Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 2
Melhor que bem, na medida do possível


Notas iniciais do capítulo

O nome desse capitulo não descreve muito bem a situação... Um comentário. A épica continuação de Garota Valente tem um único comentário? Bom, tudo bem! Eu não gostaria que Gabe Nick parasse de postar Agente Romanoff por ter poucos leitores.

Com vocês... mais um capitulo!



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Eu estava conversando com meu pai.

Estava muito ferido, mas iria ficar bem. Minha mãe se aproxima de nós três (Steve também estava lá), e eu fui até Bruce, que ouvia ópera para acalmar os nervos depois de tudo. Assim que me aproximei, ele tirou os fones e eu me sentei no chão.

– Está tranquilo? - perguntei.

– Sim, estou.

– A "Canção de Ninar" deu certo, então.

– Não estava esperando um Código Verde.

– Acredite: se não estivesse lá, não teria dado certo e eu seria órfã de pai agora.

– Engraçado, Meri, como as vezes o que eu quero ouvir não é exatamente o que eu quero ouvir.

– Confuso. Mas você precisa confiar mais em você. É tudo o que te impede.

– Não é em mim que eu não confio. É no... no "outro cara".

Suspirei e ouvi minha mãe pedir: - Thor, relatório sobre o Hulk.

– Mãe, melhor não... - mas Thor me interrompeu.

– Os portões de Hell transbordam com os gritos de suas vítimas. - eu e Bruce cobrimos os rostos enquanto minha mãe o fuzilava com seus olhos. Eu cresci com essa cultura, e sabia que Thor diria alguma coisa assim. Ele percebeu que o que ele disse não foi legal e se corrigiu – Eh, mas não gritos dos mortos, é claro que não. Gritos de feridos geralmente... choramingos e...

– Já está bom, Thor. - pedi, antes que ele piorasse a situação.

– Oh, Banner! - chamou Tony – A Dra. Cho está vindo para cá. Tudo bem se ela ficar no seu laboratório?

– Claro! Tenho tudo o que ela precisa. - ele respondeu.

– Valeu. Fala pra ela que o Barton vai precisar de um tratamento completo.

– Vou avisar, Sr. - respondeu J.A.R.V.I.S., e eu nem tinha me ligado que ele tinha falado com ele.

– J.A.R.V.I.S., assume o volante.

– Sim, Sr. - respondeu o computador.

Me levantei e fui para um canto esperar o fim da viagem. Thor, Tony e Steve ficaram falando sobre o cetro e eu observando de longe. Queria voltar para a Torre (aliás, completamente reformada), Fechei os olhos e cochilei. Eu pensava na minha festa de aniversário de 18 anos, emendada com a de despedida do Thor, que voltaria para Asgard com o cetro do Loki. Acordei com o Quinjent pousando na Torre. Acompanhei meus pais até a Dra. Cho, mas encontrei um rapaz bonito com um buquê de rosas e um sorriso. Então fiz o que qualquer namorada em sã consciência faria:

LION! - gritei correndo para abraça-lo.

– Feliz aniversário! - ele corresponde ao abraço e me estende as flores.

– Obrigada. Não precisava, Leãozinho.

– É claro que eu precisava. - ele me beijou rapidamente.

– Krys está aqui?

– Se não esbarrou com o pai dela em algum lugar...?

– A gente acabou de chegar.

– Reparei. - ele falou, me fitando da cabeça aos pés.

– Procurando alguma coisa para elogiar? - perguntei, caminhando ao seu lado.

Estávamos indo até a enfermaria, onde ele ficou quando foi baleado e agora estava meu pai. Lion tirou a jaqueta de couro, ficando apenas com a camiseta xadrez. Seus braços não são musculosos. Na verdade, parecem palitos de dente brancos e lisos. Se nos casássemos, eu seria o homem da casa. Mas brincadeiras a parte, ele é meu estudante direito que não fica surtando quando eu saio em missão com os Vingadores.

– Como foi?

– Divertido... e estranho. - respondi.

– Estranho como?

– Sem contar que a tecnologia era bem mais avançada do que a de qualquer outra base da H.I.D.R.A. que já invadimos... tinham aprimorados.

– Aprimorados?

– É! Tipo... pessoas com poderes. Um deles eu cheguei a ver pessoalmente, a outra, o Steve avisou. Eram dois.

– Que tipo de poderes? - ele perguntou.

– A mulher eu não sei. O cara era um albino chato e muito rápido. Sem contar que era metido. - falei e ele me surpreende com uma quase risada.

– Rápido tipo... o Flecha, do filme Os Incríveis? - questionou.

– Lá vem você ressuscitar filme de quando nós nem éramos nascidos. Estamos em 2034! O mais recente é de 2020, o três, que fechou a franquia com chave de ouro. - informei.

– O que é mais engraçado do que conversar sobre filmes de super-heróis com a namorada super-heroína? - questionou em uma mistura de observação divertida com charada.

– Katniss abandona Peeta e se casa com o Quatro? - questionei.

– Olha... eu não entendi nada do que você disse, mas lá vai a resposta: - Lion me mostrou dois ingressos para o cinema e completou – Assistir a um filme de super-herói no cinema com sua namorada super-heroína no aniversário dela!

– Não brinca?! - falei animada – "Mental"?! Na noite de estreia?!

– Lembra quando você surtou dizendo que iria estrear um filme no mesmo universo que o que vimos quando eu te pedi em namoro e ainda por cima no seu aniversário? - ele relembrou, e nem eu me lembrava disso – Bom, eu reservei assim que pude.

Abracei-o pelo pescoço e o beijei rapidamente: - Eu te amo, Leãozinho.

– Princesa Vingadora. - ele acaricia meus cabelos e responde - Também te amo.

– MELOOOOOSOOOOO! - gritou uma loira caminhando em nossa direção.

– Oi, Krys. - falou Lion, um pouco irritado.

– Krystal! - andei rápido (já havia corrido muito por um dia só) e a abracei.

– Feliz aniversário! - ela falou – Viemos aqui há algumas horas, mas a Hill nos avisou de que você estava "trabalhando".

– Está ocupada agora? - perguntou Lion.

– Acho que não. - respondi.

– Então vamos dar uma volta! - pediu Krys – Troque de roupas, porque você não sai dessa torre assim.

Fiz como ela pediu e saí com eles para apenas ficar andando na rua e conversando. É claro, avisei a minha mãe, enquanto ouvia piadinhas do meu pai na outra linha. Algo sobre ele ser imortal e... feito de plástico. Chorei de tanto rir. Mas voltando ao assunto do típico trio, contei pra eles como foi a missão e Krystal comentou sobre a conversa de Hill, seu pai e ela.

– ... e meu pai não entendeu nada. Aí eu olhei pra Hill e disse: "Eu cuido disso", me virei para ele e disse "Ele é rápido e ela esquisita". - eu e Lion rimos. - É, e vocês acharam graça de um mero "Olha a língua". - completou Krys, quem contava a história.

– Não era para eu rir disso. E se tivermos que enfrentar esses dois de novo? - questionei.

– Pelo que Hill e meu pai falaram, a garota é perigosa. - comentou Krys. - E então, ela chamou eles de malucos por terem sido voluntários para esses experimentos e meu pai ficou todo ofendido.

– Steve também foi, não foi? Pro lance do super-soudado? - perguntou Lion a mim.

– É, ele foi. - respondi.

Krystal começou a lembrar de alguns momentos engraçados na S.H.I.E.L.D. envolvendo sua força anormal e eu quase não prestei atenção. Lion se aproximou do meu ouvido e sussurrou:

– Bonita a blusa.

– Já estava esperando você falar, Sr. Detetive. - rebati.

– Eu sempre me esqueço do quanto você fica fofa revoltadinha. - ele zombou fazendo biquinho.

Empurrei sua cabeça com a minha mão e segui. Depois compramos um sorvete enorme e sentamos em uma mesa, cada um com uma colher e dividindo seis bolas de sorvete, cada uma de um sabor: morango, abacaxi, chocolate, menta, flocos, bluberry e coco.

– Então, Krys... vai ficar solteira por muito tempo? - perguntei.

– Por quanto tempo Deus quiser. - ela respondeu – Um namorado não me faz falta. Na verdade, para uma agente, pode até atrapalhar.

– Falando nisso, como vão Kate e Neo?

– O casal mais problemático que eu conheço. - afirmou Krys.

– E o Albert? - perguntei, e senti um certo desconforto vindo de Lion.

– Tranquilo... parou de perguntar por você.

– Vai voltar hoje, não é? - perguntou Lion triste.

– Ficou louco? Prometi tocar pra Meri na festa dela! - ela respondeu.

– Então, temos três dias ainda. - afirmei.

– Vamos aproveitar o máximo que pudermos. - falou Lion.

Em três dias, podemos fazer bastante coisa. Há uma frase de um filme que meus pais amam. Ela diz: "Dá pra fazer muita coisa em um dia". Como, por exemplo, pegar uma música que você compôs e procurar desesperadamente alguém para tocar. Então, descobre que sua melhor amiga toca violão e ela se oferece para ajudar. Sim, isso aconteceu em um único dia. Logo depois, minha mãe me mandou uma mensagem dizendo que eu tinha que voltar porque estava ficando tarde. Me despedi da minha amiga com um "toca aqui" e do meu namorado com um beijo. Entrei na Torre sorrindo e quase saltitando, solfejando alguma música que não sei qual é.

– Boa tarde, Srta. Barton! - disse uma mulher que trabalha na portaria.

– Boa tarde! - respondi sorrindo.

– Está radiante hoje! Está tudo bem?

Pensei bem na resposta que eu daria. Geralmente, é uma pergunta feita para pessoas aparentemente tristes, mas ela usou para o contrário. Eu poderia dizer que era meu aniversário, que eu estava com minha melhor amiga e meu namorado, que eu não estava tendo problema algum com a faculdade e aquele dia eu não tive aula... mas eu preferi responder:

– Melhor que bem, na medida do possível.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai ter um pouco mais da princesa de DunBroch, eu prometo! Ela não é minha personagem autoral e vocês já perceberam isso... Até a próxima!

(*) ""Dá pra fazer muita coisa em um dia" é uma frase do filme "O Preço do Amanhã".