Blue Butterflies escrita por Pamisa Chan


Capítulo 13
Eu sinto seu estresse...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a super demora, seus lindos :( :(

(AMELIE HUDSON, SE VOCÊ ESTÁ LENDO ISSO, EU NÃO RESPONDI SUA MENSAGEM PORQUE VOCÊ ME DEU UM SPOILER DE RIDONCULOUS RACE E EU FIQUEI EM CHOQUE E NÃO TIVE CORAGEM DE TERMINAR DE LER, AINDA TE AMO)

Espero que gostem do capítulo, mais uma música de Silent Hill XD



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— Você é sempre uma vadia intrometida, não é mesmo, Max?! Não vai ser mais! Vocês estão ferradas! — Nathan disse e logo em seguida sacou seu revólver, aquele que Max já havia visto dias atrás, no banheiro do colégio.

Antes que o rapaz pudesse agir por impulso, Warren deu uma cabeçada na testa do garoto, fazendo-o cair no chão e derrubar a arma. Antes que ele pudesse se reerguer, porém, o nerd chutou o revólver para longe dele e começou a socá-lo. Chloe aproveitou o momento de distração para pegar a arma e puxar Max pelo braço para fora do local, deixando os dois sozinhos.

— Chloe! Por que você fez isso?! Como você deixou o Warren e um psicopata sozinhos no corredor se matando? Você não pensa?! Nós precisamos voltar lá!

— Oh, coitadinho do Warren, ele é um fracote e o Nathan vai fazer picadinho dele! Vamos ter pena! Ele é um pobre coitado! Não sabe se virar sozinho, né, Max? É assim que você pensa do Warren? Só anda com ele por pena? Por achar que ele é um fraco que não sabe se defender? Pois eu não penso isso dele. Eu sei que o Nathan é um fracote e sem essa porcaria de metal aqui — mostrou o revolver para Max — ele não é nada! E além disso, o Warren é forte. Só não teve a oportunidade de mostrar sua força. Mas se você quer ir lá salvar o seu amigo "Indefeso", pode ir.

— Chloe! Eu... eu... Eu AMO o Warren! Eu me preocupo com ele! Por isso que eu não acho certo você abandonar ele nesse momento! Ele pode ser forte! Mas ele precisa de mim... de nós! Tanto quanto eu preciso dele! E eu não quero abandonar meu melhor amigo nesse momento!

— Assim como você fez comigo, Max...?

— Me desculpa, tá, Chloe?! — Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Max sem parar, e sua garganta doía tanto como se estivesse com nó — É justamente por isso que eu não quero deixar ele lá! Eu já fiz isso com você... Não quero fazer isso com ele também. Me deixa ser uma boa amiga, por favor.

Rapidamente, Chloe se aproximou da porta e olhou pela pequena janela de vidro. Seu inimigo não estava mais lá. Apenas Warren, sentado no chão cabisbaixo, com uma das mãos sobre os cabelos e o outro braço apoiado sobre suas pernas, como se estivesse arrependido ou pensativo. Parecia estar se controlando para não chorar.

— Warren! — a garota de cabelos azuis abriu a porta e se agachou de frente para o amigo.

— Eu sou um idiota. — Disse sem erguer o rosto.

— O que aquele babaca fez com você?! Warren! Olha pra mim! — Chloe tentou erguer a cabeça do rapaz com as mãos.

— Nada! Ele não fez absolutamente nada! — Warren afastou as mãos da garota de si.

Max entrou e ficou observando a conversa perto da porta, sem ter coragem de se aproximar.

— Ele apenas apanhou! Ficou estirado no chão sem sequer reagir. As únicas coisas que conseguia dizer era "Desculpa, me desculpa". E o que ele fez pra eu agir daquele jeito?! Nada!

— Warren! Ele apontou uma arma pra nós três! Ele foi culpado pela morte da Kate Marsh, ele quase bateu em você! Quer mais motivos?!

— Não! Ele... ele... aquela arma... não estava carregada. E a culpada pela morte da Kate foi a Victoria, não? Ela que gravou tudo e espalhou o vídeo. E ele não "quase bateu em mim", ele não fez absolutamente nada além de vir perguntar onde estava a Max!

— Como você sabe que não estava carregada?!

— Olhe. Eu sei que você pegou ela.

Chloe cuidadosamente pegou o revólver e conferiu: Sem balas.

— Mas...

— Por que você odeia ele? O que ele fez de mais? Ele vende drogas. É isso?! Você consome, e daí?

— Warren... Você... você não sabe de nada! — Chloe se levantou, segurando o choro, e saiu com passos duros e os punhos fechados, ignorando Max e batendo a porta. — Eu vou resolver meus problemas, já que só sirvo pra reclamar de pessoas tão "inofensivas" como Nathan Prescott!

Depois que a garota saiu, Max se aproximou vagarosamente do amigo e pediu desculpas.

— Eu... eu não queria deixar você aqui. Me desculpa... O que aconteceu?

— Ele... ele tem algum problema psicológico... Eu vi! Ele usa remédios... Diazepam...

— Sim, ele é um psicopata! Warren, eu encontrei no quarto dele uma foto da Chloe desmaiada! Eu tenho certeza que ele fez alguma coisa com ela...

— Droga... Será que é por isso que ela se irritou?

— O que você acha de tentarmos resolver o problema pela raíz?

— No que você está pensando, Max?

— Vamos tentar falar com ele.

— Quais as chances de isso dar certo?!

— Depende. O quanto você machucou ele?

— Mais do que eu devia.

— Talvez seja difícil... Mas... acho que não custa tentar, né? Precisamos de todas as pistas possíveis, certo?

— É... tem razão.

Max ajudou o amigo a se levantar e os dois foram em direção ao quarto de Nathan. Perguntaram-se quem deveria bater. No final das contas, foi Warren.

— Nathan...

— O que você quer?!

— Eu... preciso conversar com você.

O garoto abriu uma fresta da porta.

— O que você quer?! Já não me humilhou o bastante?! Você e suas amigas já roubaram minha arma, ameaçaram minha reputação, invadiram meu quarto, me bateram, fizeram a minha única amiga ser expulsa da escola. O que mais precisam pra destruir minha vida?! Hein?! O que vai fazer?!

— Nathan, por favor. Nós... — Max resolveu aparecer e tentar convencê-lo — Não... não foi minha intenção magoar você. Eu nunca te conheci direito, mas quando vi você com uma arma quase matando uma garota no banheiro da escola, eu...

— Não foi de propósito! Eu... eu fiquei irritado porque ela estava me ameaçando! Eu já cansei de pessoas tentando me chantagear e me controlar! Todo mundo me usa! Eu não aguento mais isso! — Seu tom de voz parecia mais sofrido do que irado.

— Nós... nós sentimos muito.

— Vão embora. Eu não quero ficar contando sobre a minha vida pra vocês nerds!

— Por favor, Nathan... Nós estamos dispostos a te ajudar se você nos ajudar. Ontem quando conversamos no Two Whales eu vi o quanto você se importa com a Rachel. E nós vamos encontrar ela.

— Não, vocês não vão. Ninguém vai encontrar a Rachel!

— Como não? — Warren perguntou — Nós estamos quase resolv...

— Por que Rachel Amber está MORTA! Morta!

Aquelas palavras ecoaram na cabeça de Max inúmeras vezes, como se ela estivesse rebobinando incessantemente o momento em que ouviu as ouviu. Seus olhos se arregalaram e Max começou a lembrar-se de todas as vezes que Chloe mencionou o nome da amiga, e todos os cartazes espalhados pela cidade com uma imagem da linda garota supostamente desaparecida.

— Mas... mas como assim?! Como você sabe disso?! — Warren estava indignado com a informação.

— Porque... porque eu sei! Me deixem em paz! Eu já falei demais! — Nathan bateu a porta na cara dos dois e eles puderam ouvir o rapaz a trancando.

Max apoiou-se em Warren, perdendo suas forças e começou a se desesperar:

— Warren... Como eu vou contar isso pra Chloe?! A Rachel era a vida dela! E agora ela... ela... O que vamos fazer, Warren?!

O nerd abraçou a amiga e acariciou os cabelos dela, tentando a confortar.

— Vai ficar tudo bem, Max. Nós vamos dar um jeito...

Enquanto isso, Chloe ia em sua caminhonete até a praia onde estava o trailer de Frank. Seu coração estava acelerado, pois tinha medo de que algo desse errado, visto que estava sem sua amiga para ajudá-la e a única coisa que tinha em mãos era uma arma descarregada. Ao chegar, desceu do veículo e foi em passos largos e rápidos até a porta do RV, bateu três vezes com o punho.

— Frank! Abre logo. É a Chloe! Eu tô com seu dinheiro.
Rapidamente, a porta se destrancou. Frank apareceu e, sem descer do veículo, perguntou:

— Olha, parece que o trio parada dura se separou. Cadê o dinheiro?

Chloe procurou em seus bolsos de trás da calça e encontrou os cinco mil dólares do fundo de deficientes que roubara, pegou o dinheiro e entregou para Frank.

— Aqui está. Mas eu quero algo em troca.

— O que foi?! Você tava me devendo essa droga de dinheiro! Como quer algo em troca?!

— Eu não sei se você sabe contar, mas eu devia 3000 e aí tem 5000. Ou seja, 2000 de esmola. Então eu exijo que retribua meu favor.

— Você veio aqui na minha casa pra falar desse jeito comigo?! Qual é o seu problema, garota?! — O homem desceu do veículo e se aproximou cada vez mais de Chloe, com o cenho franzido, prestes a segurá-la pelo pescoço.

— Calma aí, ok?! Eu não vim pra brigar. Foi mal. Força do hábito.

— O que você quer, então?!

— Eu preciso dos nomes das pessoas da sua lista de clientes.

— Ah, só isso?! Por que não me pediu a chave do meu RV também?! Eu te daria agora mesmo! — Retrucou com uma feição alegre completamente sarcástica no rosto.

— É sério, Frank. Nós estamos quase encontrando a Rachel e isso pode nos ajudar!

— P...peraí... Você disse encontrar a Rachel?!

— Sim. Nós estamos investigando e estamos chegando cada vez mais perto! Precisamos de toda pista possível. Olha, eu sei que você... e a Rachel... — Chloe não conseguiu terminar a frase e sentiu um mal estar gigante em falar aquelas palavras.

— Vou dar esse voto de confiança nos três patetas. É a única esperança que tenho de rever a Rachel... Espero que vocês consigam. Aqui está. — Frank tirou do bolso da jaqueta o papel que decodificava os nomes da agenda e entregou a Chloe.

— Hum... Obrigada, Frank. Nós vamos fazer o possível.

Chloe guardou o papel no mesmo bolso de onde tirara o dinheiro para pagar o traficante e seguiu seu caminho até sua casa. A contragosto, antes de dar partida na caminhonete, mandou uma mensagem para Max dizendo que havia conseguido a informação e que era para os dois irem à sua casa.

No caminho, a garota de cabelos azuis ficou pensando no que acontecera. Fora novamente impulsiva com seus amigos. Com Max, por ciúmes. E com Warren por algo que sequer era culpa dele. Ela apenas nunca comentara com eles sobre o que Nathan Prescott havia feito com ela. Até porque não é fácil se abrir sobre ter sido drogada e fotografada por um traficante juvenil. E ela certamente não se sentia à vontade para tocar no assunto.

Em Blackwell, enquanto andava pelo campus com Warren debatendo teorias, o celular de Max vibrou. Era a mensagem de Chloe.

— Será que deu tudo certo entre ela e o Frank? Espero que sim... Eu não estava lá pra ajudar. Se bem que eu não estou contando tanto assim com meus poderes desde aquilo que... — Max diminuiu o tom de voz e parou, fazendo Warren parar também — ...que aconteceu com a Kate.

— Tá tudo bem, Max... Você foi incrível de ter chegado até lá. Nós Já falamos sobre isso. — Warren passou a mão pelos cabelos da garota — Vê a mensagem. Pode não ser nada de mais.

"Consegui a lista. Venham em casa."

A escrita estava impecável, com, todos os pontos e letras maiúsculas adequadas. Certamente Chloe estava zangada com os dois, especialmente com Warren. Tentando ignorar esses sinais, os dois jovens entraram no carro de Warren e foram rumo à já conhecida casa de Chloe. Enquanto dirigia, calmamente, quase nunca chegando à quarta marcha, diferentemente da punk que chegava em quinta nas avenidas, Warren colocou uma música para tocar. "You're Not Here".

— Eu... amo essa música. — Max comentou.

— Eu também. — Warren disse e começou a cantar, olhando de canto para a amiga — Então agora, o que eu deveria fazer? Eu estou amarrado, viciado em você...

A garota sorriu e corou, e em seguida cantou o refrão junto com o amigo.

— E agora... eu sinto seu estresse. — Warren cantou os últimos versos da música, mais sério, olhando para Max, lembrando-se do quando ela esteve mal nos últimos dias.

Warren parou o carro em frente à calçada da casa de Chloe e saiu. Seu coração bateu mais forte e suas mãos começaram a suar frio, enquanto pensava se devia ou não abrir a porta para Max. Quando estava indo para o lado da calçada, porém, percebeu que a amiga já tinha saído. Deu um suspiro que não sabia se era de frustração ou de alívio. Juntos, foram até a porta da casa e bateram. Max cantarolava em voz baixa alguns trechos da música que acabaram de ouvir. Quando Chloe abriu a porta, a única coisa que fez foi mostrar um pedaço de papel e falar:

— Vocês são lerdos. Vamos.

Max pegou o papel da mão da amiga e observou. Era um emaranhado de números: "45.496698; -123.894625".

— O que é isso?

— É a resposta pro nosso mistério. Um celeiro abandonado. O dono? Harry Aaron... Prescott. Precisamos ir até lá.


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Notas finais do capítulo

AEEEEE! Agora posso ficar sem postar mais uns 2 meses (mentira huEHUAUHE)
O que acharam?? ♥
Sentiram falta das imagens no capítulo? :3



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