D.S.Z Diário de Sobrevivência Zumbi by David escrita por Tio Toku


Capítulo 4
28/08/2015 - ???


Notas iniciais do capítulo

Continuando...



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D.S.Z [Diário de Sobrevivência Zumbi] by David-04

28/08/2015 - ???

Período da noite (Matthew não está por perto e ainda está com o meu relógio).

Enfim em casa... Na verdade, estou em casa já tem tempo. Matthew e eu chegamos aqui de manhã e cara... A parada foi complicada. Ouvimos o tal barulho e pensamos no pior, chegamos a acreditar que era algum zumbi que havia entrado lá na loja mas, felizmente, não era isso. O barulho era de apenas um zumbi tentando forçar a porta de entrada, que logo em seguida acabou desistindo.

E ainda houve o pior... Depois desse zumbi causando alvoroço, ouvimos mais barulhos de tiros e esses estavam em alguma rua próxima de onde nós estávamos (O que acabou atraindo uma pequena horda). Loja abandonada + tiros + zumbis famintos = Vamos dormir por aqui e voltaremos amanhã. E assim foi...

Foi tremendamente horrível ficar naquele lugar completamente escuro e sem vida...

Já estava bem escuro quando estava de manhã, então nem queiram imaginar a situação quando anoiteceu de vez. Em alguns momentos, Matthew falava algo aleatório para ver se estava tudo bem.

Em meio aquele breu, eu comecei a lembrar de alguns fatos do passado... Sabe... Aquelas coisas de “Quando eu era pequeno, eu pensava que o bicho papão me pegaria se eu estivesse no escuro”, e percebi que o bicho papão era café pequeno perto da realidade, ou vai ver o bicho papão era apenas um medo que eu alimentava e transformava em um enorme monstro enquanto a minha infância passava...

Em certo momento, eu perguntei a Matthew se ele tinha medo de algo, o mesmo me respondeu que o único medo dele deixou de existir no momento em que ele se tornou real. Conversamos um pouco e ele me explicou que esse medo se resumia em perder o pai no qual ele sempre confiara. Acabou acontecendo algumas semanas depois do início do Apocalipse... O pai não fora mordido por um zumbi, mas acabara sendo morto por um vândalo (Um idiota com uma arma), que acabou dando um tiro bem no meio do peito esquerdo do pai dele. Matthew me disse que a morte foi um choque enorme para ele. O pai dele agradeceu ao filho por tudo o que fizera e pediu para que ele mudasse... que se tornasse uma pessoa melhor... (Fico triste quando lembro dele contando isso para mim) E pediu que ele fosse em busca de um local seguro para ficar. Matthew obedeceu e fez isso... Viveu a vida sem a mãe e perdera o pai graças a um imbecil. Triste e árdua vida.

Horas se passaram e o sono vinha e desaparecia brevemente como insônia, e eu percebia que Matthew não dormia por nada (Sabe aquele sentimento que você tem quando acha que tem alguém te olhando? Pois é.... Sentia isso constantemente).

Depois que amanheceu, Matthew pediu para me preparar e me entregou sua pistola. Ele disse que se algo desse errado, era para eu fugir de lá o mais depressa possível e manter o grupo a salvo. Eu me preocupei bastante com o fato dele dizer isso, mas tentei manter a postura e disse que tudo daria certo. Segurei a pistola, e ao invés de guardá-la comigo, eu decidi que ele deveria ficar com ela.

Foi a primeira vez que eu o vi mandando um sorriso (Mesmo que muito breve).

“Idiota”, foi o que ele disse antes de abrir as portas do fundo da loja e sair verificando tudo.

Andamos por todo o longo caminho e conseguimos evitar que alguns zumbis nos vissem... Aquela muvuca desapareceu como um passe de mágica e nos deu chance de retornarmos a velha casa o mais breve possível.

Era de manhã e havíamos chegado em casa são e salvos. Matthew bateu na porta e o Sr. Perkins a abriu. Primeira pergunta feita por Perkins foi: “Gasolina! Encontrou gasolina?”.

Acho que deixei passar o fato de que o Matthew possuía um carro... Ele pegou esse possante com o pai dele (Um ford maverick). Antes de encontrarmos os Perkins, a gente rondava as redondezas da cidade em busca de abrigo, encontramos os Perkins e buscamos um local para ficarmos (Imagine 7 pessoas dentro desse carro...).

Infelizmente, nós não tínhamos encontrado gasolina (O que acabou sendo desvantagem pois colocar Brenda para andar quilômetros seria um baita problema), mas tínhamos comida para uma semana! (Cara! Uma semana! *feliz*)

Perkins soltou diversos palavrões e disse que não valíamos de nada (Vá para a merda!). Matthew o ignorou e se dirigiu para a cozinha em busca do pouco de água que possuíamos.

Eu decidi olhar como estava Brenda e cara... Acabei vendo algo inusitado! Kate e Stuart (Filho dos Perkins) estavam conversando! Coisa rara... Nunca ouvi a voz desse guri. Bem... Ao menos sabia como era. Cheguei perto dos dois e perguntei se estava tudo bem com eles, e ambos responderam que sim. Stuart perguntou como foi a missão e eu disse que foi tudo bem, mas Kate se preocupou bastante com o fato de termos virado a noite lá fora... Apenas disse que havíamos ficado um pouco ocupados com uns zumbis, mas que estávamos em um local seguro.

Perguntei a Stuart se os pais deles agiram tranquilamente com a nossa ausência e ele disse que sim. Stuart também disse que admira bastante a nossa coragem e que gostaria muito de poder encarar de frente esses zumbis um dia (Você é doido, rapaz?). Kate perguntou onde Matthew estava e eu disse a ela que ele estava na cozinha, a guria deu um salto e saiu correndo para lá.

Fui em busca de Brenda e ela estava na sala conversando, ou ao menos tentando, com a Srª Perkins. Perguntei se estava tudo bem e apenas Brenda me respondeu... Ela me pediu que eu buscasse o remédio dela que estava em uma cômoda no corredor que ligava a sala até a cozinha. Atravessei a sala e cheguei até o corredor, vi a pequena caixa retangular branca que possuía uns detalhes meio que roxos em cima da cômoda. Peguei e, sem querer, olhei para a cozinha... Me deparei com Matthew agachado e abraçando Kate de modo como um pai abraçaria sua filha... Aquilo foi uma flechada no meu peito... Senti vontade de chorar, me segurei, mas me desmoronei em prantos quando vi que Matthew estava chorando...

Alguns segundos se passaram e Brenda me chamou de longe. Limpei o rosto e voltei até a sala... Entreguei a caixa de comprimidos (Que eram para dores no corpo) e ela me perguntou se estava tudo bem, disse que sim e ela pediu para eu ir me deitar um pouco... Disse também que pelo meu rosto, eu estava precisando e muito...

Subi até o segundo andar e me dirigi até o meu quarto temporário, chegando lá, eu me atirei na cama e dormi até o período da noite... Desci e comi um pouco de feijões enlatados. Não vi Matthew na casa e Brenda disse que ele estava dormindo...

Matthew precisava...

Ainda mais para quem guarda o choro por muito tempo...

Fui até a sala e lá estava Brenda novamente... Ela estava com uma cara de preocupada e decidi perguntar o que estava havendo...

O remédio dela estava acabando... O que a mantinha de pé até hoje, sem dores, eram aqueles remédios (Ela havia me mostrado... Haviam apenas duas cartelas e cada cartela possuíam 6 comprimidos. Atualmente, só haviam 7 juntando as duas cartelas).

Disse a ela para não se preocupar e que caçaríamos alguns medicamentos antes de sairmos da casa. Ela agradeceu e eu decidi voltar para o meu quarto.

Me deitei e decidi escrever...

Infelizmente, a nossa saída da casa terá que ser reprogramada... mas tudo iria dar certo...

É o que eu quero... É o que Matthew quer... É o que todos querem...

Boa noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não esqueçam de comentar!!
Valeu! :D



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