Eyes of the Future escrita por QueenOfVampires


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente!
Primeiramente queria agradecer a quem já está acompanhando, quem comentou e tudo mais! Muito obrigada por marcarem presença por aqui, estava com saudades de vocês!
Então, eu esqueci de falar umas coisinhas no capítulo passado sobre esse Spin, eu tava tão animada que deixei passar...
Ele vai ser BEM curtinho, não me matem, mas é porque não é uma ideia que tem como expandir para uma long fic, portanto só terá 3 capítulos (talvez 4).
Outra coisinha, o Oliver... Aiai, amando muito usar esse personagem, enfim, não foi por acaso que a Megh o encontrou... Tudo armação do Balth! O ruivo vai ajudá-la bastante e NÃO, eles não se envolverão de maneira nenhuma, pela mãe do guarda, ela é do Cass!
Falando no Cass, gostaria de esclarecer que esse vai dar as caras no futuro sim!
Dado esses belos spoilers, vamos ao capítulo kkkkkkkk Boa leitura!



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Acordei na manhã seguinte, desejando que tivesse sido apenas mais um pesadelo, mas logo bateu a decepção quando notei o ambiente ao meu redor. Nem consegui sonhar com o Cass e pedir ajuda, na verdade não cheguei a sonhar com nada naquela noite.

Sentei-me na cama e vi uma sacola com roupas em cima da poltrona do quarto, Oliver devia ter deixado ali. Era loucura estar dormindo na casa de um desconhecido, ele poderia me matar facilmente enquanto eu dormia, mas por algum motivo eu sabia que ele não o faria. Eu sabia que ele era o oposto de alguém mau.

Depois de me arrumar, saí do quarto e passei pelo corredor vagarosamente para ver melhor os livros que estavam ali, todos eram sobre criaturas, rituais e acontecimentos sobrenaturais. Muitos dos livros que estavam ali, eu já tinha lido na casa do Bobby, no bunker ou até mesmo durante algum caso. Era uma boa coleção, tenho certeza que Sophie e Sam invejariam... Oh céus! Eu estava com saudades da família.

– Bom dia, Sleeping Beauty! – Oliver me cumprimentou, ele estava tomando um copo de algum suco que não identifiquei de longe.

– Bom dia... – dei um leve aceno e sentei na bancada, sua mochila estava lá e um tablet do lado – Está saindo para um caso?

– Sim! Um dos raros... Wendigos! – ele me entregou o aparelho e eu li a descrição.

“Jovem desaparece em floresta da Georgia, sua acompanhante alega que uma criatura o levou, mas as autoridades locais afirmam que o casal foi vítima de um ataque de ursos”

– Wendigos... Eu quero ir!

– Tem certeza? São umas 14 horas de viagem...

– E daí? Eu não tenho muito que fazer por aqui. – dei de ombros.

– Certo... Então você vai precisar de armas e de um lança-chamas!

Oliver me chamou e nós seguimos pelo corredor, havia mais três portas depois do quarto de hóspedes, uma levava ao banheiro, a outra ao quarto dele e a terceira levava à um lugar que nem parecia existir dentro do apartamento de tão amplo e servia como um tipo de local de treinamento.

A parede principal, que ficava de frente para a porta, era coberta de armas, tantas que nem consegui focar em alguma e identificar qual era. Havia dois alvos para o treinamento de tiros, dois sacos de areia pendurados em lados opostos do lugar, um enorme estoque de sal, isqueiros e garrafas de água benta.

– Por que tem dois sacos de areia e dois alvos? Mais alguém mora com você? – perguntei.

– Ah... Não no momento. Eram para minha irmã. – ele respondeu enquanto carregava uma pistola.

– Ela...

– Morreu? Sim.

– Sinto muito, eu posso imaginar o que você passou.

– Também perdeu familiares nessa vida? – Oliver me encarou.

– Meus pais e meu irmão.

– Eu perdi toda a minha família, meus pais, meus tios, meus avós, minha irmã, primos... Literalmente fui o único que sobrou.

Eu não tive capacidade de falar nada, minha mente apenas processava todo o sofrimento que aquele garoto devia estar guardando. Ver todos da família serem mortos por criaturas... Não era nada fácil.

– Mas não vamos nos martirizar por isso. – ele me entregou a arma e me ofereceu um sorriso gentil.

– Tudo bem.

Depois de arrumar tudo, descemos até a garagem, me preocupei em pegar 14 horas de estrada em cima de uma moto, mas fiquei aliviada ao constatar que Oliver realmente tinha um carro. Era um Jeep Wangler de cor verde escura, mais machão, impossível.

A estrada era mais deserta do que eu poderia imaginar, seria estranho se eu não soubesse que estava em um período de pós-apocalipse demoníaco, ou algo assim. O carro tinha sal no piso e vários pentagramas desenhados em lugares aleatórios.

– Não tem sigilos enoquianos? – perguntei.

– Contra anjos? – Oliver pareceu surpreso – Por que eu afastaria os anjos? Eles ajudam o tempo todo!

Não pude deixar de sorrir, finalmente os bobões alados pareciam ter tomado consciência.

– Ah, na minha época eles têm o dom de atrapalhar...

– Se os anjos não ajudassem, eu também estaria morto.

– Sua família inteira era de caçadores?

– Só o lado da minha mãe. – ele se mexeu no banco, parecendo desconfortável com o rumo da conversa – Você acha que falta muito para chegarmos?

– Mais oito quilômetros. – o respondi, entendendo a deixa para mudar de assunto.

O resto da viagem foi de um silêncio absoluto, mas a minha mente estava funcionando como uma locomotiva. A curiosidade sobre minha própria vida estava sendo atiçada a cada minuto que eu passava naquela época, por mais que eu tentasse focar na caçada, queria saber o que eu estaria fazendo naquele momento.

Chegamos em Dalton, Georgia no final da tarde e fomos direto para o local do ataque. A área para acampamentos estava fechada por ser local sujeito a ataque de ursos, então era certo que não haveria outras pessoas por lá. Enquanto buscávamos a caverna da criatura, Oliver retomou nossa conversa.

– Por que você ficou tão animada em caçar um Wendigo?

– É que eu sou meio obcecada com a exterminação de Wendigos... Meu irmão foi morto por um.

– Oh! Lembre-me de não ficar no seu caminho quando ele aparecer. – ele deu uma pequena risada – Eu mal caço outras criaturas que não sejam demônios e espíritos.

– Deve ser entediante... Mas você me parece tão jovem para ter tanta experiência assim.

– Eu tive bons professores, ótimos livros... E muita vontade de viver.

Realmente, não podia negar que Oliver era repleto de vontade de viver. Depois de perder toda a família, ele continuava ali, firme e forte... Era de se admirar.

No momento em que eu ia respondê-lo, um grito de socorro ecoou pela floresta. Sabíamos que era aquela criatura maldita nos atraindo e corremos na direção do som, engatilhei a arma e Oliver já estava com o lança-chamas em riste. Era meio complicado de enxergar apenas com a luz da lua para iluminar o lugar, mas não podíamos nos dar ao luxo de usar lanternas e atrair o monstro.

Finalmente achamos a caverna e os gritos cessaram, era óbvio que o Wendigo nos esperava lá dentro e teríamos que ser muito espertos para que ele não nos pegasse.

– Eu vou primeiro. – entrei na caverna rapidamente.

– O quê? Não! Meghan! – Oliver me seguiu – Me deixe ir na frente, ele pode matá-la!

– Eu sei lidar com esses feiosos. – apressei o passo.

– Meghan! – ele segurou meu braço e me fez virar.

– Minha nossa! – Gritei ao ver o bicho agarrado às pedras no teto da caverna.

O Wendigo saltou nas costas do Oliver e o derrubou no chão. Acertei o rosto do bicho com a arma e isso só o irritou, pois ele me acertou um golpe que me jogou contra a parede. Apesar da dor nas costelas, consegui levantar quase que instantaneamente.

– Meghan... Uma ajudinha? – Oliver gritou enquanto era arrastado pelas pernas.

Eu paralisei, aquela cena desencadeou um flashback na minha mente. Foi exatamente daquele modo que o Kyle foi morto, sendo arrastado enquanto eu estava amarrada pelos braços na caverna, sem poder ajudá-lo. Mas eu não podia deixar que o mesmo acontecesse com aquele garoto. Retomei o foco, peguei a arma do chão e parti para cima da criatura.

Atirei em seu ombro, o distraindo para que o ruivo fugisse, dei outro tiro no peito e um último na cabeça, que o fez cambalear para trás. O Wendigo ficou atordoado tempo suficiente para que Oliver ativasse o lança-chamas contra o ser.

O monstro gritou e rosnou, agonizando enquanto era consumido pelas chamas. Sua pele foi deformando e se desfazendo até que ele virou um monte de carne queimada no chão da caverna. Nós vasculhamos o local em busca de mais vítimas, mas só encontramos ossos.

– Temos que sair daqui, ele te machucou. – apontei o rasgo que o bicho tinha feito na perna do Oliver.

– Eu vou ficar perfeitamente bem.

– Pode infeccionar, vamos logo! – o empurrei para fora da caverna.

– Meghan... Pare! – ele se virou e tapou minha boca.

Escutamos barulhos de rosnados baixos e passos pesados. Oliver me puxou para um vão da caverna, onde ficamos escondidos e um segundo Wendigo passou sem nos notar, quando percebemos que ele estava longe o suficiente, arrisquei colocar a cabeça para fora.

– Dois?

– Eu nunca vi isso antes. – Oliver passou por mim, ainda mancando por causa do machucado em sua perna, e seguiu para onde o monstro havia ido.

– Ficou louco? – o acompanhei e engatilhei a arma – Deixe isso comigo, você mal está andando.

– Eu vou ficar bem. – ele rolou os olhos – Silêncio!

Quando visualizamos a criatura, ela estava agachada próximo ao local onde ficaram as cinzas do outro. Ao notar nossa presença, virou-se abruptamente e fez menção de nos atacar, mas eu atirei antes, acertando o rosto e Oliver ativou o lança-chamas, mas aquele era mais rápido que o primeiro e escapou das labaredas, escalando a parede.

Então o gás acabou e as chamas cessaram. Nós dois nos entreolhamos e o monstro aterrissou na nossa frente, comecei a atirar, mas aquilo apenas o retardava e o deixava com mais raiva ainda.

– Me diga que você tem um plano B, as balas não são infinitas! – falei desesperadamente – Esse futuro não é muito futurístico!

– Cadê o lança-chamas que eu te dei?

– Acho que deixei no carro... – admiti com raiva de mim mesma.

– Ótimo, vamos ter que atraí-lo até lá! – Oliver puxou meu braço e nós corremos para fora da caverna.

– VOCÊ ESTÁ LOUCO? ELE É MAIS RÁPIDO! VOCÊ ESTÁ... – parei de falar ao perceber que ele, na verdade, estava correndo muito bem, como se nada tivesse acontecido – VOCÊ NÃO ESTÁ MANCANDO!

– Pois é, coisas da vida!

A criatura corria louca atrás de nós, não notei bem como aconteceu, mas Oliver tirou duas facas da jaqueta, virou de costas sem diminuir o ritmo da corrida ou acertar algum obstáculo e as lançou contra o Wendigo, isso o atrasou mais ainda, tivemos tempo de chegar ao carro e pegar o lança-chamas. Assim que o monstro surgiu na nossa frente, atacamos e acabamos com ele.

– Conseguimos... – suspirei aliviada e encostei-me ao capô do carro.

– É, foi divertido... Estou com fome agora. – o ruivo torceu os lábios.

– Vamos cuidar desse machucado que você tem na perna antes de pegarmos a estrada.

– Não precisa, eu já disse!

– Você pode até ter conseguido correr por causa da adrenalina, mas...

– Meghan! Não precisa! – Oliver levantou o tecido e mostrou a perna em perfeito estado.

– Mas...

– Acho que você pode não estar acostumada com esse tipo de coisas, mas eu sou um Nephilim. – e ao dizer isso, ele exibiu seus olhos com o brilho cinza.

– MINHA NOSSA! COMO VOCÊ NÃO ME FALA UMA COISA DESSAS? – indaguei escandalosamente – Como você vive normalmente?

– Por que não viveria?

– Anjos? Eles não te consideram uma aberração proibida? – questionei.

– Ah! Você é da época em que nós éramos proibidos... É, não somos mais. Pelo contrário, somos até mais aceitos que os humanos.

– Ok, eu preciso sentar e assimilar isso!

– Pode sentar e assimilar no banco de carona enquanto eu dirijo até o restaurante mais próximo? – ele pediu e eu assenti.

Entramos no carro e fomos rumo à cidade. Primeiro fiquei em silêncio até aceitar que tinha um Nephilim do meu lado, quer dizer, eu estava acostumada com o Jordan... Mas estava acostumada a escondê-lo!

– Você disse que são mais aceitos que os humanos?! – perguntei ao refletir tudo que ele havia dito.

– É, na verdade existem mais de nós do que humanos na terra... A humanidade está quase extinta, quando os demônios começaram a tomar tudo, os anjos decidiram que precisariam de uma força extra, então deixamos de ser um problema e passamos a ser uma solução.

– Soldados.

– Exatamente... Eu nasci exclusivamente para lutar. – Oliver murmurou e começou a arrumar o bigode novamente.

– Posso perguntar três coisas?

– Claro.

– Primeiro, por que você vive mexendo nesse bigode?

– É uma mania, posso? – ele me olhou, indignado.

– Certo, é uma mania irritante... Segundo, por que você mora em Lebanon?

– Porque é o lugar mais tranquilo do país, quase não têm demônios lá... Eu morei na estrada a vida toda e decidi que precisava sossegar em um lugar.

– Então você fez um ótimo trabalho?

– Não fui eu que livrei a cidade dos demônios...

– Certo, informação demais! – exclamei e ele me olhou surpresa – Eu moro em Lebanon e eu não quero saber o que pode ter acontecido comigo e nem porque eu não estou mais lá!

– Ah! Desculpe... Não falarei nada que eu sei sobre os habitantes de Lebanon.

– E terceiro, quem eram os seus pais?

– Não os conheci. Meu pai morreu pouco antes que nascesse e minha mãe morreu no dia em que eu nasci! – deu de ombros – É uma coisa horrível, não tenho nem fotos deles, só sei histórias que me contavam.

– Eles realmente te “fizeram” só pra lutar contra os demônios? E a sua irmã também?

– Sim e não. A minha irmã não era como eu... Do contrário, ainda estaria viva.

Decidi não continuar um assunto que poderia ser tão dolorido para ele. Nós chegamos em uma lanchonete na estrada, estava praticamente vazia, mas parecia seguro, guardei um pequeno cantil de água benta no bolso e nós fomos até lá.

– Você tem namorada? – recomecei minhas perguntas com um assunto mais leve.

– Não. – ele respondeu seco.

– Você é tão rude às vezes.

– É, dizem que puxei isso do meu avô. – Oliver riu.

– Você precisa de uma namorada para dar um jeito nessa falta de ânimo aleatória... Eu sei que é complicado devido à vida na estrada, mas eu sou a prova viva de que dá pra conseguir... – Empurrei seu ombro – Aposto que alguma garota vai conseguir dobrar você.

– Nenhuma garota vai me dobrar, Meghan... Eu sou gay.

– Ah... Isso explica bastante. – Dei um passo para trás e o olhei de cima a baixo – Nunca conheci um caçador tão bem vestido assim.

– Tenho certeza que não.

– Então algum cara vai conseguir arrancar um sorriso seu!

– No momento não estou com cabeça para relacionamentos...

– Se você for esperar uma pausa nessa vida, nunca a terá... Arrisque! – dei de ombros.

Nós entramos e percebi que não tinha mais que cinco mesas ocupadas. Sentamos, pegamos os cardápios e notei um rapaz com um olhar suspeito para nós.

– Ei... Consegue sentir a presença de demônios? – perguntei.

– Não aqui, não parece ter nenhum... Por quê?

– Um cara naquela mesa, acho que ele está olhando pra cá... – o indiquei com a cabeça.

– É bonito, ele está olhando para mim ou para você? – Oliver olhou discretamente.

– Espero que pra você, porque eu já sou comprometida e, conhecendo o meu rapaz como eu conheço, ele transformaria esse cara em pó só por me olhar. – soltei uma risada.

– Ele deve ser um troglodita.

– Não, ele é um anjo... Literalmente.

– Literalmente? – Oliver arregalou os olhos e me encarou – Você literalmente namora um anjo?

– É.

– E ainda me julgou porque eu sou um Nephilim...

– Eu não te julguei! – o interrompi – Eu só fiquei chocada, na minha época as coisas são bem diferentes e não temos... Criaturas como você andando entre os humanos, não em paz.

– Você conhece outro como eu, não é?

– Sim... Mas ele não sai gritando aos quatro ventos o que ele é.

– Eu não gritei, você descobriu por acaso.

– Oh céus! Eu só queria voltar logo pra casa! – joguei a cabeça para trás.

Uma garçonete veio nos atender, percebi que ela tinha um colar com um pingente do símbolo antipossessão. Era impressionante! Todos sabiam como se proteger de demônios, de fato era algo que facilitaria nosso trabalho, mas só aconteceria uma conscientização em massa após uma grande tragédia.

– Boa noite, o que vão querer? – ela nos olhou desconfiada e engoliu em seco.

– Boa noite, senhorita. – Oliver sorriu para ela e exibiu o brilho nos olhos, o que pareceu tranquilizá-la – Eu quero um cheeseburger, uma porção de batatas fritas e um copo grande de Coca-Cola.

– Só as fritas para mim... – murmurei desanimada, mas logo notei que estava com fome – E um milkshake de menta com calda de hortelã.

– Certo, trarei em instantes! – ela terminou de anotar e se retirou.

– Me fala mais sobre esse seu namorado anjo. – o ruivo pediu – Ele deve ser uma criatura única.

– Ele é um rebelde. Foi contra o Céu, fez as próprias escolhas... Errou pra caramba! Mas eu não estaria viva sem ele, eu não seria metade do que eu sou sem ele... Sem contar que tem um receptáculo maravilhoso.

– Você realmente gosta dele, não é?

– Muito e eu sinto falta dele e da minha família... Devem estar surtando atrás de mim ou já devem saber onde estou e estão dando uns tapas na cara do anjo que me jogou aqui.

– Parecem pessoas legais.

– Os melhores.

A comida chegou e nós nos calamos para comer, era quase como estar com o Dean na minha frente, sendo que o Oliver conseguia ser mais guloso do que ele! Mesmo com tão pouco tempo de convivência, eu já o considerava um bom amigo e adoraria ter mais tempo com ele.

Quando decidimos pegar a estrada de volta para o Kansas, eu ainda estava tomando o milkshake, que me fez lembrar dolorosamente do Gabriel e do Jordan, e o Oliver começou a questionar meu gosto, dizendo que menta com hortelã era praticamente uma redundância.

– É perfeito! – exclamei.

– Quase não tem diferença entre um e outro! Uma combinação legal seria sorvete de baunilha e nuggets!

– O quê?!

– São diferentes! Ficaria incrível!

– Você tem problemas. – acabei gargalhando.

No meio do caminho de volta, eu decidi que não devia fugir tanto assim do meu futuro. Se eu estava ali, era pra aprender algo sobre mim que poderia mudar tudo, mas não tive coragem de perguntar diretamente e então comecei a sondar perguntando sobre minha família.

– Você sabe sobre... Os Winchesters?

– Eu sei sim, por quê?

– Eles são meus irmãos, tecnicamente.

– Eu... Não acredito! – ele começou a gargalhar, olhou para mim, voltou à atenção para a estrada e depois olhou para mim novamente – Me diga que você não tem o sobrenome Harper! Me diga que você não é Meghan Harper.

– Por quê? O que eu fiz?

Oliver freou bruscamente e se virou para mim boquiaberto, com certeza ele me conhecia.

– Você é... Ela?

– Sou... – respondi com receio.

– Eu... – ele pausou, respirou fundo e voltou a falar – Li sobre vocês.

– Leu? Sobre mim? Existem livros sobre mim?

– Existe muita coisa sobre vocês... – Oliver ficou muito sério de repente – É melhor conversarmos quando pararmos em algum hotel.

Eu assenti e ele voltou a dirigir, não falou mais nada e aquilo foi o suficiente para me convencer que talvez o meu futuro não tivesse sido tão glorioso assim. O que raios eu aprontei?


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Notas finais do capítulo

OLHA AÍ! Oliver conhece a Megh... Pelo menos ele sabe o que aconteceu com ela kkkkkkk
E isso vai desencadear uma série de tretas!
Muitas revelações, momentos emocionantes, tristes... E, mais um spoiler, ela irá visitar o bunker no futuro! Só não conto o que ela irá encontrar, porque eu sou má.
É isso aí gente, semana que vem tem mais! Eu postarei o Spin todas as terças e farei o possível para postar no período da tarde.
Aguardo comentários, beijos e até mais!



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