Crônicas de um Erudito escrita por Filippi Araújo
Quando acordei, estava deitado no banco de um carro. Olliver estava sentado ao meu lado. Assim que percebeu que eu havia acordado, me abraçou, chorando.
– Nunca mais me assuste desse jeito. Achei que você não ia acordar. Eu te amo. – Ele disse. Seu abraço estava apertando meus ferimentos. Ignorei a dor e o abracei de volta.
Quando olhei pela janela, percebi que não estávamos na cidade.
– Onde estamos? – Perguntei, me esforçando para levantar.
– Do lado de fora da cerca. A cidade está em guerra. Achei que estaríamos mais seguros aqui fora. Além disso, minha mãe conhece um lugar onde podemos ir. Ela não nasceu na cidade. Ela pertence a uma espécie de organização, que criou a cidade, como um experimento científico. Minha mãe foi enviada, assim como outra garota, para conviver e reportar a situação da cidade para os criadores. – Sereena respondeu.
Pensei um pouco sobre aquilo. Realmente, ir para a cidade não era uma boa ideia. Além disso, Olliver estava comigo, e isso era o que importava. Olhei para o meu braço e notei algumas queimaduras leves.
– Como eu sobrevivi? – Pergunte.
– Sereena chegou um pouco antes de você cair. Usei minha jaqueta, o casaco dela e minha camiseta para fazer uma rede para te pegar. Conseguimos diminuir o impacto da queda, mas ainda assim, você caiu no chão. Ficou desacordado por mais de um dia. – Olliver me respondeu.
Me sentei ao seu lado e encostei a cabeça no seu ombro. Sentia muita dor, não sabia para onde estava indo nem se estaria seguro. Mas eu finalmente estava com Olliver. E enquanto estivesse com ele, não me importava para onde estava indo.
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