After Midnight escrita por Lina


Capítulo 7
Capitulo 7 - Parte um


Notas iniciais do capítulo

Então, eu dividi esse capitulo em duas partes porque se não ia ficar muito grande. Espero que gostem. Beijos
Boa leitura



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Depois de muitas horas chegamos a Suíça as 20:00, a Mer com certeza estava em casa mas acho que a Cristina não então eu e Maggie fomos para o hospital e fomos direto pra sala dela

– tem alguém ai? –perguntei abrindo a porta e vi Cristina na mesa com alguns livros –ta mesmo estudando eim

– você não tem ideia... e então? –disse ela olhando pra mim

– bom Cristina, essa é a Maggie uma das melhores cirurgiãs cardiotorácica –falei enquanto a Maggie entrava na sala

– ta brincando né? É ela? Eu que entrevistei ela pra vaga de chefe da cardio

– sério? Então se conhecem? Melhor ainda

– e ela ainda é meia irmã da Meredith –completou Cristina

– éh, sou eu –disse Maggie com um sorriso leve –fiquei sabendo que esta tentando uma abordagem cirúrgica pra cardiomiopatia –completou ela se aproximando da mesa de Cristina

– estou estudando o procedimento com cautela

– deixa eu ver...

E logo as duas já estavam com a cara enfiada nos livros, vi que estava sobrando e fui pra casa da Cristina, imaginei que a Meredith precisaria de ajuda já que estava de licença maternidade com três filhos em casa. Entrei sem bater já que a porta nunca esta trancada

–Mer? –falei entrando

–no quarto –gritou ela e eu fui até lá. Cheguei e vi Meredith sentada na cama dando mamadeira pra Lexie já que ela tinha umas certas dificuldades para amamentar – então você voltou? O Owen ta muito bonzinho pro meu gosto, pegou férias foi?

– não, me demiti –falei me sentando na beirada da cama

– oque?

– éh, a Cristina meio que me ofereceu uma vaga no hospital dela e eu não pensei duas vezes

– então deu adeus a Seattle?

– dei...

– perdi a aposta

– que aposta?

– eu apostei 50 que você não ia conseguir sair de vez do Grey Sloan

– você apostou com quem?

– com a cristina, quem mais? –ela terminou de falar e eu dei uma risada

– cade as crianças? –perguntei mudando de assunto

– se matando por ai –disse ela tirando a mamadeira da boca de Lexie já que a mesma havia acabado – é tão bom quando ta assim, ai depois cresce e ficam ai brigando e fazendo bagunça

– ah eles nem são assim, parecem dois anjinhos

– agora vi que você não conhece el... –Meredith foi interrompida pela Zola e Bailey que já estraram no quarto falando

– Mãe ela não quer soltar meu dinossaulo –disse Bailey

– mas mãe ele é o cavalo da minha boneca –justificou Zola. Os dois estavam segurando uma parte do dinossauro, a Zola segurava firme a cabeça dele e Bailey segurava as patas do brinquedo.

– viu... –disse Mer virando pra mim e depois pras crianças – primeiro falem baixo porque a irmã de vocês esta dormindo e segundo... –ela foi interrompida mais uma vez mas agora foi por mim

– quem quer ir no parque com o tio Alex? –sugeri demonstrando bastante animação e as crianças, principalmente o Bailey ficou todo animado que os dois até soltaram o dinossauro –peguem os casacos que eu ja vou –completei e os dois saíram do quarto em direção a sala

– te devo uma –disse Mer aliviada

– considere como um presente –falei esboçando um sorriso e ela também sorriu

– vamos logo!! –ouvi ao longe a voz de Bailey chamando

– fui –falei pra Meredith e sai do quarto, encontrei as crianças na porta e sai com elas pro parque. Fui pro parque que não era longe dali e as crianças brincaram bastante, a Zola tinha levado sua inseparável boneca e o Bailey uma bola de futebol americano que o Derek tinha dado pra ele dias antes da tragédia. Eu estava sentado no banquinho vendo Zola no parquinho, alternando de brinquedo e Bailey estava construindo algum tipo de castelo na caixa de areia mas depois ele mesmo destruía, tive uma ideia e levantei pra chamar as crianças

– Bailey quer jogar futebol? –perguntei me aproximando dele, ele não respondeu mas sorriu e logo se levantou batendo a areia da roupa. Peguei a bola e me virei pra Zola que parecia se divertir no balanço – quer jogar futebol com agente Zozô?

– quero!! –respondeu ela saltando do balanço e vindo até agente, fomos pra um gramado que era logo ali do lado e eu fiquei no ataque com a bola nas mãos

– 31, 52, 43 vai! –falei dando inicio ao jogo, não sei nem porque falei os números das jogadas já que eles não iriam entender mas acho que foi por puro hábito. E em seguida os dois vieram correndo pra cima, e eu cai no chão assim que eles pularam em mim pra pegar a bola. Lógico que eu não cai porque realmente tinha perdido o equilíbrio ou coisa do tipo, mas eu estava jogando com duas crianças, deixar eles ganhar é a melhor opção.

– peguei!! –disse Bailey com a bola na mão

– agora corre até o final do gramado! –informou Zola com uma certa ansiedade e Bailey não pensou duas vezes, saiu em disparada e ele corria bem, quando chegou até determinado lugar do gramado ele vibrou de felicidade dizendo que havia ganhado

–não vale, vocês são mais fortes que eu –falei um pouco mais alto pro Bailey ouvir também e os dois começaram a rir. E assim jogamos mais duas partidas, a segunda deixei a Zola ganhar e na terceira eu derrubei os dois no chão e fiz cócegas, nos divertimos bastante. A Meredith sem duvida é uma mulher de muita sorte, ela tem filhos maravilhoso, será que vou chegar a ter filhos? Isso é uma coisa que eu realmente adoraria!
Quando o sol estava se pondo nós fomos pra casa mas antes comprei um sorvete pra eles, quando cheguei o clima não estava nada legal, Cristina, Mer e Maggie estavam na sala no que parecia ser uma discussão

– eu não vou deixar vocês operarem minha filha!! –disse Mer nada calma

– Zola, sobe com seu irmão e coloca um filme lá que eu já vou subir –falei indo com os dois até a escada, eles subiram tirando os casacos e segundos depois não os vi mais, respirei fundo e fui pra sala mas ninguém pareceu me notar

– eiei, oque ta acontecendo aqui? –perguntei olhando pras três, Mer estava no sofá e Maggie e Cristina estavam em pé no meio da sala

– Elas querem fazer uma cirurgia com estudos fracassados na minha filha, querem faze-la de cobaia –explicou Mer

– mas nós achamos um jeito de fazer com menos riscos –disse Cristina olhando pra mim
– fizemos um ótimo plano de cirurgia –completo Maggie

– quem trouxe ela? –disse Mer gesticulando com a mão pra meia irmã, eu a ignorei e comecei a falar e me sentei ao lado dela

– Meredith olha, sejamos sinceros, a Lexie esta lá em baixo na fila de transplante e você sabe muito bem que crianças que já nascem com cardiomiopatia tem chances bem menores de viver muito tempo e se ela sobreviver até quando sua filha vai ficar dependendo de um aparelho pra viver? Já imaginou ela no jardim de infância com um fio saindo do tórax e tendo que carregar o aparelho pra cima e pra baixo, você quer isso? Meredith, olha, eu conheço os riscos da cirurgia, até porque é totalmente experimental mas existe uma chance de cura, então pensa direitinho, por favor -falei em um tom manso e quando falei "pensa direitinho" peguei a mão dela e olhei em seus olhos

– mas nenhuma de vocês sabem fazer essa cirurgia –disse Mer com uma voz muito menos agressiva

– Meredith, lembra quando éramos residentes e o Derek levou um tiro? Eu não sabia fazer aquela cirurgia porque toda lesão por arma de fogo é diferente mas deu tudo certo e eu ainda tinha uma arma apontada pra minha cabeça sem contar da tensão de quando você entrou naquela sala em uma missão suicida e o medo de quando atiraram no Owen, mas deu tudo certo, sabe porque? Porque eu sou Cristina Yang! –disse Cristina se aproximando e no final soltando uma risada e Mer fez o mesmo

– espera, como assim? –perguntou Maggie com uma expressão confusa

– longa história... –falei sendo contagiado pela risada das duas que rapidamente se dissipou

– Eu já perdi meu marido, minha irmã, minha mãe e vários amigos vê se não faz eu perder minha filha também –disse Mer em um tom um pouco menos tenso mas apelativo

– ninguém vai morrer, não comigo –disse Cristina por fim com uma voz muito confiante

– espera, você tinha outra irmã? Filha da Ellis também? –perguntou Maggie e eu ri porque era engraçado ela toda perdida ali

– era filha do pai alcoólico da Mer... –disse cristina começando a explicar e a Mer continuou

– Ou!! Mas sim, a Lexie era filha do meu pai alcoólico e não da Ellis

– era uma boa pessoa e boa de cama, uma pena que morreu –falei como se estivesse lembrando de alguns momentos mas não estava não, e Mer jogou uma almofada em mim e eu comecei a rir

– ela ainda é minha irmã sabia?

– parece que tem uma força nas salas das aulas de medicina que atraem todos os Grey –disse Cristina e Maggie e Mer riram

–Tenho pra mim que devo ter mais umas irmãs espalhadas por ai... ah é, ainda tem a Molly

–aquela que tem uma filha? –perguntei e Mer confirmou com um “anham”

– como ela morreu?

– quem? Lexie? -perguntou Cristina e Maggie fez que sim com a cabeça e eu falei

– acidente de avião, morreu ela e o namorado... ficante, amante, sei lá, nem eles sabiam oque eram. E ficamos três dias na floresta

– espera! vocês também estavam no avião?

– as duas sim, eu ia também mas a Arizona meio que pegou meu lugar de ultima hora e acabou perdendo a perna -falei entrando no assunto

– a Dra. Robbins não tem as pernas? -perguntou Maggie assustada

– só não tem uma -respondi e ela ficou com uma expressão de "que loucura" e nós três rimos

– a Maggie, você não sabe de um terço do que já aconteceu naquele hospital... -disse Mer rindo

***

Ficamos conversando mais um pouco nesse mesmo tom de brincadeira, rimos bastante e quando me lembrei das crianças e fui no quarto ver elas já estavam dormindo e voltei a descer, pedimos umas pizzas e bebemos um pouco mas não exageramos e dormimos ali na sala mesmo. Pegamos uns colchoes, jogamos no chão e deitamos, mas não por muito tempo porque quando eu finalmente relaxei e fechei os olhos o pager da cristina tocou nós quatro levantamos pra ver, acho que já estávamos tão acostumados que até esquecemos que não estamos de plantão e muito menos no Grey Sloan.
– foi mal gente... –disse Cristina pegando e dando uma olhada no pager –já volto –disse ela levantando com o celular na mão e indo até o corredor e minutos depois ouvimos ela falando, provavelmente no celular porque falar sozinha meio que não é um habito da Cristina. “ela ta tendo convulsão? ... unhum... ta, faz dois de captopril e adenosina e fala com o neuro de plantão... ta, ta bom, qualquer coisa me liga de novo” ouvimos isso e depois ela voltou pra sala – nada grave –disse ela voltando a deitar mas praticamente no mesmo instante ouvimos um estrondo seguido por barulho de vidro se quebrando
– oque é isso? –perguntou Mer aparentemente espantada, eu levantei, fui até a janela e vi o acidente bem ali na frente
– é hoje que agente vai dormir –falei com ironia total e as três se levantaram e vieram pra janela também
– o negócio foi feio eim... –disse Mer analisando de longe o acidente e pouco a pouco as pessoas foram saindo das casas e se aproximando
–uh... o motorista da moto atravessou o vidro do carro –disse Cristina com uma pitada de espanto e uma certa satisfação
– não vamos lá não? –perguntou Maggie achando estranho
– ah é... –falamos quase em conjunto e saímos da casa.


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Notas finais do capítulo

E então, oque acharam? deixem nos comentários ai em baixo e agradeço por estarem acompanhando
Beijos



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