Que horas eram? escrita por Fósforo ambulante


Capítulo 8
Capítulo 8 - Níver da Fernanda e do Felipe - II


Notas iniciais do capítulo

Demorei pra postar, pra variar. Postarei mais um até o final do mês. Não tenho mais o que dizer então, boa leitura.



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>> Onde, exatamente, eles estavam, eram duas máquinas parecidas com dois tanques de guerra, só que o cano do canhão era mais baixo, em cima tinha uma janela gigante que abria para frente e ficava parecendo um escorregador e ele tinha uma camada de tecnologia que o deixava quase invisível (cortesia de Jujuba e Chiclete) e só olhando com muita atenção que daria para vê-lo.

Fernanda começou a dar gritinhos agudos e a pular batendo palmas como uma criança pequena. Felipe ficou um pouco constrangido por pensar que todos poderiam ter sumido mesmo, mas negava isso com todas as células do seu ser. "Não, não. Eu nunca pensaria que teria realmente vocês teriam sumido. De jeito nenhum. Precisariam de muito mais para me surpreender."

As pessoas começaram a descer do esconderijo e os irmãos foram falar e abraçar seus amigos e parentes. De um saíram Marcy, Leon, Liane, Camilla, Aylla, Fionna, Caio, Noah, Chiclete e Rebeca. Do outro saíram Finn, Flame, Marshall, Jujuba, Chama, 5 amigos da escola mais chegados e Alana (que praticamente deveria estar incluso nos amigos da escola, mas não a conheceram na escola).

Fernanda e Felipe foram abraçar os conhecidos. Fernanda estava abraçando sua mãe, agradecendo por tudo, quando olhou para o lado viu uma cena que a fez sorrir: Alana estava descendo e vendo que Felipe estava abraçando todos, fez que iria abraçá-lo, mas ele estendeu a mão e sorriu. Alana ficou sem-graça e quando foi apertar a mão dele, ele a abraçou. Fernanda sabia que ele sempre fazia isso com qualquer um que não sabia que ele ia fazer isso. Mas se não soubesse disso, apostaria que ele gostava da sua amiga.

Ela recuou e foi abraçar Camilla.

— quem é ela?- Camilla perguntou.

— a Alana.

Ela ficou olhando para a prima desconfiada.

— tá, e ela gosta da Felipe.

— jura?

— aham

— tem certeza?

— sim.

— do seu irmão?

— é!

— não fica brava. Mas, assim, de 1 a 10, quanto?

— sei lá! Pergunta pra ela.

— eu não. Nem a conheço.- ela disse e olhou para Alana enquanto ela se aproximava.

— oi, Fê.- Alana disse simpática.- oi, amiga da Fê.

— Prima. Camilla, oi. - Ela se apresentou. Alana franziu a testa.

— meu nome não é, tipo, Camilla. É Alana.

— eu sei. Só que meu nome é Camilla.

— ah, bom.- e um silêncio constrangedor baixou sobre elas. - e aí, Fê?

— beleza. E com você?

— tudo okay. E... An... Tipo... A aula de canto? Vai fazer?

— eu entrei no site da escola e lá tava que as inscrições vão começar só depois das férias do meio do ano. E só ano que vem é que vão ser os testes. Quem passar neles, vai ter as aulas durante o resto do ano e só no outro é que terá apresentações. Um sonho demorado.

— peraí!- Camilla perguntou surpresa.- você vai fazer aula de canto?

— talvez. Sabe, como eu disse, vou ter que esperar até as inscrições abrirem. Vou ter que me inscrever. Demora porque as pessoas que fazem isso, ou ao menos a maioria, demora cinco minutos só para escrever seu nome. Depois, eu espero mais e faço os benditos testes. São, no mínimo três testes. Mas se os juízes forem uns animais, vão ficar em dúvida. É o que acontece? Você tem que fazer outro teste. Uma demora do inferno. E eu ainda posso não passar.

— hum... Vai ter mais alguma coisa, tipo xadrez?- Alana perguntou.

Fernanda sacou o celular o bolso de trás como se fosse uma arma e começou a digitar alguma coisa. Alguns segundos depois, virou o celular para as outras e mostrou uma tela assim:

[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[{ Ooo Master }]]]]]]]]]]]]]]]]]]]
| início | lista de material | entrar na sua conta | sobre |

—> ATIVIDADES


— artes marciais
— artesanato
— basquete
— canto
— culinária
— dança
— futebol
— ginástica
— handebol
— informática
— jornalismo
— plantão: matemática, ciências e gramática
— vôlei

// OBS: para mais informações, clique na palavra e segure.


[[[[[[[[[[[[[[[[[{ Ooo Master }]]]]]]]]]]]]]]]]]]]


— hum... Parece que não.- Camilla resmungou cruzando os braços. - e nada novo aí me interessa. Acho que vou continuar só com o handebol.

Flame se aproximou lentamente delas.

— olá, mocinhas bonitas. - e foi para trás da Fernanda e segurou seus ombros.- acha que já acabou? Que nada. Olha só.

Ela apontou para as duas maquinazonas e do canhão delas, saíram dois filhotes de cachorro, um em cada um. O primeiro era macho e a sua cor era branca e amarela. O segundo era fêmea e ela era da mesma cor, mas usava um vestidinho colorido como um arco-íris. Fernanda foi em direção à o que estava na frente: o macho.

Finn, percebendo onde sua filha estava errando, foi para o lado dela e começou a empurrá-la na direção da cadelinha multi cor.

— hey! Qual é, pai?

— hã... Nada. Cuidado com a pedra. Vai mais pro lado.

— tá bom. Credo! Para de me empurrar. Okay. Já sei. A menina é minha e o menino é do Felipe. Tá certo.

Quando ela chegou lá, pôs o nome de Lady Íris. E Felipe pôs o nome de Jake, pois ele sempre quis ter o nome de Jake. Depois do resto do dia brincando e comendo doces e bolo, todos foram para casa, menos os donos da casa (lógico), Caio, Camilla e Alana.

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~ 18:30 ~

— hoje foi bem legal, não é?- Camilla perguntou dobrando sua toalha (ela tinha acabado de tomar banho) para Fernanda e a mais nova amiga do reino pérola, Alana.

— foi mesmo. - Alana respondeu torcendo seu cabelo, ainda de toalha.- e, Fernanda, tipo, não acredito que aqui na sua casa deu pra todas nós, mais, tipo, os meninos e seus pais, tomarmos banho de uma vez, tipo, cada um em um banheiro e ainda sobrar banheiros. Tipo, lá em casa só tem um minúsculo que eu divido com minha mãe e meu irmão mais novo.

— pois é. - Fernanda falou fazendo carinho atrás da orelha da Lady. A cadela ronronava de volta abanando o rabo. Fernanda levantou a cabeça e continuou: - mas fale mais sobre seu irmão. Eu nem sabia que você tinha um.

— é mesmo. Você nunca fala da sua família.- Camilla acusou. Também olhando para ela.

— hum... Okay... - Alana começou penteando o cabelo, ainda de toalha.- Minha casa é... Hum... Tipo, dividida em dois. Eu, minha mãe e meu irmão... Hã... Ficamos tipo, de um lado... Aí... Hum... Meu pai, minha irmã mais velha e meu irmão mais velho ficam do outro... Mas nós nos falamos sempre. Na verdade... Ela só é dividida porque, tipo... Hum... Minha casa é, tipo... Muito pequena, aí, tipo...

— olha só. Corta os 'tipos', por favor?- Camilla perguntou ríspida.

— tudo bem.- Alana murmurou.- hum... Minha casa tem... Hã... A sala principal... - ela pegou um lápis e um papel e começou a desenhar sua casa. Camilla e Fernanda se aproximaram.- okay. Bem... Aqui fica a porta de entrada.- ela apontou no meio de uma lateral do quadrado maior.- aqui e aqui, a porta para os quartos.- ela apontou para outras duas laterais opostas do quadrado maior que se conectavam com outros dois quadrados menores.- e aqui, a cozinha. Aí, dos quartos, tem um banheiro cada. Bem pequenos.- ela apontou para a lateral que sobrava do quadrado maior, a oposta à porta de entrada, que dava em um quadrado maior que os quartos, porém menor que a sala. Depois apontou para um quadradinho bem menor que o quarto que estava ligado nele.

— hum... Se me lembro bem, também pedimos para falar da sua família.- Fernanda lembrou.

— ah, claro.- Alana concordou.- meu irmão mais velho é o Rodrigo, meu mais novo é o Ian é minha irmã mais velha é a Soraia. Chamem meus pais de Sr. e Sra. Coral e eles ficam satisfeitos.

— Coral?- Camilla perguntou confusa.- pensei que eram do reino pérola.

— e somos. - Alana respondeu dando de ombros.- Só que meu sobrenome é Coral.

— por que?- Camilla quis saber.

— bom, pérola tem no mar, certo? Certo. E no mar tem coral, certo? Certo. Então meu sobrenome é coral.

Nesse instante, alguém bateu na porta e antes de qualquer uma da trindade das lesmas tagarelas ter o bom senso de falar que Alana ainda estava de toalha, sendo assim, coroada a pessoa menos apressada em se esconder quando está de toalha e alguém bate na porta podendo ser, ou não, a pessoa que você gosta, nesse caso, Felipe.

Mas não era Felipe, era Caio, o que dá na mesma, porque Alana não gosta dele, mas também não o conhece. E ele, também bem lerdo não perdeu de cara que tinha alguém quase sem roupa, só embrulhada em uma toalha. Por isso, começou a falar normalmente.

— Ô, Fê, sua mãe tá falando que se vocês não forem jantar em 3 minutos ela vai pegar um daqueles sapatos que seu pai não usa, mas que têm porque ele achou bonitos por um segundo e bater na bunda de vocês até ficar roxo e também vai...- finalmente percebeu o motivo de Alana estar olhando para ele com desespero, Camilla assustada e Fernanda com raiva. Ele sussurrou um "desculpe" enquanto fechava a porta e ficava tão vermelho quanto um tomate.

Assim que ele fechou a porta, Fernanda foi até ela e a trancou. Depois foi caindo lentamente no chão enquanto ria silenciosamente, do jeito que sempre ri: não se ouve, mas só se vê seus ombros balançando. Camilla já é diferente. Ela ri alto para todos ouvirem. Alana, tão ou mais vermelha quanto Caio, tentava fazer a amigas pararem de zoar da sua cara enquanto colocava uma roupa.

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~ 18:43 ~

Sete minutos a mais dos prometidos três, ela finalmente chegaram à mesa, dando risadinha se se cutucando, como crianças pequenas.

— então, Alana, - Flame surgiu misteriosamente atrás delas.- você gosta de vestidos?

— ann... Tipo, não.

— nem um pouco?

— acho que não. Bem, eu não uso.

— poxa, sabe, a Fernanda também não. O que o cúmulo, já que ela é uma princesa. Eu sempre uso.

— percebe-se.- Felipe se intrometeu.- mas vocês podem, por favor, sentar? A mamãe, essa mulher que sim, usa vestidos só vai botar o rango na mesa quando vocês, meninas, sentarem.

— Oh, coitadinho!- Fernanda ironizou.- morto de fome e sem nem água para saciar sua sede.

— água?- Flame se decepcionou.- como assim? Sei que não tem efeito em vocês, mas água?

— what's problem?- Felipe perguntou.- água é água. Mas... Todos já sentamos. E EU QUERO COMIDA!!!

— okay, filho. Mas vamos passar a decisão pra Alana. Se ela quiser, comemos. Se não, vamos jogar algum jogo e depois voltamos.

— eu?! Por que??

— ela?! Por que?? Sou que estou com fome!

— porque sim. Vai.

— ann...- ela realmente estava sem fome, mas gostava muito de Felipe e não queria contraria-lo. Mas era melhor ser sincera e dizer o que achava para, se descobrirem, não a acusarem de gostar dele. Tomou uma decisão.- eu acho que, tipo, deveríamos fazer uma votação.- todos concordaram.

— eu não participo.- Flame disse e foi para sala ver TV do lado do Finn. Ouviram ele perguntar 'tudo bem?' mas não se ocuparam em ouvir a resposta.

— okay. Então quem quer ficar e comer?- Caio e Felipe levaram as mãos o máximo que puderam.

— eu tô sem fome.- Fernanda anunciou.

— eu também.- Camilla concordou e todos olharam para Alana.

Bela diferença da situação anterior.

— voto em tirarem no par ou ímpar.

— ah, não, Alana. - Felipe disse abrindo uma gaveta da cozinha com um sorriso.- aqui em casa a gente faz diferente. Pega, Fê.- e jogou uma colher muito, muito comprida. Parecia um taco de beisebol, ou maior.

Fernanda o segurou um pouco antes do meio dele e Felipe colocou a mão em da dela, bem no meio. E ela colocou em cima da dele até chegar no final e Fernanda taparemos sua mão.

— NÃO!!- Felipe gritou e ouviram um 'relaxa, eles não vão quebrar nada. Mas se quebrarem minha porcelana chique cara para dedéu, vão se ver comigo.' de Flame. Ele caiu no como se tivesse levado um tiro e começou a gemer. Continuou:

— vou ficar desnutrido, tão fino como essa colher de pau. Vou desmaiar de fome e não poderei comer depois. Morrerei lentamente desmaiado enquanto vocês, não desmaiados, estarão na sobremesa gordurosa e gostosa pra caramba que a mamãe fez. Olharão para mim e dirão: 'coitado... Se nós tivéssemos dado alimento a ele, nada disso aconteceria.' E me levaram ao hospital e vão...

— tá! Toma isso e cala a boca!- Fernanda gritou jogando uma barrinha de cereais pra ele.

— que jogo nós vamos jogar?- Alana perguntou chegando mais perto da Fernanda.

— nós vamos jogar War.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!



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