Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 15
Beijos e churros de chocolate!


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu montei uma página no face, se puderem dar uma olhada, curtir e tals...: https://www.facebook.com/Menthal-Vellasco-112905249045190/

Esse nome é uma referência e uma homenagem à Doritos Stony Chan, ou só "Dori" para mim, melhor leitora dessa fic. Todos os comentários dela acabam sendo os melhores e eu posto já esperando ela comentar. Você merece, flor! ♥

P.S.: a partir de agora, só o epilogo será paralelo, e isso é muito bom, porque eles darão menos trabalho e sairão mais rápido.



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"Lar doce cama!"

Era só no que eu pensava naquele momento. Queria tanto dormir que nem lembrava de que Lion estava possivelmente na torre me esperando. Queria beijar ele e cair na minha cama para acordar só na minha formatura. Meu pai estava jogado deitado em algum lugar reclamando de cansaço enquanto Pietro estava sendo socorrido por causa dos tiros nas pernas. Ironias da vida. É muito interessante como o ser humano pode ser ingrato. Por isso, agradeci de forma breve ao Deus de Lion e Krys.

As capsulas de fuga aterrissaram no chão e o pessoal que estava na nave ajudou os civis. Já os Vingadores foram para a Torre, juntos com Krystal e os Maxmorff. Nem senti a viagem. Além do Quinjent ser rápido, a maioria de nós estávamos dormindo. Quando acordei, já havíamos chegado. Me levantei e os acompanhei para fora. E ele estava lá. Não pude correr para seus braços, mas ele mesmo tratou de fazer isso.

– Graças a Deus. Você está bem. Está bem, não está?

– Na medida do possível. - sussurrei divertida.

– E Krys?

– Dormindo. - olhei para seu rosto, mas ainda com meus braços entrelaçados no pescoço dele e os dele em minha cintura. - Capitão levou ela para a sala e a deixou no sofá. No momento, eu também quero muito dormir.

– Fiquei preocupado com as duas, principalmente ela. Não tem experiência com as mesmas coisas estranhas que você. - brincou.

– Você conhece Krystal Walker Rogers: viu a necessidade, atenda.

– Alguma baixa? - perguntou preocupado.

– Quase perdemos o Ligeirinho e o Banner quase chutou o balde, mas eu não deixei. Meu povo acreditava que a sina de um estava interligada à de outros, e eu não podia deixar alguém morrer só porque é o destino dele. Interferi nisso, já que eu podia.

– Salvou o Maxmorff? - ele questionou.

– Conheceu ele?

– Só de vista. Eles estiveram aqui na Torre.

– E eu aqui me perguntando por quê eu ainda não te beijei.

Lion riu e juntou nossas testas, depois os narizes e então as bocas. De pouco a pouco. Algo simples que se intensificava devagar. Então ele abaixou o capuz do meu uniforme e enfiou a mão no meu cabelo. Minha mãe também tem essa mania de mergulhar as mãos nos meus cachos. Quem não os ama?

– Merida.

O beijo encerrou por ali. Ah, esse jeito que esses dois tremem o "r" é capaz de irritar muito as pessoas no começo. Me acostumo com isso.

– Wanda, ele está bem? - perguntei, saindo dos braços de Lion.

– Se acertou a coluna, não vai estar bem tão cedo. Mas estão achando que não, então a princípio, Pietro vai ficar bem.

– Assim espero.

– Eu te devo duas. Uma por me dar uma segunda chance e outra por salvar a vida do meu irmão.

– Você não me deve nada. Acredite em mim. O lance da porta não conta, foi bom para todos. E estamos quites sobre o seu irmão se vocês ficarem com a gente. Como Vingadores.

– Se é assim – ela me abraçou e continuou -, obrigada.

– Eu agradeço.

Wanda se afastou e seguiu para... sei lá onde. Mas parou na metade do caminho e virou para nós dois de volta.

– Você é um cara de sorte, Mason. Ela te ama muito.

Então seguiu. Lion não tinha muito o que fazer por lá. Estava tudo a maior correria e eu iria dormir. Sim, eu voltei de uma missão em que quase morri e, quando meu namorado estava lá me esperando, eu escolhi ir dormir do que contar cada detalhe de tudo para ele. Isso se chama "liberdade" e era minha condição para entrar em um relacionamento. Se não, seria o mesmo que o casamento arranjado de meus pais (Fergus e Elinor).

Acho que nem sonhei. Se sonhei, não me lembro com o que. Só sei que eu estava de uniforme e toda suja, com alguns arranhões. Então fui para o banheiro e tomei um banho, com cuidado para não arder meus ferimentos de guerra. Saí ainda de roupão só pra depois ver no relógio: sete e cinquenta, ou seja, dez para as oito. Lembrando de que eu dormi umas... seis e meia da tarde ou coisa assim. Então fui para o closet procurar algo bonito para ir até a casa de Lion. Não vou encontra-lo mal arrumada.

Então saí do quarto e desci as escadas até a enorme sala. Atravessei aquela parte da Torre, em direção à enfermaria. Precisava saber como Pietro estava depois dos tiros. No meio do caminho, encontrei um cara moreno encarando a janela. Parecia eu quando Lion tomou aquele tiro da irmã dele.

– Linda manhã, não acha? - perguntei e ele olhou para mim.

– Já tive vistas melhores. - respondeu Bruce.

– A de ontem? Foi linda.

– É... apesar de tudo, a vista de Sokovia no céu é maravilhosa. - riu.

– Como é que ele está?

– Maxmorff? Bem. A irmã dele só deixou a maca quando realmente não teve jeito. Se quer dormiu.

– Previsão para acordar?

– A qualquer momento. Está se recuperando bem rápido.

– Faz sentido. - brinquei – Vai ficar com a gente, não é? Ou vai nos abandonar como tentou em Sokovia?

– Você viu o que aconteceu na África? O Hulk perdeu o controle e logo eles vão aparecer querendo me prender ou alguma coisa...

– Não é por isso.

Ele suspirou e olhou para o alto.

– Eu sou um monstro.

– Claro que não!

– Meri...

– Você é um herói! Tira isso da sua cabeça!

– Tá, mas essa é a sua opinião, e não a deles!

– O povo não sabe o que acontece nos bastidores. - afirmei, um pouco irritada com a discussão - Você não é quem eles pensam que é. Já provou o contrário, e são eles que não acreditam. Faça um favor a si mesmo, Bruce: confie mais no Hulk. Ele ainda é você.

– Não é tão simples.

– É mais simples do que você imagina.

Dei as costas e segui para o elevador... só então me lembrando da faculdade de Lion. Tanta coisa na minha cabeça e eu me esqueço disso. Krystal foi para casa provavelmente e hoje vai voltar para a S.H.I.E.L.D., então não tenho muita opção. Resolvi apenas sair andando pela rua, de cabelo preso e com o chapéu para ajudar um pouco. Fiquei feliz por poucas pessoas me encararem. Eu não queria chamar a atenção de ninguém naquela hora.

Então me lembrei de que minha mãe havia mencionado churros de chocolate antes da batalha. Dês de que minha mãe (Elinor) esperava os gêmeos me falam que não se nega desejo de grávida. Não sei se ela ainda queria, mas eu decidi comprar do mesmo jeito. Encontrei uma lanchonete andando por aí e entrei de cabeça abaixada, para não ser reconhecida. Por sorte, não tinha só com recheio de doce de leite, também tinha chocolate. Comprei cinco. Nunca se sabe! Essas gravidas são tão imprevisíveis...

– Merida? - questionou uma voz atrás de mim.

Me virei... - Krystal, o que faz aqui?!

– Peguei um taxi para a Torre. Ia me despedir e a May ia me buscar lá. Mas aí eu estava passando e vi você! Reconheço esses cachos ruivos em qualquer lugar do mundo.

– Eu ia na casa do Lion, mas me lembrei da faculdade dele. Então resolvi...

– Mas Lion me mandou uma mensagem agora pouco dizendo que está em casa e que ia para a Torre se despedir pessoalmente.

– Ele faltou hoje? - perguntei surpresa.

– Você também. - rebateu.

– Os professores sabem sobe meu emprego. E provavelmente todo o mundo sabe o que aconteceu ontem.

– Vamos? - ela perguntou.

Então, caminhamos pelas ruas, já que não estávamos longe da torre. Sentia falta dos amigos dela. Uns malucos, mas muito legais. Me parece que eu só veria a May, uma grande amiga da minha mãe na qual eu quase tive o nome dela. Ao menos isso. Durante toda a ida, ela me atualizou, principalmente sobre Visão. O cara é uma maquina e levanta o Mijonir. Entramos e fomos saudadas pela moça da recepção. Logo depois, entramos no elevador. Quando a porta se abriu, cheguei a tomar um pequeno susto:

– Oi, Visão! - falou Krys sorrindo.

– Olá Krystal e Merida. - ele nos cumprimentou.

– Ah... oi. - respondi sem graça, sorrindo amarelo.

– Visitantes acabaram de chegar. - alertou – Vieram buscar você, Krys.

– Já estou sabendo. - assentiu.

– Obrigada, e... vamos. - falei, puxando Krystal pela mão.

Aquele cara me assustava. Então seguimos até a sala observando um amontoado de gente e até o que identifiquei como Pietro em uma cadeira de rodas. Corri e Krystal me seguiu. Aos poucos fui identificando os rostos...

Melinda May...

Kate Hunter...

Neo Campbell...

Albert Fitz...

Todos estavam lá! Percebi isso quando cheguei. Até o Coulson! É claro, eu exagerei quando disse "todos". Eram só May, Coulson e os mais jovens do grupo. O "Todos" estava mais para "Todos os Vingadores", porque eles sim estacam todos lá. Kate, Neo e Al se amontoaram em cima de Krys e ficaram falando o quanto ela foi corajosa e fez muito mais do que o trabalho dela.

– Ah... oi! - tentei chama-los.

– Depois falamos com você. - declarou Kate – Tem um cara que parece gay de lindos olhos azuis doido pra provar que não é o que parece.

Todos riram. Eu fiquei confusa, até olhar para trás e ver Lion. Eu estava com um saco de churros de chocolate na mão, então me senti um pouco constrangida com isso.

– Eu falei com você ontem, mas não deu tempo de você me contar cada detalhe da luta. - falou.

– Um minutinho. - pedi, andando até minha mãe e lhe estendendo os churros.

– O que é isso? - ela perguntou, segurando a embalagem de papel marrom.

– Churros de chocolate. Você disse que estava com desejo, então eu resolvi comprar para você!

Ela me encarou com os olhos arregalados, como se eu tivesse dito algo que eu não deveria ter dito. O mesmo olhar que mandou para Thor no Quinjent no dia do meu aniversário.

– Desejo? - questionou Albert.

– Ah, é! - Krys pareceu se lembrar de uma novidade empolgante – A Na...

– Não conta! - pediu minha mãe.

– Não contar o que, Sra. Barton? - perguntou Kate.

– Que ela está grávida! - declarou Stark, fazendo minha mãe ter um pequeno surto de raiva, revirando os olhos, pondo a mão na testa e suspirando alto.

– Sério?! - questionou Neo surpreso.

– Não levou em conta os riscos?! - questionou Al como se fosse o cumulo do absurdo.

– Gente, por favor! - pediu meu pai - Não era pra sair espalhando pro mundo inteiro. Não era só ela que queria esconder por enquanto. - depois olhou para ela e falou – Mas amor, você está sendo melodramática.

– Você é como qualquer outro homem quando descobre que vai ter um filho: quer contar para Deus e o mundo. Se lembra quando era a Merida? Na hora você quis ligar para eles. Eu é que não deixei. - afirmou minha mãe.

– Anakin Skywalker não saiu contando para todo mundo. E no dia seguinte, eu fiz isso? Saí espalhando?

– Sim, você fez.

Aí todos começaram a rir e zoar meu pai. Foi uma manhã bem divertida. Acho que nunca conseguiria imaginar a risada de Wanda até aquele momento. Os momentos que a vi, ela parecia triste ou com raiva. Ela e Pietro provavelmente passaram por muita coisa. Estou fazendo psicologia, certo? Mais uma vez uma ideia sem sentido de Lion vem bem a calhar. Mas pode ser bem mais do que isso o que eles precisam.

Depois de horas batendo papo e matando saudade dos amigos da S.H.I.E.L.D., o diretor os chamou para voltar, Então Krys partiu para sua base secreta depois de uma longa despedida. Logo os outros foram se dispersando, até sobrarmos apenas eu, Lion, Pietro, Wanda e o Stark. A conversa estava engraçada, mas pareceu logo perder a graça.

– Ironias da vida. - comentou Stark - Você cria algo para acabar com a ameaça e essa coisa se trona uma ameaça.

– Talvez devesse parar de tentar criar coisas. - comentou Wanda um pouco grossa.

– Não posso, Maxmorff. Esse é o meu trabalho.

– Seu trabalho é proteger as pessoas, não coloca-las em risco. - insistiu ela.

– Wanda, se acalma. - pediu Pietro, mas ela o ignorou e deixou a sala. Logo Tony também saiu.

– Ela sempre foi... meio... - Lion começa a perguntar.

– Esquentada? Depende da pessoa com quem ela fala.

– Bom, eu ia dizer "nervosa", mas tá! Dá na mesma. - brincou o moreno.

– Sabe mais ou menos quando vai poder voltar a andar? - perguntei.

– Amanhã ou depois. Isso aqui é um tipo de repouso. - falou, se ajeitando na cadeira de rodas.

– Foi mal por acertar suas pernas.

– Se não fosse por você, teria acertado tudo. - ele afirmou – Te devo uma.

– Sua irmã disse a mesma coisa. Não precisa se preocupar com isso.

– Por falar nela, vou indo. - aviou – Provavelmente ainda é raiva do Stark.

– E você? - perguntou Lion – Ainda tem raiva dele?

– Devagar e sempre, eu estou esquecendo.

E assim ele saiu, deixando eu e Lion livres para beijos e esse tipo de coisa que namorados fazem de vez em quando. O que havia acontecido no dia anterior era algo grande que geraria granes consequências.

Espero eu que as coisas não piorem para a gente.


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Notas finais do capítulo

Amanhã de manhã vou viajar e então se eu demorar a responder os comentários, já sabem! Só volto domingo a noite.

Pra quem não se lembra:

Katharine Morce Hunter, Albert Simmons Fitz e Neo Johnson Campbell aparecem na primeira temporada.

Espero que tenham gostado!