Eles foram tirar a foto, e logo depois, voltaram para o orfanato.

As crianças estavam um tanto confusas... Era muita coisa nova!

Marcelina: O que vamos fazer?

Mili: Ainda não sei. Talvez...

Mili foi interrompida por Cris que havia entrado no quarto correndo, quase sem fôlego.

Cris: Mili, eu preciso falar contigo!

Mili: Okay.

Elas pediram licença às demais meninas e foram para o banheiro.

Chegando lá, Cris, em meio à sua vergonha e insegurança disse para Mili que tinha virado mocinha. Elas sabiam que eram as únicas meninas no orfanato a já terem entrado na puberdade, quer dizer, isso se alguma menina nova também já não fosse ‘formada’.

Cris: Mas com quem eu vou falar? Com a Graça?

Mili: Com a Suzana.

Cris: Com aquela bruxa? – perguntou ela, que não gostava de Suzana.

Mili: Com a diretora. É preciso, amiga.

Cris: Ah, está bem. Chame-a.

(...)

Mili volta para o banheiro com Suzana e esta lhe ensina todos os passos daquele momento tão delicado.

No quarto, as garotas estranharam a ausência de Mili e Cris.

Carmen: Aonde será que elas foram?

Tati: Eu não sei, mas coisa boa não estão fazendo.

Elas pensaram nas mil e uma coisas que as duas poderiam estar fazendo, mas não chegaram a uma conclusão.

(...)

No quarto dos meninos, já se pensavam outras coisas.

Neco: Vocês gostam de jogar futebol?

Paulo: Óbvio que sim, projeto de Cirilo.

Alguns riram do apelido, mas Neco não achou graça alguma.

Neco: Eu deixei você falar assim comigo? – disse ele exaltado.

Paulo se levantou.

Paulo: Não te perguntei se você deixou. Aprenda, amiguinho. Pra conviver comigo, vai ter que ser assim.