– Cheguei o mais depressa que pude ! - gritou Natalia chegando perto de mim.

– Na-a-t ? - perguntei eu meio atordoada.

– Sim, sou eu. Alex me contou tudo!

– Pois, eu sei...

– Se isso realmente for verdade... meu Deus !

– E foi verdade ! Verdade até demais! Mas eu quero voltar lá, eu quero dar um tapa na cara daquela demônia !
– Mas Luna...

– Vamos!

Eu peguei minha bolsa e fomos para o restaurante almoçar antes de irmos. E acabamos por encontrar o nosso amigo Kevin lá. Ele se dirige a nós com um copo de café:

– E ai meninas ? Tudo bom ? - disse ele sentando perto de mim.

– Sim - disse Nat.

– Não - disse eu.

Nat me olhou com uma cara de " porque você disse isso ?! Ninguém precisa saber ! ".

– Nat, eu acho que como o Kevin é homem ... cof cof - disse eu tossindo ironicamente.

– Eii ! - exclamou Kevin.

– Haha, ele podia nos ajudar. - disse eu convicta.

– Legal. Mas ajudar em que ? - perguntou Nat meio convencida de que Kevin não nos servia para nada.

Expliquei a história para o Kevin, ele riu e disse que aquilo só pode ser " pegadinha ". Então desafiamos ele para ir connosco e ele aceitou. Antes de irmos, passei na casa do Alex para convida-lo, e ele também foi.

Chegamos lá, e eu disse :

– Kevin, vai você primeiro...

– Então tá. - disse Kevin entrando na sala.

A Laurel não estava na sala, nem ninguém. A sala estava iluminada por três grandes fogueiras e ninguém tinha acesso ao trono, somente a Laurel. De repente olhei para uma coisa estranha entre as duas fogueiras e vi que era uma porta para outra sala.

– Pessoal! Vejam o que eu encontrei! - gritei.

– O que ? - perguntou Nat.

– Uma porta para outra sala... - disse Alex desconfiado.

– Entra Kevin. - disse eu.

– Mas.. - disse Kevin.

– ENTRA! - gritou a Nat.

– Ok, ok.

Ele tentou, tentou, mas não conseguiu.

– Não estou conseguindo!

– Licença. - disse eu afastando ele da porta.- Antes de ir, só queria dizer que amo vocês!

– Não se preocupe amiga, você não vai morrer. - disse Nat.

Com um pouco de força eu abri a porta. A outra sala tinha uma iluminação vermelha.

– E-e-u acho que vou indo ! Fui ! - disse Kevin com medo saindo da sala.

– Medroso. - disse Alex.

– Uau, olha a iluminação dessa sala! - disse Nat espantada.

– Pois é ! - disse eu.

– Oi ?

– QUEM É VOCÊ ? - gritei eu, assustada e peguei a faca que levava no meu bolso. Estava na minha frente um garoto emo, todo de preto e boné branco.

– Calma, eu não sou um deles... Eu me chamo Samuel - disse o garoto com as mão levantadas!

– Quantos anos você tem garoto ? - perguntou Nat.

– Dezessete e vocês ?

– Também. - abaixei a faca.

Ficamos lá, os quatro, observando. Até que chega outra pessoa.

– Haha, não é o casal da florestinha ? - diz outro garoto loiro, todo de preto que entra na sala tirando suas luvas cinzas.

– Casal ? Você nos conhece ? Como assim ? - disse eu assustada. - Você conhece ele Samuel ?

– Não! Juro ! - disse ele assustado também.

Ele nos falou que era amigo da Laurel.

– Você sabe quando ela volta ? - perguntei eu.

E ele disse umas palavras estranhas, um tipo de código.

– O que você disse ? - perguntou Nat.

– Procurem e descubram! - disse ele caminhando para a saída da sala.

Ele antes de sair parou e sussurrou no meu ouvido :

– Posso pegar sua alma ?

– Mas é óbvio que não ! ´Tá doido ?!

Ele deu uma risadinha e saiu.

– O que ele te disse ? - perguntou Alex.

– Se podia pegar... minha alma. - disse eu muito assustada.- Vamos embora ! Agora !

Fomos embora dali e eu continuava assustada.

No dia seguinte fui na casa do meu amigo Rodrick que entende dessas coisas de lingua satânica. Mostrei para ele o código e ele falou logo.

– A tradução desse código é ... " Vou te seguir até te matar. ".

– Meu Deus ...

Eu gelei de medo e fui embora logo, cheguei em casa e comecei a chorar, entendi que eu e meus amigos estavamos metidos em um grande problema...