Todos estavam no lado de fora da sala de treinamento. Era um combate corpo a corpo entre os guerreiros do Palácio de Jade. A configuração foi: Tigresa e Garça, Po e Louva-deus e Víbora e Macaco.

Po tinha dificuldades com os movimentos rápidos do minúsculo amigo, porém conseguia se esquivar de alguns ataques. Apenas alguns.

A ferocidade da mestre do estilo tigre era um perigo para Garça, que, por muitas vezes, se defendeu por medo das afiadas e fatais garras da amiga.

Víbora e Macaco tinham uma disputa acirrada, pois o que este tinha de habilidades, aquela tinha de agilidade, e sua pele viscosa lhe dava vantagens toda vez que Macaco tentava pegá-la e a jogar no ar. Eis que o primata teve uma ideia para vencer o combate, então este, rápido, pegou um punhado da areia que Zeng estava recolhendo com sua vassoura e acertou a área inferior da réptil, a pegando e lançando a própria contra a parede, local onde se formou várias rachaduras, levando sua oponente à derrota.

Após declarar vitória a Macaco, Mestre Shifu o adverte:
— Muito bem, Mestre Macaco, seu último ataque foi inesperado e inusitado, o que é bom, ainda mais se esperam outros ataques de você, entretanto, não se deve contar com isso sempre porque não é em todo lugar que haverá areia. Só conquistou a vitória porquê treinamos aqui fora. Agradeça ao nosso professor Dragão Guerreiro que destruiu nossa sala de treinamento no seu primeiro dia de aula – Shifu se tornou cético quando citou essa triste verdade, causando umolhar raivoso da líder dos Cinco Furiosos enquanto acariciava o próprio rosto, e olhares de risada dos outros dois bagunceiros, deixando o panda vermelho.

— Tenham paciência comigo! O Mestre Shifu não aprendeu a ser professor da noite pro dia.
— Na verdade aprendi sim. – Respondeu o mestre enquanto dava uma risada ao olhar a expressão de ironia do panda gigante. — Agora vamos, peguem uma grande vara e se equilibre sobre um pé. Faça-o por 2 horas. Não quero gritarias, reclamações – Estreitou o olhar para o panda em sua frente, que estava a balbuciar palavras de desânimo – e principalmente, não quero confusões, especialmente vocês dois, que juntos só me dão dor de cabeça! – Exclamou o grão mestre apontando para sua filha adotiva e o Dragão Guerreiro. Estes se entreolham, desviram o olhar e cruzam os braços:

— Não gastarei meu tempo com ele, pode deixar, mestre Shifu – Respondeu a ruiva ao fazer a reverência para seu pai adotivo e sobretudo mestre de kung fu.

— Pode deixar mestre Shifu, eu não vou me distrair com gatinhos – Ao olhar maroto para a felina, que o enxerga de forma mortal, seus companheiros de equipe o olham apavorados do tipo "como ele faz isso e ela não o mata?!". Até o próprio panda vermelho o encarou com ar de surpresa, aliás, sempre o viram como quem tem o maior medo da mestre felino. – E sei bem que ela não vai perder o tempo dela me batendo ou respondendo algo do tipo hehehe – Tigresa o Encarava como vencida revoltada, mas sua resposta foi um sorrisolascivo e uma pata no quadril:
—Vamos ver, ó grande Dragão Guerreiro, se vai conseguir me tirar do sério hoje?
— Deseja uma aposta, minha dama? – Perguntou o panda com sorriso nos labios, se curvando como cavalheiro lhe estendendo a pata para confirmar a aposta. Sim, por não ser de ferro, a espinha da felina se arrepiou. Ela era a dama dele:
—Se é assim que meu Guerreiro deseja, que assim seja. – Agora era a vez dele de se encabular. Po a olhou confiante, garantia no seu poder de incomodar a felina, então, num aperto de mão firme, selaram a aposta.
—Se assim desejar, vocês já podem se equilibrar. Caso mais um minuto de atraso, vocês desejarão estar junto com os que estão cuidando da bagunça na sala de treinamento. – Advertiu o pequeno panda se retirando do local.
Cada um dos mestres ficaram equilibrados com facilidade, menos o mais novo professor do Palácio de Jade, não apenas pelo excessivo peso, mas em princípio seu modo naturalmente desastrado, o qual levou seus amigos à gargalhadas. Para o mestre inseto foi fácil, só ficava desequibrado quando se descontrolou nas risadas até que uma nuvem de poeira o acertou. Era um punhado de areia que o panda lançou assim que caiu... Pela 4ª vez.
— Vamos, professor, nos ensine a cair direito! – Retrucou Tigresa, em alta voz, levando os amigos a rir ainda mais, alguns "uii!" ou "eita!" emanava da boca do primata.
Este comentário deixou o Dragão Guerreiro revoltado, então tomou uma atitude: Como aprendeu a rolar com o seu povo durante avingança de Kai, este ...

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— Mestre Shifu...?
— Sim, Zeng.
— Me perdoe por interromper a meditação, mas estes pergaminhos chegaram. Um é de Li Cheng, outro, não tem remetente.
— Deixe-me ver, sim.
— Aqui.

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— Ai, não! Eu-eu... EU VOU CAIR!! – Exclamou bem alto, Po, que deu um perceptível impulso para direção de sua mestre de kung fu favorita. Seu impacto sobre a vara em que a mestre se equilibrava se rompeu, levando-a ao chão. A queda dele era natural, contudo, a dela foi surpreendente, até a própria Tigresa gritou, estava assustada. Po foi ágil o suficiente para pegá-la no colo. A reação dele levou todos a descerem do pedestal, preocupados com a amiga. Estava tão assustada que suas garras cravaram na primeira coisa que sentiria, afinal, ficou de olhos fechados durante a queda. Ao sentir algo reconfortante e aconchegante que a envolvia, abrira seus olhos, mas não cria no que via: o panda, pegando ela nos braços, seus amigos ao redor. Ela o fitava, seus olhos lhe transmitia confiança, seu sorriso lhe dava paz, mesmo que sua expressão seja de dor, pois suas garras cravaram no peitoral direito e no ombro esquerdo do panda.
— Tigresa!? Amiga, você está bem?! – Interrogou a serpente, tendo o vácuo como resposta, ela estava muito ocupada tentando desvendar o que há de especial nos olhos de Jade.
— Nossa mãe! Que tombo você levou! Seu grito de menina apavorada foi o melhor! – Debochava o primata, que também foi ignorado. Tanto o panda quanto a felina se encaravam.
— Está bem, Ti?
— Sim, Po. Foi um acidente, e acidentes acontecem. – A ruiva felina lhe agradeceu com um singelo sorriso. – Obrigada. Agora estamos quites.
— Estamos é?
— Sim. Lembra? já te peguei no colo...
— Enquanto me salvava de uma fogueira no dia que um dos meus Casamentos foi desmanchado?
— Exatamente. – A felina sorriu, de mostrar os dentes e o olhar serelepe de menina, isto encantava o panda de tal forma que a única coisa que foi capaz de fazer foi admirar a rara cena: a fêmea que mais admirava em toda China, agora, em seus braços.

Os demais assistiam com expressões faciais semelhantes com certa diferença: Víbora estava incrédula e apaixonada; Garça se sentia inspirado pela cena, mas não acreditava; Louva-deus, duvidava muito que poderia sair algum relacionamento deles dois, estava surpreso, pois conhecia a felina desde sua juventude, as raras vezes que se alegrava era ao lado das palavras reconfortantes de Mestre Oogway e quando foi reunir os furiosos que derrubariam o grande vilão da época, a ver assim era bom; Macaco via nessa brecha a oportunidade de Agir seu lado comediante que estava adormecido há algum tempo.

Um barulho assustador tirou cada um de seu transe:
— O que significa isto?!

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Sul da China, Clã Tigre – 29 anos atrás

— Diga, vidente, como posso ter em minha posse a Poeira Cósmica do Sétimo Sentido? – Perguntou um felino encapuzado num lugar escuro, tenebroso e de má fama, onde a pouca luminosidade revelava que este ser é dono de olhos azuis.
—Você perdeu o pouco juízo que tem?! Esse tipo de coisa não se vende na esquina, sabe que deve ser sucessor do clã para tal feitio.
— Como posso me tornar um?! – Indagou impaciente o felino, cuja pergunta foi precedida por um rugido amedrontador.
— Você não me assusta duque...
— Meu amado. — Interrompeu a vidente. Esta doce e elegante voz emanaria de uma felina sensual, de pelagem ruiva e de pares oculares laranja claro. Dona de vestes provocativas – Permita-me dizer como terá este artefato deixado pelos deuses. – A frase acalmou o alto nível de estresse do felino.
— Diga, Akame, meu amor.
— Você é o décimo na linha de sucessão, o atual líder e herdeiro do nosso clã é seu irmão mais velho. Antes de chegar até você, tem outros três irmãos, dois tios, o teu pai e teu avô e dois irmãos dele. Sabemos que após a morte de seu querido Syaoran será repassado à seu pai, que será repassado à seu avô para ir até o segundo irmão mais velho e assim por diante. Morreria antes de lho chegar. Só há uma única solução...
— Aonde você quer chegar? Seja direta, Akame, odeio rodeios com assuntos importantes!
— Extermine todos os machos até a terceira geração. – Respondeu, deixando seu amante sem reação.