Deadline Circus escrita por Arya


Capítulo 5
Parte I: Nas bordas deste mundo sensível...


Notas iniciais do capítulo

O cap foi dividido em 3 capítulos. E leiam as notas finais.



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Sexta-feira, meia noite.
Japão, Tóquio.

Yuume e Seirin estavam na sala onde Pavel estava preso em quatro correntes, uma em cada mão e perna. Elas correram até o mesmo, ignorando o fato de terem ficado presas com ele na sala, que estranhamente não tinha nenhuma janela e nenhuma porta. Yuume e Seirin puxaram a corrente da parede que, com força e ajuda de armas, fez as correntes se soltarem. E

Elas foram até o Pavel desacordado no chão, e Seirin colocou a cabeça do menino no colo dela enquanto Yuume via como estava à pulsação do mesmo, e depois ficando um pouco mais feliz com o que percebeu.

— Ele está bem. Apenas desacordado. —comentou Yuume, e Seirin sorriu abraçando o garoto. Yuume retirou uma chave do bolso, se perguntando porque não fez isso antes, e começou a soltar as correntes do garoto, destravando com a chave que tinha pego do vampiro que matou.

Pavel mexeu um dos dedos, e depois começou a batucar eles, um de cada vez, o que fez Seirin se soltar dele. O menino as olhou, dando um sorriso de leve e reclamando baixo algo em sua língua natal, russo.

— Pavel! Meu deus! — Yuume disse. — Achei que nunca ia o encontrar, e muito menos que íamos o encontrar vivo.

Pavel as olhou, dando um sorriso.

— Vaso ruim não quebra tão cedo. É o que a Irene diz. — ele falou rindo. Ele logo parou, e arregalou os olhos. — Cuidado!

As duas se viraram ao mesmo tempo, mas não conseguiram ver o que aconteceu, apenas sentiram algo batendo com força na nuca das duas. A última coisa que elas escutaram foi um tiro e Pavel gritando, antes de perderem a consciência.

Antes de Sexta-feira...

Quarta-feira, oito horas da noite.
Japão, Inazuma.

Yuume olhava a casa dos Salazar fixadamente. Ela teria que passar a noite ali por ser mais rápido de acordar de manhã e se reunirem, afinal, qualquer atraso deles poderia causar a morte de Pavel.

Se é que ele não está morto. Foram as palavras de Victor quando Ygor deu uma segunda chance. Ygor ficou irritado, mas aos poucos se acalmou. Como o líder comentou: Ficar irritado não fará o Pavel ser solto de algum lugar que nós não fazemos ideia de onde é.

Entrou na casa depois de avisar a irmã gêmea, Ashley Testarossa, que estava na casa dos Salazar, já que passou para pegar uma muda de roupa para passar a noite e trabalhar amanhã. A casa dos Salazar era bem espaçosa e bonita, de dois andares, sendo o de cima era os quartos, de acordo com Lorelai, que olhava para os cantos como se não quisesse pagar mico com alguma coisa.

Ao entrar na sala, Yuume reparou em um menino de cabelos longos descendo as escadas do segundo andar colocando a camisa de manga cumprida. Atrás dele descia outra garota de cabelos curtos e baixa, com um livro de matemática em mãos como se tivesse saído às pressas do quarto e esqueceu-se de largar o livro.

— Esses são os nossos irmãos, Michael e Vanilla. Temos o Souji, mas... — Lorelai foi interrompida.

— Ele está no quarto com certa visita. — Michael comentou. Yuume percebeu que ele a analisou e sorriu, depois olhando a irmã.

— Eu soube do que aconteceu pelo o papai. Digo que vocês estão ferrados, certo? — Vanilla comentou a Victor, que apenas se sentou no sofá com ela e retirou o livro de matemática da mão dela, o folheando e vendo a matéria que a menina estudava.

— As pessoas fofocam mais rápido do que o rap do Eminem. — disse Victor. Logo escutaram um barulho vindo da cozinha. —Quem está na cozinha?

— Os Tramp. Eles disseram que iam... — Michael foi ignorado pela a irmã, que saiu correndo para a cozinha. — Fazer a missão com vocês.

As meninas olharam Victor, ele não tinha dito nada sobre aquilo o tempo todo. Victor as olhou.

— Eu sei que sou gato, parem de me olhar. — Victor falou de brincadeira. — Eles vão participar da missão conosco. Era isso ou Dimitri ia perder a calma que ele não tem e matar todos nós a palmadas, um por um.

— Porque não nos contou? — Seirin perguntou de braços cruzados.

— Bem, eu sou o líder, e não o narrador de tudo que acontece. Vocês deveriam se virar também, e ele falou isso na nossa frente, mas estavam ocupadas demais olhando para o chão e se lamentando baixinho pelo o acontecido. — Victor disse, pegando o lápis. — E Yuume.

A Yuume o olhou. Ele parecia que ia criticar algo, mas logo revirou os olhos e voltou a olhar o exercício do livro de Vanilla.

— Bom trabalho levando Takuya ao DLC. É uma pena o fato de não podermos fazer nada por ele. Ele merecia ter uma mãe melhor, que não tenha matado o próprio pai fingindo ser uma caçadora. — Yuume deu um sorriso de leve com o comentário de Victor, por mais que ainda sentia o peso da gaiola em suas mãos e o cansaço de sua perna de tanto correr.

— Nós vamos a cozinha cumprimentar, quer vir? — disse Carolina, com um sorriso inocente no rosto. Yuume sentiu um calafrio, principalmente ao se lembrar do acontecimento de mais cedo.

Na realidade a garota queria ficar um tempo sozinha. Ela negou, perguntando se poderia ir ao quarto que elas iam ficar que apenas fizeram sinal de tanto faz. Segundo Michael, o quarto era o escrito “Hóspede”, e apenas duas garotas poderiam dormir na cama, as outras dormiriam em colchões espalhados pelo o quarto.

Ela subiu as escadas e olhou o local em seus mínimos detalhes. O corredor era cheio de quadros da família e de Lorelai e Victor, assim como os irmãos, quando eram pequenos. Aquilo a fazia dar um sorriso aberto e rir, principalmente ao perceber que Lorelai era gordinha quando pequena, e agora era tão magra que poderia ser comparada com o “Puro Osso”.

Mas o que a fez dar uma gargalhada enorme foi quando viu uma foto de Victor, ou pelo menos ela achava que era, aos cinco anos, vestido de duende com o maior sorriso do mundo. Em mãos, ele tinha um urso de pelúcia. Ela não conseguia parar de rir daquilo, e andava distraída que nem percebeu que entrou no quarto errado.

— Não sabe bater? — disse um menino de cabelos pretos, colocando o casaco rapidamente e guardando algo na gaveta. Yuume percebeu que tinha outro garoto no quarto, colocando uma camisa de manga cumprida. — Deve ser uma das amigas da Lorelai, elas sempre fazem isso ao repararem na foto do Victor de duende.

— Eu estou indo, Souji. — Ah, então esse é o Souji. Pensou Yuume, vendo o garoto de cabelo branco pegar as suas coisas num canto do quarto. Ela o olhou melhor e arregalou os olhos. — Depois nós se falamos.

—Yuri, desculpa pelo o Pavel. — Souji disse baixinho. Yuume pensou que, se a Yasmin aparecesse ali naquele momento, ela ia enlouquecer e mandar eles se beijarem.

Espera. O nome do menino é Yuri e ele tem cabelo branco? De acordo com a Lorelai, todo Morozov tem cabelo branco, e o terceiro mais velho se chamava Yuri. E como assim se desculpar por Pavel? Oh, ela está ferrada.

Yuri sorriu ao mesmo.

— Não peça desculpas, é que eu realmente preciso ir. Acabei de ver oito mensagens do meu pai e sete chamadas perdidas da minha mãe. — Souji o largou, não era bom Yuri ter chamadas perdidas da mãe dele. — E o Pavel não foi culpa sua, ele vive se metendo nessas coisas e você não tem nada haver com aquilo. Por exemplo, aos treze anos ele caiu do palco enquanto fazia uma apresentação de balé ao lado de uma amiga.

Ele se virou a garota e o sorriso desmanchou, passando direto apenas cumprimentando com um aceno. Souji olhou a mesma, andando até a porta.

— Quem é você? — perguntou colocando as mãos no bolso do casaco fechado. Yuume saiu dos devaneios sobre o Morozov que tinha acabado de sair.

— Sou Yuume. Estou no mesmo grupo que os seus irmãos no Deadline Circus. — Souji apenas fez sinal que tinha se lembrado de que eles iam vir hoje.

— Sou Souji, eles devem ter comentado que eu estava com um amigo. — Souji a olhou. — Bem, tchau.

Ele ia fechar a porta na cara dela, mas a mesma colocou a mão parando o mesmo. O garoto a olhou, sem interesse.

— O que foi agora?

— É que você se referiu ao mesmo como “amigo”, mas ele não seria... — Yuume foi interrompida com um toque no seu ombro.

Ela se virou e viu que era Suzuno. Depois ela olhou Souji, que estava com um olhar perdido, e assim ele fechou a porta na cara dela. A mesma não entendeu, e assim olhou o garoto, que apenas a puxou para o quarto ao lado e entrando com a mesma, assim fechando a porta.

— O Souji faz isso com todo mundo ou é implicância? — Yuume perguntou. — É o terceiro menino que eu conheço que é irritado. E talvez seja o pior, ele bateu a porta na minha cara.

— Que tal falar mais alto? Quem sabe ele escuta. — Suzuno comentou ironicamente, e a fez lembrar que o quarto dele é o do lado. — Em casa de Salazar, as paredes têm ouvidos.

Yuume ficou calada, e Suzuno chegou mais perto dela e a abraçou, começando a falar algo em seu ouvido.

— Os pais de Souji não sabem de sua sexualidade, digamos que Jonathan Salazar não é a melhor pessoa do mundo. Na realidade, a família Salazar não é a mais bondosa, nem todos são uma Lorelai da vida. — Suzuno falou baixinho. — Por exemplo, o Victor. Você sabe do que estou falando.

Yuume pensou que ele estaria falando sobre a morte do vampiro na casa do Takuya. Mas depois se lembrou de que ela nunca comentou isso a ninguém sem ser a Savannah que, se chegasse alguns minutos mais cedo, ia ver a cena assustadora de Victor e Carolina matando o vampiro. Suzuno a olhou.

— Sobre o Victor ser um sociopata. — Suzuno falou baixinho, e Yuume riu. O garoto ficou sem entender porque ela ria daquilo.

— Victor não é um sociopata, é apenas perturbado. — Yuume falou no mesmo tom que Suzuno. Ela logo o olhou, vendo que ele estava sério. — Porque está sério?

— Esqueci que a Lorelai apenas ia contar amanhã por hoje estar meio tenso o clima. — Suzuno disse, mordendo o lábio. Ele ia se soltar dela como se tivesse acabando com a conversa, mas a mesma não deixou.

— Você está dizendo que...

— Sim. No sentido mais sério da palavra, Victor é um sociopata. — Suzuno disse a mesma, e a garota se sentou na cama de casal. — Foi diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial aos quatro anos, sei disso porque eu estava lá quando a Lorelai descobriu sobre ele e suas visitar frequentes a um psiquiatra. O seu caso era tão grande no passado que ele fez com que, até hoje, ele não perceba as emoções claramente de uma pessoa.

Ela ia falar algo, mas a porta se abriu e ambos se soltaram. Era Yasmin, sorrindo alegre ao lado de um garoto que ela se lembra de que se chama Fubuki. Suzuno a olhou como se eles conversassem depois.

— A comida está pronta!

***

Quinta-feira, oito horas da manhã.
Japão, saindo de Inazuma.

Yuume estava em uma vã assim como todos. Em uma pista mandada para o e-mail de Ygor, Pavel já tinha saído de Inazuma, e estava indo a Tóquio. E adivinha? Era para lá onde eles estavam indo desde seis horas da manhã com o Dimitri dirigindo, por mais que já teria trocado o motorista duas vezes: Uma vez foi o Victor, depois o Nagumo e nesse momento era Dimitri.

Ao seu lado estava Victor, no qual ela não conseguia parar de encarar. De vez em quando Suzuno, que estava atrás dela, puxava seu cabelo para ela parar de o olhar.

— Yuume. — Victor a chamou, e a garota o olhou meio assustada. — O que foi? Está me encarando.

Ela ficou um pouco parada, pensando no que falar. Logo enrolou uma mecha no cabelo.

— Bem, é que... —ela pensou em algo. — Você é muito bonito, estava encarando por isso mesmo. — falou, e depois se amaldiçoou por ter dito aquilo. Que coisa estúpida.

Ela pode perceber que Suzuno soltou um palavrão com o que ela falou assim como Lorelai a olhou maliciosamente. Victor deu um riso de canto e olhou para frente.

— Podemos ter um encontro. Vai que damos certo. — Victor comentou a mesma. Yuume o olhou espantado.

— O que? — Kidou perguntou, pela a primeira vez parando de encarar os cabelos de Carolina na sua frente. Yuume se lembrou do bolo que a irmã de Kidou fez a Victor, e se perguntou se era por aquilo que Kidou se assustou. Afinal, não é comum você fazer bolo de chocolate para uma pessoa qualquer.

— Oh, não. Obrigada. Eu apenas o acho bonito, mas não gosto de você.

Victor sorriu.

— Ainda bem. Você não é meu tipo. — O garoto falou, e ela pode perceber que Kidou se acalmou. Yuume não sabia se ficava feliz ou triste por aquilo, então apenas se virou e tentou encarar a janela.

Mas foi quando Dimitri deu uma freada forte e sem aviso, que a quase fez bater no banco da frente.

— O que foi isso? — perguntou Seirin, na qual estava no fundo e provavelmente bateu a cabeça, já que ela passava a mão no local.

Dimitri saiu do carro, e assim todos fizeram o ato. Yuume foi a segunda a sair, vendo que tinha uma pessoa na frente do carro de capuz, e atrás vinham mais algumas. Ao lado dessa pessoa tinha um carro, tampando realmente a passagem. Parece que ele se meteu na frente da vã, de modo que não tivesse como passar.

De dentro dele, saiu um homem com o capuz do casaco na cabeça.

— Estamos em uma missão, precisamos passar para chegar a Tóquio rápido. — Dimitri comentou. — E você é maluco? Poderia ter causado um acidente.

A pessoa não se mexeu.

— Vejo que você não muda Dimitri. — uma voz masculina e rouca soou. Victor parecia ter reconhecido a voz. A pessoa tirou o capuz, mostrando ser um homem de cabelo loiro amarrado em um rabo de cavalo e olhos dourados, com um leve sorriso no rosto.

Dimitri congelou, e Yuume foi até Suzuno.

— Quem é ele?

Suzuno parecia petrificado também, e assim trocou um olhar rápido com o Nagumo e Lorelai, depois voltando a olhar Yuume. Ele ficou calado, parecendo pensar na resposta.

— Ele é o Enzo Santiago, um dos membros do grupo lendário do Deadline Circus, Mimo-Clown. — Suzuno explicou, e o garoto sorriu de leve a ele.

— Creio que ele está certo. Mas... — ele deu um passo para trás. — Depois colocamos o papo em dia, acho que agora vocês vão precisar de uma ajuda.

— Porque? — Dimitri perguntou.

Enzo apontou as pessoas que rodeavam eles, todas de chapéu marrom e, sobretudo bege. Eles viram que estavam cercados, e isso não era bom. Se juntaram, olhando que a quantidade era bem maior.

Yuume olhou para um deles, vendo os olhos vermelho escarlate e a pele pálida e colocou a mão em sua espada. Eles estavam cercados por vampiros.

— Hoje é um ótimo dia para matar vampiros. - ele tirou o casaco, o colocando no chão e sorriu, assim pegando no bolso uma lança e a fazendo ficar maior, depois se preparando para o ataque.

Dava para perceber de longe que Enzo era tão forte comparado a outros caçadores, até mesmo Dimitri que tinha um chicote em mãos. Ao contrário de Dimitri, que estava querendo que aquilo acabasse logo, Enzo estava fazendo isso com o maior sorriso do mundo.

Foi quando ela olhou Victor, e viu o mesmo dar um sorriso de canto maligno.

— Vamos brincar. — disse o líder do Jester.


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Notas finais do capítulo

O perfil dos persos q apreceram ta no tumblr, pra quem ainda ñ tiver visto: http://dl-circus.tumblr.com/
E sim, gnt, o Victor é um sociopata. Mas lembre-se q nem todo assassino é um sociopata, e nem todo sociopata é um assassino ou uma má pessoa.
E gnt, eu tava pensando. Pq não colocar romance na fic, um pouco? Vcs devem saber q eu ñ presto para luta e gosto de fazer drama, por isso pensei q, se vcs quiserem, podem escolher um outro rapaz para fazer triangulo amoroso. Claro, o personagem do IE vai ficar com a sua personagem no final. ÓBVIO!
Pra quem quiser, tem essa ficha e vc me manda pelo o mesmo local q mandou a ficha da personagem. Pode ser qualquer um, e pra melhores escolhas tem o tumblr o perfil. Só digo pra ñ escolher Yuri e Souji, pq eles são gays como sabem. E sim, podem escolher o Victor, até pq vai dar treta msm sendo ele do triangulo amoroso de alguma perso ou ñ.
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Nome da personagem:
O personagem do triangulo amoroso é original da fic ou do IE?: (Caso já tiverem escolhido, eu aviso a vc. Ou pode reservar pelo os comentários, slá)
Nome do personagem que irá fazer o triangulo amoroso:
Relação com ele: (apenas como ele começou a sentir interesse por ela e a relação. Mas por favor, não faça, por exemplo, o Dimitri ser a coisa mais romântica e amável do mundo, pq sabemos q ele não é. E ah, apague os parenteses antes de escrever.)
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Espero q tenham gostado. Comentem críticas, o q acharam...
XOXO