Rosas escrita por Stefany Elize


Capítulo 4
Capitulo Quatro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/644255/chapter/4

Foi apenas um mês, talvez alguns dias a mais, talvez a menos. Ninguém estava contando. Mas foi esse o tempo entre a conversa séria e a morte de Esme.

Edward e Carlisle choraram sobre o corpo de Esme, imploraram que ela voltasse, mas ninguém pode mudar o ciclo da vida.

Houve um enterro, Charlie preparou tudo, como se Esme fosse de sua própria família.

Renée não gostou, afinal o que as pessoas diriam? Charlie era o patrão, e lá estava ele dispondo de tempo e dinheiro para uma caseira morta.

Renée não disse isso, afinal foi “bem educada” e sabia que não devia contrariar o marido. Foi por isso que deixou que os caseiros fossem padrinhos de sua filha, e por isso ela atura o filho deles fazendo a filha dela virar uma camponesa desajeitada e mal educada.

Charlie nunca viu Carlisle tão desolado. Quando Esme se foi, levou parte de seu amigo junto.

Edward entendeu o que Bela disse sobre o lago.

Eles tinham acabado de baixar o caixão, e Edward ainda não podia acreditar que sua mãe tinha ido. Charlie colocou a mão sobre seu ombro, e apertou levemente.

– Por que não vai falar com a Bella? Não precisa ver o resto disso, você tem lembranças melhores que essa. – Charlie falou.

Edward olhou para Bella, ela estava acabando de jogar uma dezena de rosas de cores diferentes em cima do caixão, todas tinham um tamanho diferente o que indicava que ela mesma tinha colhido. Ela estava vestida de preto como todo mundo, mas não quis jogar rosas brancas como todo mundo. Era uma garotinha estranha, estranha de um jeito bom, Edward pensou.

Ele foi até ela, e ela segurou a mão dele, sem dizerem nada um ao outro.

– Meu pai me explicou porque ela se foi. – Isabella murmurou.

– O que ele disse?

– Ela era boa de mais. Quando você esta no roseiral, você escolhe as melhores rosas para colher. – Ela explicou. – Minha mãe disse que era de bom tom jogar rosas brancas, eu escolhi algumas brancas, mas tinham umas de outras cores que eram mais bonitas.

– Na verdade foi infecção pulmonar. – Ele murmurou.

– O universo só queria uma desculpa. – Ela suspirou. – Aquele dia ela me pediu pra cuidar de você, juntar seus pedaços.

– Me tirar do lago. –Ele completou.

– Te tirar do lago. – Ela confirmou, e houve um minuto de silencio. – Eu vou fazer isso, você é o meu melhor amigo. Você sabe que eu amo você.

– Vai ser um trabalho difícil, a tristeza é mais densa que a água. Isso dói mais que se afogar.

– Eu sei, também estou sentindo, mas eu prometi a ela. – Eles olharam um para o outro, de mãos dadas, sentindo como era ser afogado pela tristeza.

Foram longos meses, foram muitas lagrimas, mas mesmo muito molhado Edward saiu do lago.

8 anos depois...

Eles estavam no roseiral, ele a observava despetalar uma rosa, tentando fazer o momento durar mais.

– É a melhor chance que eu vou ter na minha vida Bella. – Ele murmurou.

– Eu sei.

– Seu pai se empenhou muito em conseguir essa bolsa pra mim. – Ele a ouviu suspirar.

– Eu vou ter 18 anos quando você voltar, se você voltar. – Bella deixou cair a rosa no chão, e olhou para Edward, tentando decorar ele, talvez ela não o visse mais.

Era isso então. Charlie mexeu os pauzinhos e conseguiu uma bolsa de estudos para Edward, em uma faculdade de Londres.

– Eu sei. – Edward respondeu. – Mas eu quero ser alguém Bella, eu quero ter um diploma, quero ter uma carreira, quero que meu pai e o seu se orgulhem de mim. – Ele pegou em suas mãos. – Eu quero que você se orgulhe de mim.

– Eu me orgulho de você. – Ela apertou as mãos dele, sentindo o calor delas. – Eu só estou arrependida de não ter te contado antes, mas que diferença faz agora? – Ela perguntou dando de ombros.

– Contar o que?

– Eu não gosto mais de você como antes, como amigo...

– Bella, você é uma criança. – Ele tocou seu rosto.

– Eu tenho 14 anos, sua mãe estava casada nessa idade. Apenas diga que não gosta de mim.

– Eu não posso dizer isso, eu também gosto de você, mesmo que não devesse. – Ele a abraçou.

– Nós podemos ficar juntos Edward, quando você voltar. – Ela pediu, ela a abraçou mais forte e balançou a cabeça.

– As coisas não são assim. Você vai se casar com alguém da sua classe social algum dia, e não vai mais se lembrar de mim.

– E você vai se casar com uma Londrina metida. – Ela acusou.

– Talvez. – Ele respondeu. E continuaram abraçados, pensando no quanto a vida é injusta, no dia em que eles tem coragem de admitir que não se gostam mais como amigos, eles também tem que se despedir.

– Por que você não volta, e fugimos juntos? Eu posso afastar meus pretendentes até lá. – Ela propôs o fazendo rir.

– Isso é loucura.

– Edward, isso é sério. – Ela se afastou para olhar em seus olhos. – Vamos mandar a sociedade para o inferno, e vamos ser felizes!

– E Nossas família?

– Meu pai e Carlisle nos amam, eles vão entender. – Ela disse evasiva.

– E sua mãe? – ele viu Bella dar de ombros.

– Ela já me odeia mesmo. – Ela sorriu e o abraçou pelo pescoço. – Só diz que sim, diz que vai voltar pra ficar comigo.

Ele a olhou, implorando com os olhos por uma coisa que levaria anos, e foi pensando nesses anos sem vê-la que a beijou.

Era magia, pura magia. Edward sentia, Bella sentia e eles concordavam, era a coisa mais mágica que os humanos já inventaram.

Quando eles precisaram de ar, e se desvencilharam, a escolha já estava feita.

– Eu vou voltar, e nós vamos viver num lugar cheio de rosas, e vamos ser felizes. – Ele afirmou, e com prazer a viu rindo com as faces rosadas.

– E as mulheres vão nos olhar juntos, e vão se morder de inveja de mim, porque você vai ser meu.

– E os seus pretendentes vão ficar furiosos quando perceberem que eu tenho mais sorte que eles. – Eles sorriram com a ideia. – Eu espero que isso de certo.

– Vai dar certo, eu sei disso. Daqui quatro anos.

– Daqui quatro anos. – Ele concordou.- Eu vou sentir saudades de você.

– Eu também. – Ela suspirou.

No dia seguinte, antes mesmo do sol nascer, Carlisle levou Edward até o porto. Quando Bella acordou, e Charlie foi dizer isso a ela, ficou surpreso que ela não parecesse estar triste como ele pensava.

– O que você acha que ele vai fazer em Londres? – Ela indagou a seu pai.

– Edward é inteligente. Acho que ele vai ser o melhor aluno, e que vai ser um grande homem de negócios.

– Tomara que a viagem corra bem, navios dão enjoo. – Ela disse despreocupada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem please!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rosas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.