Genteney, eu acabei não percebendo que eu postei no lugar errado. Desculpa e_e

....

Fazia alguns dias que estamos aqui. 

Eu não fazia ideia do que tinha acontecido, não fazia ideia de onde estava. Só sabia que agora eu não era eu mesma.

Não sentia fome, não sentia dor, meus movimentos eram limitados, e minha voz era mais robótica.

Então, depois de dias sem se mexer, eu me levantei. Me desequilibrei e antes que eu caísse, me apoiei nas paredes. Peguei fôlego - ou pelo menos tentei, já que não precisava mais respirar - e fui andando. Eu estava em uma pizzaria. Os animatronics, que estranhamente viraram humanoides, estavam em cima do palco. E um garoto segurando um balão estava perto da sala onde eu ficava. Achei que era um garoto humano, mas quando fui falar com ele, vi que também era um animatronic. Meu sorriso desapareceu. 

Comecei a andar, tentando explorar o lugar. O garoto estava me seguindo. Acabamos começando a conversar e viramos amigos. 

Eu passava o dia inteiro conversando com ele. Um dia desses, ele me contou que eu era um animatronic, já que eu parecia em dúvida quanto aquilo. Eu me surpreendi tanto que, inconscientemente, comecei a contar que eu era viva. Ele pareceu não se impressionar muito, e continuamos a conversar normalmente. Eu ainda, sinceramente, não confiava plenamente nele. Mas oque eu poderia fazer? Não havia nada para fazer ali, mesmo.

Eu ia pra cozinha, olhando para os armários e para a geladeira, esperando que meu estômago desse sinal de vida. Mas nada. Um dia, acabei descobrindo uma porta atrás de um dos armários, enquanto estava explorando. A porta estava com tábuas pregadas, impedindo qualquer um de passar. Mas eu não sou qualquer uma. Peguei um martelo que estava perto de uma caixa, em uma sala escura, e comecei a desparafusar. Claro que fechei a porta para que ninguém visse oque estava fazendo, mas eu fiz.

Alguns minutos de puro esforço, tirei todos os pregos e agora todas as tábuas estavam no chão. Tirei a poeira da minha roupa e as farpas das minhas mãos e girei a maçaneta. Não abria. Óbvio, ninguém que coloca tábuas em em uma porta não iria dar um jeito pra porta REALMENTE não abrir. Como não pensei nisso?

Ergui a perna e dei um chute com o máximo de força que conseguia. A porta fez um barulho e se destrancou. Aparentemente quebrei alguma coisa ali. Empurrei a porta levemente. A porta rangiu. Dentro da sala, havia um animatronic. Desgastado. Cabelos loiros puxados para verde e olhos prateados. Parecia ser um coelho. Uma parte de sua orelha estava arrancada, e algumas partes de sua pele também, fazendo seu endo-esqueleto e alguns fios aparecerem. 

Fui me aproximando do animatronic.

—Saia. 

Escutei uma voz grossa e robótica saindo de sua caixa de som. Sem temer, me aproximei. Sou incapaz de sentir dor, porque temer a alguém?

—Eu disse para sair.

Ele parecia querer gritar, mas provavelmente era um animatronic antigo, então sua caixa de voz não era tão potente assim. (Autora: Já que, realmente, ele não grita quando da o Jumpscare dele e_e)

Me aproximei mais e agachei em sua frente.

—Olá. - eu disse

—...porque não saiu? Não tem medo de mim? - ele disse, me olhando fixamente. Estranhamente, ele não movia sua boca pra falar

—Porque teria? - sorri. Fazia tempo que não sorria, então era um alívio

Se ele não fosse um animatronic, provavelmente teria corado.

—Porque... eu não posso te contar. - disse

—Ok. - não iria insistir. Sei bem como é guardar um segredo - Qual seu nome?

—Vi-... - se interrompeu - Go-... - se interrompeu de novo. Parou para pensar um pouco e disse: - Eu sou Spring Trap.

Armadilha de Mola, huh? Interessante.

Logo, começamos a conversar. Todos os dias, eu ia ver ele. O garoto - o qual se chamava Ballon Boy, ou BB - sempre me perguntava se podia ir junto. Mas eu sempre dizia não. Spring - um apelido carinhoso - não gostava de outras pessoas. Tanto que foi difícil fazer amizade com ele. Spring disse que era vivo, e eu também disse isso. Um dia, ele me perguntou meu nome, e eu respondi, obviamente:

—Maggie.

Eu perguntei pra ele o nome dele também, mas o mesmo não me respondeu e mudou de assunto. Provavelmente não gosta de falar sobre isso. Um dia, eu tava meio triste. Ele me perguntou oque houve.

—Spring... me diz... somos amigos, né? - perguntei cabisbaixa

Ele sorriu e disse:

—Sim, somos sim, Maggie.

Ele é meu amigo...

Ele é meu melhor amigo.