It's Time escrita por Arabella McGrath


Capítulo 6
Capítulo V — O que aconteceu enquanto Arthur esteve morto (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Hello. It's me. I was... *apanha*

Ok, ok. Alo alo, vocês sabem quem eu sou??¿¿ Demorou um mês dessa vez, vai. Enfim, vim com um capítulo, obviamente. É um pouquinho curtinho, mas a segunda parte vem próxima semana. Eu juro, sério. Podem me xingar à vontade se eu não postar.

Anyway, boa leitura! :D



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Estranhamente, o café da manhã no ridiculamente pequeno apartamento de Merlin e Melissa estava calmo. Muito calmo.

— Então... o que vamos fazer hoje? – Arthur perguntou.

— O recesso da minha faculdade acabou e eu tenho que ir para o estágio também. Merlin, você tem trabalho hoje, não é? – questionou Melissa. Merlin assentiu.

— Sexta, sábado e domingo.

O trabalho de Arthur como professor era apenas no sábado e no domingo, então ele fez uma careta. Já que era sexta, aparentemente ele teria que passar a tarde sozinho.

Melissa levantou-se da mesa e foi para o quarto terminar de se arrumar. Acordara atrasada para a faculdade e já tinha perdido várias aulas mesmo, então fez tudo em um ritmo normal.

Quando Merlin também se levantou e foi para o quarto, Arthur seguiu-o, até que o mago entrou no banheiro, batendo a porta na cara dele.

Arthur respirou fundo duas vezes, controlando-se para não explodir e, calmamente, perguntou: — O que eu vou fazer hoje?

A porta do banheiro novamente abriu-se, revelando um Merlin com um uniforme, olhando-o confuso.

— Qualquer coisa, você tem a tarde livre.

— Mas eu não sei o que fazer! – exclamou. — Desde que eu cheguei aqui eu estive com vocês. Segunda eu "voltei" dos mortos, terça você ficou doente, quarta passeamos por Londres, e ontem fizemos uma maratona daquelas imagens tecnológicas...

— Filmes...

— Isso, filmes. Então eu não sei o que fazer hoje sem vocês.

— Bem... – Merlin coçou a nuca.

Pensando bem, não era uma boa ideia deixar Arthur sozinho. Talvez ele endoidasse e resolvesse mexer nas "coisas tecnológicas", como chamava. Melhor não. Foi então que Merlin teve uma ideia fantástica.

— Já sei! Vou te deixar numa biblioteca – disse, enquanto puxava o loiro pelo braço e certificava-se de que Melissa já tinha ido para fechar a porta do apartamento.

— O quê? Uma biblioteca? Para quê?

— Quando você chegou aqui, perguntou bastante do que aconteceu desde então, ou melhor, todos esses dias. Então vamos unir o útil ao agradável. Assim você não estraga a casa com alguma invenção e descobre logo o que aconteceu desde o século cinco.

Arthur ia retrucar, mas quando deu por si, eles já estavam na rua e Merlin guiava-o até a esquina, onde podia se ver um grande edifício bege. Logo entraram e Emrys dirigiu-se à bibliotecária, perguntando onde ficavam os livros de história. Ao ser respondido, pegou novamente Arthur pelo braço até o local indicado.

— E voilà! Tchau.

E assim saiu correndo pelos corredores da biblioteca por já estar atrasado e estar com medo de Arthur ficar com raiva também. Esbarrou em algumas pessoas, livros e prateleiras – e ouch, isso doía –, mas perseverou (apesar dos xingamentos alheios).

No entanto, na parte de história mundial de uma boa biblioteca de Londres, o rei Arthur Pendragon encarava com tédio as várias prateleiras.

Suspirou derrotado.

Ainda tinha uma certa curiosidade de saber o que acontecera após a sua morte e como iria ficar lá por umas boas horas...

Pegou um livro de história mundial que narrava tudo depois de Cristo e começou a ler.

E leu.

.... e leu.

Leu muito.

Até quem gosta muito de ler teria que admitir que aquilo foi demais. O autor do livro já deveria estar morto por causa das mãos. Ninguém deve aguentar escrever tudo aquilo.

Dica: nunca morram e depois voltem a vida, crianças. Vocês vão ter que aprender a história de quase dezesseis séculos em menos de cinco horas. Então vivam, vivam muito, o máximo que puderem, morram logo jovens porque é aquele ditado, né? Morra cedo e aproveite muito. Não tem problema com isso, podem morrer, mas não renasçam. É uma dica amiga. Se não vocês acabam como o nosso querido amigo Arthur aqui, que provavelmente vai ter morte cerebral daqui a dois segundos por tanta informação nova num curto período de tempo.

*

Era de tardezinha e Merlin saiu exausto do seu trabalho de meio período numa loja no shopping. Apesar disso, antes de ir para casa, resolveu passar na biblioteca por causa de Arthur. Provavelmente ele levaria uns gritos por tê-lo deixado naquele lugar, por ter demorado então...

Resmungando, Merlin foi até a biblioteca que era na esquina do seu prédio. Ao chegar lá, foi até a seção de história e sinceramente pensou em dar meia volta ao ver um Arthur com um olhar vazio, tremendo um pouco e com as mãos suspensas no ar em meio a um livro gigantesco – sabe a Bíblia, o dicionário e Game of Thrones? Não seriam nada comparados ao tamanho daquele livro, pinky promise—, mas ele ainda parecia estar respirando. Pelo menos.

Merlin foi para a frente do sofá que Arthur estava sentado com o pesado livro no colo. Cuidadosamente pegou-o — quase caindo para a frente com o peso — e levou-o até uma prateleira qualquer. Depois balançou a palma da mão na frente do loiro, que não reagiu.

Sentou-se no mesmo sofá e ficou uns três minutos esperando Arthur voltar ao normal. Nada.

Então começou a sacudi-lo, até que o rei finalmente reagiu...

A maneira dele reagir, aliás, não foi a esperada. Afinal, você esperaria que, quando sacudisse uma pessoa, esta iria te girar no sofá, prenderia seus braços acima da cabeça e te olharia com um olhar assassino?

(Para falar a verdade não era assassino, não. O Merlin que é trouxa. Estava mais para aquele que quer te devorar, tirar suas roupas e fazer um sexo bem... Heh, desculpa, vamos continuar.)

Um segundo depois Arthur "retomou" a consciência e soltou os braços de Emrys, mas continuou na mesma posição.

— O quê? – Merlin perguntou, ofegante. Foi o susto, disse a si mesmo.

— Eu só... estou com muita informação nova na cabeça ainda, confessou. — Você sabia das cruzadas? Das colônias? Da Guerra dos Cem A...

— Shh – murmurou Merlin sem saber muito o que fazer. — Eu sei disso, estava vivo na época de tudo. Você que não...

Arthur suspirou e os pelos de Merlin eriçaram com a respiração quente e pesada do rei.

Após alguns instantes naquele modo, o Pendragon finalmente soltou Emrys e sentou-se no sofá novamente.

— Eu perdi tantas coisas... – resmungou irritado. Merlin somente assentiu. — Eu só queria... que as coisas tivessem sido diferentes.

— Acredite, eu também. – respondeu, para logo depois dar um sorriso. — Mas veja bem, aparentemente você tem uma nova chance; uma nova vida no mundo moderno, onde as coisas são ou pelo menos aparentam serem mais fáceis.

Arthur também sorriu e disse: — Sim, espero que seja mesmo. Quero mesmo uma segunda chance.

Merlin, num súbito de coragem, encostou sua testa na de Arthur e simplesmente sussurrou um "vai dar tudo certo".


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e digam o que acharam. Está muito acelerado? Ou muito lento? Tá um lixo?...

Beijocas.
(Betado por Milkyway do PD https://goo.gl/b7UVWZ)



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