Maggie Pov's On

Hoje estou indo para uma nova escola. "Porque?", vocês perguntam? Simples, porque eu e meu pai vivemos viajando. Nunca ficamos em um lugar só. Ainda bem que meu pai foi uma vez legal comigo e me deixou em uma escola normal. Mas, de qualquer jeito, ninguém fala comigo. Eles pensam que eu sou aquele tipo de riquinha metida, só porque eu sou tímida e não sei puxar assunto...

Ah, esqueci. Prazer, sou Maggie. Sou loira, meus cabelos vão até o calcanhar. Não me preocupo muito com isso. Meus olhos são cor-de-mel, sou baixinha, e sou uma verdadeira tábua. Pelo menos é o que eu acho, porque todos vivem olhando para mim. Alguns dizem "fofa", e outros babam. Me pergunto se isso é normal ou não. Mas, apesar de tudo, eu tenho um lugar favorito. Adoro os parques, não os de diversão, e sim os parques normais. Aquele calmo, onde as crianças brincam, tomam sorvete, os casais sentam nos bancos de madeira branca e conversam até se cansarem, - claro, às vezes se beijam.

Mas, deixando isso de lado, tomara que esse ano seja diferente. Sinto que algo irá mudar... não sei. (Autora: Nuss, agora que percebi, mas a história dela se parece um pouco com a da Violetta :v)

–Maggie! - meu pai me chamou

–Já vou! - gritei de volta, com desanimo. Faz tempo que não tenho uma conversa decente com alguém, então acho que meus olhos estão sem vida... tomara que não percebam isso

Coloquei o resto do material na mochila e desci as grandes escadas, que davam direto na sala.

–Bom -dia, pai. - disse desanimada

–Bom-dia filha! Não está animada? - ele parecia feliz

–Não é isso... -"Bem, eu acho..." - pensei -

–Hum... sei. - estava desconfiado

Peguei apenas uma maça. Não estava com apetite para comer nada, então já vou.

–Ei, não vai comer?

–Não, estou sem apetite. Tchau pai. - dei um beijo em sua bochecha e um abraço e saí

–Tchau...

Não que meu pai seja ruim comigo, na verdade, eu o considero o melhor pai do mundo, mas ele quase nunca me ouve quando é assunto de não se mudar mais. Além de ele trabalhar muito. Ele é separado da mamãe, que se separou dele uns meses depois que meu irmão morreu. Acho que desde que ele morreu, me sinto sozinha. Eu o amava de coração, e sempre o amei. Ele era meu melhor amigo... mas o maldito acidente o matou... simplesmente porque quis me proteger... Mas, eu decidi que não choraria mais na vida, pois descobri que isso não ajudava em nada. E desde então eu vivo assim. Mas isso não é assunto agora. Talvez mais tarde eu conte como aconteceu... só talvez.

Caminhava em direção há escola, sem me preocupar com olhares nada discretos. Alguns pareciam surpresos - talvez prque conhecem meu pai e sabem quem sou -, e outros olhavam maliciosamente, mas outros olhavam com um brilho nos olhos. Vamos ver os motivos... os surpresos, meu pai; os maliciosos, motivo desconhecido (Já que sou feia) (Autora: Ata que é mesmo ¬¬'); e os com brilho nos olhos, talvez porque sou fofa. Todos dizem a mesma coisa. Aff...

Não tenho celular. Não preciso. Nunca fui viciada. Por isso não sei as horas... mas não tenho preocupações, como sou novata, ainda vou ter minha apresentação, então não tem problema chegar atrasada. E também, meu pai. Acho que todos os professores da escola sabem quem sou, então com certeza vão me idolatrar. Ridículos...

Cheguei na escola, despreocupada. Os alunos ainda estavam no pátio, e um carinha ruivo andava na minha frente. Ele parecia ouvir uns cochichos sobre mim, mesmo estando com fones de ouvido. Quando cheguei na metade do pátio, todos haviam me notado, menos o ruivinho, que deve ter colocado uma música, já que não ouviu os milhares de cochichos. Nem ligo para isso, apenas quero seguir minha vida e ver no que da.

Fui a sala do diretor, bati na porta três vezes, e fui recebida com um "entre" abafado pela porta. Sabe como não me perdi? É que nessa escola estão espalhados vários mapas para saber onde você está. Também né, escola gigante!

Obedeci o suposto diretor e abri a porta, a fechando atrás de mim. Olhei para ele, que organizava alguns papeis.

–Haram... - limpei a garganta "falsamente", fazendo-o perceber minha presença

–Ah sim, olá, pequena! - disse com um sorriso verdadeiro, não aqueles falsos que quase todos usam para "conquistar" minha bondade - Nunca te vi antes, então devo deduzir que é a novata. - wow, essa é nova, alguém que não me conhece... não que seja exibida, é que é quase impossível alguém não me conhecer - Bem, como já deve saber, todos da escola tem que entrar em um clube, mesmo que nem seja para participar, apenas para marcar presença, então, que clube gostaria de entrar? - nem precisei pensar, claro que escolheria aquele...

–Teatro.

–Claro! São poucas as pessoas que entram no clube de teatro, já que não são todos que tem esse talento, mas tomara que consiga mudar isso, pequena! Bem, para finalizar, diga seu nome completo, por favor.

–Maggie.

–Só Maggie? - perguntou confuso

–Maggie, Maggie Ashley. - o diretor arregalou os olhos, mas escreveu em uma papelada

–Bem-vinda a escola, Maggie Ashley! - disse sorridente, acho que a alegria dele é contagiante, porque eu dei um mini-sorriso também - Dispensada.

Após isso, girei o calcanhar e saí da sala do diretor, contente por fazer um novo "amigo". Caminhei em direção a minha sala, em seguida, o sinal ecoou pela parede daquele grande prédio, fazendo os alunos irem em direção as sua salas. Olhei o papel mais uma vez. Vi o número e apenas fui seguindo os mapas que tinham na parede, até que finalmente cheguei ao meu destino.

E quase automaticamente, o professor entrou na sala, tipo, do nada, eu nem vi ele. E ele parecia contente por eu cair na sala dele. Esperei até ele me chamar, e entrei. Não liguei para nenhum barulho, apenas observei a todos, sem exeção. Epa, aquele ruivinho ta aqui. Legal.

Sem mais delongas, disse:

–Meu nome é Maggie... É um prazer... e, por favor, cuidem de mim.

Continua...