Hanna Rapture escrita por skammoon


Capítulo 4
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Relíquia da Morte



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643912/chapter/4

–Jake disse que fica em uma das pirâmides mais altas – Cam dizia olhando um mapa – e as mais altas ficam no leste.

–Estamos na onde? – Caleb disse protegendo o rosto do Sol.

–No oeste.

–Então vamos voando.

–Claro, cada lugar que vamos tem alguma pessoa, elas nem vão notar nossas asas enormes e brilhantes que nem chamam atenção.

–Tudo bem então, vamos continuar caminhando nessa areia que cada passo que damos nos afundamos.

–Você é forte – Cam deu um leve tapa no ombro de Caleb.

Eles foram para o leste, o Sol estava quente e o vento forte, que soprava areia no rosto deles.

–Sabe, eu nem estou mais com fome – Cam disse – já comi bastante areia.

Caleb riu, essa viagem os aproximou, antes Caleb e Cam não se falavam, agora eram bons amigos.

Um homem se aproximou deles, usava uma tanga de tecido, enrolada várias vezes ao corpo e presa por um cinto, e uma manta caíam-lhes pelos ombros, o egípcio os olhou de cabeça aos pés e fez uma expressão estranha.

–O que são essas roupas? – o homem disse puxando a manga da blusa de Cam.

–São de outro país. – Caleb respondeu.

–Oh – ele sorriu – são incríveis.

–É, sabemos – Cam disse sorrindo.

–Eu quero uma assim.

–Acho que não é apropriada pra quem mora aqui, não nos protege muito do Sol. - Caleb disse.

–Como não? – o homem olhou a calça deles. – essa calça é diferente.

–Senhor, precisamos ir.

–Para onde?

–Para pirâmide do faraó.

–Oh, eu estava lá.

–Pode nos mostrar onde é? – Cam perguntou.

–Mas é claro, vocês tem mula?

–Mula?

–Sim, ou vamos de a pé?

–Não temos mula – Cam estava entediado.

–Então vamos nos apressar, o caminho é longo.

Eles foram, passavam por varias pirâmides, estatuas e pessoas com vestimentas iguais a do homem que os guiava – e que não parava de falar – Cam já estava irritado, o egípcio falava cada detalhe do lugar e depois falou de sua família, Caleb o olhava se segurando para não rir.

–Chegamos. – o homem disse.

–Graças a Deus – Cam olhou para o céu.

–E qual das pirâmides é? – Caleb estava confuso.

O lugar tinha varias pirâmides grandes, uma mais alta que a outra e algumas de tamanhos iguais.

–Eu não sei – o homem respondeu.

–Como não? – Cam perdeu a paciência – disse que estava aqui e nos trouxe sem parar de falar no caminho todo para agora dizer que não sabe qual é a droga da pirâmide do faraó!?

–Eu sei que é algumas dessas.

–Tudo bem, de qualquer jeito obrigado – Caleb disfarçou por Cam.

O homem foi embora sorrindo, era um ingênuo, com certeza não percebeu a fúria de Cam.

–Não precisava agradecer, ele não ajudou em nada.

–Pelo menos ele nos trouxe até aqui, não precisamos usar o mapa.

–E como vamos saber qual que é?

–Olha no mapa.

–Aqui não diz.

–Então teremos que descobrir, vamos às mais altas que tiver.

Cam assentiu, começaram a andar entre muitos turistas que caminhavam observando as pirâmides e estatuas daquele lugar.

–Me desculpe – uma menina de cabelos longos e castanhos tombou em Cam.

–Não precisa pedir desculpa linda.

–Gostei do seu cabelo.

–E eu de você.

–Sou Ária – ela sorriu.

–E eu Cam.

–Gostou desse lugar?

–É lindo.

Caleb olhava Cam, estava com muita pressa para ele ficar blefando.

–Concordo – Ária continuou – já viu a pirâmide do Faraó? É a melhor.

–Sabe onde é?

–Claro.

–Poderia nos guiar?

–Hum... – ela sorriu – tudo bem.

Ária fez um sinal com as mãos para que a seguissem, tombavam com muitas pessoas, a pirâmide do Faraó era a mais distante, porém, a mais bela.

Chegando lá, eles pararam a frente da pirâmide, que era enorme, pareciam grãos de areia perto dela, tinha o formato perfeito de um triangulo, com cada pedra encaixada perfeitamente. Vários seguranças estavam em volta, tinha uma pequena entrada, as pessoas davam o dinheiro para um dos guardas, só assim podiam entrar.

–Bom é aqui – Ária respondeu – se divirtam.

–Obrigada. – Cam a abraçou.

Ária sorriu e o beijou, Caleb ficou boquiaberta quando a viu tomando atitude.

–Espero te ver outra vez – ela sorriu – algum dia.

–Quem sabe – Cam deu um sorriso provocante.

Ária sorriu e saiu acenando.

–Cara – Caleb riu – não tenho nem o que te falar.

–Ela é uma menina ousada.

–Concordo.

–Pena que não vou vê-la novamente.

–Não tinha voltado com a Carly?

–Ainda não, continuo solteiro, eu acho.

–Você acha?

–Vamos parar de perder tempo e entrar logo ai.

–Espero que não seja muito caro, só estou com cem reais.

–E eu com cinqüenta.

–Ninguém mandou você gastar em salgadinhos e sorvetes.

–Eu estava com fome.

–Vamos logo.

Cam e Caleb foram, se aproximaram da entrada, mas um guarda de dois metros e musculoso entrou na frente

–Paguem e entrem.

–Não podemos pular a parte de pagar? – Cam zombou.

–Não – o guarda estava sério.

–Quantos são? – Caleb pegou sua carteira.

–Quinhentos reais.

–O que? – Cam se surpreendeu – tudo isso?

–Sim, se não tiverem o suficiente, então dão um fora daqui.

–Olha, nós não queremos ficar passeando e tirando foto, é meio que nossa missão, então você podia nos ajudar.

O guarda o olhou com cara de quem iria da um chute nele para que saísse logo.

–Melhor irmos Cam. – Caleb se afastou.

Cam assentiu, eles foram para trás da pirâmide, sentaram em uma pequena estatua que havia ali e ficaram pensando.

–E agora? – Caleb perguntou. – Não temos quinhentas pratas.

–Vamos ter que entrar de outro jeito.

–Que jeito.

–Eu tenho uma idéia, que pode dar certo – ele parou – ou não.

–Qual a idéia?

–Nós só morremos se a seta atingir nosso coração, certo?

–Sim, por quê?

–Se aproxime.

–O que você esta pensando em fazer.

Cam sorriu, pegou a seta e atingiu o estomago de Caleb.

–Você é louco? Por que fez isso?

–Vá até lá, diga aos guardas que alguém te atacou, faça um escândalo, de modo que eu possa entrar, em seguida aponte pra alguém e mande-os correrem para pegar o assassino, assim você entra o mais rápido possível.

–Acha que vai dar certo? – Caleb estava com a mão no ferimento.

–Vá rápido, antes que se cure.

Assim ele fez, Caleb correu cambaleando e gritando – estava realmente exagerado – caiu no chão um pouco afastado da pirâmide, chamando os guardas, uma roda se fez em volta dele, Cam se aproveitou e correu para dentro, fez um sinal de longe para Caleb.

–O assassino esta ali! – Caleb gritou apontando para um lugar qualquer que havia varias pessoas – não é apenas um.

Os guardas e as pessoas começaram a correr, Caleb entrou o mais rápido possível na pirâmide, sua ferida já estava se curando.

–Vamos encontrar essa relíquia logo.

–Tem vários cômodos e escadas enormes, pra piorar esta cheio de turistas, acha que poderemos roubar?

–Nós temos que pegar, de qualquer jeito.

–Bom então vamos subir as escadas.

Eles subiram, viram várias coisas interessantes, estátuas de animais egípcios e do faraó, pinturas e artesanatos.

Eles entraram no cômodo onde ficavam as múmias. Não tinha nenhum turista lá dentro.

–Então – Cam tocou em uma delas – por que não tem ninguém aqui?

–Porque na entrada desse cômodo dizia para ninguém entrar, pois pode ser perigoso.

–Por quê? As múmias podem criar vida e atacar?

–Acho que a relíquia não esta aqui.

–E eu tenho certeza.

–Já andamos vários cômodos e nada dessa relíquia.

–Hum... – Cam foi até a porta – tem um lugar ali.

–Onde? – Caleb o seguiu.

–Ali – ele apontou para um cômodo, o ultimo.

–o topo da pirâmide.

–Acha que pode estar lá?

–Temos que ir ver.

Eles subiram a ultima escada, que tinha muitos degraus – e pra piorar eram pequenos – nenhum turista ia naquele cômodo.

Chegando lá, ficaram em total silencio, para não atrair ninguém, entraram e estava escuro, Caleb acendeu algumas lamparinas que deram uma iluminação fraca ao lugar. Uma estatua estava ao meio do cômodo, era o faraó segurando um cubo de vidro, e dentro estava o medalhão da relíquia da morte.

Eles se aproximaram, o medalhão tinha o formato de um triangulo com um circulo no meio.

–Vamos pegar e dar um fora daqui – Cam se apressou.

Anjos apareceram na entrada do cômodo no momento em que Caleb iria pegar a relíquia.

–Onde pensam que vão? – um deles disse.

–Caleb, são anjos da balança.

–Não queremos lutar – Caleb disse.

–Deixe a relíquia e vão embora.

–Não – Cam se aproximou – precisamos dela se não quisermos morrer.

–Só pegarão por cima de nossos cadáveres.

–Não por isso – Cam pegou sua seta.

Então partiram um para cima do outro, tinham três anjos da balança contra Cam e Caleb, uma seta batia na outra fazendo um som alto e agonizante, um deles jogou sua seta em direção a Cam, que se livrou desse golpe fatal, Caleb tentava atingir o anjo, lutava como príncipes em filmes, deu três passos para trás atacando o outro anjo que veio em seu lado, estava ficando cada vez mais difícil de se livrar dos golpes dos anjos da balança, eram bem fortes e estruturados, cada percussão que davam passavam perto do pescoço ou coração de Cam e Caleb.

Cam chutou um deles, o empurrando com impulso contra a parede, atingiu sua seta no coração do anjo rapidamente.

Caleb cambaleou pelo chão, se virando e atingindo sua seta no coração do outro que veio o atacar por trás.

–Vai ficar pra morrer também? – Cam disse limpando sua seta.

O anjo não respondeu, fez careta e voou, causando leves rajadas de vento com a batida de suas asas.

–Vamos pegar isso logo e ir embora desse lugar maluco. – Cam se enrijeceu.

–Vamos.

Caleb pegou o cubo que dentro estava à relíquia, estavam andando pelas escadas, quando sentiram correntes em volta de seus corpos, eram os seguranças, lançaram a corrente neles como peões lançavam cordas em touros.

–Não acredito que nos livramos de anjos e fomos pegos por esses humanos.

–Acharam que iam se livrar – o mesmo segurança de dois metros e forte disse.

–Ah pelo amor de Deus – Cam resmungou – o que vocês querem com essa relíquia?

–Ela é preciosa, tanto que nem turistas podem vê-las. – ele fez um sinal com as mãos para os outros seguranças que seguravam as correntes. – levem-nos para o calabouço.

–Quem ainda fala calabouço? – Cam zombou.

–Não fala mais nada Cam – Caleb reclamou.

Os seguranças tomaram o cubo da mão de Caleb e os levaram para o calabouço, era um lugar distante dos cômodos de turismo, estava sujo e com pouca iluminação, os jogaram lá e fecharam à cela.

–Se tivéssemos aberto nossas asas, teríamos nos livrados daquelas correntes. – Cam reclamou.

–Nem se fugirmos daqui conseguiremos pegar a relíquia, esta muito bem protegida, ligue para Jake, diga que precisamos de ajuda.

–É, pelo menos não tiraram nossos celulares.

Cam pegou seu celular, estava com a tela trincada, mas ainda funcionava.

–Jake, precisamos de ajuda, venha para o Egito o mais rápido possível, já esta escurecendo e lembre-se, agora só temos oito dias.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hanna Rapture" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.