Escuros Como A Meia-Noite escrita por moonday


Capítulo 4
Gritarias & Segredos


Notas iniciais do capítulo

Vocês não sabem o quanto eu enrolei para não escrever este capítulo. Mas aqui estou eu! Para começar: eu não queria escrever pois estava com muita raiva, pois perdi TODOS os capítulos que havia escrito. Isso mesmo. TODOS! Tudo bem, tive que trocar o HD do computador, mas eu fiquei totalmente estressada (mais que a Ally) por ter que escrever tudo de novo.



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Capítulo 3 - Gritarias & Segredos

12 DE JUNHO DE 2014

Austin despertou assustado com o sol no rosto. Allycia dormia calmamente ao seu lado, mas o loiro teve medo de tê-la acordado com o susto. Ele havia sonhado novamente, mas dessa vez com Allycia ainda bebê.

"A guerra está próxima. Temos que matá-lo para evitá-la" A voz ainda ecoava pela cabeça do garoto. A cena ainda rondava sua cabeça. Um ser disforme surgiu atrás da bebê Allycia e a pegou nos braços. A voz então soltou um grunhido e gritou para seus guardas. E então Austin acordou com a testa pingando suor novamente.

Tentou se levantar da forma mais discreta possível, mas com Allycia Dawson acima dele era quase impossível se mover e não acordá-la. Austin se arrastou até a ponta da cama, tirando lentamente o corpo da morena de cima dele. O loiro desabou no chão, mas, ao menos, conseguira tirar Allycia de cima dele e sair da cama.

Deu uma última olhada na morena dormindo tão calmamente. Nem parece você, pensou Austin, sorrindo ao ver Allycia respirando pesadamente. Ally não iria acordar tão cedo, isso Austin tinha certeza.

O loiro caminhou até o banheiro do quarto de Allycia e olhou sua imagem refletida no espelho. Os cabelos bagunçados e as olheiras o deixavam extremamente contente. Isto mesmo. Austin sempre acordava bem, e isso não deveria ser o normal de um adolescente após algumas festas. Ele fora a poucas festas, mas em todas nunca acordou como os outros convidados.

O loiro virou a chave, caso Allycia resolvesse acordar. Ele não fora ao banheiro fazer o que as pessoas normais fazem; fora ensaiar como contar tudo que sabia à Ally.

Como vou começar?, Austin se perguntou.

Se olhou novamente no espelho e começou a ensaiar, como se seu reflexo fosse Allycia Dawson.

"Então... Não, então é muito estranho. Bom, venho tendo sonhos com você desde meus oito anos de idade. Você começou como uma arte inacabada, então virou um bebê cercado por um círculo de fogo. Estranho? Muito estranho. Mas, continuando. Uma voz alertava sobre uma guerra, então alguma coisa te pegou, quer dizer, a bebê, e eu acabei acordando. Então tudo ficou mais estranho quando eu achei um diário no porão da casa dos meus tios. Então...

Droga! Estou usando muitos 'então'!"

O loiro foi impedido de continuar seu ensaio pela batida repentina na porta do banheiro.

– Quem está aí? - Austin ouviu a voz irritada de Allycia Dawson, embargada de preguiça. O loiro, atordoado, esbarra em um vaso de vidro com uma planta e o faz cair, deixando a possibilidade de fingir que não havia ninguém no local impossível de ser ao menos um pouco plausível. - Mãe? Mãe, você está aí? Eu já disse para não entrar no meu quarto!

Allycia insistia em bater na porta, fazendo Austin se desesperar ainda mais. O que devo fazer?, pensou o loiro. Austin prendeu a respiração e se enfiou dentro do armário gigante abaixo da pia. Com o coração na mão, Austin esperou as batidas suavizarem, o que demorou, mas aconteceu. Lentamente, o loiro saiu do armário e destrancou a porta, mas não a abriu.

Entrou no armário novamente e se espremeu. Então a morena abriu a porta lentamente, e entrou minuciosamente no banheiro. Austin ouviu os passos lentos chegando cada vez mais perto. Ela vai abrir, ela vai abrir... ela abriu., pensou Austin.

Allycia não gritou, não surtou e nem bateu no loiro; apenas pediu para que saísse do banheiro e a esperasse. Austin não pensou duas vezes e saiu do local, sentando na cama de Allycia Dawson, em seguida.

Cinco minutos. Esse foi exatamente o tempo que Allycia levou para escovar os dentes, lavar o rosto e sair do banheiro completamente irritada.

– Posso saber O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NO MEU QUARTO? - a morena questionou gritando, fazendo Austin pular da cama e arregalar os olhos.

– Vo...vo...você pediu para que eu ficasse, esqueceu? Além disso, olha aqui. - Austin apontou para o tapete do quarto da morena. - Aqui diz: "Só ouse entrar se tiver autorização" - Ally balançou a cabeça negativamente. - e bem embaixo: "ou se eu estiver bêbada". E você estava bêbada, então eu pude entrar, sim!

Allycia fechou os olhos e contou até três. Sem emitir nenhum som, a garota foi até a porta e abriu a mesma, gesticulando para que Austin saísse do quarto.

– Eu não sei por que pedi para que dormisse aqui, mas deixe para lá e segue a vida. - disse, puxando o loiro pelo braço e quase o atirando na parede do corredor.

– Então... - Austin começou, mas se repreendeu ao ouvir 'então' e reformulou a frase. - Eu preciso falar urgentemente com você. Por isso vim aqui.

– Certo. - Ally falou irritada, revirando os olhos. - Vou apenas trocar de roupa. Me espere. - e então fechou a porta, deixando Austin à mercê de Penny Dawson.

O loiro desceu até a sala e sentou-se, com vergonha, no sofá marrom da sala. Penny Dawson apareceu alguns instantes depois, fazendo Austin levantar no mesmo segundo. A morena de olhos claros sorriu e avisou que ele podia ficar relaxado e sentar-se, mas Austin ainda ficou envergonhado.

Allycia Dawson desceu a escadaria quase trinta minutos depois. Suas olheiras eram quase imperceptíveis, ela havia prendido os cabelos em um rabo de cavalo. Estava vestida com uma regata branca com estampa de tigre e um short jeans curto.

– O que você queria me contar, loiro? - questionou, sentando-se ao lado de Austin no sofá.

Austin respirou fundo e se levantou, ajeitando a roupa e passando as mãos pelos cabelos. O nervosismo tomou conta do corpo dele, e ele se viu em uma encruzilhada. Conto ou não contou?, pensou. Austin soltou o ar que prendia e começou:

– Venho sonhando com você desde os oito anos. Mas, ontem à noite, enquanto dormíamos juntos, sonhei com uma voz que alertava de uma guerra, e você, ainda bebê, havia sido raptada por alguma sombra maligna. - Allycia fez uma careta de descrença, mas Austin prosseguiu: - E as coisas ficaram mais estranhas. Eu achei um diário no porão da casa dos meus tios, como você pode ver. - Austin passou as mãos pelas costas e não achou o pequeno livro.

Um arrepio correu por todo o corpo do loiro. Como ele pôde ser tão burro? Não checou se o diário ainda estava ali quando foi forçado a trazer Ally para casa.

– O que...

– Olha, Austin - falou Ally, pegando o loiro pelos braços e lançando-o para fora de casa. - É muito bom saber que você sabe criar histórias, mas não estou com vontade de ouvir. Obrigada. Tchau! - então fechou a porta, deixando Austin Mônica Moon de boca aberta.

Por que ele não checou a coisa mais importante? Por que não meteu a mão nas costas antes de sair da festa?

Austin checou seu carro, mas não achou o livro marrom no banco do passageiro. Então passou o sinto de segurança e acelerou. O diário só podia estar no local da festa. Seu novo destino era a casa no namorado de Ally, Tomas Jacob Miles.

Continua...


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