— O que significa isto?! – Um alarido de timbre familiar ecoava em todo o Palácio de Jade. As espinhas dos Cinco Furiosos e do Dragão Guerreiro se estremeceram. Po soltou Tigresa educadamente, as palavras cessaram, uma fila uniforme fizeram, o temor e o tremor eram notórios naquela hora. Era um saldo negativo ouvir a voz de seu grão mestre irritado:
— Zeng, vá chamar agora o Dragão Guerreiro e os Cinco!
— M-mas e-e-e o treino de-deles?!
— Esqueça o treino, haverá coisa mais importante agora. Vá logo!
—S-sim senhor.

Zeng ia levantar vôo quando os maiores guerreiros da China já estavam no recinto. A gritaria foi ouvida, e já não queriam mais castigos, já bastava treino regular.

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— Sei que é louca, mas não precisa passar dos limites. Jamais derramaria sangue do meu sangue. — Retrucou em alta voz o ser encapuzado.
— Se fosse o temível Syaoran o dono desta obsessão, já teria feito. Por isso não nasceu com olhos nobres como seus irmãos.
— Eu sou nobre! Como se atreve a se dirigir a mim assim?! Eu sou o principal nobre, o duque de Tigre, o clã mais temível de toda a China! — Exibido. – Sussurrou o cego vidente a seu fiel escudeiro, uma serpente macho.

Tal vidente era um leão–da–montanha bem avançado em anos, seus pelos eram totalmente branco, cego de nascença e suas bochechas caídas lhe davam um ar de graça, sabedoria e fofura (N/A: amo pelanquinha de anciãos *-*)

— Pela última vez vou deixar bem claro o seu destino: todo felino ao terceiro dia de vida deve até o terraço do Palácio para ser revelado seu futuro através da cor dos olhos. A luz da lua refletia na grande pedra de âmbar, que ia ao encontro das pupilas fechadas do nenê, o incomodando até abir os olhos. Sabe as carreiras vindas da cor dos olhos e sempre deu certo. Aconteceu comigo, com você, com sua esposa, com sua amante, com sua filha, seu irmão, seu povo. Todos os felinos cumpriram com o destino, sendo ele o pior ou o melhor... Se aceite, que dói muito menos. – Disse o velho cego, se virando para sair do próprio estabelecimento para sentir ar fresco, até que uma voz Interrompeu seus passos:
— Nunca vi todos os olhos de todos os felinos da China, como são seus destinos, as cores? Pode explicar senhor Zhou? – Akame insistiu até que o ancião volveu e respondeu. O infeliz felino se estressou, grunhiu e se retirou, deixando o amor proibido de sua vida na propriedade do necromante:
— Querida, antes de responder tua pergunta, vou lhe fazer uma: por que se sujeita a ele?
— Zhou, meu velho amigo, já sabe muito bem meus planos e projetos ... Mas ainda não me respondeu – A felina deu uma piscadela ao amigo ancião. Este sorriu de volta a ela e se virou, abriu uma gaveta, estava demorando a achar o que queria. Aquela gaveta tinha vários mini pergaminhos, a qual foi retirado um que despertou a atenção de Akame, uma jovem de 26 anos.
— Olhe por si só, minha cara. – Ao entregar, ela vislumbra o designer do pergaminho, e vê cada cor e cada destino:

Laranja → Sucessor e herdeiro da Poeira cósmica;

Azul → Membro real, terá altos cargos e grandes responsabilidades;

Verde → Responsáveis pelas festas, decoração e comida. São a alegria do clã;

Vermelho → São os guerreiros que combatem nas guerras do clã. Muito numeroso;

Dourado → Destinados à caça, trazer os mantimentos para aldeias, vilas e o Palácio;

Castanhos → Cuidam do comércio local e das importações e exortações com outros clãs e com outros países;

Lilás → Geralmente fêmeas, são as parteiras do vale é também cuidam das noivas próximo a data de casamento;

Preto → Um felino a cada 70 anos, são os profetas do Reino. Suas previsões certas alcançam em até 123 anos no futuro;

Laranja Claro → Amantes, prostitutas, ladrões e bandidos. Seus familiares tem a esperança de que com o tempo, seus olhos escureçam e se torne o novo líder do clã Tigre. Acontece poucas vezes.

Cego → Feiticeiros, videntes e necromante. Moram na ala mais pobre do Sul da China, são muito procurados.

Ao observar, Akame o entrega. Afinal acreditava, seus olhos laranja claro confirmava seu destino de amante e prostituta. Órfã das duas partes, Dona de um segredo que a destruiria.

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Ainda 31 anos atrás...

— Mais um ano que se completa, desde a chegada da família Chen aqui em nossa realeza, e hoje, completa 100 anos de bênçãos inestimáveis em nosso Reino! Viva a família Chen! Viva Syaoran! Que seja poderoso como o avô e sábio como o pai! Viva! – Essas eram algumas expressões usadas pela população do sul da China, pois Syaoran, O escolhido pelo destino, agora reinará em lugar de seu pai, pois já havia casado com Fang Ying há alguns meses, era uma jovem sabia, com pelagem e cor de olhos laranja, seu destino havia sido cumprido, agora deveria ser melhor do que as rainhas anteriores.
Em geral, um reinado durava 50 anos. Passados tempos, o filho que tivesse a íris real governaria em seu lugar. Em comemoração, o povo Jade (todos os que possuem olhos verdes) deu o seu melhor e tinha mais bebida do que comida, bebidas alcoólicas. Fang Ying mesmo sendo da realeza, gostava de se juntar ao povo, diferente do irmão mais novo de seu esposo. Ela bebia muitos licores, já não correspondia ao seu eu. Quando percebeu que já era hora, resolveu voltar para seu quarto. Como a festa era no exterior do Palácio, se retirou ela e outro.

Eis a família Chen:
Chen tem três irmãos, porém só ele herdou íris prestigiada, este teve Chang, Zhang e Sora com sua preciosa Xin Qian, que faleceu por idade. Chang tinha olhos azuis, ou seja, fazia parte da nobreza; Zhang continuou sua dinastia como sucessor e Sora era guerreiro. Este era casado com Lin de 45 anos, tinham a mesma idade e uma filha, Xia, de 26. Sora foi morto por uma épica guerra entre os clãs, onde os pandas foram expulsos a força do clã pavão e se uniram ao clã Dragão. Um panda assustado pelo desaparecimento de seus familiares o matou pressupondo que era inimigo e os felinos de olhos vermelhos tinham recebido uma ordem do imperador Zhang para os ajudar. Foi uma perda lamentável, estavam todos abalados, sobretudo sua esposa e filha, que foram morar com outro felino.

Chang cuidava da administração real e inter regional, ele que cuidava das reuniões com os imperadores dos clãs para discutir sobre as questões da atualidade de cada local. Ele é casado com Jin, mas nunca conseguiram engravidar e estão casados há 20 anos, tendo ele 42 e ela 37.

Zhang se casou com Jun, e tiveram a maior prole da história da realeza: Syaoran, o mais velho e herdeiro do trono; Deshi Wu, assim como seu saudoso tio Sora, fazia parte da elite guerreira do Sul da China; Xun e Chao, gêmeos festeiros; Enlai, o aprendiz de profecias, nasceu com estas negras íris raras, e agora aprende com o atual profeta para ser um profeta melhor do que ele; Dewei, o macho mais novo, com 35 anos. Sonhava em ter Fang Ying aos seus braços como esposa, mas a morte de seu tio o fadou a se casar com Lin e adotar Xia como filha, mesmo sendo sua esposa 10 anos mais velha e a enteada 9 anos mais nova. Claro, a escolha dele foi por interesses políticos e status social; Qiu, a única menina nascida, seus irmãos sentem muito ciúmes dela, estes ciúmes excessivos fez ela desmanchar 2 namoros e 1 noivado. Já perdeu as esperanças de casar, mesmo sendo a mais nova, com 22 anos e sendo uma linda tigresa-do-sul-da-china.

Já numa outra parte do Sul da China, ao crepúsculo, havia alarido de festa, pois um novo imperador estaria entronado, renovando a família Chen no controle do clã. A renovação era feita a cada 50 anos, o povo de jade (todos os que tinham olhos verdes) se empenhou em fazer a melhor festa, e de fato conseguiram. A festa seguia para madrugada, a noite era uma criança para alguns, já estava cansativo para outros, como no caso de Fang Ying, casada com Syaoran há 3 meses. Já estava exausta e procurava dentro do Palácio Âmbar pelo marido para se deitar em paz:

— Syaoran, meu amor! Aonde está? – Perguntava uma linda tigre-do-sul-da-china andando pelo Palácio Âmbar, sua moradia.
— Minha rainha, em que posso ser útil?
—Dewei, Lin! Bela festa não? – Disse animada com a concordância do cunhado e sua esposa. – Viram Syaoran?
— Ele estava com o Chang, Zhang e o senhor Chen. – Respondeu Lin
— Obrigada. Eu irei ....
— Se eu fosse você, não iria, sei muito bem que quando se reúnem é sobre assuntos políticos e você sabe que não podemos interromper.
— Está certo. O jeito é aguardar.
— É melhor mesmo. Meu amor, estou com muito sono, chamarei por Xia e vou dormir.
— Lin, não espere por mim. Tenho pendências a tratar.
— Entendo – Lin o beijou, abraçou a amiga e partiu. No corredor estavam apenas uma tigresa e um tigre, ambos casados com outros dois da mesma espécie. O palácio estava vazio, ninguém perderia a chance de festejar a entrada de Syaoran ao reino como novo Imperador.
— Tem certeza de que não o viu, Dewei? – A felina o Interrogou receosa. Pressentia um mal por vir.
— Absoluta, minha rainha.
— Não me chame de rainha, me conhece desde que nasceu, sou sua cunhada. – Respondeu rindo. Não sabia que ele levaria a sério, pois pareceu não lidar com a verdade.
— Meu irmão tem muita sorte. Tão linda. Eu seria um ótimo marido se me escolhesse. – Respondeu hipnotizado, constrangendo aos dois.
— Largue essas idéias idiotas! Você já não é criança, já é um homem feito, casado, com filha!
— Aquela fedelha nunca foi minha filha Eu fui obrigado a casar com a esposa de Sora! Eu não tive a chance de me declarar ao grande amor da minha vida, você, Fang Yin! – Disse o felino da mesma espécie, com olhos marejados. A fêmea sentia que essas palavras tinham intenção estranha.
— Louco! Tenha respeito por Sora, foi um homem de muita valentia, olhos vermelhos demonstram bravura!
— De fato, por meu tio ter morrido, me casei com uma mulher 15 anos mais velha que eu e uma moça quase da minha idade como filha. Grande coisa – O tigre usou de sátira, num rápido momento, avançou na felina à frente, a prendeu contra a parede e sussurrou em seus ouvidos. – Você é a mulher da minha vida. – Beijou-a e a cada frase dita e carícia feita, este se autoenlouquecia e fazia a tigresa sentir nojo dele. Não tinha forças suficientes para derrubá-lo e fugir, pois ele tinha força. Foi então que ela pisou o pé dele, ele recuou e ela começou a correr para escapar quando as palavras dele a prenderam no lugar:
— Se quiser ver seu marido morto, vá em frente. Caso contrário, vamos usar este quarto, será uma ótima noite para nós dois! – Este se virou, para se deitar na cama do imperador Syaoran e da grande esposa real Fang Ying.
— Miserável! – O virou e o segurou pela kpao – O que você fez com meu marido?! – Seu silêncio e sorriso malicioso como resposta a deixava mais intrigada – Vamos Dewei, diga!
— Digamos que ele está... Cuidando de alguns negócios meus enquanto eu cuido dos dele – Explicou seguido de uma maligna risada. Caminhava em direção ao quarto de hóspedes vazio onde quase ninguém entrava. – Me siga, amor. – Continuou a rir. Sua loucura deixava Fang Ying desesperada, pois já sabia aonde esta situação iria dar.