Burning Love escrita por Yumenaya


Capítulo 11
A caça


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo contem algumas coisas semelhantes ao livro "Breaking Dawn". Espero que gostem, amanhã terá mais!



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- Teremos que nadar? – perguntei a ele, quando paramos ao lado da água.

- E molhar seu vestido? Não. Nós iremos pular.

Eu franzi meus lábios, nunca havia pulado tão alto. Daqui até o rio eram uns 25 km de largura.

- Te encontro do outro lado – eu disse.

Dei três passos para trás, e respirei fundo. Edward abriu um sorriso, me observando atentamente. De repente, eu estava ansiosa novamente. Dei o meu primeiro passo largo. E logo parei quando o cetim apertado vermelho rasgou, deixando boa parte da minha coxa à vista. Alice!

Edward sorriu maliciosamente, ao notar que o meu vestido rasgou até o topo da minha coxa.

“Falei que não precisaria do seu casaco!” Alice gritou em pensamento.

Eu conseguia ouvir duas risadas vindas da casa, e até o som de alguém suspirando. As risadas vieram do andar superior e debaixo, e eu facilmente reconheci a grande diferença, uma era estrondosa e a outra delicada. Emmett, Jasper e Alice.

Tentei esquecer todo o resto para que pudesse me concentrar, não queria decepcionar os Cullens logo no meu primeiro dia.

Então dei uma longa respirada e corri para o rio. Desimpedida pelo meu vestido, posicionei meu pé direito contra a pedra plana e exerci a pressão adequada para enviar o meu corpo por cima do rio. Era uma coisa estranha, nova. Parecia que eu estava voando. Enquanto eu caia em direção a terra de novo, no outro lado da margem do rio, pousei num galho, e balancei suavemente as pernas no ar feito uma criança. Isso foi fantástico.

Acima do barulho da minha risada deliciada, eu podia ouvir Edward tomando dois passos para trás rápido e, logo em seguida, correndo de volta por esses dois passos, e lançando-se na mesma pedra que havia me auxiliado.

- Isso foi bom? – perguntei balançando minhas pernas no ar, com minha respiração acelerada com excitação.

- Muito bom – ele sorriu aprovando, seus olhos estavam surpresos.

- Amei isso, nunca havia pulado tão alto. – Falei com os olhos brilhando de excitação, queria pular novamente.

- Foco, Aya. Estamos numa viagem de caça.

- Oh, certo. – eu concordei estranhamente – caça.

- Siga-me... Se conseguir – ele riu, sua expressão de repente provocadora, e começou a correr.

Ele corria rapidamente. Tentei aumentar a velocidade das minhas pernas, porém ultrapassar ele estava além de mim. Enquanto ele corria, o riso escapava de sua boca; o riso não atrapalhou nenhum pouco o seu foco. O vento da minha velocidade misturava meu cabelo e meu vestido rasgado atrás de mim. Ao meu redor os animais tinham sua respiração rápida devido ao medo.

- Desisto – eu declarei com uma voz presunçosa.

Ele parou e deu uma risada deliciosa. Pulei ligeiramente para o seu lado, alguns metros à frente. Ele me olhou com expectativa. Ele estava sorrindo, com uma sobrancelha erguida. Ele estava me observando pensativo.

- Você deve achar que tenho algum problema mental, estou certa? – perguntei, abaixando levemente meu rosto.

- Não. Estou imaginando o que se passa pela sua mente... – ele falou curioso.

- Pensei que já estivesse acostumado. Isabella também tem a mente bloqueada, não é? – perguntei me lembrando da namorada dele.

- Sim. – ele disse divertido.  

- Edward não se preocupe comigo, pode caçar. Eu me viro, sei que está ansioso para rever sua... Ãh, namorada – disse corando.

Ele estava concentrado no modo maravilhoso que meus lábios se mexiam quando eu falava. E o quão bonito era quando o sangue se concentrava em minhas bochechas. Então ele balançou levemente sua cabeça, concentrando-se no que estava acontecendo.

- Não, eu te ensino a caçar.

- O que nós iremos caçar? – eu perguntei levemente interessada.

- Alces. Eu pensei em algo mais fácil para a primeira vez... – ele baixou a voz quando meus olhos se estreitaram na palavra fácil.

Mas eu não iria discutir, eu estava empolgada com a minha primeira caça. Procurei nas árvores impacientemente.

- Pare quieta um minuto – ele disse, colocando suas mãos devagar no meu ombro. Estremeci com seu toque inesperado – Agora feche os olhos.

Ele murmurou e eu obedeci, ele ergueu as mãos e acariciou minha maçã do rosto. Eu senti minha respiração ficando mais rápida e por breve momento eu corei. Novamente.

- Ouça, - Edward instruiu – O que você está ouvindo?

Tudo, eu queria dizer, sua voz maravilhosa, sua respiração, seus lábios tocando enquanto ele falava o sussurro dos pássaros, o vento soprando nas folhas. Mas eu sabia que ele estava se referindo a algo específico. Então ignorei tudo que podia escutar, e busquei algo diferente do que o pequeno zumbido de vida que me cercava. Havia um espaço aberto perto de nós – o vento tinha um som diferente quando cruzava a grama – e um pequeno córrego, com uma camada rochosa. E lá, perto da água, pude ouvir línguas dentro da água, e vários corações pesados, bombeando as correntes grossas de sangue... Eu senti como se minha garganta tivesse fechado bruscamente.

- Ao noroeste? – perguntei ainda com os olhos fechados.

- Sim – o seu tom era aprovador – agora... Espere a brisa novamente e... O que você cheira?

“Só o seu cheiro de lilás-com-mel-ao-sol.” Eu quis dizer. Mas isso não seria nada bom. Então me concentrei novamente, e senti o cheiro de terra e musgo, o aroma quente, dos pequenos roedores que se enfiavam embaixo das raízes das arvores. E depois, procurando novamente, o cheiro da água, que foi totalmente desagradável. Foquei meu olfato em direção a água e encontrei o cheiro mergulhando na água. Enruguei o nariz.

Ele riu.

- Eu sei, demora um tempo para se acostumar.

- O que eu faço agora?

- O que você quer fazer? – a voz dele indicava que estava sorrindo.

Eu pensei nisso, meus olhos ainda fechados enquanto eu escutava e respirava o cheiro. Outro acesso quente me invadiu, e de repente, o odor quente e especial não era mais tão horrível. Meus olhos se abriram.

“Não pense” ele sugeriu, enquanto tirava as mãos do meu rosto e deu um passo para trás “apenas siga seus instintos”.

Eu me deixei ser levada pelo cheiro, pouco consciente de meus movimentos. Meu corpo se virou automaticamente para frente, curvando-se numa forma de ataque. Eu consegui ver um macho grande, duas dúzias de chifres pontudos em sua cabeça. Eu me concentrei no ponto quente em seu pescoço felpudo onde a pulsação era mais forte. Só uns 35 metros – dois ou três pulos – entre nós. Eu me preparei para o ataque.

Mas quando eu ia avançar, o vento mudou, soprando mais forte agora, e vindo do sul. Eu não consegui pensar, e sai rapidamente mergulhando nas arvores, e mudando o meu plano original. O alce assustado correu para dentro da floresta, e eu corri atrás de uma nova fragrância tão atrativa, era compulsivo.

O cheiro tomou conta da minha mente. Foi quando me dei conta que um cheiro tão delicioso como aquele só poderia ser de um humano. Levantei meu olhar e a uns 30 metros havia dois homens, e um deles estava ferido. O sangue jorrava de suas pernas, e minha garganta gritava pedindo por aquele liquido tão maravilhoso. Mas eu não podia atacá-lo. Eu não podia virar um monstro.

Eu clareei minha cabeça por um minuto, e a sede diminuiu, embora ela ainda queimasse. Passos se aproximavam de mim. Edward.

Ele não podia vir até aqui, seria uma tentação para ele.

“Edward não venha até aqui! Fique aí!” eu gritei em pensamento para ele.

Mas aquilo apenas piorou a situação, ele aumentou sua velocidade preocupado comigo. Então quando ele estava próximo de mim, ele sentiu o cheiro inebriante. Foi como se aquilo o hipnotizasse.

- Edward, por favor, não! Prenda a respiração e vamos sair daqui! – eu dizia desesperada – Por favor, Edward me escute!

O desespero tomou conta de mim, era minha culpa que aquilo estava acontecendo. E para piorar ainda mais a situação minha cabeça começou a girar. E tudo começou a ficar escuro, e então foi como se eu estivesse sido transportada para outro mundo.

 


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Notas finais do capítulo

Curiosos para o que irá acontecer? Continuem lendo, e não se arrependeram! Amo todas vocês, beijos e até a proxima.