Burning Love escrita por Yumenaya


Capítulo 12
Sentimento proibido


Notas iniciais do capítulo

Aqui está um novo capitulo, estão gostando da fic? Ah, mais uma coisa obrigada pelos reviewns, saibam que eu leio e respondo todos assim que me sobram um tempinho.



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Era uma lembrança, eu podia ver tudo como se eu tivesse presenciado aquela cena. Jane estava à frente de uma vampira. Aquela mulher não me era estranha, seu rosto era pálido como a neve, e seu cabelo repicado moldava seu rosto angelical.

 

- Jane, prometa-me que nunca falará para ninguém que ainda estou viva, por favor. 

Os traços daquela mulher estavam retorcidos num violento desespero.

- Sarah, pode ter certeza que da minha boca ninguém saberá nada. Eu te prometo.

Sarah... Aquela mulher estranha era minha mãe. Ela se moveu rapidamente e pegou uma criança em seu colo. A estranha criança parecia ter meses de idade. Seu reluzente cabelo preto caia em leves cachos pelos seus ombros. Seus olhos cor de chocolate brilharam ao reconhecer aquela estranha mulher. Os olhos da criança permaneceram fixos em Sarah. Então depois de um segundo, ela abriu um sorriso. Um brilhante relampejo de pequenos, perfeitos dentes brancos.

- Minha adorável Aya, tão jovem e ao mesmo tempo tão adulta. Valeu à pena cada sacrifício. Saiba minha filha, que sempre estarei ao seu lado, nem que seja por sonhos. De uma maneira ou outra estarei te vigiando e protegendo... – Sarah disse levantando sua filha e lhe dando um beijo na testa.

- Sarah, não há tempo. Você precisa partir, daqui a pouco Aro voltará. – Jane disse rapidamente, enquanto emocionada olhava a despedida de mãe e filha.

- Cuide dela por mim, Jane. – Sarah disse entregando a criança para Jane.

E então a criança nos braços de Jane, lutando e estendendo a mãozinha em direção a mãe, com sua expressão mais e mais irritada, deixou sair um alto, tocante choro. O som do meu choro perfurou direitamente o coração de minha mãe, lançando-a no chão.

- Aya, eu voltarei, eu juro. Agora preciso ir, antes que eles voltem.

Eu podia sentir sua surpresa e sua súbita preocupação por mim, mas mesmo assim ela se virou caminhando até a porta.

 

A minha visão ficou turva novamente, e minha cabeça começou a girar. A imagem da criança chorando no colo de Jane, se dissipou, e em seu lugar havia a mesma mulher da lembrança, Sarah, ou melhor, minha mãe.

- Minha filha como é bom te ver! Você não imagina como senti a sua falta! - ela disse correndo em minha direção e me deu um forte abraço.

Meu corpo não me obedecia, ele estava paralisado de choque. Minha respiração estava descompassada.

- Oh, você está bem? – ela disse se afastando e me chacoalhando levemente.

- O que eu estou fazendo aqui? O que está acontecendo? – a voz saiu como um sussurro.

- Eu posso me comunicar com as pessoas à distância. Basta me concentrar e eu poderei me comunicar com quem eu quiser. Por isso... – ela ia dizendo, mas eu a interrompi.

- Mãe! – gritei a abraçando fortemente – Senti muito a sua falta, você não imagina como foi bom ler aquela carta, o quão feliz me senti feliz por saber que estava viva.

Ela mesmo surpresa com a minha súbita mudança correspondeu o meu abraço.

- Eu sei, Jane me contou. Na verdade ela me mostrou.

Além de ser chocante e desconhecida, a minha imagem era também errada de alguma forma – eu quase reconheci meu próprio rosto nela, meu rosto distorcido, mas ainda assim bonito. Eu percebi rapidamente que estava vendo meu rosto como todos viam, como em um reflexo. Meu rosto na memória estava torto, coberto de lagrimas. A imagem ampliou-se, meu rosto chegou mais perto de invisível ponto de vantagem, e depois abruptamente se desvaneceu.

- Aya, você precisa voltar pro seu corpo. Seu... Amigo, está preocupado. – ela disse e abriu um enorme sorriso malicioso.

- Meu Deus, o Edward! Será que ele... – me interrompi, não querendo pensar no pior – mãe, eu preciso voltar, imediatamente!

- Está tudo bem, minha criança. Acalme-se – ela disse, levando suas mãos até o pescoço e retirando de lá um colar com um pingente de coração de prata – A chamei para lhe entregar isto. A chave de tudo que precisa saber.

Ela pegou a minha mão, e colocou o colar ali.

Eu hesitei confusa.

- Adeus, minha querida. Vemo-nos em breve...

 

Pisquei rapidamente, e reparei que estava na floresta novamente.

Edward me encarava preocupado com seus olhos dourados cor-de-whisky. Seus braços estavam envolvendo minha cintura.

- Você está bem? – ele perguntou preocupado.

- Sim, estou bem – eu disse tentando me levantar, ele me ajudou.

- Tem certeza? – ele tornou a perguntar ainda preocupado.

Ele se lembrou o que havia acontecido comigo. Eu havia ficada paralisada de repente com o olhar focado no nada.

Afaguei seu rosto com minha mão, o incentivando a ficar calmo.

- Sei que você vai achar que estou ficando maluca. Mas eu conversei com minha mãe – eu disse, ainda olhando nos olhos dele.

- Eu sei, eu também vi – ele disse me olhando profundamente com seus olhos dourados – vamos voltar para casa.

Ele disse me pegando no colo, e começou a correr pela floresta.

- Espere! – gritei, fazendo ele parar. E acrescentei mais calma - Me solta, eu estou bem, de verdade.

- Aya, vou levá-la para casa, Carlisle poderá te examinar.

- Edward, eu estou com sede, será que podemos esperar um pouquinho para que eu possa caçar? – perguntei fazendo uma carinha que tinha certeza que ele não resistiria.

Ele suspirou derrotado.

- Está bem.

Nós encontramos um grande rebanho de pumas quando corríamos pela floresta. Ele caçou comigo desta vez, porém, prestou bastante atenção a cada movimento que eu fazia.

Ele tinha acabado com dois antes de eu acabar com o primeiro. Enquanto ele estava sem nenhum cabelo fora do lugar, nem uma mancha na sua camisa branca, eu estava com o meu vestido totalmente destruído. As garras da puma que havia sido tão ineficiente contra a minha pele tinham tido mais sucesso com o cetim.

Era uma experiência surpreendentemente sensual ver Edward caçando. Seu salto era suave como o ataque de uma cobra, suas mãos eram tão incapazes de deixar escapar algo, seus lábios eram tão perfeitos enquanto eles se abriam sob seus dentes resplandecentes. Ele era glorioso. Eu me senti num súbito choque de desejo e inveja. Ele era de Isabella. Eu não poderia me interessar por ele, não poderia trair Isabella, não poderia me aproveitar da situação. Edward teria que ser para mim, como um irmão e nada mais.

Rapidamente, ele se virou para mim e encarou curiosamente minha expressão.

- Não está mais com sede? – ele perguntou.

Eu dei de ombros.

- Você é tão melhor do que eu!

- Séculos de prática – ele disse sorrindo.

Seus olhos eram uma desconcertante cor de mel agora.

- Só um – eu corrigi.

Ele riu.

- Você acabou por hoje, ou quer continuar?

- Acabei. Não aguento mais beber sangue.

Eu me sentia cheia, e meio enlameada também. Nunca havia bebido tanto líquido em minha vida. Mas, de algum modo, eu me sentia ainda mais forte.

- Vamos para casa, para que possamos deixar você a par para amanhã.

Seus olhos percorreram o que sobrou do meu vestido enquanto ele falava sobre ir para casa, então fez uma carranca.

- Hmm.

Depois de pensar por menos de meio segundo, ele desabotoou sua camisa branca e a segurou para que eu colocasse meus braços através das mangas.

- Está muito ruim?

Ele sorriu.

- Mas você não ia ver a Isabella? – perguntei enquanto deslizava meus braços nas suas mangas e então abotoei a camisa rapidamente por cima do vestido esfarrapado. É claro que ele ficou sem camisa e foi impossível não me distrair com aquilo.

- Não, a vejo amanhã.

- Vou ganhar de você na corrida – eu disse tentando me distrair, e então adverti – sem desistir do jogo desta vez!

- Prepare-se – ele disse sorrindo.

Achar o caminho para a minha nova casa foi mais simples do que descer achar o castelo dos Volturis. Nosso cheiro deixava uma trilha limpa e fácil de seguir, mesmo correndo o mais rápido que eu podia.

Edward me perseguiu até chegarmos ao rio. Eu aproveitei a chance e abri distância, tentando usar a minha força extra para ganhar.

- Há! – eu gritei feliz, quando ouvi meus pés tocarem a grama antes dele.

Esperando pela sua chegada eu ouvi algo que eu não esperava. 

 


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!