You Love me? escrita por SleepLove


Capítulo 20
Bloody wrists


Notas iniciais do capítulo

Oii Amorees!! Adivinha quem voltou? Eu!!
E adivinha quem ficou sem nada pra fazer porque não tinha internet e acabou escrevendo vários capítulos? Euu!! (De novo). Eu contínuo sem net, e to roubando o 3G do meu pai, (pra quem não sabe, eu posto pelo celular). Se tudo der certo, o técnico vem amanhã, então rezem, façam macumba, o que for necessário!
É isso, leiam as notas finais, é importante.
Boa leitura 😘😘



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No capítulo Anterior:
Não Ally! Você não vai ter uma recaída. –Penso.
Mas quando dou por mim, já estou no banheiro, sentada no chão, com os pulsos sangrando manchando de vermelho os azulejos brancos.
– É tudo minha culpa – consigo dizer apenas para mim mesma ouvir, e começo a chorar novamente.
....................
Pov Ally
Acordo com o despertador tocando Scorpions - No one like You.
Levanto da cama, desligo o alarme e vou para o banho. Meus pulsos começam a arder, e as memórias do outro dia começam a invadir minha mente.
Ainda não entendi o porquê a Rydel ficou tão estranha depois de eu ter dito o nome dele.


Mas isso não importa.


Saio do banho, pego uma camiseta preta, um jeans escuro e meus allstars velhos, pretos também.


Se tem uma coisa que eu aprendi nesse tempo em que estou na Marino, é que preto é ótimo se você não quiser falar com alguém.
Sei lá, parece que eles adotaram uma política “Anti góticos”. Tanto faz.


Peguei minha mochila, minha jaqueta de couro (sintético) já chega de mortes por minha culpa. Desci as escadas, dei um beijo na minha avó, peguei as chaves da moto e saí.


Sim, moto, minha avó me deu de presente. Disse que era do meu pai. Andar nela me faz sentir bem.
Depois de uns dez minutos, finalmente chego na escola, coloquei a moto no estacionamento e entrei na escola.


Antes eu chegava faltando uma hora para a aula começar, mas minha avó me impediu.
Por que eu fazia isso? A resposta é simples, Brooke.
Infelizmente, meu armário é ao lado do dela. Quem é ela? Uma líder de torcida, que ama atazanar a minha vida. Não só a minha, mas também de outros “nerds” ou “esquisitos “ segundo ela.


Eu sinto saudade da minha antiga escola, saudade de quando eu era líder de torcida, líder do clube do livro, líder do clube de proteção ao meio ambiente, e líder do clube de Álgebra avançada.
Agora, eu tento ao máximo sumir na escola. O que parece nunca dar certo graças a Brooke.


OK Ally, ela ainda não chegou. É só pegar o livro, colocar a jaqueta aí dentro, e pronto. Yes! é só fechar o armário e...merda!


– Oi Ally! – Diz Brooke. Eu tento responder um “oi”, mas aquele som estranho de novo.


– Não precisa responder, eu sei que você é muda! Eu só queria te perguntar se você percebeu que hoje o dia está mais quente. – Ela fala, e eu assenti com a cabeça. Percebi que um bolinho de pessoas estava se formando ao nosso redor. Claro que estavam estranhando, Brooke nunca foi gentil. Com ninguém.


– Então vou te fazer um favorzinho, já que ouvi falar que roupas pretas são mais quentes. – Ela pegou o copo de suco de uva que estava segurando e virou o copo todo na minha cabeça. Percebi várias pessoas rindo, e outras apenas me olhavam, e olhavam para Brooke, incrédulas.


Soltei meu livro sem me importar com onde ele cairia e tentei sair correndo, mas escorreguei na poça de suco e cai no chão. Minha perna começou a doer, muito.
Tentei me levantar me segurando na parede, mas eu não conseguia nem mesmo encostar a perna no chão. Caí de novo, e percebi que uma mancha vermelha estava se formando na minha calça, na parte da canela. Logo em seguida, o chão começou a ficar vermelho.
Percebi que Brooke se assustou, olhou para mim, deu um sorriso nervoso, e fugiu.


Comecei a chorar, vi várias pessoas ao meu redor, mas ninguém me ajudava. Tentei pedir socorro, mas eu não consigo falar.
Tentei me levantar de novo, mas caí novamente, dessa vez bati a cabeça, me lembrei do acidente, mesmo tendo alta, fiquei com algumas sequelas. A enfermeira me disse uma vez que, se eu batesse a cabeça muito forte, poderia ter convulsão.


Rapidamente, arranquei um pedaço da minha blusa, amarrei na língua e me deitei de lado, virada para o lado esquerdo. E então tudo começou a tremer, e depois a ficar preto.


oOo


Acordei na enfermaria, dando Graças por ter feito um curso de primeiros socorros quando tinha oito anos.
– Tude bem Ally? – Vi uma enfermeira, assenti com a cabeça e vi ela pegando um comprimido.
– Quando você teve a convulsão, vomitou. Liguei para seu médico, e me disseram pra te dar esse comprido. Vai ajudar com o seu...estado de Choque. – Disse a enfermeira, uma senhora que já aparentava ter um pouco de idade. Acho tão estranho como as pessoas sempre ficam sem graça ao falar da minha “mudez”. Mas isso não importa.
Pego o comprimido, coloco de baixo da lingua e bebo a água. Peguei o pedaço de papel que sempre carrego no meu bolço e assim que a enfermeira se virou cuspi aquilo.
Joguei o papel no lixo e olhei para minha calça. Me assustei um pouco com o estado que ela se encontrava.
– Vamos dar um jeito nisso? – perguntou a enfermeira sorrindo para mim com ternura. Assenti, ela me ajudou a tirar a calça e me deu uma bermuda, deixando apenas minha canela e uma parte da coxa exposta. Exatamente onde se encontrava a ferida.
– Como eu pensei. – Ela disse. – Alguns pontos arrebentaram. – Completou
oOo
– Prontinho. – Disse a enfermeira que agora eu já sabia o nome, Bety. – Quer ir pra casa Ally? - ela me pergunta e eu nego com a cabeça. Fala sério, eu tenho prova de matemática. Eu não vou perder isso por nada!
– Tudo bem, mas suas roupas estão um caco. Quer que eu pegue suas roupas de ginástica?.
Arregalei os olhos. E agora? Aquelas roupas implicavam em um short muito curto, e uma camiseta cinza enorme. Eu simplesmente detesto o uniforme de ginástica da Marino.
– Ally? – neguei com a cabeça. – O que você vai vestir então menina?.
– Oi, Ally, não é? Eu sou o Gavin. Bem, fui eu que te trouxe para cá.
– .... – Minha boca emitindo aquele som estranho de novo.
– Tudo bem, eu sei que você não consegue falar, bem, eu achei que você fosse precisar de roupas. Então minha irmã, Cassidy me trouxe algumas. Toma. – disse. Sabe aquele momento que você se sente mal por não poder agradecer? Pois é, eu quero muito dizer “obrigado” ou “valeu”. Dizer qualquer coisa. Mas não dá.
Ele fica me encarando, então penso em algo que pode funcionar. Dei um sorriso, meio tímido e rápido, mas acho que transmitiu a mensagem. Ele sorriu de volta e disse – Que bom que gostou. – mas seu sorriso se desmanchou assim que viu minha perna.
– Ela sofreu um acidente a algum tempo, não se preocupe ela está bem. Mas se você puder ajuda- la a sair depois, é que estamos sem muletas, e ela não pode firmar a perna. – Diz a enfermeira Bety.
– Será um prazer. – Disse Gavin. Me lembrei quando Austin me ajudou, quando estávamos na enfermaria. O que me fez sentir mal, dei o meu melhor “sorriso de mentira” e serrei os punhos, dando um jeito para que minhas unhas cravassem na minha mão. Só parei quando senti um líquido escorrer. Eu sei que isso parece estranho, mas, é a única forma de fazer a dor parar, fazer a dor do meu coração parar. Apesar de que, nem sempre funciona, como agora.
– Ally, sua mão. – Diz Gavin, assustado. Percebi que ele ainda estava na sala e peguei um pedaço de papel do meu bolso e coloquei sobre a ferida para estancar o sangue.
– Ta tudo bem. – Ele disse se aproximando e sentando na cama. – Minha prima fazia isso quando se sentia assustada, não sei se é o seu caso. Mas se for, eu não vou te machucar, eu juro. – ele disse e deu um beijo na ferida.
Senti meu rosto molhar, e percebi que uma lágrima estava escorrendo. Tratei de limpa- la rapidamente. Mas não antes de Gavin perceber.
– Vou esperar você se vestir. Estarei ali fora, encostado na porta. – Ele disse e saiu.
– Mas que gato em, se deu bem garota! – Disse a enfermeira sorrindo. O que só me fez chorar, porque toda essa situação me lembrava ele. Aquela angústia começou a crescer dentro de mim, e meu peito, parecia que iría explodir.
– Desculpe Ally, eu estava brincando. Me Desculpe menina, calma. Por favor...- A enfermeira começou a ficar triste o que de certo modo me irritou. Por quê? Simples, mesmo eu estando a beira de um colapso, eu tenho que acalmá- la. Segurei as lágrimas, e tentei dizer algo. – T...th...bem. – Foi o máximo que consegui, dizer “bem”. Acho que ela captou a mensagem e logo se alegrou.
– Você fala mais que papagaio. – Disse, e eu dei uma risada. Fraca e baixa, mas ainda assim uma risada. Isso tem sido raro.
Me vesti com as roupas que Gavin me trouxe, uma camiseta branca justa que tinha o desenho de um cachimbo e uma frase escrita “isso não é um cachimbo”. Certamente Cassidy é fã de a culpa é das estrelas.
Uma meia calça preta fina, com minúsculas bolinhas brancas, que fazia os pontos desaparecerem, e uma saia rodada preta, com cintura alta, e uma sapatilha azul marinho. Por um momento, me lembrei da antiga Ally. Ela com certeza iria surtar de alegria por ter achado uma blusa com menção a algum livro. E uma saia tão bonita. Mas agora, só me senti vulnerável, senti como se estivesse voltando para Veneza, voltando para aquele pesadelo.
Meu cabelo tinha voltado ao seus cachos naturais, culpa do banho que tive que tomar. Até que me arrumei rápido.
Bety chamou Gavin, e quando ele chegou, me olhou de cima a baixo e disse apenas. –Uau. – O que me fez corar um pouco.


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Notas finais do capítulo

Então, eu quero começar a colocar os links de roupas dos personagens, só que só depois de eu ter baixado o APP do Polvyvore (geralmente usam esse site) eu descobri que o Nyah não deixa você colocar o link pelo celular. E por culpa da tempestade que deu na minha cidade, na correria de salvar os móveis, minha mãe derrubou meu PC e ele quebrou. Eu não sei se ta funcionando, mas se não tiver eu roubo o do meu pai. Só que como tivemos que trazer toda a mobília da casa de cima para a de baixo, não tem espaço para colocar o PC.
Resumindo, eu vou demorar, mas vou colocar!
Bjs, e favoritem a fanfic, recomendem e COMENTEM!!!



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