A chuva caía por seu corpo como facas de gelo, porém ele não se importava. Algumas pessoas se afastam, restando apenas ele e aqueles que eram mais próximos dela.

O túmulo de Elise os fazia relembrar que mesmo com todos seus esforços não acharam seu corpo, apenas um estranho pinheiro despedaçado:

—Não consigo acreditar que ela se foi... –Logan balbucia:

—Telepata careca, tem certeza que não consegue acha-la? Não encontramos um corpo, é possível que ela... –Wade começa:

—Já tentei, não há nada... –Xavier se entristece mais:

—Eu convivi pouco com ela, porém no pouco tempo que passamos juntos, a considerava uma grande amiga. –Tony fala:

—Não, ela não pode estar morta! Vocês conhecem a Elise, ela adora nos pregar uma peça! Aposto que ela vai surgir detrás de uma arvore e dizer que é tudo pegadinha! –Wade tenta argumentar:

—Wade, ela não vai voltar. –Logan o encara:

—Ela vai sim! Enquanto não acharmos o corpo dela, esse túmulo não quer dizer nada!

—Ela se foi Wade! Você acha que a Elise brincaria com algo tão sério assim?! –ele berra, fazendo o mercenário recuar:

—Se quer deixar assim, então fique num canto chorando enquanto segura um pão, mas eu vou procura-la, eu sei que ela está em algum lugar! –e com isso Wade sai de lá, furioso:

—Deixe-o sozinho, ele precisa de tempo. –Xavier coloca uma rosa no túmulo –Todos precisamos.

E com isso, Xavier e Logan saem, deixando Tony e Snake Eyes sozinhos:

—Vamos, precisamos conversar acerca daqueles testes que me pediu, e você tem que sair dessa chuva. –Tony fala e Snake Eyes concorda com a cabeça.

Tony começa a caminhar, Snake Eyes coloca o buquê de rosas que segurava no túmulo, se virando para segui-lo, porém para.

Um movimento chama sua atenção, ele olha na direção que achava que havia algo, porém havia apenas uma arvore ao longe, porém por um instante jurou ter visto algo metálico nela:

—Achei que ninjas fossem mais rápidos. –a voz brincalhona de Tony o chama, que o faz apenas assentir e ir atrás dele.

—----

—Sente-se ali. –Tony indica uma cadeira enquanto os dois entravam no laboratório –Sexta-feira, chegaram os resultados que pedi?

—Sim Senhor Stark, resultados do exame de sangue de Snake Eyes na tela.—uma tela holográfica surge, Tony começa a ler os dados, seu semblante aos poucos mudando de surpreso para assustado:

—Deus, como que... –ele olha Snake Eyes, que apenas vira a cabeça de lado, curioso –Esses dados... Como que você está vivo?

—O que quer dizer com isso? —a voz no capacete soa:

—Esses padrões, esses dados, são os dados que coletei quando fiz o exame na Elise... Sexta-feira, me mostre os exames da Elise.

—Na tela Senhor Stark.—os dados aparecem:

—Seu sangue, seu DNA está modificado. Você tem... Um vírus, o vírus que Elise carrega nela.

—Ela estava doente?

—Não... Argh, como vou explicar isso...

—Se me permite Senhor Stark. —Sexta-feira intercede –A senhorita Elise carregava no sangue um vírus capaz de contaminar qualquer ser vivo que entre em contato, obtendo assim controle total pelo ser.

—Sim, isso, obrigada. –ele começa a andar de um lado ao outro –Mas pelo que ela me contou e pelos meus testes, quem é infectado vira um zumbi, ou algo muito parecido.

—Só que eu não virei.

—Por isso é algo tão assustador e extraordinário! Me fale exatamente o que aconteceu e como você foi infectado.

Em poucas palavras o ninja explica toda a batalha contra Hector, o beijo com sangue e Hector não conseguindo controlá-lo:

—Interessante... Pelo que parece, Hector tem maior controle sobre o vírus que a Elise, dado que ela é incompleta, mas pelo jeito você é imune ao controle...

Snake Eyes fica com a cabeça de lado, um pouco confuso:

—Para simplificar, a Elise é uma abelha rainha, e você é o operário, ou era para ser assim. Hector também é uma abelha rainha, só que superior à ela, então você teria que obedecer à ele ao invés dela. –ele começa –Só que você não é afetado pelos comandos deles, quase como se na realidade você fosse uma abelha rainha... Sexta feira, mostre os dados dos ratos. –vários dados aparecem na tela –Não, você não é uma abelha rainha...

—Então o que sou?

—Uma evolução do vírus.