Vivendo sentimentos, sentindo emoções-Temporada 1 escrita por Rachelroth


Capítulo 19
O cinema


Notas iniciais do capítulo

:)



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O relógio marcava 2h da madrugada, mas os olhos da empata continuavam abertos. Seu corpo estava cansado, mas sua mente mantinha-se acordada e viva. Olhava atentamente o estrado da cama enquanto os pensamentos consumiam sua noite. “Será que ele está confortável? Saco porque não paro de pensar nele? Desse jeito vou acabar enlouquecendo… eu estou com o Aqualad, não é certo ficar beijando outra pessoa… mas… não somos namorados, então tecnicamente estou solteira, o que não me impediria de nada. Mas o que raios eu estou pensando”. Esfrega as têmporas com as mãos, fechando os olhos e suspira. “Eu não posso estar apaixonada. Não por ele. *é tomada por um medo* E se eu estiver? Por Azar não! Primeiro que eu não teria nenhuma chance, é até besteira pensar isso. E outra, ele não deixaria a vida de luxos solos por uma vida chata a dois. Eu devia estar me questionando em relação ao Aqualad isso sim. *suspira* ele é bonito, elegante, inteligente e acima de tudo, com ele eu mantenho as coisas sob controle. Mas é claro que eu não estou apaixonada pelo Mutano… *solta um risinho ainda de olhos fechados* gosto muito dele como amigo, é isso. Paixão deve ser algo diferente. Acho que eu saberia se estivesse. Bom, será que ele está confortável? Não é exagero ir checar… *abre os olhos* É, vou checar.”

Ravena se senta rapidamente no beliche. Ansiosa, abre um portal até o próprio quarto, hesita para entrar no portal, mas acaba entrando naquele cômodo escuro. Olha o corpo do metamorfo esparramado na cama usando apenas cueca, e então cora com a cena. Ficou parada por um tempo olhando aquele corpo semidesnudo, estática e fixa no chão tal como um poste.

Sente sua respiração ficar mais ofegante e o coração acelerar quando ele se movimenta na cama. Queria deitar ali. Queria muito. Na cabeça, mil pensamentos, mais nenhum ao mesmo tempo. Um mix de sensações. “Eu não posso” repetia mentalmente, como uma tentativa de barrar o impulso de agarra-lo. Aos poucos se aproximou da cama, sem desgrudar os olhos dele. Comia-o com os olhos. Possuía-o com os olhos. Beijava-o com os olhos. Até estar bem perto, bastava esticar o braço e poderia tocar aquele corpo verde e quente.

“Não posso” dizia o pensamento que ela forçosamente tinha. “Mas eu quero” dizia o pensamento intruso que precisava ser assassinado, para assim calar-se. Ah, mas ele era tão alto, forte e insistente. Agachou-se ao lado da cama, cruzou os braços no colchão, encostou o queixo nos braços e não tirava os olhos dele. Podia sentir os olhos secos devido às poucas piscadas. As pálpebras começavam a querer fechar, mas então um “boa noite” a fez abrir os olhos rapidamente e cair para trás.

Mutano: *olhando ela, com voz suave e de sono* Vai dormir ai? *sorri* Aqui é mais confortável…

Ravena: *envergonhada, se levantando* Me desculpe… eu… eu… na verdade eu… eu… não sei o que…

Mutano: *suspira e boceja* Rae, para de ser boba… vem aqui…

Ela não sabia o que fazer. Aquele momento tão rápido parecia na verdade estar congelado. Dentro de sua cabeça duas vozes antagônicas gritavam “Não posso. Eu quero”. Não sabia o que fazer. Ceder ao desejo ou manter a postura.

Mutano: *se senta e esfrega os olhos* Olha, sem nenhuma maldade, deita aqui… *boceja* Não vou fazer nada *sorri e diz bem baixo* que você não queira.

Ravena: *de costas para ele, tom de voz frio* Não sei porque eu vim aqui.

Mutano: Não importa porque veio… *boceja* Tô te convidando pra deitar aqui comigo.

Ravena não sabia o que fazer. Estava confusa.

Ravena: *se vira para ele* Só por uma hora. “saco, o que você acaba de dizer?”

Mutano: Tá bom… Uma horinha, vem cá *volta a se deitar*

Ravena caminhou até sua própria cama e se deitou. Dura feito um cadáver, olhando para o teto. Sentiu o corpo quente do metamorfo se aproximar e a abraçar. Sentiu a respiração dele na sua nuca, estranhamente dava pra saber que ele estava sorrindo. A mão esquerda dele estava pousada em sua barriga de maneira delicada e suave, fazendo leves carícias. E ele disse “obrigado” de olhos fechados. Aos poucos Ravena foi conseguindo relaxar, mas não parava de fitar o teto. E os pensamentos lhe consumiam “o que você está fazendo aqui Ravena? Assim só dá esperança para ele. Hahahaha, mas também esperança do que? Até parece que ele é apaixonado por você. E também o que é que você tem a ver com isso se nem você é apaixonada por ele, nem por ninguém, certo, nem pelo Aqualad. Ah o Aqualad era tão meloso, dramático, irritante. Bonito, sim. Cavalheiro também. Mas ah… o que você está fazendo aqui?” e assim que o metamorfo pegou no sono, Ravena se levantou com cuidado e dali saiu. Voltou ao quarto dele. Droga, agora o cheiro dele não estava só na cama, mas estava também na sua pele. Ao deitar na cama, sentiu uma sensação estranha misturada de raiva e tristeza, estranhamente parecia que havia acabado de se despedir dele. Sentiu um vazio, como se o tivesse perdido. Tentou esvaziar a mente e dormir, o que só conseguiu às 4h da madrugada.

Estelar: *bate na porta* Ravena, Ravena… tem uma entrega pra você.

Ouve alguém levantando e caminhando até a porta. Ao abrir a porta Estelar se assusta.

Estelar: Mutano? *chocada*

Mutano: *boceja* Bom dia Estelar.

Estelar: *perplexa* O que… o que está fazendo no quarto da amiga Ravena?

Mutano: *tranquilo* Trocamos de quarto ontem… *olha a forma como a alienígena o olha* A Poli estava com medo do quarto dela.

Estelar: *aliviada* Ah, é por isso que acabou de chegar várias coisas de decoração…

Mutano: Que bom que chegou! *espreguiça* Bom, vou me arrumar pra deixar o quarto dela livre. *entra*

Mutano olha aquele quarto sombrio, que teria outra cara agora. Aquela escuridão adolescente daria lugar para um quarto gótico adulto. Aquele quarto sombrio que ele tanto cuidou enquanto Ravena não estava. Ele deixaria de existir, daria lugar para um quarto que ele não conheceria. Resolveu se despedir do quarto. Com seu celular fotografou o quarto todo. Caminhava lentamente pelo quarto passando a mão levemente pelos móveis, com um sorriso curto e sincero no rosto, um olhar nostálgico e os pensamentos nela. Como a queria. Acima de todas as coisas, a queria. Tinha uma certeza incerta de que ele era o cara perfeito pra ela. Lembrava-se do dia anterior. Dos três andando em uma loja de decorações, aquilo podia ser verdade, eles podiam ser uma família, os três. Lembrou quando ela fez um coque no cabelo que logo se desfez. Sorriu quando a imagem dela sorrindo para a menina lhe furtou os pensamentos.

Mas então seus pensamentos desapareceram quando viu algo escapar por debaixo do colchão, parecia uma revista. Caminhou até ela e a puxou. Era uma revista, mas uma revista que mais parecia da Estelar do que da Ravena. Uma Jump Teen, com uma capa que o fez sorrir “o gato titã”. Sentou-se na cama com a revista e começou a folheá-la. Congelou quando viu seu nome circulado com a letra da empata. Dentro do círculo leu “Ravena ♥ Mutano Será?” e imediatamente sorriu.

“Ela gosta de mim?” se perguntava internamente. Sorria compulsoriamente. Ele tinha uma chance e não a perderia, por nada. Ela havia se questionado. Havia guardado a revista. Havia o procurado no meio da noite. Havia pedido para ele a beijar. Sim. Havia chance, e uma boa chance. Verdadeira e real. “Não vou estragar isso”. Guardou a revista no lugar e se encaminhou até a porta. Ao abrir a porta levou um susto com o Aqualad que estava prestes a tocar.

Mutano: *grita* Ah.

Aqualad: *cerra os olhos* Mutano?

Mutano: *suspira e faz cara de deboche* Ah, oi peixinho.

Aqualad: *irritado* O que tá fazendo no quarto da Rae?

Mutano: * vai passando* Ué, porque não pergunta *sorri* pra ela?

Aqualad: *segura o braço do metamorfo* O que é isso? Que palhaçada é essa?

Mutano: *sorrindo vira para ele* Só vejo você aqui como representante do circo.

Aqualad: *furioso, mostra a capa da revista de fofoca* O que é isso?

A capa da “Fala Jump!” trazia na capa um a foto de Ravena e Mutano de mãos dadas com uma garotinha em um estacionamento e um letreiro colorido e em letras garrafais.

Mutano: *solta seu braço* Já disse, pergunta para ela. *volta a caminhar* E nem adianta entrar no quarto dela. *sorri* não vai gostar do que vai encontrar *ri*.

Irado, Aqualad abre a porta do quarto da empata e fica ainda mais furioso. Corre atrás do metamorfo.

Aqualad: *segura o braço dele de novo* O quarto está vazio! ONDE ELA ESTÁ?

Mutano: Eu disse que você não ia gostar do que ia encontrar… *ri* um quarto vazio *ri*

Ravena: O que está acontecendo?

Aqualad: *corado* Rae… *vê uma garotinha ao lado dela* Ah… você… onde… *envergonhado* Eu estava… preocupado… com você… você…

Ravena: Hum… *desconfiada* porque estava gritando e segurando o braço do Mutano?

Aqualad: *solta o braço do Mutano e coça a nuca sem graça* Me desculpe… é… eu… é… *olha para a garotinha* Quem é ela?

Poli: Eu sou a Poli… e porque está bravo com o tio Gar?

Aqualad fica sem graça e olha para o próprio pé.

Ravena: *fria* Bom, ela já se apresentou… mas o que faz aqui numa terça de manhã?

Aqualad entrega a revista de fofoca na mão de Ravena que olha a capa indiferente.

Ravena: Por causa de uma revista? *Poli pega a revista*

Poli: Ei, olha a gente! *Mutano chega perto dela e se senta no chão*

Mutano: Olha, é quando a gente estava chegando. *olha para ela* Somos bonitos, não?!

Aqualad: *envergonhado* Queria uma explicação pra essa chamada.

Ravena olha de relance a chamada “EXTRA: MUTANO E RAVENA ESTÃO FORMANDO UMA FAMÍLIA”.

Ravena: *cruza os braços* Sério que você acredita em chamadas de revista de fofoca?!

Aqualad: Mas ele também estava no seu quarto…

Mutano: Alguém aqui tem medo *cochicha para a menina* e com razão *volta ao tom de voz normal* de dormir no quarto da Ravena, por isso trocamos de quarto.

Aqualad: *envergonhado* Eu… não sabia…

Ravena: Garth, eu não te mando embora agora por esse papelão que você armou, porque vou precisar de ajuda pra redecorar meu quarto…

Mutano: Aliás, Rae, suas coisas chegaram…

Ravena: *sorriso largo* Vamos Poli, vamos ver?!

Saem as duas garotas empolgadas. Mutano permanecia sentado no chão e Aqualad em pé.

Aqualad: *olha para Mutano* Por que não me explicou isso?

Mutano: Porque você não confia na Rae? *levanta e sai em direção a cozinha* Ela só me vê como amigo… *sai*

Depois do café da manhã os titãs estavam ocupados com a difícil missão de redecorar o quarto da empata, que estava especialmente linda vestindo uma regata branca larga e um short curto de cintura alta. Ciborgue e Robin estavam ocupados montando as novas mobílias. Ravena, Estelar e Abelha tiravam as coisas da empata das estantes, prateleiras, etc… Poli pulava do colchão ao pufe e do pufe ao colchão. Aqualad forrava o chão enquanto Mutano organizava a cola e os papéis de parede.

Estelar: Amiga Ravena, esta begônia é magnífica!

Ravena: *sorri* Sim, uma pessoa especial me deu.

Abelha: *maliciosa* Ah esse Garth…

Ravena: Não foi ele.

Estelar: *curiosa* Então quem foi?

Ravena: *sorri* Prefiro manter no sigilo…

Abelha: *cochicha* Rachel, você mantem duas pessoas?

Estelar: Amiga! Que perigoso! E se eles se descobrirem???

Ravena: *suspira* Não, claro que não mantenho…

Estelar: Então porque não quer contar?

Ravena: Eu jamais o exporia.

Abelha: Hum… então é ele!

Estelar: Amiga! Você pode me contar! Acho que vou morrer de curiosidade…

Ravena: *sorri* Não Estelar, você não vai morrer…

Abelha: Gosto do Aqualad… mas não contaria para ele…

Ravena: *sorri* Não é ninguém em especial.

Estelar: Claro que é! Seus olhos brilham ao falar dele.

Ravena: *cora e se assusta* Como assim?

Abelha: É gatona, parece até que você está apaixonada.

Ravena: *fecha a cara* Ah, já vão começar com esse papo de menininha adolescente? *irritada* Queria lembrar que já passei dos 12 anos.

Estelar: Então porque ficou tão incomodada?

Ravena: Bom *levanta segurando uma caixa* vocês estão aqui pra conversar ou me ajudar?

Mutano: *ouve o celular tocar e atende* Pronto… Hey Mark… certo… quinta então… certo… tem que chegar antes?… tá… marcado… até quinta, às 14h certo?! Abraço… *desliga* Já volto…

Sai logo atrás da Ravena que levava as caixas com seus pertences para o corredor.

Mutano: Hey… preciso falar com você…

Ravena: *colocando a caixa no chão* Agora não é o melhor momento.

Mutano: Sua tatuagem… ficou pra quinta.

Ravena: *sorri* Sério?!

Mutano: Queria te dizer o que ele disse…

Ravena: Como vou sumir, com você?!?

Mutano: Vem aqui no meu quarto, você volta antes que eu…

Ela abre um portal para o quarto dele. Ao entrar ele garante que a porta esteja trancada e se aproxima da empata que cora violentamente. Chega bem perto e com suas mãos aperta os braços dela.

Mutano: *olhando pra boca dela* Ele disse quinta às 14h, pensei da gente ir mais cedo e curtir o dia… ele disse que vai tentar fazer tudo em uma sessão só, mas que é difícil.

Ravena: *concentrada na boca dele* Estava ansiosa já… mas, acho que… a gente não precisa de toda essa proximidade…

Mutano: *voz suave* Não precisa… mas eu quero, e você… quer?

Ravena: Preciso voltar… *tenta se desvencilhar dos braços dele*

Mutano: *Segura ela* Tá… mas antes… você não gosta dessa proximidade? Responda-me e eu solto…

Ravena sabia que era mais forte e que se quisesse já teria se soltado dos braços dele, mas essa era a questão, ela queria se soltar?

Ravena: *olha para baixo* Olha, estou tão ocupada agora… não é a melhor hora pra gente ficar com essas brincadeirinhas… queria lembrar que eu não tenho a idade da Poli.

Mutano: *voz baixa* Se é tão adulta, porque não responde?

Ravena: *Irritada* Porque não interessa…

Mutano: Se não interessasse eu não perguntava…

Ravena: Ah, Mutano, por favor, porque eu iria gostar dessa proximidade?

Mutano: Se não gosta, porque ainda não se soltou? Não estou fazendo força, e mesmo que estivesse você é mais forte que eu…

Ravena ficou sem ter o que responder. Com suas mãos, tirou as mãos dele de seus braços e sumiu num portal direto ao seu quarto. Estava agitada, parecia transtornada. Aqualad se aproximou e a abraçou por trás. Esse movimento a assustou e soltou um grito curto, fazendo todos a olharem.

Aqualad: Está tudo bem?

Ravena: Está! *tira as mãos dele de cima dela*

A arrumação segue. Pausam para o almoço e às 16h declaram o quarto dela como finalizado. Os móveis que ela não ficou foram para uma lista de doação. Poli depois do almoço adormeceu. Aqualad ficou na sala com Ravena enquanto Mutano ouvia música em seu quarto. Poli acordou e foi até a sala, sentando entre Ravena e Aqualad.

Aqualad: Então, pequena moça… que tal irmos ao cinema?

Ravena: Ah, eu estou muito cansada…

Poli: Mas Rae… Eu quero…

Aqualad: Vamos Ravena… Vamos ver uma animação…

Ravena apesar de cansada e com vontade de ficar em casa, mudou de ideia ao ver os olhinhos pedintes da pequena visitante.

Ravena: Certo… vocês venceram…

Poli: Eba… vou avisar o tio Gar…

Aqualad: O que?

Poli: O tio Gar… ué…

Aqualad: Pensei em irmos só nós três…

Poli: Porque ele não pode ir?

Aqualad: Porque ele não quer… está cansado…

Ravena: *indiferente* Deixa ela convidar ele, ué?!

Aqualad: *contrariado* Ok...

Poli corre e bate na porta de Mutano e o convida. Apesar de realmente cansado, aceitou ao saber que o Aqualad que havia convidado. E assim partiram os quatro ao cinema do shopping.

Mutano brincava com a menina sem nenhum pudor. Por muitos momentos Ravena pensava que eles deviam ter a mesma idade. Aqualad tentava interagir com a menininha, mas era muito sério e acabava não conseguindo prender a atenção dela… bom, mas é verdade que o metamorfo não o deixava tentar entretê-la, pois logo já a chamava para uma brincadeira, uma aposta de corrida ou de quem pula mais alto, ele fazia questão de encher o saco dela. Ravena ria com a menina desesperada, mas feliz, porque o metamorfo alto fingia não vê-la.

Aqualad: *sentado no banco do shopping abraçado com Ravena* Ele leva jeito com crianças…

Ravena: *sorrindo* É…

Aqualad: *ri* É, a idade mental é compatível… *leva uma cotovelada*

Ravena: *fecha a cara* Hoje o infantil foi você de manhã… não admito que fale dele assim só porque ele se dá bem com crianças…

Aqualad: *intrigado* Nossa, você tá muito preocupada com ele…

Mutano: *com Poli sentada em seu pescoço segurando um balde de pipoca* A sessão vai começar, vamos?

Ao entrar na sala de cinema, Mutano conta para Poli que os homens deviam proteger as damas e por isso eles ficavam nas pontas. Mutano entrou primeiro na fileira e puxou delicadamente a mão da Ravena sem que ninguém percebesse, fazendo-a entrar logo atrás. Aqualad tentou sentar-se ao lado de Ravena, mas Poli disse que ela era uma dama e deveria ser protegida por ele. Desta maneira Mutano sentou-se em uma ponta ao lado de Ravena e Aqualad na outra ponta, separado de Ravena pela pequena Poli. O filme começou com Aqualad com um bico imenso, nenhum dos beijinhos que planejou aconteceria.

Mutano sorria satisfeito.  Aos poucos, durante o filme, ia aproximando a sua mão da mão da empata, que apesar de perceber esse movimento, nada fez para impedi-lo. Aos poucos os dedos dele acariciavam os dedos da empata que tentava a todo custo prestar atenção apenas ao filme. A mão esquerda dele escorregou pelo banco dela e acariciou aquela coxa gélida fazendo a empata arregalar os olhos e um copo de refrigerante explodir. Um carinho suave que nada combinava com o turbilhão de sensações fisiológicas que Ravena sentia. Aos poucos a mão direita dela pousou sobre a mão dele e delicadamente acabou com a alegria do metamorfo que não podia mais explorar aquela coxa. No entanto, a mão dela ficou repousada sobre a mão dele, discretamente escondidas abaixo do encosto do banco.

No final do filme, Aqualad estava enfurecido. Tentou ir para a Torre, mas Ravena disse que precisava preparar Poli para dormir.

Mutano: Bom, peixinho, já vamos…

Aqualad: Eu dou uma carona para vocês… Ravena e Poli…

Ravena: Não precisa… vamos com meu portal…

Mutano: Ih, aquaboy, vai voltar sozinho…

Ravena: Pare de gracinha, senão você também vai voltar sozinho.

Dá um selinho em Aqualad, que a puxa para um beijo mais longo e envolvente.

Poli: Tio Gar… ela não é sua namorada?

Mutano: *chateado, disfarça* Não…

Poli: Então eles são namorados?

Mutano: Não necessariamente… mas isso é coisa de adulto…

Poli: *olha para ele* Eu gosto mais de você…

Mutano: *sorri sem graça* Mas quem tem que gostar é ela…

Poli: Eu vou falar pra ela gostar de você…

Mutano: *agacha na altura da menina* Essas coisas de adulto não podem ser resolvidas por menininhas vestidas de galochas amarelas que nem você *aperta o nariz dela* Eu também gosto muito de você… e dela…

Poli: Mas ela gosta de você também…

Mutano: Gosta de outro jeito…

Ravena: *secando a boca* Vamos…

Mutano: *cochicha para Poli* Nosso segredo, não conte pra ela o que a gente conversou.

Entram em um portal e logo estão no quarto da empata.

Poli: Eu gostei mais assim.

Ravena: *se joga na cama* Eu também gostei… estou exausta…

Mutano: Mas eu tô sentindo um fedôzinho. *vai cheirando o ar até chegar em Poli* Hum… é de você! Já pro banho senhorita.

Poli: Não tô fedô!

Ravena: *sorri* Ih, mas vai ficar se não tomar banho…

Poli pega suas coisas e sai em direção ao banheiro deixando os dois sozinhos no quarto. Mutano deita ao lado de Ravena.

Mutano: Ficou bem mais bonito.

Ravena: Também gostei.

Mutano: Continua com sua personalidade *olha para ela* mas está menos assustador… que nem hoje em dia…

Ravena: *cora e não para de olhar o teto* Hum…

Mutano joga seu corpo pra cima do corpo dela, se apoiando em seus braços e olha para os olhos dela.

Mutano: Posso te pedir uma coisa?

Ravena: *respiração ofegante* O que?

Mutano: Um beijo… *faz cara de quem se lembrou de algo* Ah, mas beijo não se pede… se rouba…

A boca dele pede licença para beijá-la. A licença foi aceita. Ravena começou a segurar a cabeça dele. O beijo era suave, como uma despedida. Alguns objetos flutuavam no quarto. Enquanto ele a beijava, a mão direita dele acariciava o cabelo dela.

Mutano: *ainda de olhos fechados, entre um beijo curto e outro* Rae…

Ravena: *olhos fechados* Oi?

Mutano: Preciso te falar uma coisa… *ela abre os olhos* eu… eu acho…

Poli: *alto* Ah! *ri* Eu sabia… vocês são namorados…

Ravena: *assustada, tira Mutano de cima de si* Poli, não… não é isso… *olha para Mutano* Olha, tá na hora de dormir, depois a gente conversa…

Mutano sai do quarto, mas antes para em Poli e lhe diz que ela não pode contar isso pra ninguém e sussurra em seu ouvido que eles são namorados escondidos, o que deixa Poli super excitada e falante.

Ravena: Vem aqui Poli *coloca a menina na cama* Você não pode contar isso pra ninguém.

Poli: *cara de inteligente* Eu sei que não! Boa noite tia Rae… *se cobre*

Ravena cai sentada no chão e coça a cabeça, “O que eu fiz?”.

CONTINUA…


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Notas finais do capítulo

Calorzinho? Ódio? Dúvida?

Fala aê...



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