– Sou eu mesma. – Respondeu vacilante, e o homem a sua frente jogou seus braços ao meu redor, e ela sem saber o que fazer, e sem saber se ele era quem ela achava ser, apenas encostou suas mãos timidamente em sua cintura.

– Você cresceu. – Ele falou em seu ouvido. – Eu sinto muito por ter demorado, e pela morte do Charlie e do meu pai. – Ele falou, agora estava claro que era Edward e Bella não sabia o que fazer, ela nunca tinha planejado esse momento.

– Eu sinto muito pelo Carlisle. – falou contra seu peito, sentindo o fresco perfume que exalava de suas roupas.

– Deve ter sido mais difícil pra você, do que pra mim. – Ele respondeu, e ela concordou mentalmente, pra ela ficar praticamente sozinha no mundo deve ter sido muito mais difícil, pensou ela. Ele tinha amigos e com certeza uma... um pigarro os chamou a atenção.

– Onde devo por suas malas senhor? – Um homem de terno, com algumas malas na mão indagou.

– Tem uma casa branca de madeira a mais ou menos um metro da entrada, você pode deixar em qualquer lugar lá dentro. – Ele falou ao homem que franziu a testa mas não disse nada.

– Você vai ficar? – perguntou tentando não alimentar mais esperanças do que já tinha, e ele a olhou com as sobrancelhas juntas.

– Não muito tempo, eu pensei que depois de falar com sua mãe você não iria querer ficar muito tempo. – Ele murmurou, e droga! Talvez ela estivesse entendendo errado, mas ela achava que ele realmente tenha dito o que ela achava que disse. – Digo ela é sua mãe, vai querer exibir a noticia, mas talvez você possa gostar de Londres ou uma cidade maior...– Ele ia falando, parecendo animado com seus planos mas Bella o interrompeu.

– Do que está falando? – Bella tinha que esclarecer tudo.

– Do que vai acontecer depois do nosso noivado é claro. – Ele disse como se fosse obvio, mas depois algo em seus olhos mudou. – Ou você mudou de ideia? – Ele indagou, e em seguida Bella o abraçou, o mais forte que eu pode.

– Pensei que você tivesse mudado de ideia, pensei que tivesse me esquecido. – Ela sussurrou e Bella sentiu braços, quentes e acolhedores a envolvendo, e ouviu uma melódica risada, sentiu a respiração dele farfalhando sobre seus cabelos, e não pode evitar sorrir.

– Nem se eu quisesse eu me esqueceria de você, você está grudada em cada parte de mim. Não a nada que possa nos separar agora. – Ele afirmou, e ela suspirou, triste por ele estar errado.

– esqueceu que tem a minha mãe?

– Você não está entendendo, eu sou um dos principais sócios de uma empresa internacionalmente conhecida, é uma longa história mas o que importa é que eu posso te dar uma vida boa e feliz. Uma casa, ou mais de uma. Uma fazenda com um roseiral gigantesco, se me pedir até as estrelas eu te darei. – Ele dizia, enquanto uma de suas mãos estava na cintura dela e a outra entrelaçada a sua mão, como se estivessem dançando.

– Pra ela não importa, mesmo que você tenha posses e mesmo que eu ame você, pra ela você não tem berço, e isso é o que a sociedade quer. –Bella murmurou, e ele novamente se afastou para que pudesse olhar em meus olhos.

– Sempre o filho dos caseiros. – Ele falou, entendendo o que eu quis dizer. E Bella apertou os lábios um no outro, se decidindo se deveria ou não dizer.

– Minha mãe me arranjou um noivo. – Ela disse de uma vez, mas ele não pareceu surpreso. – E se eu não me casar com ele, ela vai me mandar para um colégio interno na França. – Ela completou, e finalmente ele pareceu surpreso, com o cenho franzido, balançou a cabeça como se não estivesse acreditando no que ouvia.

– Isso é doentio. – Ela murmurou enojado, mas de repente pareceu lembrar de algo. – Mas sempre podemos voltar ao plano de fugir.

– Como assim? – Ela indagou.

– Renée não sabe que eu tenho dinheiro, então eu posso ser o caseiro dela. Enquanto isso mecho os meus pauzinhos e fugimos daqui. – Ele disse sorrindo.

– Essa é a ideia mais louca que eu já ouvi na minha vida... como começamos isso? – Bella riu, e ele pegou uma de suas mãos a colocando sobre seu peito.

– Sua mãe vai te odiar.

– Eu sei.

– Você quer mesmo passar o resto da sua vida comigo? – Ele perguntou, e ela apenas assentiu com a cabeça, o fazendo rir. – Você realmente é meio louca.

– Também sei disso. – Ela respondeu.

(...)

Edward e Bella andaram até a grande casa, tentando não sorrir. Bella abriu a porta e sua mãe estava no sofá se olhando no sofá.

Bella pigarreou para chamar-lhe a atenção. Sua mãe a olhou com uma expressão desagradável, que logo foi camuflada quando ela viu que tinham companhia.

– Lembra-se de mim senhora Swan? Sou Edward Cullen. – Edward a cumprimentou gentilmente, e beijou a mão que Renée estendeu. Ela sorriu polidamente e fez um gesto para que ele se sentasse.

– Claro que me lembro, esperei ansiosamente sua chegada. A ultima vez que lhe vi, você era uma criança. – Ela disse num falso tom de felicidade.

– Bem, eu tinha dezoito anos... – Ele falou desconfortavelmente. Bella sentou se na poltrona vermelha e fingiu não estar interessada na conversa.

– Ah sim eu sei! – Ela forçou uma risada. – Mas eu sempre te vejo como um garotinho. A propósito, sinto muito pelo seu pai.

– É eu também sinto, e sinto muito por seu marido também. – Edward falou. E suas palavras foram seguidas por um denso momento silencioso.

– Espero que aceite meu convite, Charlie iria ficar em paz sabendo que suas preciosas terras estariam sendo cuidadas por um Cullen.

– É claro, eu só vim para os Estados unidos por isso. – Disse Edward num tom sarcástico, Renée não percebeu, mas Isabella sim.

– Isso é maravilhoso, vai poder estar presente no dia em que Isabella se casar.