Azure escrita por Hont91


Capítulo 10
Capítulo 10, Partida(Chris)


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que prometi um capitulo especial mas... Eu não gostei do que eu escrevi, ficou fora de contexto então o capitulo especial foi dividido e vai aparecer aos poucos nos capitulos futuros.
Ps: não me matem por esse capitulo, a inspiração e eu estamos brigados xD ela até me mandou um advogado com o pedido de separação T_T



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Capitulo 10, Partida


 


No ultimo capitulo...


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Chris: Ajuda?


O lobo se ajoelhou perante Chris antes de pedir.


Legatus: Meu senhor. Venho em nome de Fenrir, o prateado, senhor dos lobos, amigo dos reis, para pedir que empreste seu poder, capaz de subjugar os bárbaros homens-lobo, em auxilio a nossa raça, pois estamos sendo atacados meu senhor...


Por um tempo tudo ficou em silencio, sem que nenhum dos dois falasse nada, e aparentemente o mundo tinha ficado silencioso, pois nem mesmo os pássaros, nem as criaturas da floresta faziam som algum, todos respiravam lentamente apenas esperando que ele respondesse.


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Todos ficaram em silencio, Chris sentiu todos os olhares voltados a ele, todas as atenções, e apesar de já ter se acostumado a ser olhado pelas pessoas, sentiu-se irritado, não era uma reação da sua mente que apenas tinha alguns poucos dias na memória, e sim uma reação do corpo, era como se em algum momento a muito tempo ele tivesse sido observado do mesmo jeito, e isso o irritava.


Fechou os punhos, os braços tremendo levemente, sem saber o porquê, ele queria correr dali, escapar dos olhares, ficar sozinho, então seus olhos se fixaram nos olhos do Lobo, que ainda aguardava a resposta, ajoelhado, mas ainda sem perder aquela aura nobre. E aqueles olhos, selvagens e livres... E sem saber por que, assim como começou, a sua irritação sumiu.


Erin: Chris... – Ela tocou o braço dele, preocupada.


Chris: Eu... Quero ajudar... – Ele finalmente respondeu, em tom baixo, suficiente apenas para que Legatus, Erin, Kaiza e Zin pudessem ouvi-lo, mas em nenhum momento quebrou o contato visual com o Lobo.


Legatus: Meu povo agradece... – Legatus se levantou, fez um movimento de respeito com a cabeça em direção a Chris e depois a Kaiza e deu as costas, indo em direção a entrada a floresta.


Legatus: Vou aguardar na entrada da floresta até que o sol esteja em seu ponto máximo, se demorarmos mais que isso meu povo pode não sobreviver.


Os nômades em volta abriram caminho para o lobo passar, ainda assustados com ele, mas também não se aproximaram de Chris.


Assim que Legatus se afastou Zin começou a gritar ordens para todos voltarem as suas tarefas, e assim, pouco a pouco a multidão foi sumindo até que apenas os 5 ficaram ali sozinhos.


Erin: Chris, você realmente vai?


Kaiza: Erin... Não torne as coisas difíceis...


Chris: Eu vou, não posso ficar dependendo de vocês o tempo todo...


Erin: Mas!


Zin: É a decisão certa.


Chris: E também... Eu sinto que...


Erin: Sente que?


Chris: Nada...


Ele deu um meio-sorriso e se afastou em direção a tenda de Kaiza, aonde tambem dormia, Erin ficou parada um tempo sem entender e depois correu atrás dele. Kaiza e Zin, com expressões serias ficaram parados.


Zin: Então, ele realmente vai


Kaiza: Talvez seja o destino dele


Zin: Você não acha que ele...


Kaiza: Eu não acho nada... Agora com licença, tenho algumas coisas a falar para ele.


Os dois se cumprimentaram e se afastaram em direções opostas, Zin para fazer seu trabalho e Kaiza indo em direção a tenda.


Chris estava na tenda, não sabia porque tinha ido ali, a única coisa que sabia possuir era a espada dada por Zin para lutar contra os homens-lobo, ele estava de pé, olhando de um lado para o outro sem poder ver nada que pertencesse a ele, nada que pudesse levar.


Olhando aflita para ele estava Erin, na entrada da tenda, as mãos juntas como em uma oração, silenciosa, aflita...


Kaiza: Garoto...


Os dois se viraram, Kaiza não esperou eles falarem nada e entrou na tenda, mexendo em algumas bagagens no canto.


Kaiza: Erin, pode nos deixar a sós?


A garota ficou quieta por alguns segundos e depois, sem abrir a boca, se afastou, não sem antes lançar um olhar aflito para o garoto loiro na tenda.


Assim que ficaram sozinhos Kaiza pegou algo e ficou na frente do garoto, a uma distancia de um metro separando os dois. Ele analisou o Chris de alto a baixo com olhos de um avô.


Kaiza: Chris, você sabe o que significa, para alguém como você, sem memórias ou conhecimentos se afastar dos nômades?


Chris: ... Sim


O velho concordou com a cabeça e soltou no chão o que segurava, aos pés do garoto.


Kaiza: Você pode não se lembrar mas isso pertence a você, são suas roupas, completamente diferentes de qualquer outra em nosso mundo... Eu as mantive, para que os outros não se afastassem ainda mais de você... Agora você deve partir como chegou...


Kaiza então saiu da tenda e aguardou o garoto.


 


Algum tempo depois Chris também saiu, vestia uma bota negra de couro, com bico e sola de metal, uma calça grossa, escura, que entrava na bota, mas era amarrada próxima ao tornozelo ficando bem firme na perna, tinha vários bolsos, usava um cinto de couro preto, uma camisa branca de algodão e mangas curtas, ele conseguiu por o relógio no braço esquerdo apesar de não saber o que era, também tinha prendido a espada no cinto, do lado direito da calça também caia uma corrente prateada, por cima de tudo um manto negro, que ao invés de ser amarrado, passava pelo pescoço outra corrente de prata, e cobria dos ombros até os pés o corpo do garoto, ele fez um movimento com os braços e o manto escondeu as roupas que vestia, um sorriso se formou na sua face.


Chris: É um pouco pesado, mas não me incomoda, é como se eu já estivesse acostumado hehe


Erin estava espantada com as roupas do garoto, eram feitas de um tecido fino parecido com o usado pela realeza em seu mundo, ela acreditava que seja la quem fossem Chris, ele era alguém importante. Esse pensamento também gerou um certo desconforto no próprio coração...


Kaiza: Agora você esta pronto para partir garoto.


Chris: Obrigado Kaiza. Eu não sei se vamos nos encontrar de novo, mas pode ter certeza de que eu vou me lembrar da hospitalidade do seu povo para sempre...


O velho riu.


Kaiza: Tenha uma boa viagem, e espero que suas memórias voltem...


Erin: ...


Kaiza: Erin? Não vai se despedir dele?


A garota deu alguns passos a frente, ficando frente a frente com o garoto. Tinha pensado nesse momento por um bom tempo nos últimos dias, ela sabia que uma hora ele teria de partir, sabia disso, e também tinha ensaiado muitas vezes uma despedida.


Mas agora, quando finalmente chegou a hora, frente a frente com ele, ficou quieta, esfregando as mãos uma na outra nervosamente, com a cabeça baixa para que ele não visse as lagrimas que teimavam em se formar em seus olhos.


Erin: “Porque? Nós nem passamos tanto tempo assim, nada aconteceu... Por eu me sinto tão triste quando penso em me separar dele? Porque?” ...


Chris: Erin... Muito obrigado por tudo, você é a pessoa que mais confiou em mim e mais me ajudou aqui...


Erin: ... ro...


Chris: Hum?


Erin: Não quero...


Kaiza: Erin, não quer o que?


Erin: Não quero... Me separar assim... Eu não quero... *pausa* é como se... como se voce nunca mais fosse voltar, como se não fossemos nos encontrar nunca mais... Eu não quero isso...


Depois de falar ela ergueu o rosto, as lagrimas escorrendo, os olhos tristes, Chris se sentiu triste. Ele não sabia quem era, mas sabia que não suportava ver uma mulher chorar, porque isso o fazia se sentir completamente sem poder.


Kaiza: Não torne as coisas mais difíceis Erin...


Silencio... A voz de Kaiza, grossa e baixa, sumiu no vento, que resolveu brincar com os cabelos da morena.


Chris: Venha comigo então...


Ela olhou para o rosto dele, nunca pensou em deixar os nomades, não sabia viver se não fosse em grupo, não poderia deixar seu avô sozinho, mas mesmo assim, a proposta lhe era tão tentadora.


O próprio garoto não acreditava no que tinha dito, ao ver as lagrimas dela, falou aquilo por impulso, sem pensar nas conseqüências, sem pensar em nada, mas mesmo assim se sentiu muito aliviado por falar. Realmente não conseguia entender o que estava fazendo.


Chris: Eu... Desculpe, você não pode deixar todo mundo assim, é só que... – Tentou se desculpar


Erin: Eu vou!


Ela praticamente gritou e se jogou nele abraçando o garoto que não sabia o que fazer, não esperava essa reação, e aparentemente nem ela. Alguns segundos se passaram até que ela se soltou o abraço, o rosto sem sinal de lagrimas, e se virou para Kaiza.


Erin: Vovô...


Kaiza: Isso vai ser perigoso Erin...


Erin: Eu sei! Mas...


Kaiza: Não posso permitir isso!


Erin: Mesmo que você não permita eu vou!


O ancião vacilou diante da determinação na voz e nos olhos da garota, a muito tempo não a via tão determinada a fazer algo, na verdade ela lembrava muito a sua própria filha, nesse momento, talvez seja isso que o amoleceu. Ele moveu a cabeça em acordo e respondeu com uma voz contrariada.


Kaiza: Arrume suas coisas, pegue comida, essa não será uma viagem curta...


Erin:  Sim!


A garota saiu correndo, indo buscar as coisas para a viagem com um sorriso no rosto.


Kaiza se virou então para Chris, que até agora havia ficado quieto sabendo inconscientemente que não deveria se intrometer na conversa deles.


Kaiza: Estou confiando minha única neta a você... Cuide dela...


Inconscientemente Chris sorriu.


Chris: Não se preocupe... No fim as coisas sempre dão certo.


Sorriu naturalmente e sem perceber o que fazia deu as costas, colocou as mãos no bolso e com um ar de confiança começou a andar na direção que Erin foi, não era uma decisão dele, era uma memória do corpo, que agia por reflexo, como se tivesse feito isso muitas vezes na sua vida.


Kaiza: Não vai demorar muito até que ele descubra quem é... Só espero que essas memórias não tragam tristeza...


 


Minutos depois Chris e Erin estavam prontos, andando em direção ao Lobo. Erin carregava o mesmo báculo de prata que tinha usado antes na hora de lutar, também havia trocado as roupas habituais e simples dos nômades para um vestido branco feito de um tecido mais fino, quando Chris ficou olhando para ela sem saber o que dizer, ela sorriu envergonhada.


Erin: Você não achou que eu só tinha as roupas da tribo não eh?


Chris: Sinceramente?


Erin: O que?


Chris: Sabia que você esta linda?


Ela virou o rosto vermelha e olhou para a frente, vendo dois cavalos selvagens ao lado do Lobo, um negro e outro branco, o cavalo branco era calmo mesmo sendo selvagem, mas o negro parecia prestes a destruir tudo, nenhum dos dois tinha selas.


Erin: Os nômades também tem cavalos...


Legatus: Não tão rápidos quanto esses aqui, ou quanto eu.


Chris: Como conseguiu cavalos dentro da floresta? Eles não parecem cansados para ter vindo tão rápido até aqui, na verdade acho que estão em perfeito estado...


Legatus: Vieram comigo quando vim até os nômades, tiveram tempo suficiente para descansar.


Chris: Isso explica... Erin, sabe montar sem sela?


Erin: Não subestime uma nômade. – Ela respondeu e montou no cavalo branco com facilidade.


Chris sorriu e se aproximou do cavalo negro que ficou nas patas traseiras e tentou acertar o garoto com os cascos.


Legatus: Deixe que eu o acalmo...


Chris: Não precisa, assim é mais divertido.


Legatus e Erin: Hein?


Num movimento rápido que mais se assemelhava ao de um gato que ao de um humano Chris saltou e se agarrou ao pescoço do cavalo que se debatia, Erin observou em silencio enquanto Chris domava o animal como se já tivesse feito isso muitas e muitas vezes, até que finalmente o cavalo negro se acalmou.


Chris: Prontinho, eu só estou pedindo uma carona, nada demais amigão


O cavalo parecia conformado.


Erin: Você se recupera rapidamente, cozinha, luta, é extremamente forte, não pode ser derrotado por veneno, é protegido por um espírito, recebe um pedido de ajuda do Lobos, aceita ajudar, e agora fala com animais? Ai meu deus, isso é demais até pra mim... – Ela riu.


O loiro apenas riu da expressão de Erin, Legatus pareceu satisfeito com o bom humor dos dois quando falou.


Legatus: Vamos, melhor chegarmos antes do anoitecer...


Chris: Vamos


E partiram...


 


Continua...


 


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No próximo capitulo...


 


Fenrir: Fui eu quem te chamou aqui...


Chris: Fenrir...


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Chris: Eles são muitos... O que são?


Legatus: O mal encarnado...


-


Erin: Ch-chris...


Chris: ERIN!! ERIN!! NÃOOOOOOOOOOOOOO!!!


 


Não percam


Capitulo 11, Batalha...


 


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Até a próxima o/



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