Rosas escrita por Stefany Elize


Capítulo 13
Capitulo treze




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— Eu tenho que falar com ela, e explicar tudo. – Sussurrei, e Edward se virou de volta para mim.

— Explicar? – Ele indagou, tinha aquela voz de quem já tinha um plano.

— Edward, Kaure é uma boa pessoa, eu  vou explicar que nos amamos e temos a intenção de nos casar. Ela vai me entender. – Eu afirmei, e antes que pudesse sair de onde estava Edward me manteve onde estava segurando me pelos ombros, e me olhou de um modo firme, eu não conseguiria desviar meus olhos.

— E se ela não entender Bella? E se nos entregar? Sua mãe a daria uma boa recompensa se ela te delatasse antes que você acabasse fugindo com um filho de caseiros e se casando escondida. Ela te afastaria de mim, talvez nunca mais nos veremos Bella. – Ele me puxou contra si, me abraçando como se achasse que era a ultima vez.  O que era estupidez já que alguém poderia  ver e teríamos um problema a mais. – E eu a amo demais para ficar longe. Eu não quero te perder de novo. – Ele se lamentou próximo ao meu ouvido.

— Edward... – Falei esfregando a palma de minhas mão em seus ombros, tentando acalma-lo. – Nunca me perderá.

— Não se irmos agora mesmo. – Ele disse, provando que eu estava certa ao supor que ele planejava algo.

— Se partirmos agora mesmo, todos ficarão com uma péssima impressão, talvez pensem que me levou a força. – Eu falei esperando que ele entendesse, mas Edward me interrompeu, parecia exasperado.

— Ficarão com má impressão de qualquer jeito! O que sou para essas pessoas, Isabella? Filho de um caseiro e de uma parteira que teve muita sorte de ser aceito para trabalhar na mesma fazenda que seus pais viveram. E então eu serei um ingrato por seduzir a inocente filha do casal que fez tanto por mim. Eu estou preparado para isso, e acontecerá de qualquer maneira... – Ele estava começando a ficar rouco, então o parei com minhas mãos firmemente sobre seus lábios.

— Pare de falar coisas estupidas senhor Cullen. No presente momento eu estou certa e o senhor errado. Você é mais do que pensa que é, e no fundo sabe disso, caso contrário não teria voltado ao Texas tão confiante se jogando nos meus braços. – Ele fez menção de falar algo, mas pressionei minha mão com mais força. – Eu tenho um plano, infinitamente melhor que o seu. Eu vou até lá, e vou falar com Kaure. E o plano B será acionado caso ela insista em contar o que sabe. Eu vou até meu quarto depressa e  farei uma pequena mala, colocarei um lençol azul na janela, que você verá e buscará um cavalo. Então eu vou descer, e se alguém tentar me impedir saberá que meus punhos apenas parecem ser delicado, mas são piores que os martelos que meu pai possuía. Depois é com você, me levará para onde quiser. – Então finalmente tirei minha mão, e o deixei falar. Ele respirou fundo, não parecendo achar meu plano confiável, mas algo em meu olhar pareceu deixar claro que eu não estava sugerindo.

— E se o plano A der certo? Como saberei se conseguiu? – Ele indagou resignado.

— Colocarei um lençol branco na janela, é bom que esteja olhando. – Juntei coragem para me separar dele e ir até minha casa.

— Com certeza estarei. – Edward resmungou atrás de mim. Não olhei para trás, continuei andando até estar dentro da sala de estar de minha casa.

            Assim que entrei, suando por ter estado sob o sol escaldante lá fora e por estar preocupada sobre meu plano dar ou não certo. Eu suspirei alivia ao ver Kaure sentada no sofá. Ela me esperou como eu tinha esperanças, ela esperou que eu viesse me explicar ao invés de ir imediatamente ao encontro de Renée.

— Podemos ir para o escritório do meu pai? – Perguntei, e ela se levantou e assentiu, indo em minha frente escada acima até chegarmos no escritório. Onde assim que entramos ela trancou a porta.

— O que está havendo, menina? – Ela perguntou sem rodeios.

— Eu e Edward nos comprometemos antes que ele fosse para Londres. E agora ele voltou e vamos nos casar, minha mãe aceite ou não. – Resumi como pude, tendo falado até um pouco mais rapidamente que o normal.

— A senhorita vai fugirá com ele? Deixar senhor Black e sua mãe para trás... E se for infeliz, menina? Sabe que o menino Cullen é um rapaz bonito e de bom caráter, mas, não poderá lhe dar a vida que tem aqui, ou que terá sendo a senhora Black... – Ela começou a falar, parecendo estar tentando me convencer a não fazer algo que ela achava ser loucura, então eu a interrompi.

— Está enganada Kaure. Edward mentiu. No tempo em que esteve em Londres ele trabalhou e conseguiu o suficiente para que eu e ele tenhamos uma vida tão boa, ou até melhor que a que tenho aqui. E mesmo se assim não fosse, não me importaria de trabalhar como criada, parteira, cozinheira ou o que fosse necessário para ficar ao lado dele. Eu o amo. – Afirmei. A cor pareceu sumir por um pequeno instante de sua face.

— Então ele não precisava do trabalho? Veio apenas pela senhorita? – Ela perguntou confusa.

— Ele me ama. – Expliquei, e um hesitante sorriso desabrochou nos lábios daquela franzina senhora.

— É um ato romântico esse. Mas ainda é tão jovem menina, como pode saber se o ama ou se é algo que possa se arrepender mais tarde? Sabe que sua mãe a odiará. – Ela se aproximou de mim, de modo terno e preocupado, quase maternal.

— Não seria algo que não estivesse acostumada. E é uma coisa perturbadora qualquer um achar que sou nova demais para saber tão bem o que é o amor, e no entanto que já estou velha demais para estar solteira. E o amor que sinto por aquele homem é a mais absoluta das certezas que tenho, tão certo quanto o amor que tive por meu pai e que tenho pela senhora.

— Tem razão, minha menina, e eu espero que seja feliz nesse caso. – Ela veio e me abraçou carinhosamente, eu estava certa, ela só queria o meu bem.

— Obrigado por entender. – Disse devolvendo o abraço.

— Se precisarem de ajuda, eu estou aqui, eu lhe entendo, conheço sua mãe o suficiente para saber que amor verdadeiro, ou sequer dinheiro, vale mais que o “berço” que ela tanto considera. – Ela me beijou a bochecha, e se afastou, acariciando com leveza meus cabelos.

— Tenho que ir ao meu quarto, dar o sinal de que está tudo bem.

— Tomem cuidado menina, hoje fui eu a vê-los juntos, se outra pessoa os ver ao invés de pedir por explicações poderia levianamente correr até sua mãe e te delatar por uma  recompensa. – Ela advertiu, e eu assenti. – Agora vá, não queremos que um Romeu apaixonado invada a casa e te leve embora sobre um cavalo branco sem lhe dar tempo de explicar. – Ela brincou, me fazendo rir, colocando por fim um ponto final naquela preocupação que se instalou em volta de meus ombros no momento que a vi na porta.

            Subi até meu quarto, e puxei um lençol branco do baú que guardava minha roupa de cama, e então o coloquei entendido sobre a janela.

            Mas sabia que ainda restavam mais obstáculos para nós. E quando fui ao quarto da minha mãe dizer a ela sobre o convite de Jacob, ela me ordenou que fosse e que me arrumasse como uma dama para aquela noite, e não como uma camponesa. O que tecnicamente eu era, visto que morávamos no campo, mas resolvi não discutir e voltei ao meu quarto para me arrumar.

            Me vesti com um vestido verde escuro, que era mais armado que os que eu usava de costume, mas com corpete apertado como quase todos os que Renée me comprava eram. Coloquei joias, calcei saltos, cacheei os cabelos. Me sentindo uma maldita boneca de porcelana. Mas era o que esperavam de mim. Eu suspiraria de desgosto, mas não o fiz, visto que minha colocação anterior estava errada e aquele corpete era mais apertado ainda quando se tentava respirar normalmente.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ♥



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