Rosas escrita por Stefany Elize


Capítulo 18
Capitulo dezoito




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            Edward e eu cavalgamos pelas partes menos movimentadas da cidade, eu não perguntei para onde íamos, confiava que Edward sabia o que estava fazendo. Quando ele começou a diminuir velocidade, eu avistei quatro pessoas parecendo estarem esperando por nós. Nós aproximamos mais, e eu pude saber quem eram, Sr. e Sra. McCarty e Sr. e Sra. Whitlock, em roupas mais finas que de costume.

— Como chegaram aqui antes de mim? – Edward perguntou, pelo som de sua voz eu sabia que ele estava sorrindo.

— Pegamos um atalho, e passamos pelas ruas sem precisar evitar ser vistos. – Rosalie respondeu.

— Afinal, não temos uma noiva fugitiva conosco. – Alice brincou.

            Emmett e Jasper vieram até nós, Emmett pegou minha mala e Jasper me ajudou a descer.

— O padre está aguardando. – Jasper disse a Edward.

Meu coração acelerou, eu fiquei nervosa e ansiosa, mas feliz. Hoje acordei recebendo a noticia que até o fim do dia deixaria de ser Srta. Swan contra mina vontade para ser Sra. Black. E agora, deixaria de ser Srta. Swan com toda satisfação para ser Sra. Cullen. Sra. Isabella Cullen soava muito bem para mim.

— Tudo bem? – Edward perguntou pegando minhas minha mão.

— Melhor que nunca. – Sorri, e ele sorriu de volta para mim. Eu ia definitivamente amar aqueles olhos cor de céu olhando para mim todos os dias até o fim da vida.

            Edward puxou as rédeas da Aurora indo na frente de nossos amigos e eu. Não demorou quase nada a chegarmos a pequena construção de madeira, com a tinha branca desbotada na entrada e uma cruz dourada na porta. Edward amarrou Aurora próxima aos cavalos que os outros devem ter usado, alguém já havia levado uma grande bacia cheia de agua para eles.

            Eu olhei para mim mesma, e estava bonita, apesar do vestido não estar mais tão branco quanto na primeira vez que o vi esta manhã, ou os sapatos não serem aqueles bonitos que Renée havia escolhido, e sim um simples e confortável que eu já tinha a um bom tempo. Meu penteado sobreviveu, os poucos cachos soltos pareciam até mais naturais agora, e o belo colar no meu pescoço parecia realmente estar me dando sorte desde já.

— Já quebramos algumas tradições hoje, então deixe irmos na frente, conte até cinquenta e entre. – Alice sorriu, e me entregou algumas rosas pareciam terem sido colhidas a pouco.

— Edward as pegou quando soube, e colocou amarradas as rédeas do cavalo que ele sabia que usaríamos para virmos. – Rosalie explicou.

Eram varias rosas de cores diferentes, a maioria brancas, algumas vermelhas, rosas, amarelas, azuis, lilases, laranjas. Enquanto observava as cores nem notei que já havia ficado sozinha ali fora. Então comecei a contar.

Quando mentalmente disse “cinquenta” eu dei o primeiro passo.

A igreja cheirava a lavanda, e era mais quente do que estava lá fora, já que o tempo agora estava nublando, o céu repleto de nuvens cinzentas sobrevoando a cidade com a promessa de que teríamos uma agradável noite chuvosa.

            Eu continuei andando.  A igreja por dentro tinha poucas e simples janelas, mas a pintura branca das paredes parecia mais recente, o chão era feito de uma madeira escura, e o tapete pelo qual eu passava tinha cor vinho bem escura e fechada. O bancos eram de madeira cor de mel, e estavam vazios com a exceção de meus quatro amigos nos bancos da frente. Rosalie e Emmett no banco do lado direito, Alice e Jasper no esquerdo.

            Varias velas espalhadas presas em castiçais pela igreja ajudavam as janelas a iluminarem o local. O padre era um senhor de idade avançada, tinha os cabelos brancos, e observava minha entrada com um sorriso simpático. Bem diferente do padre da igreja que minha mãe frequentava, que era um senhor de expressão invariavelmente amarga e que me olharia com desaprovação se estivesse no lugar deste.

            E o detalhe mais importante, Edward. Eu não tinha notado até agora o que ele estava vestindo. Era um Fraque bonito, com certeza ele deve ter trazido de Londres. Era escuro e bem ajustado, e ficou perfeitamente bem com a gravata branca que ele usava.

            Alice veio até mim e pegou minhas rosas pouco antes que eu chegasse perto o suficiente de Edward. Que assim que me faltou apenas dois passos estendeu sua mão para mim. Eu coloquei a minha sobre a sua e ele deu o tradicional beijo nas costas da minha mão antes de a colocar apoiada em seu antebraço. O padre sorriu para nós.

— Hoje é o dia mais importante da vida de ambos, e sabemos que mesmo não sendo o mais tradicional do casamento ainda é um tão digno quanto, agradeço a presença de todos aqui. – Ele tocou uma página de sua bíblia aberta sobre a superfície de madeira com mel como se fosse apenas um hábito - . Dinheiro, poder, família... Podem ser tanto uma benção quanto uma maldição, mas quando há amor verdadeiro tudo pode ser vencido. Quando há amor verdadeiro podemos esperar, podemos continuar, podemos não desistir quando parecer o fim. Podemos lutar por algo parece estar fadado ao fracasso, que parece perigoso e errado. Podemos deixar para trás o familiar e conhecido, sair da própria zona de conforto. Hoje vocês estão provando um ao outro que tudo que aconteceu a vocês valeu a pena, estão provando um ao outro que se amam e fazendo a promessa de que esse amor não irá findar nem após a morte. E agora mesmo que tudo comece a ruir em volta de vocês, vocês estão juntos. Aos olhos de Deus e da lei. E vocês tem que ser companheiros em tudo, tem que se comprometer a fazer seu máximo para que cada dia da vida de seu cônjuge seja o mais feliz. – O padre então põe uma pequena caixa preta em nossa frente e a abre, seu conteúdo me deixa chocada... eu conhecia aquelas alianças. Edward sem alteração nenhuma pegou o delicado anel que um dia foi de Esme, e eu hesitante pequei a aliança que era de Carlisle. – Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimónio, unam as mãos direitas e manifestem o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

Edward se virou, e eu também o fiz. Estávamos um olhando os olhos do outro, e aquilo fazia as coisas tão claras, eu sabia por que estava ali, e eu queria estar ali. Ele sorriu ternamente e pegou minha mão direita, eu a apertei de volta e devolvi o sorriso tentando deixar o nervosismo ir embora.

— Eu Edward Cullen, recebo  por minha mulher a ti Isabella Swan, e prometo ser fiel a você, te amar e te respeitar , na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.- Ele não errou nada, nem um segundo gaguejando, a voz não falhou em momento algum, não teve hesitação. Os votos que aprendemos do padre ou de uma das freiras para quando nos casarmos são ensinado quando estamos saindo da infância, e ele se lembrou perfeitamente. Por mim. Assim como eu o fiz, por ele.

— Eu Isabella Swan, recebo por meu marido a ti Edward Cullen, e prometo ser fiel a você, te amar e te respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. – Eu sorri para ele.

— Se há alguém contra essa união, fale agora, ou se cale para sempre. – O padre falou, sem prever que isso causaria um forte arrepio na espinha. Foram só alguns segundos de silencio, mas eu fiquei esperando algo ruim, minha mãe e os pais de Jacob invadindo a igreja talvez, mas nada aconteceu. – As alianças. – O padre disse finalmente e eu suspirei aliviada e peguei a mão esquerda de Edward.

—  Edward, receba esta aliança como símbolo do meu amor e da minha fidelidade. - Minha voz não parecia nervosa como eu temi, parecia aliviada, feliz.

— Eu aceito. – Ele falou. Eu deslizei o circulo de ouro pelo seu dedo anelar, e dei um beijo ali sobre a aliança. Ele em seguida pegou a minha mão esquerda assim como eu o fiz e preparou o belo anel de ouro com uma única e bela rubi que eu torcia fervorosamente para servir em meu dedo. - Isabella, receba esta aliança como símbolo do meu amor e da minha fidelidade.

— Eu aceito. – Declarei. Senti então o material gelado da aliança deslizar pelo meu dedo anelar, ele se inclinou e deixou um beijo ali. Eu estava muito feliz, o anel parecia ter sido feito para servir, ainda pude sentir por uns minutos a parte onde seus lábios e respiração chegaram estar mais cálida.

— Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. – Simples e da mesma maneira que foi dito nos últimos duzentos anos. Nem parecia que o padre estava dizendo o que esperei ouvir  durante anos, assim, olhando nos olhos cor de céu de Edward. Agora eu era Senhora Cullen, a esposa do homem que eu sempre amei. Finalmente.

            Seus lábios tocaram os meus e eu senti a diferença. Agora aqueles lábios me pertenciam, eu não mais me perguntaria se poderia ser aquele nosso ultimo beijo. Agora éramos Sr. e Sra. Cullen.


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Notas finais do capítulo

Continua.



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