Hanna Rapture escrita por skammoon


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

O começo de tudo



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Todos haviam se separado novamente, Carly, Livy e Tifany iam para Jerusalém, Cam e Caleb para o Egito, Hanna e Jake estavam indo para Viena.

Todas as cidades marcadas pelos anjos estavam no livro dos guardiões, que só Hanna conseguia ler, ela tentava decifrar todas as cidades, cada palavra, cada detalhe.

Eles estavam voando, Hanna apertava o livro contra seu peito para que não caísse e Jake a entrelaçava na cintura.

–Onde vamos ficar? – ela perguntou.

–Tem uma pequena cabana onde um amigo meu morava, vamos para lá.

–Falou com ele?

–Ele morreu há muito tempo.

–Ah – ela ficou meio sem graça.

A cabana ficava no meio de uma floresta, não muito longe da cidade, quando chegaram Hanna olhou em volta, era uma pequena cabana, a madeira já estava velha, a escadinha de três degraus estava caindo aos pedaços, as plantas estavam enormes e tinha um lago em frente. Hanna pisou em uma possa de lama, que sujou toda sua sapatilha.

–Devia ter colocado uma bota – ela disse limpando o pé no lago.

–Esta trancada - Jake chutou a porta e ela se abriu, assustando Hanna com o barulho que fez. – nada mudou.

–Bom – ela sorriu – Receio que ela era mais nova.

–Sim – ele pegou sua mão a ajudando subir.

–Vamos ficar aqui por quanto tempo?

–Depende, quando você conseguir decifrar o que precisamos.

–Vou fazer isso agora mesmo.

–Não – ele a fez sentar no pequeno sofá antigo. – você precisa descansar um pouco.

–Temos apenas dez dias Jake, não tenho tempo para descansar.

–Tem sim, você precisa, traduzir esse livro deve ser difícil.

–Às vezes – ela olhou o livro – ele me deixa meio zonza.

–Deve ser porque você não é mais uma guardiã, se estiver te fazendo mal...

–Não importa – ela o interrompeu – é necessário, custe o que custar.

Jake se sentou ao lado dela, Hanna abriu o livro e voltou a ler, ela forçava a visão, pois algumas palavras ficavam embaçadas, sua cabeça doía, como se estivesse girando, mas ela não diria a Jake, não queria o preocupar, ela tinha que traduzir esse livro o mais rápido possível.

–Anjos caiam para todos os lados, as asas de muitos se quebraram, alguns nem sobreviveram à queda – Hanna leu um trecho do livro.

–Só precisamos saber o local da queda.

–Eu estou lendo já faz um tempo, mas não apareceu nada do local até agora.

–Tem que ter.

–Talvez não esteja escrito.

–Mas, se não tiver escrito, como descobriremos?

–Pode ser um tipo de charada.

–Charada?

–É, talvez precisemos fazer algo para descobrir, deve estar aqui em algum lugar – ela folheou.

–Amor, você já esta lendo há muito tempo, já escureceu e você não comeu nada, nem descansou.

–Não estou com fome e nem preciso descansar.

Jake passou os braços em volta dela, fazendo com que deitasse em seu ombro, Hanna não recusou, mas não parou de ler o livro, focou-se totalmente nele, até ir pegando no sono aos poucos.

Ela abriu os olhos, suas pálpebras estavam pesadas, a luz do Sol passava pela janela iluminando o rosto de Hanna, estava em uma cama de casal, não muito confortável, mas foi bom o suficiente para que ela descansasse.

Com certeza Jake a tinha levado para dormir, ela não tinha confessado, mas estava muito cansada. Hanna olhou á hora no relógio antigo que tinha pendurado na parede, já eram nove horas da manha, ela se levantou rapidamente, escovou os dentes com uma escova que Jake tinha arranjado, virou-se do lado pronta para sair, mas viu na pequena mesinha de madeira uma bandeja com pão, suco e uma cartinha.

“Bom dia amor...

Sei que você vai acordar e querer focar-se no livro novamente, mas eu soube que se colocasse um pão quentinho e um suco de laranja você não ia resistir, coma seu café da manha para repor suas forças, depois venha me encontrar, te esperarei no lago, te amo.

Jake”

Hanna sorriu e sentou-se na cama novamente, comeu o pão e bebeu o suco, que estavam deliciosos – ou porque estava faminta demais. Depois de comer, foi para fora encontrar Jake, ele estava sentado em um pequeno barco, a luz do Sol brilhava no rosto dele, resplandecendo seus lindos olhos verdes, o sorriso dele a fez sorrir também.

–Me da honra de te levar para um breve passeio? – ele sorriu entendendo a mão.

–Mas é claro que sim. – ela entrou no barco.

–Sei que temos poucos dias – Jake começou a remar – mas não sabemos o que vai acontecer, e precisamos de um tempinho para nós, nem se for por míseros minutos.

–Concordo – ela sorriu – o café da manha estava delicioso, você preparou?

–Sim, que bom que gostou.

–Ah – ela suspirou – mal vejo á hora disso tudo acabar e finalmente ficarmos juntos.

–Espero que vençamos.

–Nós venceremos sim.

–Você me da forças.

–Fico feliz por isso.

–Não me imagino sem você.

–Nem eu, minha vida não teria sentido se não tivéssemos nos conhecido, seria sem graça.

–Eu devia dizer isso – ele riu – eu era um bobo em 1830 e que estava pensando em se casar com uma menina que não parava de chorar.

–Ah isso é verdade – ela riu de volta.

–Então, como foi ser uma guardiã?

–Foi maravilhoso. E como foi ser um humano?

–Estranho.

–Imagino – ela sorriu – seria perfeito se nós dois fossemos anjos.

–Concordo.

Eles estavam longe da cabana, estavam perto de uma pequena ilha, Jake remou para voltar, Hanna olhou para o lago e viu uma fraca e pequena luz brilhante.

–Ei, o que é aquilo? – ela apontou.

–Não sei – Jake parou – seja o que for parece estar bem no fundo.

–É mesmo – ela o olhou – melhor voltarmos.

Jake sorriu e começou a remar, o Sol já estava quente.

Finalmente chegaram, Hanna entrou e pegou o livro dos guardiões, sentou no sofá e começou a decifrá-lo.

Ela folheava as paginas lentamente.

–Jake! – ela o chamou – encontrei algo.

–O que?

–Para encontrar o local da queda precisa-se das três coisas que são muito importantes no céu.

–O que são?

–Re... – ela traduzia com dificuldade – reli...qui... – ela suspirou – relíquias.

–Relíquias?

–Sim – ela sorriu – precisamos das três relíquias de ouro.

–Já ouvi fala nas relíquias, mas mesmo o nome sendo “de ouro” não significa que é exatamente ouro.

–Isso mesmo.

–Então encontraremos as três relíquias.

–A primeira esta em um lugar sagrado, aqui em Viena.

–Que lugar sagrado?

–O único que conheço é a igreja.

–Claro, deve estar lá.

–Então vamos.

Hanna e Jake saíram, ele ligou para os outros e contou sobre as relíquias, as únicas coisas que precisam para saber o local da queda.


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