Capitulo 3, Aqueles que buscam...

Data: desconhecida

Local: algum lugar do Egito

Horário: 3:43 manhã

Rush: Como assim não podemos voltar la?!?

Draik: acalme-se Rush, bater no doutor não vai adiantar

Roy: mas iria nos deixar mais calmos...

Os três amigos, estudantes trabalhando em meio período numa escavação para conseguir, dinheiro, experiência e por pura curiosidade do mundo estavam agora discutindo com o arqueólogo que lhes deu essa chance.

Rush, loiro, olhos azuis, alto, bronzeado e com músculos definidos, sempre com uma cara emburrada. Draik, cabelos castanhos até o pescoço, olhos escuros, altura mediana, alguns músculos, sempre calmo e focado no objetivo, alem de ser um genio. Roy, baixo em relação aos colegas, cabelos negros, olhos negros, pele clara, muda de humor facilmente e imagina situações muito estranhas.

Dr. Retsu: sinto muito, essa foi a decisão que nós chegamos sobre essa situação... e de qualquer jeito, sua teoria não pode ser comprovada, ele deve ter saído e acabou se perdendo no deserto, vocês vão ver, em dois ou três dias ele vai aparecer morrendo de fome e sede e dirá: “me perdi” com aquela cara de idiota dele...

Todos: É bem possível dele fazer isso...

Dr. Retsu: se concordam porque insistem nessa idiotice?

Rush: se uma coisa não tem a ver com a outra porque apenas nós fomos proibidos de continuar as escavações?

Dr. Retsu: se for por isso hoje mesmo eu ordenei que ninguém continuasse a escavar essa área em especial.

Rush se descontrolou e socou o professor nesse momento, que apenas caiu no chão com a face direita já inchando, Draik segurou seus braços e o arrastou para fora, seguido por Roy.

Draik: vamos, ele deve estar apenas perdido por ai, não adianta apenas socar ele.

Rush: como assim?!?! Você sabe também, ele sabe, me deixa ir la e socar a cara dele.

Roy: esta tão preocupado assim?

Rush: Aquele idiota não sobrevive sem alguém para ensinar ele a viver, e também, não gosto dessa coisa de proibirem agente.

Os dois riram enquanto Rush continuava emburrado.

Rush: mas porque me pararam?

Roy: é como o Draik disse, não vai adiantar

Finalmente os três ficaram quietos enquanto andavam pelo local, antes eram quatro, estavam trabalhando durante as férias ali por diversas razões, interesse arqueológico, obter experiência para futuros trabalhos, apenas dinheiro entre outros, já faziam duas semanas que ajudavam ativamente nas escavações, a alguns dias atrás o grupo chegou ao fundo da escavação, encontrando um labirinto intacto, uma grande descoberta, mas é claro, ficou tudo no nome de Retsu, o homem que o trouxe ali, nenhum recebeu nada pelo que acharam, enquanto seguiam pelo labirinto, a exatamente um dia atrás um deles acabou sumindo.

Draik: Chegamos, vamos dormir logo ou não vamos conseguir trabalhar amanhã.

*

Meia hora depois...

Draik: Certo? Estão acordados?

Ele saia de suas cobertas depois que um dos soldados que supervisionavam a escavação para segurança verificou que eles estavam dormindo, Roy fez o mesmo, Rush continuou dormindo.

Roy: vamos ter de acorda-lo...

Rush: venha ca, não tenha medo minha belezinha...

Enquanto Rush falava sozinho durante o sono os dois se arrumavam, pegando vários equipamentos, Roy finalmente acordou Rush e depois de algumas risadas sobre o sonho do amigo eles saíram do alojamento em silencio.

Draik: Encontro vocês na entrada do santuário, na escada lateral, tem alguma coisas que preciso pegar antes...

Rush: certo, ainda bem que achamos passagens secretas sem armadilhas e deixamos as outras pra eles desarmarem hehe

Roy: apenas porque você quis se divertir vendo eles sofrerem...

Rush: deixa pra la...

Os três se separaram, Rush e Roy foram direto para o santuário que tinham desenterrado e pararam na entrada, esperando o companheiro que chegou 10 minutos depois.

Rush: afinal, o que você foi fazer pra demorar tanto?

Draik: conto se conseguirmos passar pelos desafios...

Roy: Desafios? Como assim, todas as armadilhas já foram desativadas...

Draik: não as depois do labirinto... Vamos, depois eu conto tudo...

Rush: pra começar como você sabe tanta coisa?

Draik: um conhecido em comum nosso teve a bondade de anotar tudo o que descobriu em um caderninho pra não esquecer.

Rush: Como alguém pode ser tão burro?

Roy: olha de quem agente ta falando, não da pra comparar.

Ficaram quietos novamente, agora não era hora para conversas, apertaram uma combinação de pedras e empurraram a parede que se destravou revelando uma escada sombria, seguiram a escada chegando ao labirinto, nenhum deles tinha um mapa mas já sabiam de cor o caminho a seguir, foram 20 minutos de um angustiante silencio até finalmente chegarem os fim do labirinto, e no fim, viram uma porta com vários símbolos completamente diferentes dos hieróglifos, indecifráveis, a porta era grande e de pedra, na verdade ela sustentava toda a estrutura, ela o principal e único pilar da construção, se fosse danificada ou forçada a abrir concerteza desmoronaria tudo, por isso ninguém havia conseguido abri-la, mas havia outro problema no momento.

Rush: E se estivermos errados?

Draik: não podemos estar... e mesmo que agente esteja ainda vamos atravessar a porta

Roy: não esta preocupado com ele?

Draik: nem um pouco, ele é idiota mas sabia no que estava se metendo.

Rush: e depois eu é que não sou amigo dele ¬¬

Draik: Vamos logo, os guardas vão nos alcançar a qualquer minuto.

Ele se aproximou da porta olhando os estranhos símbolos, Rush tentou empurrar a porta para abri-la, mas ela sequer se moveu, Draik olhou os símbolos ignorando os esforços de rush, foi para o lado e empurrou um conjunto de pedras, logo em seguida voltando a porta.

Draik: tente denovo Rush

Rush: já tentei, não adiantaaaaaaa...

Ele se apóia na porta e ela se move sozinha fazendo ele cair, a porta desliza se abrindo, tinha apenas um corredor la, as tochas se acendem automaticamente usando um sistema de óleo e pólvora.

Roy: como você sabia?

Draik tira do bolso um caderninho de anotações numa pagina em que esta um desenho muito bem feito da porta mostrando algum tipo de mecanismo nela e com as pedras que ele tinha apertado marcadas.

Draik: o mecanismo funciona com uma combinação que libera um peso, o peso desce e as roldanas agem movimentando a porta, ela precisa de um pequeno empurrãozinho pra começar a funcionar mas o sistema ainda funciona como a centenas de anos atrás.

Rush: E como fecha a porta então? Daquela vez ela fechou antes que agente passasse.

Eles começam a andar pelo corredor, não deram alguns passos e a porta atrás deles começou a se mover denovo se fechando deixando a mostra o complicado sistema de cordas e roldanas que fazia funcionar.

Draik: para impedir que alguém alem daqueles escolhidos pelos deuses de passar pela porta, existe um contra-peso do outro lado que fecha a porta 10 segundos depois de aberta, ou pelo menos é o que ele traduziu naqueles pergaminhos diferentes.

Roy: Eu consigo ler os hieróglifos mas não entendo nenhum desses símbolos, afinal como ele lia essas coisas?

Rush: Provavelmente ele apenas falava a primeira coisa que vinha a mente quando lia.

Enquanto andavam viam vários desenhos nas paredes, diferentes dos hieróglifos ou de qualquer coisa que já tinha sido visto.

Rush: o que é isso tudo?

Roy: talvez o que sobrou de uma civilização ainda mais antiga e mais avançada que os egípcios?

Rush: pare de gracinhas...

Draik: Mas ele esta certo

Rush: Esta?!

Roy: Estou?!

Draik: Segundo essa anotações esse corredor é o que sobrou de uma civilização poderosa mas que de algum modo não existem registros no mundo, os egípcios construíram a sua civilização com base nos poucos conhecimentos que adquiriram deles, e para eles esse era o local mais sagrado de todos.

Rush: Agora explica o que aconteceu com o idiota

Draik: pela tradução dele... *ele passou alguma paginas no caderno chegando a uma das ultimas anotações*, esse povo dominou o poder de atravessar o tempo e o espaço, mas não apenas isso, também o poder de atravessar para uma outra dimensão, um mundo diferente do nosso de varias maneiras, tais como a magia.

Roy: Isso era apenas o que ele queria...

Rush: Não sei, já estamos andando aqui a muito tempo e ainda... Olha!

Quando todos olharam em frente puderam ver uma luz forte mais a frente no corredor, a luz do sol talvez.

Roy: a saída!!

Draik: Vamos

Eles correram, esperando encontrar uma saída mas quando alcançaram a luz viram algo que nenhum deles esperava encontrar

Roy: Isso é...?

Draik: aham...

Rush: Isso quer dizer...?

Draik: Aham

Os três se olharam, um misto de medo e coragem movidos pela curiosidade, e cada um deles viu no outro o que queriam fazer, e os três seguiram em frente, para a maior busca que esse mundo ou o outro já viram.

Continua...