Marcas do Mal escrita por Dark Forest


Capítulo 1
Levantam-se os olhos




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Derek ergueu os olhos e só naquele momento pôde ver a situação em que estava. A sala, cujas sombras lhe tomavam maior parte, estava fria e abafada, apenas uma janela de vidro possibilitava a passagem de uma fina linha de luz, a luz da lua. Ele sentiu correntes quentes prendendo seus pulsos e seus tornozelos, não lembrava de como havia ido parar ali, apenas de uma dor na cabeça, como se alguém houvesse lhe acertado com um cano metálico ou algo do tipo, depois apenas um vácuo e tudo estava escuro.
O garoto tentou livrar-se das correntes de aço, que eram grossas o bastante para que falhasse, não pôde sentir qualquer presença ali.
De repente, seus ouvidos sensíveis captaram o som de passos no piso azulejado e, só depois uma voz feminina, ela dizia:

"Ora, ora... Pois não é que meus homens conseguiram capturar o ruivinho cabeça de madeira podre..."

- Quem é você? E por que eu estou aqui? - Perguntou Derek. Estava rouco, como se houvesse fumado cem cigarros de uma só vez e, fragmentos de dor eram perceptíveis em sua voz.
- Não interessa quem sou. Interessa quem você é, querido Derek'zinho... - A mulher respondeu com perspicácia, estava tão animada que parecia sentir prazer em ver o ruivo naquele estado.
- Quem eu sou? Do que você está falando? DIGA-ME, POR QUE EU ESTOU AQUI? O QUE VOCÊ QUER COMIGO? - Derek cerrou os pulsos e forçou a voz para gritar, o que fez sua garganta arder doloridamente.
- Pode gritar à-vontade, idiota. O que eu quero com você não vem ao caso no momento. Durma... - A mulher, que era banhada pelas sombras, disse, por fim.
Derek sentiu apenas uma forte dor nas têmporas e tombou para trás, ficando sustentado pelas correntes.

[...]

Derek forçou seus olhos a se abrirem e se viu deitado sobre uma cama pouco confortável e fria, ao seu lado havia um pequeno recipiente de alumínio cheio com agua e um pano sujo de sangue. Mais a frente, uma mulher loira fazia algo próxima à uma mesa de madeira.
- Onde e-estou? - perguntou, ainda sentindo uma forte dor ao falar.
A mulher ergueu ambas as sobrancelhas e se virou, ficando de frente para Derek, então se pôs a caminhar na direção dele.
- Ahn... Vejo que você acordou, já não era tempo.
- Há quando tempo eu estou aqui? E como, exatamente, eu cheguei aqui? - Indagou, atordoado. A mulher passou a mão sobre o peito ferido do garoto e se sentou na cama, que era espaçosa o bastante para confortar os dois.
- Você está aqui, dormindo, há sete dias. Encontrei você desmaiado e ferido no meio daquela floresta. - Ela apontou para além da janela, onde vários pinheiros estavam enfileirados, quase que propositalmente. - Desde então você não comeu nada, dei-te apenas água para que não morresse desidratado e, cuidei de seus ferimentos.
- Céus... Muito, muito obrigado, mas eu realmente preciso ir, minha família deve estar me esperando e eu não tenho nem ideia de quando tempo fiquei... - Pausou, quase diria o que passou antes da mesma o encontrar, mas achou melhor não falar nada, afinal, ninguém era confiável, nem mesmo a tal que havia o abrigado por uma semana em sua casa. - Fora.. - Completou.
- Tudo bem, mas você precisa vestir algo antes.
O ruivo lentou o lençol que o cobria até a cintura e imediatamente corou ao notar que estava completamente pelado, percebeu também que na lateral do final de seu abdome havia uma ferida quase cicatrizada.
- Não se preocupe, eu lavei suas roupas, elas estão encima daquela cadeira. - Ela indicou o móvel com uma meneio de cabeça e sorriu.
- C-Como eu chego à Cidade de Nova Iorque? - Indagou, levantando-se, ainda com o lençol o cobrindo e caminhou até a cadeira para apanhar suas roupas.
- Bom, é só seguir a pista, não irá demorar mais que uma hora, à proposito, me chamo Courtney. - A loira estendeu a mão em sinal de cumprimento, logo após acompanhar o garoto. - E você precisa comer algo, pelo contrário acabará sem energia.


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Notas finais do capítulo

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