Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 32
Capitulo 32


Notas iniciais do capítulo

Fala aí gente, aqui é o Matheus mais uma vez com um capitulo fresquinho, boa leitura!



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Mário...

No dia seguinte, já havia passado o horário da escola quando tive uma surpresa: vi Cirilo entrar no meu quarto e vir me visitar.

—Como está amigo? - perguntou ele.

—Melhor. E você? - falei, sorrindo.

—Tô ótimo. Vim aqui te pedir desculpas por só estar te visitando hoje, tá?

—Ah, não se preocupe, eu entendo.

—Quando você vai ter alta?

—Ainda não sei, mas disseram que em breve eu terei.

—Tomara amigo.

Ficamos então, conversando por algum tempo até que ele se levantou.

—Tem mais uma visita pra você, eu tenho que ir embora pra dar tempo dela vir. - disse ele, apertando minha mão.

—Tudo bem, vai lá. - sorri - E obrigado pela visita.

Então ele saiu. Fiquei observando ele sair e mal ele atravessou a porta, Alícia entrou. Sorri largamente quando ela veio até a mim.

—Oi Mário. - ela disse sorrindo igualmente largo.

—Oi Ali, que bom te ver. - Sorri e logo nos abraçamos.

Enquanto a abraçava, de relance olhei para trás e encontrei Marcelina entrando no quarto. Com o barulho, Alícia se soltou calmamente de mim e se virou.

—Oi amiga. - ela disse sorrindo e indo até ela, mas como Marcelina estava com uma bandeja de comida, ela apenas o cumprimentou com um beijo no rosto.

—Oi Ali. - Ela disse retribuindo o beijo, mas não pareceu muito satisfeita com a presença de Alícia ali, ela primeiro forçou um sorriso e depois me olhou e olhou Alícia, como se tivesse visto a gente fazendo algo proibido ali. Eu suspirei sério e aceitei a comida que tinha na bandeja.

—Puxa amor, muito obrigado. - falei, sorrindo.

—De nada amor. - ela forçou um sorriso ao dizer isso e beijou minha testa. Depois se virou e saiu da sala novamente.

Enquanto eu comia, Alícia se sentou na beira da cama e ficamos conversando animadamente por um tempo, mas eu não conseguia tirar o olhar de Marcelina sobre Alícia da cabeça, parecia estar com ciúmes, sei lá. Mas procurei me focar apenas na conversa com Alícia, depois eu conversava com Marcelina.

—Bem, acho que já vou. - Alícia disse sorrindo depois de um tempo.- Foi bom te ver Mário.

—Também achei Alícia. - respondi sorrindo. Ela veio até mim e me deu outro abraço, se virou e saiu.

Três dias se passaram desde que reencontrei minha mãe. Após esses dias todos, recebi alta do hospital finalmente e Marcelina,  Gustavo, Aninha, Cirilo e Alícia fizeram questão de me ajudar a juntar minhas coisas pra eu voltar pra casa, claro, com a ajuda de minha mãe. Eu havia ficado tão feliz com a volta dela que não dava nem pra explicar, era como se as nuvens cinzas do meu céu tivessem desaparecido e no lugar delas tinha entrado um céu azul com nuvens brancas e um arco-íris, era tão bom saber que minha família finalmente estava completa. 

Ainda naquela mesma tarde, quando voltei pra casa, ao abrir a porta, respirei fundo sentindo o maravilhoso ar que pairava em minha casa e subi pro meu quarto, queria tanto poder me sentir em casa novamente. Deitei sorrindo e fiquei lá, conversando com meus amigos, que sentaram na minha cama e ficaram conversando comigo.

—Bem-vindo de volta irmão. - disse Gustavo, sorrindo.

—Amo ver você feliz assim sabia? - Marcelina falou, com um sorriso maior que o rosto.

—Que bom que está de volta. - Aninha disse sorrindo.

—Você é um guerreiro cara, que bom que está bem. - Cirilo disse, vibrando.

—A gente ficou tão preocupado quando os médicos disseram do seu estado, é muito bom te ver de volta em casa sabia?- Alícia disse. 

—Eu que agradeço muito pelo apoio de vocês. - estendi meus braços enquanto falava. - Venham aqui. - chamei eles para um abraço coletivo e todos deram. Quando nos afastamos, minha mãe apareceu na porta. 

—Crianças, venham, preparei um almoço especial pra vocês.- ela disse com um brilho nos olhos e nós fomos. 

Ao ver a mesa posta, percebi que minha mãe havia ido fazer compras antes de eu receber alta no hospital, porque tudo que tinha lá eu nunca vi na geladeira, mas estava saboroso. E claro, estava melhor com meu irmão, minha amada e meus amigos ali comigo. Após o almoço, Cirilo e Alícia foram pra casa e Gustavo e Aninha foram dar uma volta na praça.

—Filho, eu sei que acabei de chegar, mas eu preciso de um tempo a sós com seu pai, tenho tantas coisas pra dizer para ele. - disse minha mãe, depois que Gustavo e Aninha saíram.

—Não se preocupem, vou ficar bem, né Marcelina? - eu disse.

—Claro Dona Teresa, eu vou ficar aqui com ele. - ela respondeu sorridente.

—Tá bom, se cuidem. - disse meu pai.

—Juízo crianças. - minha mãe disse antes de saírem.

Então chamei Marcelina para se sentar comigo e ficamos ali, vendo um filme que passava na televisão, se chamava "Família por Acaso", eu nunca tinha visto, mas era muito bom. 

Uma semana se passou, minha vida estava mudada em alguns sentidos, agora Gustavo e eu saíamos muito com Aninha e Marcelina. 

—Que filme vamos ver hoje? - perguntou Gustavo. 

—Que tal esse aqui? - Aninha disse, mostrando o cartaz de "Zootopia", eu não achei um filme legal, mas apenas sorri e concordei assim como Gustavo. Assim, entramos na sala do cinema.

—O que foi Mário? - Marcelina me perguntou quando estávamos na fila.

—Nada, eu só estou um pouco ansioso. - confessei meio desconcertado.

—Mas por quê? Nunca foi no cinema? 

—Nem eu nem Gustavo. 

Ambas riram.

—Pois pode acreditar, essa será a primeira vez de você e garanto que será inesquecível! - Marcelina disse rindo se escorando em mim e eu a abracei. Quando entramos na sala, nos sentamos e esperamos o filme começar, quando as luzes se apagaram levei um susto.

—Faltou luz? - perguntei assustado, fazendo a sala inteira rir.

—Não Mário, é que o filme só consegue ser visto naquele telão com as luzes apagadas, depois eles acendem de novo. - Marcelina disse, entre risos e eu também ri de minha ingenuidade e começamos a assistir o filme. Quando voltamos pra casa Gustavo e eu vimos meu pai e minha mãe nos esperando na sala.

—Oi queridos, como foi o filme?- perguntou minha mãe, abraçando a gente.

—Foi ótimo, adoramos.- respondi sorrindo.

—Que bom. - ela sorriu.

—Filhos, nós dois temos uma notícia pra dar para vocês. - meu pai falou sorrindo.

—Bom, pela cara deve ser algo bom. - Gustavo disse, franzindo a testa.

—Sim, sentem-se. - ele apontou o sofá e nós sentamos.

—Filho, sua mãe, tem um sítio muito grande em uma outra cidade, faz parte diretamente da herança dela, sabem? Então, ela quer convidar vocês a passarem uma semana lá, como uma forma de comemorar a volta dele depois de todos esses anos. Vocês topam?

Gustavo e eu nos entreolhamos. Eu realmente gostaria de passar uns dias em um sítio, mas e como ficaria a escola?

—Mas... e a escola pai? - perguntou Gustavo, ele devia ter pensado o mesmo que eu.

—Não se preocupem meninos, a gente vai assinar um documento pedindo permissão para vocês se ausentarem durante uma semana, vamos dizer que é uma viagem de negócios de sua mãe e ela não pode ir sozinha e eu não posso deixar vocês sozinhos. - ele completou.

Pensei um pouco, suspirei e acabei por concordar.

—Tá bom pai, mas eu só vou se a Marcelina for junto. - falei.

—E eu vou se a Aninha for. - completou Gustavo.

—Tudo bem, chamem elas. E podem chamar o Cirilo também, o sítio é enorme, dá pra levar ele. - meu pai sorriu.

—Então podemos levar a Alícia também? - perguntei.

—Claro que podem, se os pais deixarem a gente pode levá-la.

Gustavo e eu vibramos com essa notícia, passar uma semana inteira em um sítio ao lado de nossas amadas e nossos amigos, não tinha coisa melhor. 

—Olha que filhos dedicados nós temos, não querendo ir por causa dos estudos. - minha mãe sorriu com orgulho.

—Pois é.

Então, liguei pra Marcelina e Gustavo ligou para Aninha.

—Claro que eu topo Mário, só preciso ver com meus pais. - ela disse, rindo.

—Tá bem Marce, quando eles te derem a resposta me liga.- pedi e ela concordou.

Mais tarde, Aninha e Marcelina nos mandaram mensagens falando que topavam, pois os pais delas deixaram com a condição de Paulo ir junto, como o Paulo topou ir, eles aceitaram que ela fosse. Então, pedimos que elas arrumassem as coisas delas logo pois iríamos já no dia seguinte, logo de manhã. Então avisei meus pais que elas iriam também e eles sorriram.

Assim que estava quase terminando de arrumar as coisas, ouvi a campainha tocar. Como eu ouvi minha mãe dizer que atendia, resolvi continuar, até ouvir minha mãe na porta.

—Filho, tem visita pra você. - ela disse.

—Deixa entrar. - falei sorrindo pensando que fosse Marcelina, mas ao ver que era Luana, meu sorriso desapareceu.

—Oi. - ela disse meio encabulada.

—Oi. - respondi sério, sem me importar com o que minha mãe ia dizer, já que ela estava na porta.

—Tudo bem? 

—Está sim, e com você? - perguntei voltando o olhar pra dentro da mala.

—Estou ótima. 

Ficamos em silêncio por algum tempo e aquilo estava me irritando, se ela queria falar algo, por quê estava calada?

—Então... o que veio fazer aqui? -perguntei quebrando o gelo.

—Bom, eu primeiramente vim te pedir perdão. - ela disse e eu virei o rosto pra ela, confuso.

—Como é que é?

—Sim, vim pedir perdão pra você e para o Gustavo, mas ele não está em casa né?

—Não, ele saiu para comprar umas coisas com o pai. 

Nessa hora, parei de mexer na mala e sentei na cama a encarando.

—Pois então, vou pedir perdão pra você, por tudo o que fiz, depois peço pra ele. - ela parecia sincera, mas já conhecia esse truque.

—O que te levou a se arrepender de tudo e vir aqui me pedir perdão? - indaguei.

—Esse é outro ponto. - ela suspirou fechando os olhos - Eu vim aqui te pedir ajuda, mas só vou pedir depois de receber seu perdão.

—Vou pensar. Agora me fale para que quer minha ajuda. - disse, impaciente.

—Bom, eu estou gostando de alguém, e preciso da sua ajuda para conquistá-lo.

—Nada disso. - disparei sem pensar pensando que fosse Jorge - Bom, eu gostaria, mas não sei nada sobre o Jorge, então não tem como.

—Mas não é do Jorge que eu gosto.- se defendeu, cabisbaixa - É um amigo seu.

Espera aí, ela disse "amigo"? Mas, de amigo, o único que tenho é o Cirilo. Será ele? Não, duvido muito, mas arrisquei.

—Tá falando do Cirilo? 

Ela apenas assentiu com a cabeça e eu fiquei surpreso. 

—Bom, então no seu caso, acho que não será tão difícil você conseguir. - sorri.

—Por quê?

—Porque eu também notei que ele te olha de uma maneira que parece gostar de você também.

—Tá falando sério? - seus olhos brilharam.

—Sim. Bom, mas eu não tenho certeza, ele nunca me disse nada sobre gostar de alguém, só estou falando o que eu acho. 

—Mas não importa, pelo menos isso me dá um pouco de chance e de esperança de conquistá-lo.

—Sim, eu também acho. 

—Muito obrigada Mário, diz para o Gustavo que eu peço perdão tá? - ela sorria largamente.

—Claro, pode deixar. - eu também dei um sorriso.

Ficamos nos encarando por um instante até que percebi que ela estava querendo um abraço. Não fui rude, abracei-a e quando nos soltamos, ela ainda sorria.

—Tchau, vou pensar em como falar isso pro Cirilo na escola. - ela disse se levantando, mas eu segurei seu braço.

—Espera, acho melhor você falar com o Cirilo agora ou mais tarde. - alertei.

—Como assim?

—Bom, você viu que estou arrumando minhas coisas né? Pois bem, acontece que minha mãe tem um sítio na cidade vizinha e quer comemorar a volta dela lá, nessa semana mesmo, só que o Cirilo vai. 

Ela pareceu meio decepcionada, mas assentiu com a cabeça.

—Bom, se você quiser esperar uma semana pra falar com ele, não tem problema. 

—Não, sem problemas. Obrigada mesmo assim. 

Me abraçou novamente e saiu. Mas depois de alguns minutos, eu também saí do quarto e ouvi minha mãe conversando com ela.

—Claro que pode, será muito bem-vinda lá. - dizia minha mãe.

—Obrigada Dona Teresa, amanhã mesmo estarei aqui. - Luana sorria - Eu não queria incomodar vocês nessa viagem, mas sabe como é né? Quando a gente se apaixona, faz de tudo pra contar.

—Sim querida, não se preocupe, não vai incomodar nada.

Então, Luana foi embora e eu fui ao encontro de minha mãe.

—Mãe, é impressão minha ou a senhora deixou a Luana ir pro seu sítio com a gente? - perguntei.

—Sim filho, deixei. - ela sorria - É que ela me explicou que como gosta do seu amigo Cirilo e essa pode ser uma chance de ela contar, decidi convidá-la também. - seu sorriso desapareceu - Por quê filho? Não gosta dela?

—Não é só isso mãe, é que a Marcelina não vai gostar muito que ela vá, por estar ainda com raiva dela, até acho que ela preferia a Alícia do que ela.

—Por quê? O que a Luana fez?

—Senta que vou te contar tudo.

Sentamos no sofá e contei à ela tudo que Luana aprontou com Jorge antes dele me empurrar na escada, mas no final, mesmo perplexa, ela insistiu que Luana parecia mesmo arrependida e também merecia uma segunda chance. E quer saber? Eu acho que ela tinha razão, todos merecemos uma segunda chance. Eu então, decidi que a perdoaria e depois contei à Gustavo que Luana ia e que estava arrependida. E como meu irmão tem um bom coração, ele também disse que vai perdoá-la. 

—Só temos que explicar isso às meninas, que ainda estão com raiva dela.- eu disse.

—Ah, sem problemas, eu vou falar com Aninha, sei que ela vai me entender. - garantiu ele.

—Certo, eu também vou falar com a Marcelina. 

Assim, terminamos de arrumar as coisas e fomos dormir. Na manhã seguinte, Luana apareceu em casa com suas malas e nós ajudamos a colocar todas no carro, quando acabamos, fomos no carro da minha mãe buscar as meninas.

—Que carrão hein mãe? - falei rindo.

—Gostaram? - ela riu dirigindo.

—Muito. Espaçoso também. - Gustavo disse, rindo.

—Adorei o carro. - disse Luana

—Que bom que gostaram. - riu meu pai.

Passamos primeiro na casa de Cirilo, que ficava mais perto e ele ficou super animado ao ver o carro.

—Que carrão hein? - ele disse rindo e nós rimos juntos.

Em seguida, fomos até a casa de Alícia. Meus pais a receberam muito bem e os pais dela também foram super-educados com os meus, ela entrou no carro e beijou eu e Gustavo no rosto sorrindo, mas murmurou um "oi" para Luana com um sorriso fraco e virou-se pra frente. Então o carro arrancou novamente.

Chegamos enfim, na casa de Marcelina, já que Aninha iria esperar por nós lá mesmo. Quando chegamos, elas e Paulo se despediram dos pais e correram pro carro. Gustavo e eu saímos do carro e Marcelina me beijou, assim como Aninha beijou Gustavo. Ajudamos eles a colocarem as bagagens no porta malas do carro e entramos. Ao entrar,Paulo foi logo se sentar ao lado de Alícia, acho que por causa das roupas descoladas e o estilo de Alícia, Paulo viu que logo se dariam bem e começou a conversar com ela. Já Marcelina ficou meio séria ao ver Luana sentada no banco de trás, mas mesmo assim, se sentou do meu lado e eu fiquei ao lado de Gustavo, que ficou ao lado de Aninha. Ela também não parecia nada feliz com a presença de Luana ali, mas eu sabia que se explicássemos o motivo dela estar indo com a gente, elas parariam com aquilo. 

—Quando chegarmos lá, explicarei tudo pra você tá? - sussurrei no ouvido dela e ela assentiu ainda meio emburrada me abraçando de lado. 

—Já esteve em um sítio Marcelina? - minha mãe perguntou, dirigindo.

—Já sim Dona Teresa, mas faz muito tempo. 

—E você Aninha? 

—Eu também Dona Teresa, ia com Marcelina. - respondeu Aninha. 

O resto da viagem foi bem tranquilo, conversamos e rimos bastante dentro do carro, estávamos tão animados e empolgados lá que nem notamos que a hora passou e havíamos chegado.

—Bem-vindos. - minha mãe disse quando nós saímos do carro e eu fiquei boquiaberto, olhando o sítio.

Marcelina...

No dia seguinte depois do reencontro de Mário com a mãe, fui direto pra casa depois da aula, tomei um banho e fui para o hospital. Levei umas coisas para Mário comer já que ele mesmo dissera que não gostava de comida de hospital. Chegando lá, encontro ele abraçado com Alícia.

—Oi amiga. - ela disse, se virando pra mim ao me ver e me beijou no rosto. Eu apenas retribuí o beijo no rosto e forcei um sorriso, entregando a bandeja de comida para Mário.

—Puxa amor, muito obrigado. - falou ele, sorrindo.

—De nada amor. - eu disse forçando um sorriso e dei um beijo em sua testa. Depois me virei e sai da sala novamente. Não queria vê-los ali, juntos. Me sentei em uma cadeira que tinha do lado de fora e fiquei pensando se não estava exagerando. Poxa, eles estavam só se abraçando, eram velhos amigos, talvez seja exagero. Ou não? Sei lá, minha cabeça estava muito confusa. Mas permaneci ali no hospital por um tempo, quando Alícia saísse eu voltava. 

Uma semana se passou depois que Mário recebeu alta, assim que ajudamos ele a chegar em casa, ele se sentou em sua cama, mostrando a saudade que sentia dela. E eu, Aninha, Gustavo e Cirilo sentamos em sua cama enquanto conversávamos com ele.

—Bem-vindo de volta irmão. - disse Gustavo, sorrindo.

—Amo ver você feliz assim sabia? - Marcelina falou, com um sorriso maior que o rosto.

—Que bom que está de volta. - Aninha disse sorrindo.

—Você é um guerreiro cara, que bom que está bem. - Cirilo disse, vibrando.

—A gente ficou tão preocupado quando os médicos disseram do seu estado, é muito bom te ver de volta em casa sabia?- disse Alícia. 

—Eu que agradeço muito pelo apoio de vocês. - estendi meus braços enquanto falava. - Venham aqui. - chamei eles para um abraço coletivo e todos deram. Quando nos afastamos, minha mãe apareceu na porta. 

—Crianças, venham, preparei um almoço especial pra vocês.- ela disse com um brilho nos olhos e nós fomos. 

Ao ver a mesa posta, percebi que minha mãe havia ido fazer compras antes de eu receber alta no hospital, porque tudo que tinha lá eu nunca vi na geladeira, mas estava saboroso. E claro, estava melhor com meu irmão, minha amada e meus amigos ali comigo. Após o almoço, Cirilo e Alícia foram pra casa e Gustavo e Aninha foram dar uma volta na praça.

—Filho, eu sei que acabei de chegar, mas eu preciso de um tempo a sós com seu pai, tenho tantas coisas pra dizer para ele. - disse Dona Teresa, depois que Gustavo e Aninha saíram.

—Não se preocupem, vou ficar bem, né Marcelina? - ele disse me olhando.

—Claro Dona Teresa, eu vou ficar aqui com ele. - respondi sorridente.

—Tá bom, se cuidem. - disse Seu Germano

—Juízo crianças. - Dona Teresa disse antes de saírem.

Então Mário se sentou no sofá e me chamou pra sentar com ele. Sentei do seu lado e ficamos ali, vendo um filme chamado "Família por Acaso", que estava passando na televisão. Deitei minha cabeça em seu ombro e ele ficou acariciando meus cabelos enquanto olhávamos o filme. 

Alguns dias depois, tudo estava de volta ao normal, até na escola, Aninha e eu tivemos a ideia de chamar os meninos para irmos ao cinema, ligamos pra eles e ambos aceitaram. Quando chegamos na porta do cinema, senti que Mário estava meio nervoso, inquieto, eu já imaginava que ele nunca tivesse ido em um cinema antes, mas será que era só por isso mesmo? 

—O que foi Mário? - perguntei já na fila, percebendo sua inquietação.

—Nada, eu só estou um pouco ansioso. - ele disse parecendo meio envergonhado.

—Mas por quê? Nunca foi no cinema? 

—Nem eu nem Gustavo. 

Ambas rimos, tá certo que nunca foram, mas aquilo era um exagero pra nós.

—Pois pode acreditar, essa será a primeira vez de você e garanto que será inesquecível! - eu disse rindo me escorando nele e senti suas mãos me envolverem. Quando entramos na sala, nos sentamos e esperamos o filme começar, quando as luzes se apagaram, ouvi a voz de Mário novamente:

—Faltou luz? - perguntou ele, fazendo a sala inteira rir.

—Não Mário, é que o filme só consegue ser visto naquele telão com as luzes apagadas, depois eles acendem de novo. - expliquei ainda entre risos e mesmo assim, logo depois riu também e o filme começou, enquanto nós assistíamos em silêncio.

Depois que voltamos do cinema, Mário e Gustavo riram e disseram que gostaram da experiência de irem ao cinema pela primeira vez. Quando cheguei em casa, Paulo já tinha chegado. Tomei um banho e jantei, quando voltei ao quarto, recebi uma ligação de Mário. 

—Oi Mário. - disse, sorrindo.

—Oi Marcelina, tô ligando pra te fazer um convite.- ele tinha uma animação na voz.

—Oba, convite pra quê? - pensei que seria pra um passeio, mas logo o ouvi dizer algo que me deixou muito entusiasmada.

—A minha mãe conseguiu um sítio enorme com a herança que recebeu, agora ela quer levar eu e Gustavo pra lá amanhã para passarmos uma semana, como forma de comemorar o retorno dela. Só que eu quero saber se você quer ir, só vou lá se você for.

Ai que fofo, ele estava recusando um convite incrível daquele feito pelos pais por mim. Suspirei apaixonada e não resisti.

—Claro que eu quero ir, só preciso pedir permissão para os meus pais. - falei, animada.

—Tá bem Marce, quando eles te derem a resposta me liga.- pediu e concordei.

Fui então, até o quarto de minha mãe, ela já estava de camisola, pronta para dormir e meu pai estava deitado já na cama. Então Paulo devia estar tomando banho, pois o banheiro estava fechado e o barulho do chuveiro pairava no corredor.

—Mãe? Pai? - chamei.

—Oi filha, pode entrar. - ela disse, sorrindo.

—Olha, quero perguntar uma coisa séria.

—O quê filha? - meu pai pareceu preocupado.

Então contei toda a história, do convite de Mário e como ele disse que só ia se eu fosse, eles pareceram ter gostado daquilo, pois sorriram quando eu acabei.

—Puxa filha, fico feliz que ele tenha finalmente encontrado a mãe dele. - Riu minha mãe, como se isso resolvesse o problema - Mas só vão ele e Gustavo?

—Não, o Mário contou que o Gustavo ligou pra Aninha pra perguntar se ela também ia. 

—E ela vai? - meu pai perguntou.

—Ela me mandou uma mensagem de texto dizendo que vai sim.

—Bom, só deixo você ir se prometer que vai correr atrás das matérias que perder na escola depois. - disse minha mãe fazendo uma cara séria, mas não me importei, ela tinha razão. 

—Eu também acho.- meu pai concordou e eu gritei de felicidade, corri até os dois e os abracei.

—Eu amo vocês! Vocês são os melhores pais do mundo!- gritei feliz, dando um beijo no rosto dos dois.

—Que comemoração é essa? - perguntou Paulo do outro lado da porta.

—Entre Paulo, iremos explicar tudo. - pediu meu pai e Paulo entrou. Eles então explicaram tudo.

—Então eu vou também! - ele falou sorrindo.

—Não vai não Paulo, você tem escola também. - mamãe o repreendeu.

—Por quê não? - gritou ele irritado - Por quê ela pode ir e eu não?

—É Paulo, não basta a Marcelina perder uma semana de aula com essa viagem agora você também? Nem pensar. 

—Eu vou sim, nem adianta negarem!- insiste Paulo.

—Sério? Mas por quê você quer tanto ir irmão? - perguntei curiosa.

—Primeiro porque essa é a única maneira de eu descansar um tempo sem escola e nem nada e segundo, você acha mesmo que eu iria perder um lugar tão legal com piscina e tudo? - cruzou os braços, irritado. 

Nossos pais suspiraram, sabiam que quanto mais negassem, mais Paulo insistiria, então acho que não estavam a fim de discutir a noite toda com ele.

—Tá bom Paulo, então vai. - disse minha mãe - Mas se comporte e cuide da sua irmã.

—Vou sim mãe, pode deixar. - ele sorriu largamente descruzando os braços.

—Ah tá, então vamos pra esse sítio, Vamos nos divertir bastante lá com eles. - eu disse.

—E quando iremos?. - ele pergunta animado.

—Amanhã. - disse animada com isso de que o Paulo vai junto com a gente.

—Vão ficar lá quanto tempo? - perguntou minha mãe.

—Acho que uma semana. - respondi com receio da reação dela.

—Não é muito tempo, poderá recuperar as matérias depois. - falou ela sorrindo.

—Desde que você pegue todas as matérias, não tem problema.- disse meu pai.

—Prometo que vou correr atrás quando voltar. - garanti.

Então, ficou decidido, avisei à Mário que ia e que Paulo iria também e mandei uma mensagem para Aninha pedindo que ela viesse amanhã em minha casa, já que Dona Teresa nos informou que iríamos partir às dez horas, então, se ela chegasse em casa uma hora antes, estava tudo perfeito. Aninha concordou e na manhã seguinte, quando eram exatamente nove horas, tinha acabado de tomar café e estava assistindo televisão quando Aninha apareceu na porta de casa com os pais dela. 

—Tô tão animada amiga, você está? - ela perguntou me abraçando.

—Muito amiga, vai ser tão legal. - falei rindo, empolgada e convidei os pais dela para entrarem.

Uma hora depois, Mário e Gustavo apareceram na minha porta em um carrão, fiquei super animada e me despedi dos meus pais, Paulo fez o mesmo depois e Aninha se despediu dos dela.

—Juízo tá filha? - disse minha mãe.

—Boa viagem querida. - meu pai disse.

Os meninos vieram em nossa direção e nos ajudaram a colocar as nossas coisas no porta malas do carro. Entramos e logo meu sorriso desapareceu quando vi Alícia e Luana dentro do carro. Além delas, também estava Cirilo. Mas o que aquela idiota da Luana estava fazendo ali? Depois de tudo que fez com a gente, pensei que nunca mais a veria. Eu preferia ver Alícia ali com eles do que ela.

—Quando chegarmos lá eu explico tudo. - Mário sussurrou em meu ouvido e eu assenti séria. Acenamos para todos e o carro arrancou. 

Após alguns minutos, Dona Teresa nos olhou pelo retrovisor. 

—Já esteve em um sítio Marcelina? - perguntou ela, dirigindo.

—Já sim Dona Teresa, mas faz muito tempo. - respondi, não lembrava exatamente como era o sítio, pois fazia tempo que não íamos lá, mas tínhamos um.

—E você Aninha? 

—Eu também Dona Teresa, ia com Marcelina. - respondeu Aninha. Sim, muitas vezes ela ia pro sítio comigo passar as férias lá. 

O resto da viagem foi bem tranquilo, conversamos e rimos bastante dentro do carro, estávamos tão animados e empolgados lá que nem notamos que a hora passou e havíamos chegado.

—Bem-vindos. - disse Dona Teresa quando saímos do carro e eu arregalei meus olhos, impressionada com o tamanho e a beleza do sítio.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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