Escuros Como A Meia-Noite escrita por moonday


Capítulo 3
Bebedeiras & Convites Inusitados


Notas iniciais do capítulo

Postei rápido, não? É, os capítulos 4, 5, 6, 7 e 8 já estão prontos e eu estou louquinha para postar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/643220/chapter/3

Austin pediu CAPC para o tio, ainda com medo do que ele pudesse fazer. James entregou a chave para o loiro e disse para que voltasse antes da meia-noite. Ele não iria para nenhuma boate, só iria visitar uma velha inimiga às 21:27, então assentiu sem reclamar.

Austin precisou empurrar o carro para que ele pegasse. Allycia já morou na mesma rua que Austin, mas se mudou logo após um pequeno acidente entre os dois. Checou se o diário ainda estava enfiado entre suas costas e a calça e então desceu na rua da casa de Ally.

Respirou fundo e apertou a campainha. A mãe de Ally, Penny Dawson atendeu a porta sorrindo, mas, quando notou o loiro em sua frente, o sorriso sumiu.

– Austin - disse Penny, encarando o loiro debaixo para cima. - que... surpresa te encontrar aqui.

– É - falou com a garganta seca. - Posso para falar com Ally?

– Ah, claro! - Penny se animou com a ideia de não ter mais que encará-lo. - Mas ela foi à festa de Tom. Se quiser encontrá-la ainda em bom estado é melhor se apressar. A festa é na casa de Tom.

Austin concordou e Penny fechou a porta assim que o loiro estava de costas. Tomas Jacob, ou apenas Tom, era o namorado de Allycia. Sempre fora um dos maiores motivos de Austin pela escola Marino High School pelo simples motivo de ser babaca e rico. A escola não era lá as melhores, e os pais de Tom, às vezes, doavam para que pudessem ser feitas reformas na estrutura velha da escola. Por esta razão, Tom nunca seria reprovado.

Austin entrou em CAPC e dirigiu até a casa de Tom. O castelo, como o próprio Tom chamava a casa, estava totalmente iluminada. A música poderia ser ouvida da Groenlândia se aumentasse mais três volumes.

O loiro estacionou o carro em uma rua atrás da casa de Tom, checou uma última fez o diário e caminhou até a frente da casa do namorado de Ally. Ele pensou em bater na porta ou apertar a campainha, mas ninguém conseguiria ouvir com aquela música ensurdecedora. Tomou coragem e abriu a porta.

O cheiro de álcool invadiu as narinas de Austin e ele tossiu três vezes. Como em toda festa, várias pessoas bêbadas, casais se beijando sem se importar com a presença de outras pessoas perto deles, e uma única pessoa ainda em sã consciência. Esta pessoa era Austin.

O garoto percorreu os olhos pela festa, ainda perto da porta para caso precisasse sair correndo, procurando pelo sinal de vida de Allycia. Sem paciência, começou a andar por entre as pessoas sem se importar com as reclamações por ser penetra em uma das festas mais importantes de todas as festas que os alunos da Marina High School davam.

Ao chegar na cozinha, encontrou Allycia caída no chão com uma garrafa de bebida ao lado. Austin correu até a garota e tirou a garrafa de perto dela.

– Ally - Austin a chamou, mas a garota parecia estar viajando em seus pensamentos. Alguns segundos depois, Allycia voltou a atenção para o loiro ajoelhado em sua frente. - Pensei que fosse racional.

Ela estava bêbada, Austin percebeu isso. Allycia sempre fora uma garota centrada nos estudos, mas quando ficava com seus amigos saia de si. O loiro colocou a garota em seus braços e a levou para o quintal da casa, um outro casal estava quase dando um "passo a mais na relação", mas assim que viram o loiro com a morena nos braços voltaram para a festa.

– O que pensa que está fazendo Mônica Moon? - Ally perguntou, enfatizando o terrível nome do meio de Austin, "Mônica".

– Te ajudando, que tal? - o loiro colocou Allycia em um banco preto encostado na parede. - E não fale meu nome do meio em público.

A garota riu como se ele tivesse contado uma piada. Efeitos da bebida, eu acho, Austin pensou. Não precisava ser muito esperto para notar que ele não conseguiria conversar com Allycia Dawson sobre uma coisa tão confusa enquanto ela estivesse bêbada.

– Ally, eu preciso conversar com você. Mas amanhã, quando você estiver... bem. - Austin disse, tirando um pedaço da franja que cobria o rosto da morena. Ela riu e abriu os braços, como um bebê quando pede para ir para os braços da mãe.

– Me carrega até em casa. - disse. Austin revirou os olhos e colocou a garota em seus braços, novamente em estilo noiva.

O loiro pensava na reação de Tom se encontrasse ele em sua festa, e o pior, carregando a namorada dele nos braços. Mas por sorte de Austin, Tom estava ocupado demais em receber Kira, sua prima.

Austin saiu da festa com Ally cantando "We Are Champions" em seus braços. Diversas vezes, a morena batia em seu braço e aconselhava o loiro a malhar, mas também dizia que ele fia mais bonito com o corpo do jeito que está.

– Você está realmente muito bêbada. - falou sorrindo enquanto colocava a morena dentro do bando traseiro de CAPC. Ele passou dois cintos por Ally para que ela não caísse enquanto estavam voltando para casa.

Austin se sentiu o garoto mais sortudo do mundo quando CAPC arrancou assim que ele pisou do acelerador. A casa de Ally não era tão longe dali, mas minutos pareciam horas ao lado dela. Além de ficar cantarolando músicas antigas, ela disse diversas vezes durante o percusso que Austin havia melhorado (em questão de aparência) desde a última briga que tiveram.

– Ally, por favor, eu sei que está bêbada...

– Não estou bêbada.

– ...mas pare de falar isso, se não eu não terei outra alternativa a não ser gravar estas palavras e usar contra você no futuro.

A garota bufou e encostou a cabeça do vidro. Perdido em seus pensamentos, Austin teve que se esforçar muito para conseguir prestar atenção no trânsito. Em minutos, os dois estavam na frente da casa de Allycia.

Austin tocou a campainha hesitante. Encontrar a mãe de Ally duas vezes no mesmo dia é algo extremamente chato. Allycia se apoiou no ombro de Austin e ele a envolveu pela cintura com os braços. Penny Dawson atendeu a campainha e não ficou surpresa com o estado da filha.

– Trouxe um presentinho, senhora Dawson. - disse Austin e Penny fez um sinal para que entrasse. Esta era a primeira vez que o loiro entrava na casa dos Dawson.

– Mãe, alguma entidade do mal me embebedou. - Ally mentiu.

– Pensei que soubesse mentir, Allycia Dawson. - Austin cochichou em seu ouvido e ela o mostrou o dedo do meio.

– Leve-a para o quarto, Austin. - falou Penny, sentando-se do sofá sem se importar com a filha.

Austin assentiu e começou a subir as escadas, agora com Allycia em seus braços, com as mãos em volta do pescoço do loiro.

– Onde é seu quarto? - Austin perguntou após subir toda escadaria com dificuldade.

– Este aqui. - a morena apontou para a última porta do corredor. Austin caminhou até a porta e a abriu. A primeira reação de Austin ao ver o quarto da morena foi espanto. Ele imaginou um quarto preto, com alguns pôsters de bandas de rock e algumas frases pichadas. Mas, não. Era totalmente branco, com CDs e DVDs empilhados por ordem alfabética. Uma estante com muitos livros, um cama de casal desfeita, uma escrivaninha cheia de papéis e um tapete com a frase "só ouse entrar se tiver autorização" e bem abaixo da frase tinha outra, mas quase impossível de ler que dizia "ou se eu estiver bêbada". Austin relaxou ao ver a última frase e entrou no quarto, colocando a morena na cama.

– Está entregue. - Austin falou sorrindo ao ver o rosto de alívio da garota quando sua pele tocou o colchão.

– Sim. - disse de olhos fechados. A morena passou as mãos pelos braços de Austin e o puxou para a cama. - Dorme aqui.

Austin arregalou os olhos e tentou sair do lado da morena na cama, mas a mesma o prendeu.

– De jeito nenhum, Allycia! - falou um pouco alto e rápido demais, o que fez com que a garota fizesse uma cara de choro.

– Vamos! Assim nós podemos conversar o que você queria amanhã de manhã, quando acordamos. E, à propósito, é Ally. - a morena segurou mais firme a mão de Austin e encostou a cabeça em seu ombro, bocejando.

– Ally... Ally eu não posso fazer isso. Você me odeia, lembra? - o loiro ainda tentava se desvencilhar dos braços da morena, mas ela o segurava muito forte. Austin a encarou rapidamente e cedeu ao olhar de cachorro pidão da garota.

A morena sorriu e pousou a mão no peito de Austin, e colocou a cabeça quase no mesmo lugar. Eles estavam dormindo como um casal de anos, mas eles não são um casal; eles se odeiam desde que se entendem por gente.

Me desculpe tio James, mas não vou chegar antes da meia-noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Escuros Como A Meia-Noite" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.