Confiei na tal fada e a segui, andamos bastante meio dia de caminhada suponho ao ver que já estava anoitecendo o sol já se punha sobre as árvores da floresta e nada de montanhas para nenhum lado em que minha vista alcançava. Paro um pouco, sento em uma pedra para descansar e minha acompanhante vem logo em meu encalço.

“Vamos, Vamos!” – diz empolgada será que a energia dela nunca acaba penso, meu descontentamento logo não passa despercebido também pela expressão que eu tava não era de bons amigos.

“Já cansou? que mole! ta vamos descansar, logo ali tem um rio podemos ir até lá?”

É agora me convenceu. Fomos até o rio mencionado ficamos naquele local durante a noite, assim que o dia raia-se partiríamos. Enquanto o sono não nos alcançava, Lili conversava comigo ela era uma boa compania, poderia ser melhor se falasse menos, mas já estava bom por agora. Contou-me bastante sobre sua vida e seu mundo.

“Eu gosto de ser fada do campo, gosto das pradarias e das florestas, é bom brincar, voar entre as flores... pena que não podemos nos afastar do reino, mas sabe nem ligo eu quero é conhecer o mundo ver outras criaturas e seres como você e não ficar enfurnada dentro de um castelo.

Ah não sabia? Eu sou uma princesa, meu pai é o rei das fadas do campo, mas nem gosto do titulo o que eu quero é aventura... e...”´

“Sei, sei.” – disse ouvindo ela interminavelmente falar. E assim peguei no sono e lá se foi mais um dia.

No dia seguinte acordei cedo acho. Como? Lili me acordou tagarelando como sempre, como uma energia!

“Vamos, acorda! o dia já raiou!” - disse empolgada voando a minha volta.

“ok, ok Lili já acordei.” – disse me levantando.  “Falta muito para as tais montanhas?”

“Não, falta pouco. Alguns dias acredito.” – disse ela.

Preferi não retrucar e continuamos a caminhada até que avisto uma clareira, nela uma casa. Aproximo-me, e vejo o que seria uma casa de doces?! É uma casa feita de doces! Vidros feitos de açúcar e paredes feitas de doce. Fico curiosa, vou até a casa, espio pela janela feita de açúcar o que acontece ali dentro. Vejo uma menina mexendo o caldeirão, uma velha sentada na cadeira de balanço e um menino preso em uma gaiola. Essa história. Acho que já conheço penso, se estiver certa, esse é o João e essa é a Maria e aquela velha é a bruxa!

A bruxa?! Ela vai comer o menino! Não posso deixar, mas como?! Vou até a porta, mas antes de entrar Lili entra na minha frente e barra a minha entrada.

“Mas eu tenho que entrar! Aquele menino ele...”

No meio daquele impasse, a porta se abre e Maria e João saem correndo da casa da bruxa. Tomo um susto olho para dentro da casa e vejo a bruxa dentro do forno.

Eles foram por ali! Vamos, vamos! – diz Lili. E eu e ela vamos atrás dos irmãos. Chego perto deles, eles nos meio com medo e querem saber como ir pra casa fico com pena deles, mas não sei onde é, olho para Lili buscando uma resposta.

Ela nos circunda despejando sobre nós um pó amarelo, mágico? Derrepente começamos a flutuar e em poucos segundos estávamos voando. Pó de Pirlimpimpim? Inacreditável eu estava voando. Achei que só a sininho do Peter Pan podia fazer isso. Voamos até a casa de João e Maria e os deixamos lá. Voamos mais um pouco, era lindo demais esse mundo mágico pensei, ainda mais visto do alto, depois de um tempo não consegui me segurar e perguntei.

“Porque não usamos isso antes?”

“Porque, não dura muito tempo e por enquanto só funciona em pequenas distancias.”

“E quando acaba?”-perguntei.

“Agora!”- ela disse.

E derrepente estava em uma queda livre, caindo dos céus em alta velocidade.