Avatar A Lenda de Aira escrita por JuliaMiguel


Capítulo 22
Livro Um Fogo - Capítulo 22: Correntes Quebradas


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas tudo bem com você com vocês?
Não demorei tanto dessa vez.
O Capítulo de hoje tem coisas muito importantes e explicativas. Tinha pensado em deixar ela mais para o fim deste arco, porém descidi adinata-lo pois achei mais adequado.
Espero que gostem.
Beijos
Boa leitura.



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13 anos antes

Não nevava naquele dia, o que era estranho naquela aldeia na tribo da água do sul. As duas irmãs brincavam na beira do rio que cortava os arredores do local a água fria de congelar aqueles que não a conheciam não assustava as duas pequenas.

As duas eram idênticas, os meus cabelos castanhos, a mesma pele morena e os mesmo olhos azuis cor do oceano. As duas usavam roupas iguais, um vestido clássico da tribo a qual elas pertenciam.

Uma delas brincava nas pedras do rio perto da margem. A outra repreendia a irmã por tal comportamento.

—Yue tome cuidado. Você pode machucar!

—Xao deixe de ser chata. Esta parecendo a mamãe.-falou a que brincava nas pedras.

Porém um pouco depois que Xai chamou a atenção da irmã, ela escorregou em uma pedra, caindo e batendo a cabeça.

—Yue! - gritou a irmã desesperada indo ao encontro da outra.

Yue esta desacordada e havia um corte em sua testa. Xao a colocou nos braços. E desesperada chamava a irmã que nada respondia. A garota estava em pânico, o pulso da irmã estava fraco. E por mais ba dominadora que fosse Xao não sabia dobra de cura com água.

Suas mãos tremiam e seus olhos estavam cheios de água. Tinham que tomar uma decisão.

Depois de poucos minutos tentando a todo custo acorda a irmã e não havia resultado.

—Vovó deve saber o que fazer.

Com a decisão de voltar a vila para o encontro da sua avó para salvar sua irmã.

Passou o braço dela pelo ombro e foi empurrando ela até a vila.

Porém antes de chegarem a vila, Xao sentiu que o pulso da irmã estava que no fim.

O pânico a tomou outra vez, devastador e apavorante. Yue estava morrendo em seus braços e por ser fraca não conseguiria salvar a irmã.

—Yue fica comigo! Acorda. Estou quase chegando a vila. Não morra.

Mas o corpo de Yue caiu novamente no chão fazendo Xao abaixar e colo a irmã em seu colo outra vez.

Os rosto já estava cheio de lágrimas e o medo tomou todo seu coração. Sua irmã ia morrer em seus braços e não faria nada.

Só havia uma coisa que poderia fazer, custaria muito caro mas era por sua irmã.

Pegou uma pedra que havia próxima e passou na palma da mão cortando-a. O sangue saiu lentamente e conforme ia saindo a garota dobrava o próprio sangue e o pouco que havia pegado levou em direção a testa da irmã em seus braços. Em poucos minutos o machucado ia sumindo, a respiração de Yue ia normalizando e a garota recobrava a consciência.

—Xao? O que houve? - perguntou ainda meio atordoado.

—Você caiu Yue. Tentei te levar para vila mas não chegaríamos a tempo. Então eu te curei.

—Mas como você me… - Yue parou de falar ao ver o cabelo da irmã.

Havia uma mecha branca no lado esquerdo, então Yue havia compreendido como Xao havia lhe salvado.

—Você dobrou o próprio sangue? Xao sabe que isso é contra as regras!

—Eu precisava salvar você! Você é mais importante que as regras.

 

***

Após seu afastamento da polícia Hiura Mei havia voltado a sua terra natal no interior do reino da terra. Havia sido expulso da corporação e recebido penitências severas pelo seu comportamento. Sua carreira havia acabado e tudo por causa daquela dobradora de sangue.

Ainda não entendi como ela não podia ser a assassina. Havia perdido tudo, menos seu espírito de vingança.

—Aquela vadia vai me pagar!- dizia enquanto tomava um copo de bebida alcoólica. - Vou acabar com a raça dela.

Mei já estava bêbado fora do limite. Já não tinha mais equilíbrio ou razão.

—Claro que vai! - disse uma voz feminina sarcástica na janela.

Quando o detetive olhou para a janela a assassina estava lá. A roupa toda preta mostrando somente os olhos azuis.

—Você! Como chegou aqui? - Meu disse tentando chegar perto mas caindo no percurso.

—É deplorável seu estado. Fedido e imundo. Bêbado, porco. De dar dó.

—Ora sua vadia. Cuidado como fala.

Huira tentou novamente avançar para cima da garota. Porém foi ao chão novamente.

—Não vou gastar meu tempo e minha dobra com você. Porco imundo.

Kaya pegou Mei, e foi arrastando ele até a cozinha. Chegando lá. Pegou uma das facas que estava sobre a mesa e cortou a garganta do investigador.

—Você é mesmo patético. - disse vendo o homem agonizar a sua frente.

Deixou o corpo dele no chão e antes de sair deixou um bilhete sobre o corpo e sumiu.

 

***

Desde o beijo a uma semana, Kai fazia de tudo para tentar evitar Aira. Por mais que seus sentimentos pela avatar fossem bem resolvidos, não sabia como agir ao seu correspondido, além de não poder se envolver devido ao estada da situação. Então evitava ao máximo ficar perto da garota.

Porém o senhor do fogo, pediu uma audiência vídeo chamada com a avatar. Por mais que Kai service a família real do fogo, não era mito a favor das ordens do senhor do Fogo.

E estavam agora na frente daquele computador os três, Kai, Aira e Ryu e do outro lado estavam Riku e o senhor do Fogo.

—Então o senhor acha que a população da nação do fogo não está contente com algumas atitudes da família real? - falou Aira após o senhor do fogo explicar sobre os últimos acontecimentos.

—Sim Avatar. - foi Riku quem respondeu.

—E o que eu tenho haver com isso? - perguntou Aira sem entender até agora o porquê de ser chamada.

O Senhor do Fogo olhou para garota pela tela, era muito parecido com Ryu a diferença era o olhar frio e seco e a cicatriz no lado esquerdo rosto.

—Eu gostaria de que a senhorita se casasse com Ryu. Assim a população vai ter mais credibilidade com a família Real se a avatar fizer parte dela.

Pela cara de todos na sala ninguém esperava essa atitude, nem mesmo Riku que se encontrava perto do pai.

Ryu automaticamente olhou para Kai, podia ver os olhos do rapaz ficando mais vermelhos, as mãos estavam fechadas com muita força. Ryu não entendia essa atitude do pai, claro que entendia a sua situação com a população, mas casar? Com Aira ainda! Não podia aceitar se pai mandar assim em sua vida.

—Pai…

—Senhor acha que eu sou o que? - interrompeu Aira com a cara mais séria que Ryu já havia visto na garota. - O senhor acha mesmo que eu sou moeda de troca para segurança de uma só nação? O avatar é o equilíbrio de todas as nações não de uma. E outra, Ryu é meu amigo, não me casaria com ele. Se nem a lotus branco manda em minha vida ou determina meus caminhos, você acha que vai conseguir. Vou declarar minha ajuda a nação do fogo, como Avatar e como amiga.

Nisso Aira saiu da sala logo após Kai foi atrás da garota a seguida de Ryu.

—O senhor foi longe demais. - disse Riku encerrando a video chamada.

 

***

—Huira Meu foi encontrado morto.- disse Shang aos jovens a sua frente.

Estavam na sala da lótus Kira, Kim, Mai e Woe.

Kai, Aira e Ryu estavam em uma reunião de vídeo com a família real da nação do fogo.

—Como assim? -Perguntou Kim

—A dois dias ele foi encontrado morto em sua residência no interior da nação da terra. - falou Aang.- Não há suspeitos.

—Como ele foi morto? - perguntou Kira.

—Cortaram a garganta dele.- falou Aang.

Os jovens ficaram espantados com o crime.

—Quem fez isso não deixou nenhuma pista?-perguntou Woe.

—Nenhum dos vizinhos dele viu algo. Não há nenhum rastro de entrada e saída. Porém havia um bilhete sobre o corpo. -explicou Shang

—Um bilhete?- questionou Mai.

—Sim. Um bilhete.

—O que estava escrito nele?- perguntou Kim.

—”Uma corrente quebrada ainda pode ser…

—Forte”- Kira interrompeu Aang.

—Você conhece?- perguntou Shang.

—É um ditado da tribo da água do sul. Muito conhecido.- falou Kira pensativa. -Minha mestra disse isso uma vez. Está ligado a família. - falou um pouco triste.

—Isso já é um passo. Então o assassino é da tribo da água. Vamos avisar a polícia.- falou Shang se retirando da sala.

—Falando em tribo da água, existe alguma informação nova sobre a morte da mestra da Kira.- perguntou Kim.

—Infelizmente poucas meu filho, mas nenhuma relacionada ao assassino. Só sabemos que foram roubados pergaminhos de grande importância.

—Pergaminhos lunares. - falou Kira como se estivesse em outro lugar.

—Como sabe?- perguntou Aang.

—Minha mestra me falou sobre eles. São significativos para eles. São passados de geração em geração.

—Então quer dizer que as netas dela seriam as próximas a receber os pergaminhos?- falou Kim.

—Na verdade uma delas só. Mesmo que fossem gêmeas a liderança do clã só iria para uma delas.

—Qual? - perguntou Aang

—Yue. Ela nasceu primeiro então seria a futura líder. Xao seria como uma conselheira.

—Por que falam como se elas estivessem mortas. - perguntou Woe não entendo muito bem a história.

—Porque elas estão desaparecidas a exatamente 12 anos. - falou Kira.

 

***

Aira estava puta, quem era aquele homem para querer mandar em sua vida. Casar com Ryu? Ryu era louco com Chun não tinha nenhum interesse no garoto a não ser amizade. Estava nervosa e brava, acha que agora entendi como Kai se sentia o tempo todo.

Não podia deixar q nenhum dos dois a defendesse dentro da sala, pela primeira vez ela precisa agir de forma sensata.

—Aira… - Ouviu a voz de Kai atrás dela.

Tinha andado até o jardim da mansão sem nem perceber.

Olhou para trás e viu Kai parada a menos de dois metros dela. Ele estava ofegante e pelas marcas nas luvas havia se controlado agora a pouco.

—Você não precisa ter ouvido aquela proposta absurda.- falou o moreno se aproximando. -Desculpa. - falou passando a mão no rosto dela.

—Você não tem que se culpar Kai. Ninguém sabia o que aquele homem estava pensando.

Os dois foram ficando mais próximos sem nem perceberem, os rostos mais próximos, olhares mais profundos.

porém Kai notou a proximidade entre eles e se afastou.

—Acho melhor eu procurar o Ryu. - disse se virando.

Mas Aira puxou o braço do rapaz impedindo de ir a algum lugar

—Fica.- falou ela e Kai a encarou surpresa.- Pelo menos hoje fica. Não foge disso, de nós. Pelo menos agora.

Kai não podia negar aquele pedido, era arriscado, mas pelo menos naquele momento esqueceria de tudo. E assim beijou Aira de forma urgente.

De longe Ryu viu tudo. Não iria atrapalhar o amigo, sabia o quanto momentos com aquele eram difíceis para Kai. Talvez fosse melhor ir para seu quarto também precisa colocar as coisas no lugar.

 

***

Como todos os dias que chegava em casa eram da mesma forma hoje não havia sido diferente. Entrou, comprimentou o porteiro subiu as escadas até seu apartamento que era no oitavo e último andar, detestava pegar o elevador, relembrando todos as coisas que aconteceram.

A notícia da morte de Mei havia mexido com ela. Poderia ser a principal suspeita porém estava aliviada pois ela tinha um álibi.

O corredor do seu andar como sempre era muito silencioso. Caminhou até a porta, destrancou passou por ela a trancando- a. O apartamento parecia o mesmo, mas havia algo estranho, ela sentia. Era como se algo estiver a mais naquele lugar.

—É coisa da sua cabeça Kira.- disse a si mesma.

Deixou a bola que carregava sobre a mesa da sala e seguiu até seu quarto e a porta estava entreaberta, Kira assustou com aquilo. Era costume dela sair e sempre deixá la fechada. Seguiu até o quarto e assim que entrou ao recinto de frente ao espelho era como se estivesse olhando para um reflexo de si mesma, porém, não estavam com a mesma roupa, já que a pessoa a sua frente usa uma roupa complete preta como o uniforme da tríplice. Os olhos eram os mesmos azuis cor do oceano, mas a principal diferença era o cabelo, enquanto Kira tinha o cabelo castanho com apenas duas mechas brancas, a garota a sua frente tinha todo cabelo branco.

Ela sorriu para Kira, um sorriso sarcástico e frio, mas como se escondesse algo mais.

—Quanto tempo Yue. Sentiu saudades irmãzinha.


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Notas finais do capítulo

Então? Quais as suposições de vocês? Comentei aí e até a próxima.



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