Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 4
O baile dos androides


Notas iniciais do capítulo

AF! Finalmente! Demorou pro Nyah voltar ao ar! Que raiva me deu! O bom é que eu pude editar o capitulo e deixa-lo perfeitinho para vocês!

GEEEEEENTEEEEEE!!! Eu não esperava uma recomendação tão cedo. Ai, que maravilha! Vocês são maravilhosos mesmo! Obrigada Nani! Você é espetacular!



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A festa já havia acabado.

Eu e Lion entramos no elevador, pois ele logo iria embora. É claro que assim que a porta do elevador se fechou, eu mesma o puxei para um beijo, que aos poucos foi aumentando de intensidade. A porta do elevador se abriu. Ele se afastou levemente e me encarou sorrindo.

– Foi uma noite incrível. - ele respondeu.

– Hoje eu estava vendo a foto do casamento dos meus pais e pensando no... - preferi não continuar.

– Pensando no...? - ele cobrou.

– Nada não!

Não vou mentir: eu diria "Nosso casamento". Achei melhor não comentar, pois eu mesma ainda tinha um leve trauma. Nos afastamos e fomos de mãos dadas até a entrada da Torre. Ele comentou:

– Vou ficar orando por você, tá?

– Alguma razão especial?

– Estou achando que as coisas vão piorar. Pelo que você me falou sobre os gêmeos... acho que vocês vão enfrentar muitos problemas. Você disse que Tony e Bruce estão estudando o tal "Bastão de Loki", - fez aspas com os dedos e voz dramática, me fazendo rir - não é? Acho que isso pode não ser bom.

– Ah, o cetro do Loki. - dei de ombros. - Concordo. Mas teriam avisado se estivessem aprontando alguma coisa.

– Tem certeza? - ele avisou.

Beijei seu rosto e respondi: - Não se preocupe, tá? Eu te amo.

– Eu também te amo. - ele respondeu, acariciando meus cabelos.

Houve um beijinho de despedida. Simples. Um mero toque labial. Fui antando para trás de costas e esperei ele sair para virar de frente para o elevador entra, suspirando e sorrindo, mas pensando em suas palavras. Não seria bom se ele ficasse por lá. Não que os pais dele não confiassem em mim, mas já estava tarde. O elevador se abre e fui até o centro da sala, onde encontrei todos os outros que ficaram. A maior parte dos convidados foram embora. Estávamos os Vingadores, Hill, Rodes, Cho e Krys. Me sentei ao lado de minha mãe, que bebia suco de maracujá em um copo. Parecia esconder um certo nervosismo, mas podia ser impressão minha, já que ela pouco parecia.

– Está tudo bem, mãe? - perguntei.

– Não entendi sua pergunta. Claro que sim! - ela respondeu – Você está bem?

– Lion me deixou um pouquinho preocupada. Bobagem. - sorri.

– Não liga pra isso não, garota. - ela deu de ombros – Seu pai já quase me matou de susto muitas vezes.

– Hey! O Mason foi embora? - questionou Tony.

– Ele teve que ir. Foi mal, galera. - respondi.

– Eu também tinha que dormir. - respondeu Krystal – Temos o mesmo compromisso.

– Igreja? - perguntou Steve.

– É... mas eu vou passar a noite aqui mesmo.

– Pena que vai viajar amanhã. - comentou Thor.

– Vida de agente não é fácil, não é, filha? - Steve fala, mas Krys o ignora.

– Não antes de tirar uma foto com o seu martelo. - minha amiga brincou.

– Foi mal, Srta. Rogers. Só os dignos podem ergue-lo. - respondeu Thor, pondo o martelo encima da mesa.

– Mas é um truque. - meu pai se manifestou em meio às risadas.

– É muito mais do que isso. - se defendeu Thor.

– Tá, então "Aquele que for digno possuirá o poder". Qual é?! É um truque!

– Por favor, fique à vontade. - falou Thor apontando para o martelo.

– O desafio foi feito! - anunciou Krys.

– Sério? - ele questionou, enquanto todos o incentivavam. - Tá. - ele disse por fim, deixando as baquetas (?) que giravam em seus dedos na mesa.

– Oh Clint, sua semana foi difícil. Ninguém vai te zoar se não conseguir. - falou Tony.

– Você sabe que eu já vi isso, não é? - falou encarando Thor. Segurou o cabo do martelo com uma única mão: nada. Quase ri. - E eu ainda não sei como se faz!

Alguns de nós rimos.

– Sentiu o cheiro da zoação? - falou Tony.

– Por favor. Stark, faça as honras. - meu pai apontou para ele.

Tony se levantou e caminhou até o martelo, alegando: - Eu nunca fugi de um desafio justo. É física. - ele diz pegando o martelo - Tá. Então, se eu conseguir levantar, vou governar Asgard?

– Vai, é claro. - zoou Thor.

– Minhas leis serão muito divertidas e, além de princesa de DunBroch, Merida será também princesa de Asgard. - ele diz, pondo a perna na mesa e se preparando para puxar.

– Ela é minha princesa, Stark. Só por cima do meu cadáver. - respondeu meu pai, enquanto Tony tenta puxar e não consegue.

– Achei que você fosse imortal, querido. - minha mãe brincou.

– Agradeço a consideração, mas não. Valeu. - respondi a ele, ignorando meus pais.

Tentou com a mão da armadura dele, com o Maquina de Combate ajudando e nada. Nem se movia. Na vez de Bruce, ele sobe na mesa e, por fim, até ameaça a se transformar. Mas eu sabia que não era bem assim. E quando perguntou "Nada?", neguei com a cabeça. Na vez de Steve...

– Sem pressão, mas acho que você é o tipo de cara que consegue. - afirmei.

Ele arregaçou as mangas e tentou puxar. Pude ouvir um ruído e ver o rosto tenso de Thor. Steve quase conseguiu, mas poucos repararam. Ele largou o martelo e Thor riu.

– Eu vi mexer! - afirmou Krys.

– Só porque é o seu pai, não é? - perguntou Bruce.

– Não sou esse tipo de garota. - ela afirmou.

– Então tenta, Sam Pucket! - falou Stark. Quase ninguém intendeu.

Krystal se levantou e perguntou: - Quem?

– Nada. Esquece. - respondeu Antony.

Krys respirou fundo e segurou, puxando de leve. Depois, aplicou força: mesmo resultado que seu pai. Ouvi o ruído, mas dessa vez, pude sentir que o martelo balançou mais, porém ainda quase imperceptível. Os outros riram. Krystal pareceu um tanto decepcionada com o fato.

– Fica assim não, Krystal! - falou meu pai.

Foi quando apontaram para mim e minha mãe.

– Viúva? Valente? - sugeriu Bruce.

– Ah, não. Não quero fazer parte dessa brincadeira. - minha mãe respondeu, tomando um gole do refresco.

– Já tentei uma outra vez. - afirmei - Não deu.

– Sério? Quando? - Thor perguntou confuso.

– Com todo o respeito ao homem que não queria ser rei, - Tony começa a falar – mas rola um truque.

– Do caramba! - afirmou meu pai.

– Steve, ele quase falou um palavrão. - falou Hill.

Minha mãe se aproximou do meu ouvido e cochichou: - Depois eu puxo a orelha dele. - rimos em silêncio.

– Contou sobre quilo? - questionou Steve.

– Eu contei. - confessei.

– O cabo tem um sensor; tipo uma trava de segurança. Só funciona para quem tem as impressões digitais do Thor, numa tradução literal.

– É, é uma boa teoria. - falou Krys.

– Mas eu tenho uma mais simples. - ele segura o martelo, joga no ar, pega de volta e diz simplesmente: - Vocês não são dignos.

– Claro que não! - meu pai falou sarcástico, enquanto todos zoavam de outras formas e eu ria, sem me importar.

– Rapazes, eu... - mas minha mãe não pôde prosseguir.

Foi quando um ruído ensurdecedor soou por toda a sala e precisei tampar os ouvidos. "Que porcaria é essa?!" Me perguntei em pensamentos. Eu fiquei com medo. Lion podia estar certo: os últimos acontecimentos eram mal sinal para a gente. Stark encarou o celular e minha mãe me envolveu em seus braços, percebendo minha reação. Retomei minha postura. Aquilo era algo estranho vindo de uma heroína cujo codinome é Valente.

– Dignos... - a palavra em vos robótica soa pela sala. Nos viramos e encaramos algo que parecia um robô completamente destruído. Uma espécie de "Robô Zumbi" - Não. - ele continua – Como seriam dignos? Vocês são assassinos.

– Stark. - chamou Steve.

– J.A.R.V.I.S... - mas é interrompido pela maquina.

– Perdão, eu estava dormindo. Ou sonhando acordado. - Tony mandou J.A.R.V.I.S. reiniciar o sistema, mas a maquina continuou: - No sonho que eu tive, eu estava preso em cordões. Tive que matar o outro cara. Ele era legal.

– Matou alguém? - questionou Steve.

– Não era minha primeira escolha. - respondeu – Mas, no mundo real temos que enfrentar essas escolhas cruéis.

– Quem projetou você. - dessa vez, eu me pronunciei.

"Eu vejo uma armadura em volta do mundo".

Eu conhecia aquela voz. Era do Stark. Devo admitir: ele era neurótico. Tinha medo de, um dia, a Terra ser explodida ou coisa assim. Louco.

– Ultron? - perguntou Bruce. Droga! Era algum trabalho secreto!

– Em carne e osso. - ele respondeu. Estranho ouvir isso de um ser de metal, não acha? - Não... não ainda. Não essa crisalida. Mas estou pronto. - reparei que boa parte do pessoal preparava alguma arma – Estou numa missão. - declarou por fim.

– Que missão? - perguntou mina mãe séria.

– Paz para o nosso tempo.

As paredes são rompidas por mais robôs. Três, para ser exata. Enquanto eu, minha mãe e Bruce pulamos para trás do sofá, Steve empurrou Krystal para o lado e virou a mesa e um dos robôs deu de cara com ela, mas ele foi arremessado para longe.

– Pai! - gritou Krystal.

A sala virou um campo de combate. Só vi meu pai se jogar para baixo de uma mesa e eu, minha mãe e Bruce nos jogamos para dentro do barzinho onde meus pais trocavam flertes antes. Cai de barriga no chão e Bruce quase encima de mim, minha mãe ao nosso lado.

– Foi mal. - ele falou.

– Sei que a situação está séria, mas... - ele me interrompeu.

– Não vou ficar verde. - ele afirmou.

– Ótimo. Agora, dá licença? - ele se jogou para o lado.

Minha mãe, pedindo desculpas, passou por cima da gente e tirou de baixo da bancada duas armas e me estendeu uma. Eu não sabia usar aquela coisa, mas não devia ser tão difícil assim. Mesmo assim, eu pedi.

– Me diga que antes de apagarem minhas memórias, eu sabia usar essa coisa.

– E muito bem. - ela respondeu.

Ainda abaixadas, começamos a atirar, tentando acertar os robôs. E quem diria! Eu não estava indo nada mal! Aquela devia ser uma típica briga do tipo "divertida", como em Sokovia, mas tinha algo diferente no ar. Pulei o balcão e fui auxiliar Krystal. Ela não tinha muita dificuldade em arrebentar o braço de um quando me aproximei.

– Levaram o cetro. - ela falou.

– Isso não é bom. - completei.

Continuamos a lutar. A situação estava muito feia. Lutava, tentava me proteger e ao mesmo tempo, acreditar no que estava acontecendo. Nós duas corremos para o lado onde estava meu pai. O próprio estava com o escudo do capitão, e o arremessou para o próprio. "Eu queria ter feito isso" sussurrou Krystal. Olhei para o piano da minha mãe (confuso, não? Ela toca piano), e o vi totalmente destruído.

– Isso foi dramático. - falou o líder, que mal saiu do lugar. Todos os outros foram destruídos - Desculpem. Vocês tem boas intenções. Só não pensaram direito. Vocês querem proteger o mundo, mas não querem que ele mude! Como a humanidade será salva, se não for permitido que evolua? - encarei o rosto de Krystal e pela primeira vez, seu olhar era de ódio - Como elas! - ele pega uma parte de um dos robôs destruídos - Essas marionetes. - disse esmagando sua cabeça - Só existe um caminho para a paz: a extinção dos Vingadores.

Thor arremessa seu martelo nele e destrói. Krys se vira de costas e suspira, passando os dedos nos cabelos. Me apoiei na parede e suspirei aliviada. Sim, eu estava com raiva e sim, queria, de novo, matar o Stark. Mas era um sentimento para guardar pra depois. Aqueles foram destruídos...

... mas eu sabia que aquilo era só o começo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Acho que ficou um pouco grande, mas perfeito. Melhor da fic!