, eu seria a futura senhora Cullen. Edward não deixaria que as pessoas usassem o nome do meu pai ou minha mãe para me ofender. Ele não deixaria que as pessoas me apontassem como a filha do viciado que perdeu toda a fortuna no jogo, ou como a filha da vagabunda que a deixou por um britânico miserável.

Esse era realmente o motivo de eu odiar Carlisle. Simplesmente. O pai de Edward morria de medo que seu filho ficasse com a vagabunda Denali. Ele provavelmente sabia que eu tinha herdado o caráter duvidoso de meus pais, o homem lia meus olhos. Eu o odiei, porque na época eu realmente queria tudo aquilo que Edward quer agora. Eu queria uma casinha no campo, filhinhos de olhos verdes e ser nada além de uma ótima esposa. Até eu ser massacrada pelo velho Cullen, e simplesmente mudar regra do jogo.

Eu seria a vadia. E ele perderia seu filho para sempre. Bom, velhote, se revire no túmulo. Este homem é meu.

Mas então... Ele até que tinha uma carta na manga. Ele colocou a mortinha Swan no meu caminho. E ele realmente pensou que ela fosse boa o bastante para ganhar de mim. Eu fui jogada para escanteio, mas eu esperei. Como toda menina inteligente, esperei o meu momento. E aqui estou eu.

Eu observei os movimentos dela, como num jogo de xadrez. Eu a vi sorrir. Eu a vi dançar uma ou duas vezes. Eu a vi cumprimentar pessoas pelo salão. Eu vi Edward nota-la e fechar a cara em seguida.

Mas ela não sabia de perto da sua família. Ela não deixava James ou seus pais nem por um minuto. Então eu estava pronta para ir até ela e fazer um show ao-vivo quando ela se levantou. Meu sangue tremeu e eu recuperei o ar, me levantando e seguindo-a em direção ao banheiro.

Eu adentrei o ambiente que estava limpo demais e a encarei retocando a maquiagem no espelho.

— Noite agradável, não? — Anunciei minha presença — Você não tem noção do quanto eu aguardei o nosso reencontro.

Isabella arfou e me encarou com os olhos perdidos. Ela realmente não me esperava ali, e eu sabia que ela não falaria nada, então bufei:

— Quer dizer que você recebe flores toda a manhã do meu homem?

Eu andei até ela, encarando sua feição pálida, e droga, era como matar formiga. Mas eu continuei. Eu cravei minha mão no pescoço dela, apertando com força, enquanto o rosto dela corava levemente.

— Eu vou te ensinar a não mexer com noivo de alguém! — Rosnei, apertando ainda mais.

— Pare com isso! — Olhei incrédula para a mulher atrás de mim.

— Não se aproxime, gestante — Debochei. Eu soltei as mãos do pescoço de Isabella que estava com um leve tom arroxeado, com minhas unhas cravadas. Ela tossiu algumas vezes, tentando recuperar o seu ar — Se eu fosse você não faria...

Tarde demais. Ela atirou suas mãos em mim. Primeira sensação foi de dor, depois apenas uma ardência. Quando ergui a mão para retribuir, senti os dedos gelados me impedirem.

— Saia daqui, vadia — A voz falha e baixa ecoou. Pela primeira vez na noite Isabella disse algo.

— Isso mesmo, saia daqui, vadia! — Alice repetiu.

Isabella soltou minha mão e um ódio tomou conta de mim. Meu coração batia forte demais. Seria uma vingança dupla.

— Eu sou a vadia? — Perguntei sarcasticamente — Não sou eu que saio com outros homens desrespeitando meu noivado! Você acha que eu não sei que seu filho bastardo não é de Jasper, Alice? Não acha que seu do seu relacionamento com aquele garoto do subúrbio? E quer saber, acho que tem alguém aqui que gostaria de saber. Veremos a reação de Jasper.

Sem mais ameaças, eu sorri e dei a volta. Rumando para o salão.

Capítulo treze

Pov Bella.

Foi tudo tão rápido. As palavras me invadiram, suas mãos ágeis prenderam meu pescoço e tudo o que eu fiz foi sufocar sem uma reação. Mas, ao perceber que ela bateria em uma mulher gravida, sendo aquela mulher grávida a minha melhor amiga, parece que algo despertou a fúria do meu interior. Eu a segurei e rosnei contra ela. Que ficou perplexa. Fez o seu show cacarejando e saiu pisando duro.

— Você está ok? — Alice perguntou.

— Um pouco tonta, mas bem — Respondi com a mão no pescoço — Acho melhor irmos verifica-la. Não sabemos o que a maluca fará.

Alice me ajudou a sair do banheiro, nós caminhamos a passos largos e no meio do salão, já não havia mais música. E a mulher gritava desesperadamente.

Reparei na expressão descrente de Jasper, enquanto seu olhar prendia em Alice. Edward puxava Tânia e tentava cala-la.

— Você acha mesmo que estou mentindo? — Ela continuou gritando — A última coisa que sou no mundo é mentirosa. ESSE FILHO NÃO É SEU!

Ela gritou tão alto, que as pessoas olhavam horrorizadas.

— Isso... — Jasper sussurrou — É VERDADE?

Alice parecia que iria desmaiar em qualquer momento. Eu vi Jasper dizer algo sobre DNA e vi Alice chorar e gemer. Ele a pressionou diante de todos, minha amiga naquela situação. Depois disso, Edward finalmente conseguiu levar sua noiva e Jasper ainda encarava Alice, chorando com o silêncio dela. Que dava a resposta para tudo. Ele se afastou ali tão rapidamente, que eu segurei Allie para que ela não despencasse.

O filho não era dele.

As pessoas ao redor cochichavam sobre isso, quando a música voltava a tocar.

— O que houve? — James se aproximou e eu segurava Alice, que iniciava um choro profundo.

— Preciso ir... Preciso ir... — Ela dizia, e eu a segurava.

James nos amparou nos direcionando a saída.

— Vamos para casa, Alice — Ele disse docemente. Ele apoiou minhas costas e saímos o mais rápido que pudemos, mas Alice disparou para o outro lado quando saímos finalmente. Nós só a observamos ir — O que houve?

Dentro da limusine, ele questionou.

— Tânia... Foi atrás de mim no banheiro. Ela disse umas coisas e ela me enforcou — O rosto de James era tomado por choque enquanto eu dizia.

— Ela o quê? — Perguntou incrédulo — Eu mato essa vagabunda!


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Notas finais do capítulo

EITA, JAMES, EITA